Em plena Folha, no bairro Hyuuga, havia uma casa pequena e simples, dividindo aquelas pertencentes aos membros da família principal daquelas habitadas pelos membros da ramificação secundária. Costuma contar apenas com uma sala de estar, uma cozinha, uma lavanderia, dois quartos, um banheiro e um porão, mobiliados há pelo menos mais de 13 anos, de forma a abrigar uma família de três pessoas, sendo elas um casal de adultos e um único filho. Exceto pelo porão, cada cômodo contava com somente uma janela, apesar de serem todas agradavelmente grandes. Também exceto pelo porão (e por uma caixa cheia de pergaminhos deixada em um cantinho da sala de estar), não havia estantes, livros nem pergaminhos espalhados pela casa. As paredes internas eram todas brancas e os utensílios e mobiliário eram todos coloridos, mas o ambiente não era desorganizado, tampouco era desconfortável. Com paredes externas também brancas e sem quaisquer ornamentação ou decoração mínimas, a casa não exalava qualquer graça nem chamava a atenção.
Porém, pouco tempo depois de sua proprietária descobrir ser filha de Shion – homem de extravagâncias e hokage na época – e ter se engajado em um treinamento árduo que lhe afastou da casa por alguns dias, uma reforma – cortesia do mesmíssimo Shion – pegou o lugar todo de surpresa. O que, antes, era uma moradia pequena e simples, tornou-se um sobrado ao estilo tradicional japonês, ainda de paredes externas e internas brancas, mas ornamentado com ripas de madeira escura, janelas e portas enormes, telhado triangular amplo e até corredores extensos. A entrada passou a contar com um pequeno jardim de pedras brancas, arbustos delicados, árvores altas e finas e até um laguinho artificial, que, hoje, circunda a casa inteira por fora. Por dentro, os poucos cômodos foram quase todos duplicados: no térreo, ainda há somente uma sala de estar, mas há também uma sala de jantar ao seu lado direito, na divisa com a cozinha, além da lavanderia, um dos quartos e um banheiro; no primeiro andar, há mais dois quartos e outro banheiro. O porão da casa foi o único cômodo que não ganhou tanta mudança – exceto pela caixa dos pergaminhos misteriosos, que retornou ao cantinho de onde saiu um dia. A mobília foi toda trocada e modernizada, padronizando o uso da madeira escura nos ambientes internos também, e os estofados, assentos, luminárias e outros detalhes maiores e menores, incluindo-se os utensílios, tornaram-se brancos como as paredes.