Kuroo Inuzuka

Shimogakure

Patas e Presas I

O frio infiltrava-se pelas frestas da janela quando acordei com o Yamimaru a tremer junto ao meu peito. Os primeiros raios de sol mal conseguiam penetrar a névoa densa que cobria as ruas da aldeia. O pequeno ninken, como sempre, demonstrava o seu nervosismo antes de uma missão, mas hoje havia algo diferente na sua inquietação.

— Eh, Yamimaru, não precisas de ficar assim tão nervoso — disse eu, enquanto coçava atrás das suas orelhas. — É a nossa segunda missão rank C. Vai correr tudo bem!

O meu sorriso provocador não o convenceu. Yamimaru apenas se encolheu mais, enterrando o focinho no meu casaco e soltando um pequeno gemido.

— Sabes, para um cão ninja, és mesmo um medricas — provoquei, levantando-me da cama para começar os preparativos.

Enquanto arrumava o equipamento, a minha mãe apareceu à porta do quarto.

— Kuroo, tens de comer qualquer coisa antes de saíres — disse ela, preocupada. — As manhãs estão cada vez mais frias.

— Mãe, já não sou uma criança! — protestei, mas o meu estômago roncou, traindo-me.

Na cozinha, enquanto devorava a sopa quente, revi mentalmente as informações da missão. Um lobo solitário andava a atacar ovelhas numa quinta isolada. O meu cãopanheiro, sentado ao meu lado, mal tocava na sua comida.

— Vá lá, parceiro — disse eu, pegando numa fatia de bacon do meu prato e oferecendo-lhe. — Precisas de energia. Além disso, somos os únicos que podem resolver isto. Quem melhor para entender um lobo do que nós?

O pequeno ninken farejou timidamente o bacon antes de o aceitar.

— Isso mesmo! — exclamei, ajustando o protetor da vila. — Agora sim, pareces um verdadeiro cão ninja!

Antes de sair, a minha mãe insistiu em verificar o meu equipamento.

— Mãe! — interrompi, revirando os olhos. — Está tudo aqui. Não te preocupes tanto.

— É o meu trabalho preocupar-me — respondeu ela, ajustando o meu informe. — Principalmente quando o meu filho pensa que é invencível.

— Não penso que sou invencível — respondi com um sorriso maroto. — Só penso que sou extraordinariamente talentoso.

Ela riu-se, abanando a cabeça.

— És mesmo igual ao teu pai. Só espero que tenhas herdado também o seu bom senso.

352 Palavras
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Status:
HP:225|225 CH:225|225 ST:0|4 LC:05|100 SK:00|50
Status Ninken (Yamimaru):
HP:100|100 CH:100|100 ST:0|2

Considerações

Considerações Gerais:

Bolsa de Armas

Bolsa de Armas:

Dados Gerais

Dados Gerais:

Ficha de Personagem :

https://www.narutorpgakatsuki.net/t90158-ficha-kuroo-inuzuka

Gestão de Fichas :

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Kidou

Genin

Hoje à(s) 18:20

Kuroo Inuzuka

Shimogakure

Patas e Presas II

A quinta ficava a duas horas de caminho, tempo suficiente para me arrepender de não ter vestido mais uma camisola. O vento gelado cortava-me a cara enquanto saltávamos de árvore em árvore, com Yamimaru seguro na minha jaqueta. A neve tinha coberto quase todos os rastos, mas ainda conseguíamos ver algumas pegadas dispersas.

— Olha só isto — murmurei, agachando-me para examinar uma marca na neve. — São recentes. O que achas, parceiro?

Yamimaru farejou o ar timidamente e soltou um ganido baixo, escondendo-se novamente no meu casaco.

— Eh, não podes ficar sempre escondido — provoquei, gentilmente. — És um cão ninja, lembras-te?

O vento soprava cada vez mais forte, trazendo consigo o cheiro distintivo de sangue. Seguimos o rasto até encontrarmos os restos de uma ovelha.

— Hum, pelo menos sabemos que estamos no caminho certo — comentei, examinando as marcas. — O lobo deve estar faminto para atacar tão perto da quinta.

Continuámos a seguir o rasto até uma pequena clareira. Foi então que o vimos pela primeira vez: um lobo cinzento, maior que Yamimaru, mas ainda jovem. Estava a coxear ligeiramente, e o seu pelo estava emaranhado e sujo.

— Eh, parece que encontrámos um outro solitário — sussurrei para Yamimaru. — Está ferido... deve ser por isso que anda a caçar ovelhas. São mais fáceis de apanhar que os veados da montanha.

Yamimaru ergueu as orelhas, subitamente interessado. Pela primeira vez desde que começámos a missão, pareceu esquecer o seu medo.

— Estás a ver? — sussurrei. — Não é assim tão diferente de nós.

Observámos o lobo durante algum tempo. Ele movia-se com dificuldade, parando frequentemente para lamber a pata ferida.

— Sabes o que isto significa, não sabes? — perguntei ao meu cãopanheiro. — Vamos ter de mudar um pouco os nossos planos.

286 Palavras
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Status:
HP:225|225 CH:225|225 ST:0|4 LC:05|100 SK:00|50
Status Ninken (Yamimaru):
HP:100|100 CH:100|100 ST:0|2

Considerações

Considerações Gerais:

Bolsa de Armas

Bolsa de Armas:

Dados Gerais

Dados Gerais:

Ficha de Personagem :

Gestão de Fichas :

Kidou

Genin

Hoje à(s) 18:55

Kuroo Inuzuka

Shimogakure

Patas e Presas III

A solução para o nosso problema surgiu como um relâmpago na minha mente. Não precisávamos de afugentar ou capturar o lobo, precisávamos de ajudá-lo.

— Yamimaru — chamei baixinho — precisamos de ajudar este rapaz a voltar para casa. Achas que consegues?

O meu pequeno ninken olhou para mim com aqueles olhos grandes e preocupados, mas havia algo diferente neles desta vez, uma centelha de determinação. Pela primeira vez desde que começámos a missão, ele saiu do meu casaco por vontade própria.

— Assim é que é falar! — sussurrei, orgulhoso.

Com cuidado, começámos a nossa aproximação. Usei algumas das técnicas básicas que aprendi na academia para preparar uma tala para a pata ferida.

— Calma, rapaz — murmurei para o lobo, que mostrava os dentes, desconfiado. — Não queremos fazer-te mal.

Foi então que Yamimaru me surpreendeu. Em vez de se esconder atrás de mim, como costumava fazer, deu um passo em frente. Aproximou-se devagar do lobo ferido, com a cauda baixa e as orelhas relaxadas, a linguagem corporal perfeita para mostrar que não éramos ameaça.

— Muito bem, Yamimaru — incentivei, vendo o lobo selvagem relaxar ligeiramente.

O tratamento foi lento e delicado. Enquanto eu aplicava a tala improvisada, o meu fiel quatro patas mantinha o lobo calmo, comunicando da maneira que só os caninos conseguem.

— Sabes — comentei enquanto trabalhava — para alguém tão tímido, és surpreendentemente corajoso quando é preciso.

Depois de tratado, começámos a longa jornada de volta às montanhas. Yamimaru liderava o caminho, seguido pelo lobo mancando suavemente, e eu fechava a marcha. Após várias horas de caminhada, ouvimos uivos distantes.

— Parece que encontrámos a tua família, amigo — disse eu, vendo o lobo erguer as orelhas em reconhecimento.

Observámos de longe enquanto ele se reunia com sua matilha. Aparentemente, tinha-se perdido e ferido ao tentar voltar para casa.

— Viste só? — disse eu, enquanto regressávamos à aldeia. — Às vezes, ser gentil é mais importante que ser forte.

Ouviu-se um latido em concordância, caminhando ao meu lado com um novo tipo de confiança. O sol estava a pôr-se quando finalmente chegámos à aldeia para entregar o relatório da missão.

— Sabes — disse eu, enquanto caminhávamos para casa — acho que aprendemos algo importante hoje. Mesmo os mais tímidos podem ser verdadeiros heróis quando encontram alguém que precisa da sua ajuda.

O pequeno ninken, exausto mas satisfeito, apenas abanou a cauda em resposta. Talvez não tivéssemos derrotado nenhum vilão ou salvo uma princesa, mas tínhamos feito algo igualmente importante, ajudámos alguém a voltar para casa.

— Bom trabalho, parceiro — sussurrei, pegando-o ao colo. — Hoje foste um verdadeiro ninja.

423 Palavras
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Status:
HP:225|225 CH:225|225 ST:0|4 LC:05|100 SK:00|50
Status Ninken (Yamimaru):
HP:100|100 CH:100|100 ST:0|2

Considerações