[Crônica] - Angels of Death

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[Crônica] - Angels of Death
[Crônica] - Angels of Death

Agony

Tokubetsu Jonin

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Sex 22 Nov 2024 - 21:24

— Perish Before my Flames

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Deus está morto!
Deus permanece morto!
-x-

— O Sharingan ativo fitava as dezenas de corpos estirados pelos salões majestosos da grande mansão. Eu esperava um movimento sujo por parte dos Akagi, mas ele haviam levado aquela questão longe demais. Aos meus pés, poças de sangue emanavam dos cadáveres mutilados de meus compatriotas de vilarejo. Suas bandanas, agora manchadas pelo próprio sangue, estava quebradas e riscadas; um ato macabro por parte da família criminosa de desonrar e pisar nas memórias daqueles que entregaram seus corpos e almas pela vila. Permaneci em silêncio absoluto durante todo o tempo que ali passei. Eu não estava tão distante de Iwagakure, me encontrava a cerca de dois quilômetros da capital. Houveram relatos de que uma mansão abandonada estaria sendo utilizada como posto avançado por um grupo de criminosos, mas eu jamais poderia imaginar que esta seria a resposta dada pelos Akagi pela minha intromissão em seus assuntos. Eles não manteriam o acordo e nem a palavra, mas a covardia destes malditos ultrapassou qualquer limite cabível. Minha mente estava serena, limpa de pensamentos intrusivos ou tristeza, mas os meus refletiam uma chama odioso que não me dominava há muito tempo.

— Desgraçados, como ousam...? — Me questionei, enojada. Minha voz saiu em um tom ríspido, misturando o ódio com a indignição. Logo me agachei ao lado do corpo de uma kunoichi jovem, que aparentava ter entre doze ou treze anos. Os olhos inocentes e sem luz eram contrastados por uma feição confusa de alguém que sequer compreendia o peso de viver em um mundo como este. Fechei os olhos da garota caída e olhei uma última vez ao meu redor. — Filhos da puta! Vou matar um por um! — Exclamei.

Dessa vez, a minha inexpressivade cedeu, e o meu lado caótico tomou o controle. Eu já não estava mais raciocinando de forma fria como de costume. Não conseguia acreditar que um ser humano poderia permanecer em silêncio e de mente vazia em uma situação como aquela. Cerrei os punhos com tamanha força que as unhas começaram a penetrar na pele das almas de minhas mãos, e as três tomoes em cada olho giraram de rapidamente ao redor da pupila contraída, como se estivessem prestes a ativar o Mangekyou Sharingan de forma inconsciente. Soquei a parede com toda a força, rachando-a no impacto.

Na sequência suspirei profundamente.
Olhei para frente, rumo a saída. As paredes estavam manchadas de sangue a apresentavam marcas brutais de cortes por todos os lados. No entanto, eu sabia o que fazer.

— Sua mansão não está muito distante, Daiki. Todos vocês vão queimar! — Franzi o cenho, determinada a acabar com tudo aquilo para sempre.

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https://www.narutorpgakatsuki.net/t89014-f-lil-mayer#736981

Agony

Tokubetsu Jonin

Sáb 23 Nov 2024 - 0:24

— Perish Before my Flames

Deus está morto!
Deus permanece morto!
-x-

— Deixei o local com certa hesitação. Meus passos estavam ligeiramente trêmulos por conta da raiva que se proliferava através de cada célula de meu corpo, queimando com tamanha intensidade que mal podia ser contida. Minha respiração estava mais pesada, e minha temperatura corporal subiu de forma substancial. Eu estava vermelha, o rosto distorcido em uma expressão de ódio com as pálpebras do olho direito sofrendo de pequenos espasmos involuntários. No entanto, por trás da raiva irracional o Sharingan escondia uma frieza assustadora. Cada tomoe refletia a luz do sol para direções diferentes, dando a impressão de que os olhos vermelhos estavam a brilhar entre as sombras das poucas árvores que permaneciam vivas nos arredores da mansão abandonada. Como eu já sabia o caminho exato para alcançar a localização da residência de Daiki, não me espantaria caso ele já possuísse um plano para afastar potenciais invasores. A questão é: Ele sabia que eu estava a caminho? Com certeza não.

O meu plano não possuía estratégia. Ele não era nada do que um impulso movido pelo calor do momento: Fogo, Sangue e Morte. Estas três palavras governavam não apenas os meus objetivos naquele dia, como também simbolizavam o meu estado mental. Eu era uma pessoa que me orgulhava muito de manter a cabeça no lugar não importasse a situação, mas algo tão desumano e covarde não poderia ser ignorado e tampouco varrido para baixo do tapete. Minha reação natural, meus instintos - Minha maldição clamavam por vingança. Meus passos se apressaram cada vez mais, e eu cruzei a vastidão das áridas e secas planícies desérticas dos arredores de Iwagakure em questão de minutos. A paisagem ensolarada de grandes montanhas e solo rachado estavam sendo deixados para trás mediante meus movimentos ágeis, saltando entre rochas e árvores secas no meio do caminho. Como uma sombra, minha figura sombreada pairou sobre os baixos céus, me concedendo uma visão panorâmica do local imediato ao meu redor. Não haviam pessoas cruzando as velhas e esquecidas rotas de comércio, agora manchadas pelo legado sanguinários dos falsos pacifistas e idólatras da "paz". Um silêncio macabro empestou toda a região e pássaros voaram para a distância, como se já previssem a calamidade que ali se instalaria.

[...]

Não muito demorou para que eu finalmente alcançasse as imediações da grandiosa mansão de Daiki. Os pilares dourados e estrutura gótica contrastavam com o ambiente desértico. Grandes muralhas de concreto batizadas pelo sangue de seus inimigos erguiam-se como uma defesa natural, e guardas especialistas em assassinatos aguardavam na distância, em frente aos portões metálicos da moradia. Naquele instante, as minhas emoções foram suprimidas de forma tão inumana que cheguei a me arrepiar diante a minha própria resolução. Os olhos se focaram novamente, a respiração tornou-se regular e minha pele esfriou. Saquei a Kusanagi com a mão destra em uma moção veloz, e observei o perímetro.

— Dez guardas aos portões. Três à direita, cinco na esquerda... — Pensei, olhando para os lados. — Dois patrulheiros. Espero que esteja se divertindo, Daiki. Não vai sobrar muito de um rosto para que continue sorrindo com sua arrogância. — Ditei.

O brilho do Sharingan se intensificou com a sede de sangue.
Minha pressão de chakra se libertou na forma de uma aura demoníaca que instalou-se no ambiente de forma imediata. Os guardas estremeceram e procuraram pela presença ao redor. Vi o suor escorrer de suas testas, um medo irracional tomando conta de suas mentes. Minha intenção assassina estendeu-se muito além do meu espírito, materializando-se como uma arma de guerra genuína.

Estava na hora.
Hora de deixar o demônio se libertar...

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Agony

Tokubetsu Jonin

Sáb 23 Nov 2024 - 3:24

— Perish Before my Flames

Deus está morto!
Deus permanece morto!
-x-

— Observei com atenção através do caleidoscópio de três marcas o horror que se instaurava, consumindo a mente de cada um daqueles homens patéticos. Me lembro de cada detalhe da vez em que estive neste lugar, cercada por dezenas de sombras que me seguiam como fantasmas ocultos em sombras distantes. Os shinobis que faziam a guarda de Daiki não eram homens quaisquer; muito pelo contrário, eles eram assassinos muito bem treinados. Entre eles, renegados e mercenários comprados de exércitos errantes. No entanto, eu sabia muito bem que nenhuma lâmina e tampouco um exército de ninjas vagabundos poderia deter o poder demoníaco que se ocultava em minhas veias. Aproveitei do momento de terror momentâneo para deixar a escuridão. A lâmina da Kusanagi brilhou de forma intensa após entrar em contato com a luz solar, espalhando os raios de luz para múltiplas direções e entregando a minha posição de forma proposital. Aos que não tiveram suas mentes destruídas pela minha intenção macabra e visões de morte, tiveram o desprazer de virarem seus rostos e encontrarem os mesmos olhos vermelhos de outrora.

— Você...! — O primeiro exclamou, afastando-se. — O que está fazendo aqui, Uchiha Mayer?! —

Apenas sorri, de leve.

— Você cruzaram a linha. Eu apenas vim respondê-los à altura. —

— À altura? Cale-se e mor- — Sua voz fora cortada de forma brusca.

Um som estridente de metal cortou o ar. Antes mesmo que sua frase fosse concluída, a lâmina da Kusanagi estendeu-se como uma lança e perfurou o crânio do homem, partindo-o em duas metades simétricas. O sangue jorrou como uma fonte de forma breve de sua cabeça rachada. À medida que o corpo lentamente despencava em direção ao solo, não hesitei em atacar o próximo alvo. Com um movimento simples da Kusanagi, outro foi rasgado ao meio, com a espada atravessando sua carne e órgãos como papel. A maioria dos guardas naquele local haviam sido consumidos pelo medo e estavam paralisados, mas os que se encontravam distantes do epicentro do Sakki não haviam sido afetados de forma direta pela técnica instintiva. Novamente, o terceiro brandir da lâmina decapitou um guarda lacrimejante que tremia as pernas. O horror em sua face entregava a fraqueza primordial do ser humano: O medo da morte, a perdição inevitável.

Logo, um som vindo de trás me chamou a atenção. Os olhos vermelhos se viraram, e a lâmina da Kusanagi girou entre os dedos, bloqueando uma saraivada de dez kunais que foram lançadas em minha direção. Os arremessáveis possuíam papéis explosivos, estes que detonaram no ar, longe de me atingirem. Fitei através da fumaça criada as figuras que se encontravam em minha frente. Eles não tremulavam; posicionados em uma formação de combate básica e com longas espadas em mãos. O mais novo entre os três shinobis me olhou com certa hesitação.

— O demônio do Sharingan...! — Ele sussurrou, deixando que as palavras ecoassem no ar.

Eles não me viam como humana.
Eles temiam e conheciam o poder dos Uchiha.

Naquele momento, confirmei que Aiko já esteve aqui antes. Era verdade que meu pai era dono de um poder aterrador, mas ser comparada a ele me levou a uma memória inexistente, quase uma premonição: Um mundo onde eu me tornava exatamente o que ele é, uma cópia aprimorada do demônio que sou obrigada a chamar de pai. No entanto, naquele instante, o apelido me saciava. Eu quero vê-los se retorcer de medo. O mais velho então engoliu seco, e cobriu sua Katana com uma energia líquida; Suiton, transformando a espada e uma lança d'água.

Inútil.

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Tokubetsu Jonin

Sáb 23 Nov 2024 - 11:50

— Perish Before my Flames

Deus está morto!
Deus permanece morto!
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— Os três shinobis se prepararam para o ataque, mas era fácil perceber que o medo os corroía por dentro. Não era apenas o Sakki — eles sabiam o que eu representava. Eles sabiam que estavam em desvantagem antes mesmo de empunhar suas armas.

A lâmina da Kusanagi ainda gotejava o sangue das vítimas anteriores, pingando no solo como uma contagem regressiva para o próximo movimento. Mantive a postura firme, os olhos vermelhos brilhando enquanto analisavam cada detalhe: a hesitação do mais jovem, o suor escorrendo pela têmpora do mais velho e o nervosismo quase palpável do terceiro.

— Inútil! — repeti em voz baixa, quase um sussurro.

O mais velho foi o primeiro a avançar, impulsionado mais por desespero do que estratégia. Sua lança d'água rasgou o ar, movendo-se em um arco traiçoeiro em minha direção. Mas para mim, parecia que ele se movia em câmera lenta. O Sharingan captava cada movimento, cada respiração. Antes que a ponta da lança chegasse perto, inclinei o corpo para o lado e fiz um movimento curto com a Kusanagi.

O som do aço contra carne ecoou, e o braço do homem foi arrancado como um galho seco. Ele gritou, mas sua dor foi silenciada quando a lâmina atravessou sua garganta em um golpe rápido e certeiro. O sangue esguichou como uma fonte, pintando de vermelho os outros dois shinobis.

— Próximo... — murmurei, com uma calma quase insultante.

O mais jovem hesitou. Seus olhos alternavam entre o corpo sem vida do companheiro e minha figura imóvel, como se ele soubesse que o próximo seria ele.

— Não deixe que ela te domine! — gritou o terceiro, avançando com uma lâmina brilhando em chakra elétrico. Sua determinação era impressionante, mas também tola.

Deixei que ele se aproximasse o suficiente antes de me mover. Em um piscar de olhos, desapareci de sua visão, reaparecendo atrás dele. Antes que pudesse reagir, cravei a Kusanagi em suas costas, atravessando sua coluna e saindo pelo peito. Ele tentou falar, mas só sangue saiu de sua boca antes de cair inerte no chão.

O último, o mais jovem, recuou instintivamente, tremendo de forma incontrolável. Ele largou a espada, levantando as mãos como se isso pudesse salvar sua vida.

— Por favor... por favor, não...! — ele implorou, as lágrimas escorrendo pelo rosto.

Aproximei-me lentamente, os olhos fixos nele como os de um predador encarando uma presa encurralada.

— Você é fraco. — afirmei, erguendo a Kusanagi. Ele se encolheu, mas antes que o golpe fosse desferido, uma explosão ecoou ao longe, interrompendo o momento.

Minha cabeça se virou na direção do som, os olhos analisando rapidamente a origem. Era próximo, talvez a poucos metros. Uma fumaça preta subia no céu, e meu instinto imediatamente gritou que algo maior estava em jogo.

Abaixei a lâmina lentamente, observando o jovem shinobi cair de joelhos, soluçando.

— Considere-se sortudo. — disse friamente, afastando-me dele.

Enquanto me dirigia ao epicentro da explosão, uma sensação incômoda começou a crescer no peito. Algo naquela fumaça me parecia familiar, como se fosse um prenúncio de algo que eu deveria temer, mas não podia evitar.

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Tokubetsu Jonin

Sáb 23 Nov 2024 - 14:57

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— A fumaça estava a cerco de cinquenta metros da minha posição, bloqueando a estrada que me trouxe até aqui. Conseguia ver árvores caídas e incendiadas que lentamente espalhavam as chamas para a vegetação próxima e folhas secas caídas sobre o solo. Naquele instante, entendi que os patrulheiros bloquearam a principal rota de fuga para que eu não pudesse recuar. Era uma estratégia inteligente, mas ineficiente contra alguém que está muito além das suas capacidades. Virei minha cabeça em direção a mansão de Daiki, e percebi um movimento sutil por detrás das cortinas do terceiro andar da grande residência, como se alguém estivesse apressado. Saltei no muro e utilizei o caleidoscópio camesim para vistoriar as imediações da varanda da mansão, percebendo uma quantidade razoável de assinaturas de chakra que estavam escondidas atrás de pilares ou que vinham de dentro da casa. Sem o uso de selos manuais graças a minha maestria sobre o elemento do fogo, amassei o chakra no estômago e o converti em fogo ardente.

— Katon: Goka Mekkyaku! — Exclamei.

Então, uma gigantesca muralha de chamas foi exalada a partir de um pequeno fluxo flamejante de minha boca. A técnica se expandiu com rapidez, atingindo os vinte metros de largura e dez de altura. A estrutura da mansão começou a ceder antes mesmo que o fogo a tocasse. Através do Sharingan, visualizei a pintura evaporando e os pilares derretendo, perdendo sua fundação básica e todas as plantas do pomposo jardim se transformando em cinzas. Quando a técnica finalmente tocou a mansão, tudo foi consumido em um inferno de fogo implacável. Gritos de agonia poderiam ser facilmente ouvidos através das chamas, que crepitavam de forma macabra enquanto o cheiro de enxofre misturava-se às cinzas do ambiente e do sangue agora derramado. Alguns dos shinobis da guarda saltaram das janelas agora quebradas da mansão. Seus corpos estavam envolvidos em chamas; a pele chamuscada enquanto eles lutavam para apagar as chamas. Apenas continuei observando a situação do local com cuidado, pouco me importando com o pandemônio que havia causado. Após alguns segundos, decidi saltar em direção a janela do terceiro andar. A mansão estava prestes a colapsar, mas não me incomodava.

— A...Ah... — Daiki gemeu de dor, caído no chão, parcialmente esmagado por um pilar de madeira.

Seus olhos finalmente se levantaram quando percebeu uma sombra sendo projetada nos domínios de seu quarto. A cabeça ensanguentada ergueu o olhar, e ele encontrou o meu rosto não muitos instantes depois. No entanto, ao invés de encontrar uma expressão de medo e horror, eu o encontrei com um sorriso irônico, como se o próprio já estivesse esperando que algo assim fosse acontecer. Ele tentou gargalhar, mas os fragmentos de madeira que perfuravam seus pulmões o impediam.

— O cachorrinho de Iwagakure... — Ele continuou sorrindo. — Eu sabia. —

— Não tenho tempo a perder com você. Desapareça. — Ditei, erguendo a Kusanagi.

No entanto, antes que pudesse matá-lo, ele apontou para trás, ainda tentando gargalhar.

Quando virei minha cabeça, percebi que havia um falcão de transporte carregando um pergaminho se afastando em alta velocidade da mansão. Eu não havia percebido quando e nem sabia como ele havia invocado aquela criatura para enviar uma mensagem, mas agora já era tarde demais para impedir. Apenas suspirei, levemente frustrada. Ele até poderia avisar seus aliados, mas seria fútil: O destino sempre termina da mesma forma, não importa quais sejam seus meios.

— Nos veremos de novo no inferno, Uchiha Mayer! — Ele exclamou com o ar que lhe restava.

Sem sequer me virar para o moribundo, perfurei a sua testa com a Kusanagi e deixei que outros pilares de madeira cobrissem o seu corpo. Então, saltei para fora do quarto. Antes que aquela mansão desabasse, eu faria questão de roubar o máximo de informações que pudesse. Eu sabia que aquele braço da família Akagi não era de fato o princpal no mundo shinobi, mas aparentemente eles estavam escondendo algo muito grande do vilarejo. O desaparecimento de seus homens e aquele acordo foram somente uma fachada para ganharem tempo. No entanto, pouco importava.

Assim como a Resistência e a Kyoukyuusha, eu os exterminaria deste mundo.

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Tokubetsu Jonin

Sáb 23 Nov 2024 - 17:57

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— A madeira rangia enquanto o calor das chamas fazia os pilares da mansão cederem ao peso. Peguei um pedaço de pergaminho parcialmente queimado que estava em cima de uma mesa próxima e comecei a examiná-lo rapidamente. Mesmo entre as bordas chamuscadas, o nome de um local foi mencionado várias vezes: ‘Volga’.

A expressão fria permaneceu em meu rosto, mas internamente uma chama diferente ardia. O Volga. Uma fortaleza militar nas fronteiras de Kusagakure. Claro que os Akagi tinham algo mais planejado do que um simples bloqueio comercial. Eles estavam abrindo caminho para um ataque direto à Iwagakure.

— Covardes. — Murmurei, dobrando o pergaminho e guardando-o em minha bolsa.

Saltei pela janela antes que o teto desabasse completamente. O ar do lado de fora estava tomado pela fumaça, mas era preferível ao calor sufocante lá dentro. A mansão agora não passava de um esqueleto em chamas, um reflexo perfeito do que restaria dos Akagi ao final disso tudo. Eu já tinha o suficiente para entender o plano: Os Akagi estavam fortalecendo posições ao sul e impedindo o fluxo de recursos de Iwa. Um cerco lento, mas eficiente, para enfraquecer o vilarejo antes de desferirem o golpe final. E com a data aproximada do ataque — um mês.

— Tolos. Não vou permitir que esse prazo chegue. — Afirmei para mim mesma.

Enquanto seguia de volta pelo caminho de onde viera, notei um falcão de observação sobrevoando a área. Era o mesmo de antes? Não importava. Seus aliados saberiam o que aconteceu aqui, mas nenhum aviso mudaria o curso do que viria a seguir. Eu os caçaria um por um, arrancando cada peça desse quebra-cabeça podre até que não restasse mais nada.

Voltar a Iwagakure e informar o Tsuchikage parecia o curso lógico de ação, mas então, uma ideia mais atraente surgiu. Resolver isso com as próprias mãos.

Eu sabia que eles esperariam uma resposta convencional. Tropas organizadas, talvez uma negociação para retomar o comércio. Algo previsível. Mas não havia nada de previsível no que eu estava prestes a fazer.

— Não preciso de reforços. Eles cairão antes mesmo de terem chance de se organizar. —

Desci pela trilha estreita, os pés ligeiros sobre o terreno agora marcado pelo caos. Meu Sharingan ainda pulsava, analisando cada sombra ao redor enquanto eu traçava um plano. O Volga seria minha próxima parada. Sabia que não era apenas uma fortaleza; era o coração do esquema dos Akagi. Destruí-lo não só os desestabilizaria como também mostraria que Iwagakure não seria tão facilmente dobrada.

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Tokubetsu Jonin

Sáb 23 Nov 2024 - 20:57

Agony escreveu:
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— A fumaça ainda dançava ao longe, uma lembrança de tudo que deixei para trás. Enquanto caminhava, o peso da viagem até o Volga se tornava mais evidente. Não era apenas a distância física — mas a tarefa que eu me impusera. Eles não seriam fáceis de derrubar, não com o tempo e os recursos que possuíam. Era uma guerra particular que eu estava travando, e eu precisava vencê-la antes que eles sequer percebessem que começou.

A estrada era silenciosa, cortando um terreno árido que mais parecia esquecido pelo tempo. O som das botas contra a terra seca era a única companhia enquanto meu olhar varria o horizonte em busca de sinais de atividade. Postos avançados. Patrulheiros. Qualquer coisa que pudesse ser o fio que puxaria para desmantelar os Akagi de dentro para fora.

— Eles se acham intocáveis. — murmurei para mim mesma, a voz carregada de desprezo. — Mas toda fortaleza cai. Sempre há uma rachadura, um ponto fraco... E é isso que eu vou encontrar. —

Minha mente começou a formar cenários. Atacar diretamente o Volga seria suicídio, ao menos agora. Eu precisava de informações: os recursos que possuíam, seus comandantes, as rotas que usavam para sustentar aquela monstruosidade. Cortar os suprimentos, causar paranoia, dividir suas forças. Era o único caminho.

— E tudo começa com o primeiro posto avançado. —

Decidi que o foco inicial seria rastrear suas operações ao longo da fronteira. Os Akagi dependiam de uma rede de suporte para sustentar a fortaleza. Encontrar o posto mais próximo significava abrir a porta para os segredos que eles tentavam esconder. E, com sorte, acabar com alguns de seus homens no processo.

Parei por um instante, observando o sol começando a se inclinar para o horizonte. Não poderia perder a luz do dia sem progresso. Tracei um plano mental: infiltrar-me silenciosamente, talvez capturar um dos guardas para obter informações. Eles seriam cuidadosos, claro, mas poucos conseguem resistir a um interrogatório... ainda mais vindo de mim.

Minhas opções eram claras.

— Comece com as bordas e destrua o núcleo. — Pensei. — Um por um, até não restar nada. —

Meu olhar se voltou para o caminho adiante. Era longo, sem dúvida. E solitário. Mas não senti o peso daquilo. Não precisava de companhia. Apenas do objetivo claro e da determinação para alcançá-lo.

Cada passo era uma promessa silenciosa de queimar os Akagi até as cinzas.

Antes do anoitecer, eu precisava localizar a trilha de um posto avançado. Alguma movimentação. Pegadas recentes. Chakra no ar. Qualquer sinal que pudesse me levar ao primeiro alvo.

Com o Sharingan ainda ativado, meus olhos captavam detalhes no ambiente que escapariam à visão comum. Marcas de rodadas de carroças, árvores com galhos partidos — sinais de movimentação recente. Faria questão de encontrar o primeiro fio dessa rede. E, quando puxasse, tudo desabaria sobre eles.

A estrada até o Volga era longa. Mas o tempo não me intimidava.
— Um mês? Vocês nunca chegarão lá. —

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Tokubetsu Jonin

Sáb 23 Nov 2024 - 23:57

— Perish Before my Flames

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— Segui os rastros deixados no solo, pequenos sinais quase apagados pelo tempo. Marcas de rodadas de carroças e pegadas sobrepostas indicavam movimento recente. A direção era clara: algo ou alguém estava usando aquela rota, provavelmente mercadores ou batedores dos Akagi. O sol já estava baixo, tingindo o céu com tons alaranjados. Eu precisava agir antes que a escuridão tornasse tudo mais difícil.

— Primeiro, observo. Depois, desmonto. —

Deixei minha respiração estabilizar enquanto me escondia na sombra de uma árvore parcialmente caída. Meus olhos escarlates, sempre atentos, dançavam de uma direção a outra, analisando os arredores. Um grupo de três figuras avançava com cuidado, seguindo a trilha. Dois homens e uma mulher, todos armados, mas despreocupados. Traziam uma carroça com suprimentos coberta por uma lona escura.

Pelo volume e pelos passos, eram patrulheiros ou uma equipe de transporte. Não eram soldados de elite, mas possivelmente carregavam informações úteis. Meu plano precisava ser cirúrgico: eliminá-los antes que percebessem o que aconteceu.

Enquanto o grupo parava para descansar, me movi silenciosamente, me aproximando por trás. A primeira regra de uma emboscada é atacar rápido e de forma decisiva. Um alvo hesitante é um alvo derrotado.

A mulher do grupo parou e olhou ao redor, desconfiada. Talvez tivesse sentido algo ou ouvido um som que escapou. Eu congelei, ocultando minha presença. O Sharingan captava seus movimentos com precisão: o olhar dela varria a floresta como se procurasse algo invisível.

— Boa tentativa. Mas já é tarde. —

Saltei sem aviso, golpeando o primeiro com a bainha da Kusanagi. Ele caiu inconsciente antes de sequer entender o que o atingira. A mulher reagiu rápido, sacando uma kunai e girando na minha direção, mas seus movimentos eram previsíveis. Desviei facilmente, segurando seu pulso e torcendo-o, obrigando-a a soltar a arma. Antes que pudesse gritar, a lâmina da espada descansava na sua garganta.

— Se abrir a boca, morre. Entendido? —

Seus olhos arregalaram-se enquanto ela assentia com dificuldade. O terceiro membro do grupo já estava tentando escapar, mas bastou um selo rápido para que o solo explodisse em chamas à sua frente, bloqueando a fuga.

— Agora, vamos conversar. —

Amarrei os dois que restaram, mantendo-os sentados contra a carroça. O homem inconsciente logo acordaria, mas eu não tinha paciência para esperar. A mulher parecia ser a líder do grupo, ou pelo menos a mais preparada. Seus olhos tentavam manter uma aparência de força, mas a respiração rápida a entregava.

— Quem são vocês? E para onde estão indo? — Perguntei, minha voz fria, sem pressa.

Ela hesitou, olhando para o companheiro, que apenas abaixou a cabeça.

— Mercadores. Apenas mercadores. — Respondeu rapidamente.

Inclinei a cabeça, observando-a em silêncio por alguns instantes.

— Mercadores? Com espadas e mapas marcados com os postos avançados dos Akagi? Curioso, não acha? —

Seus olhos tremeram, e eu percebi a rachadura na fachada. Peguei o mapa que estava na carroça e passei os olhos sobre ele. Marcava três localizações próximas, pequenos círculos indicando possíveis bases avançadas.

— Você tem duas opções. Ou me conta o que está carregando e o que os Akagi estão tramando, ou não terá uma terceira oportunidade para respirar. Decida. —

O homem tentou se mexer, mas uma pressão da Kusanagi contra sua perna o fez gemer de dor.

— Tudo bem, tudo bem! — Ele cedeu. — São suprimentos. Armas, remédios, reforços para o posto ao norte. Eles estão reforçando as fronteiras, esperando ordens do Volga para avançar sobre Iwa. Nós só entregamos o que pedem, juro! —

Meus olhos pararam nele por um momento antes de voltar para o mapa. O posto ao norte era o mais próximo. Talvez fosse meu primeiro passo para desmantelar a rede.

Antes de sair, queimei os suprimentos e apaguei os rastros do combate. Não deixaria que levassem nada adiante, nem que alguém rastreasse meu caminho.

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Agony

Tokubetsu Jonin

Dom 24 Nov 2024 - 2:57

— Perish Before my Flames

Deus está morto!
Deus permanece morto!
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— A noite envolveu a floresta em completo silêncio, quebrado apenas pelo som de folhas secas sendo esmagadas sob meus pés. Carregava o mapa roubado, marcando as posições que eu precisaria investigar. A primeira delas estava a cerca de dez quilômetros a nordeste, seguindo por uma trilha estreita e escondida.

O frio começou a cortar o ar. Podia sentir o peso do cansaço se acumulando, mas o foco era maior que qualquer desconforto. Eu sabia que os Akagi não eram descuidados, e mesmo em um posto avançado, haveria patrulheiros e armadilhas esperando qualquer idiota desavisado.

A cada passo, traçava mentalmente possíveis abordagens. Infiltração ou destruição direta? Essa era a pergunta. Um ataque surpresa seria rápido, mas chamaria atenção demais. Por outro lado, infiltrar-me e recolher informações me colocava em risco, mas poderia revelar mais do que simples armas e suprimentos.

— Primeiro, informação. Depois, fogo. — Decidi em voz baixa.

A trilha tornou-se ainda mais estreita conforme me aproximava da posição marcada no mapa. Uma leve luz alaranjada apareceu à distância. Fogueiras. Eles estavam acampados. Escondi-me atrás de uma árvore grossa e silenciosamente os observei.

Minhas pupilas captaram os detalhes com clareza: um pequeno grupo de sete homens se reunia ao redor de três tendas. Uma carroça estava estacionada próxima, carregada com caixas que pareciam conter armamentos. Mais ao fundo, uma pequena torre de vigia improvisada abrigava um batedor.

Nada que eu não pudesse lidar.

No entanto, enquanto observava, percebi algo diferente. A conversa ao redor da fogueira não era casual. Um dos homens segurava um pergaminho, explicando algo para os demais. Concentrei-me em suas bocas, tentando captar as palavras.

— ...reunião no Volga em duas semanas. Precisamos garantir que a passagem sul esteja livre. —

Então, era isso. O posto não era apenas um ponto de reforço, mas também uma base de preparação para um movimento maior. Eles estavam organizando um cerco a partir das rotas comerciais.

Poderia simplesmente atacar ali e destruir tudo, mas isso não acabaria com o problema. Eu precisava que essa mensagem chegasse ao Volga, que os Akagi seguissem acreditando que seus planos estavam intactos até que eu os destruísse de dentro.

— Então vocês vão me ajudar, mesmo sem saber. —

Decidi esperar, observando o padrão de troca de turnos e patrulhas. O batedor da torre de vigia trocava de posição a cada duas horas, enquanto os homens ao redor da fogueira mantinham-se fixos. Meu alvo seria o próximo patrulheiro. Quando o relógio invisível do meu cálculo marcou o momento certo, ataquei. Surgi das sombras e nocauteei o patrulheiro antes que ele pudesse emitir qualquer som. Seu corpo caiu suavemente sobre a grama.

Revirei seus pertences rapidamente, pegando o que poderia ser útil: uma chave para o depósito da carroça e um bracelete de identificação. Com isso, voltaria para observar mais um pouco antes de agir diretamente.

Se eu fosse cuidadosa, poderia transformar aquele posto avançado em uma armadilha para seus aliados. Eles estavam no jogo errado. E eu era a única jogadora.

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Tokubetsu Jonin

Dom 24 Nov 2024 - 11:42

— Perish Before my Flames

Deus está morto!
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— O bracelete de identificação estava apertado no meu pulso, sua superfície áspera levemente desconfortável. Serviria para passar por alguma barreira ou reconhecimento, mas a utilidade dele ainda era incerta. Com o patrulheiro nocauteado, arrastei-o para a base de uma árvore densa, escondendo-o entre raízes grossas e folhas úmidas. Não seria encontrado tão cedo.

O mapa marcava o verdadeiro posto avançado mais ao leste, a cerca de cinco quilômetros. Pela lógica, deveria ser um ponto de observação maior e mais bem guardado. O acampamento que acabara de passar era apenas um entreposto, uma sombra do que os Akagi realmente estavam escondendo. Ainda era madrugada, mas a luz tênue da lua filtrava-se pelas árvores, ajudando a traçar meu caminho. Cada ruído, cada folha movendo-se ao vento, trazia uma tensão familiar, um lembrete de que qualquer distração poderia significar uma armadilha.

Enquanto avançava, considerava minhas opções. Se o próximo posto for grande demais para infiltração direta, precisarei encontrar outro jeito. Talvez criar uma distração... ou usar um dos homens contra eles.

Minhas mãos tocaram o tronco de uma árvore alta, e eu me escondi, ouvindo ao longe o som de vozes. Aproximei-me lentamente, mantendo a respiração baixa e controlada. Havia duas figuras caminhando na trilha à frente, conversando baixo, mas suficiente para que eu captasse partes do diálogo.

— ... caravana deve passar ao amanhecer. Precisamos garantir que os suprimentos cheguem ao Volga sem incidentes. —
— Não acho que teremos problemas. Quem ousaria atacar por aqui? Os batedores não relataram nada. —

Um sorriso frio formou-se em meu rosto. Eles estavam confiantes demais.

Esperei que passassem, escondendo-me atrás de uma formação de pedras. Assim que desapareceram na curva, segui adiante, agora sabendo que estava perto. Após meia hora de caminhada cautelosa, finalmente o avistei.

O posto avançado era mais do que eu esperava. Uma construção fortificada, com torres de vigilância feitas de madeira reforçada e uma paliçada que cercava a estrutura principal. Cerca de vinte homens pareciam se movimentar pelo perímetro, alguns carregando caixas, outros patrulhando em pares. A entrada principal era protegida por um portão de madeira grosso, e havia uma tocha acesa marcando o caminho até ele.

Acionei novamente o Sharingan, vasculhando os arredores em busca de pontos fracos. Vi um pequeno fluxo de chakra vindo de dentro do posto – provavelmente a caravana que mencionaram, preparando-se para a partida. Minha atenção foi atraída para um batedor posicionado em uma das torres, mais isolado.

— Sozinha contra vinte. Só mais uma noite em Iwagakure. — Sussurrei para mim mesma.

Antes de agir, decidi recolher mais informações. Não era apenas uma questão de atacar. Eu precisava saber exatamente o que estavam levando para o Volga e o quão crítico aquele posto era para os Akagi.

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Tokubetsu Jonin

Dom 24 Nov 2024 - 14:47

— Perish Before my Flames

Deus está morto!
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— Mantive-me à distância, observando os movimentos no posto avançado. Não era apenas uma base de passagem; era um ponto estratégico. Os Akagi mantinham um fluxo constante de homens entrando e saindo, com caixas sendo transportadas de dentro para fora. A maioria das caixas era carregada por shinobis com uniformes padrão, mas algumas delas estavam marcadas com selos que brilhavam com chakra.

— Selos de contenção... ou talvez explosivos? — O pensamento veio rápido. Se fossem recursos críticos, talvez pudesse destruí-los e cortar parte do abastecimento para o Volga.

Minha posição em uma árvore próxima dava uma visão parcial do interior através de uma falha na paliçada. Contava pelo menos três patrulheiros armados andando em turnos ao redor do perímetro e dois mais estacionados na entrada principal. Uma das torres de vigia tinha uma tocha apagada, sugerindo que o batedor ali estava mais relaxado ou simplesmente negligente. Ótimo lugar para começar.

Enquanto analisava os padrões de patrulha, meus pensamentos giravam em torno das possibilidades. Uma abordagem direta estava fora de questão. Mesmo para alguém como eu, enfrentar vinte ou mais shinobis de uma vez seria suicídio.

Decidi que o próximo passo seria infiltrar-me para obter informações mais detalhadas. Se eu conseguir capturar um dos guardas isolados... Minhas mãos apertaram a bainha da Kusanagi. Mas algo ainda me dizia que a verdadeira vantagem não estava na força bruta, mas na precisão.

— Fragmentar a estrutura. Tornar a fortaleza inútil para eles antes de alcançar o Volga. — Murmurei para mim mesma.

Um som chamou minha atenção. Um shinobi saiu de dentro da estrutura principal, carregando o que parecia ser um pergaminho enrolado. Ele o entregou a outro guarda próximo do portão, que, por sua vez, começou a caminhar em direção à floresta, aparentemente indo para alguma entrega ou encontro.

Um mensageiro... perfeito.

Minha decisão foi instantânea. Deixei o esconderijo e movi-me pelas sombras, mantendo a atenção no patrulheiro. Ele parecia relaxado, como se a segurança do posto lhe desse confiança. Inexperiente. Melhor ainda.

Segui-o por cerca de cem metros, até que ele parou ao lado de um riacho para beber água. Esperei o momento exato, então me aproximei com a lâmina da Kusanagi desembainhada. Com um movimento rápido, bati na base de sua nuca com o cabo, derrubando-o antes que pudesse reagir.

Verifiquei rapidamente seus bolsos e encontrei o pergaminho. Desenrolei-o, tomando cuidado para não ativar possíveis armadilhas. Dentro, um mapa detalhado mostrava os próximos postos avançados e a rota que levava diretamente ao Volga. Também havia uma lista de recursos sendo enviados: armas, medicamentos, e... algo que chamou minha atenção: "Artefato Yomotsu - Remessa especial".

— O que vocês estão escondendo...? — Murmurei, enrolando o pergaminho novamente e o guardando comigo.

O mensageiro ainda estava desacordado, mas vivo. Amordacei-o com um pedaço de pano e amarrei suas mãos com corda improvisada, escondendo-o entre arbustos próximos. Ele não alertaria ninguém tão cedo.

Agora, com as informações em mãos, eu sabia onde atacar. Mas antes de agir, havia algo mais que precisava descobrir: o que era o "Artefato Yomotsu" e por que parecia ser o centro das operações deles.

Ainda tinha trabalho a fazer antes do amanhecer.

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Tokubetsu Jonin

Dom 24 Nov 2024 - 17:55

— Perish Before my Flames

Deus está morto!
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— A luz da lua filtrava-se por entre as árvores, projetando sombras longas e sinuosas enquanto eu avançava em direção ao verdadeiro posto avançado. Com o mapa roubado em mãos, cada passo era calculado. O local indicado ficava a pouco mais de dois quilômetros dali, estrategicamente escondido em uma depressão no terreno, cercado por vegetação densa. Não seria fácil de localizar sem o auxílio daquela informação.

Meus pensamentos giravam em torno do "Artefato Yomotsu". Aquela designação não era familiar, mas o fato de estar listado separadamente dos outros recursos indicava sua importância. Se fosse algo que poderia fortalecer os Akagi, precisaria ser eliminado ou, no mínimo, estudado.

Conforme me aproximava, os sons de vozes começaram a alcançar meus ouvidos, abafados pela distância e pelo farfalhar das folhas. Deitei-me sobre um galho alto, observando o local de cima. O verdadeiro posto avançado era muito maior do que eu esperava.

Havia tendas dispostas em círculo, protegidas por paliçadas de madeira reforçadas. No centro, uma construção maior e mais sólida, provavelmente o depósito ou a sede do comandante. A movimentação ali era intensa; shinobis patrulhavam em grupos, enquanto outros carregavam caixas para dentro e para fora do depósito.

Minha atenção foi atraída por algo na lateral do acampamento: uma carroça cercada por três shinobis armados, claramente em alerta. Ao lado da carroça, um selo de contenção brilhava fracamente, sustentando o que parecia ser uma grande caixa metálica.

— O Artefato Yomotsu... —

Minha mente começou a traçar possibilidades. Atacar diretamente seria suicídio, mas havia outras formas de causar impacto. Se conseguisse criar uma distração grande o suficiente, talvez pudesse se infiltrar e descobrir mais sobre aquele artefato.

— Fumaça, explosões, confusão... — Sussurrei para mim mesma, revisando mentalmente o arsenal que trazia comigo. As bombas de fumaça seriam úteis para desorientar os guardas, enquanto uma sequência de pequenos focos de fogo poderia forçá-los a dividir suas forças.

Antes de agir, decidi observar por mais tempo, buscando pontos fracos. Após alguns minutos, notei algo promissor: um grupo de três shinobis afastava-se do acampamento, provavelmente para patrulhar os arredores. Segui-os pelas sombras, mantendo a distância, até que se separaram ao chegarem a uma clareira próxima.

Aproximei-me do mais isolado, movendo-me como um espectro entre as árvores. Em poucos segundos, ele estava desacordado, amarrado e escondido em um arbusto. Voltei minha atenção para os outros dois, que, distraídos, conversavam enquanto caminhavam pela margem de um pequeno riacho.

— Hora de criar uma abertura... —

Com um selo rápido, criei uma pequena chama entre os dedos, jogando-a contra uma árvore seca próxima. O fogo espalhou-se rapidamente, chamando a atenção dos patrulheiros. Assim que se aproximaram para investigar, saltei silenciosamente sobre um deles, incapacitando-o antes que pudesse reagir. O último tentou alertar os demais, mas foi tarde demais; a lâmina da Kusanagi cortou sua garganta em um movimento preciso.

Voltei rapidamente para o acampamento, mantendo-me nas sombras. Com dois guardas a menos e uma distração crescente na forma do incêndio, o caos começava a tomar forma. Agora, era só questão de tempo até que a brecha certa surgisse para que eu pudesse me infiltrar.

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Tokubetsu Jonin

Dom 24 Nov 2024 - 21:00

— Perish Before my Flames

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— Me mantive em silêncio por detrás de uma árvore velha de tronco frágil e galhos retorcidos. A árvore já não mais possuía folhas, e rangia com o som de cupins que a devoravam de dentro para fora. Conforme o meu sharingan observava o pequeno incêndio se alastrar através da mata de vegetação seca, me preparei para atacar os guardas do posto avançado. Este posto ainda estava em processo de construção - Protegido apenas por algumas cercas de madeira e sem proteção externa notável, o caleidoscópio carmesim era incapaz de detectar presenças de chakra nas imediações do local. Havia uma fogueira acesa ao centro cercada por tendas de tecido nobre que esbanjavam o símbolo da família Akagi.

Um minuto, dois...

O tempo se passou e ninguém pareceu se importar com o incêndio e a ausência dos patruleiros. Por um instante, pensei que talvez eles já houvessem deixado aquele local e aqueles dois homens seriam apenas os encarregados de vigiar o recinto, mas não parecia ser o caso. Franzi o cenho e decidi deixar o esconderijo, me movendo silenciosamente entre as árvores até que estivesse a cerca de quarenta metros do posto avançado e com uma visão plena de sua entrada. — Vazio? — O pensamente correu a minha mente como uma dúvida válida, mas eu tinha certeza de que era uma armadilha. Os Akagi sempre jogaram sujo, e esta não seria a primeira fez que fingiram fraqueza para obter a vantagem da situação. — Esses vermes realmente acham que podem me enganar com um truque tão patético? Se vocês não vão aparecer, então queimem! — A dúvida transformou-se em ódio.

E o ódio, em chamas.

Manipulei o meu chakra atrás das pernas até que atingisse o chão. Então, do solo, as chamas se solidificaram e correram como veias flamejantes até o interior do acampamento. Primeiro, pequenas erupções de fogo surgiram entre as cercas de madeira, derrubando-as e criando um círculo de fogo ao redor do perímetro dos Akagi. A segunda, mais ousada, criou uma grande erupção ao centro do acampamento, lançando detritos carbonizados e chamas cortantes para todos os lados. O som estridente da erupção criou uma pequena onda de choque que afastou os ventos nos arredores do acampamento. Mesmo assim, tudo o que recebi como resposta foi o silêncio. Minhas tomoes giraram e a pupila retraiu ainda mais, evidenciando a raiva crescente que me consumia a cada segundo. Eu sempre gostei de resolver as coisas do jeito mais simples, e dessa vez não seria diferente. Eles queriam jogar sujo, não é? Que seja.

— Vou dar a vocês o que querem. — Sussurrei.

Então, deixei as sombras e apressei o passo, saltando em direção a entrada do acampamento, onde ergui a Kusanagi acima da minha cabeça e fiz com que o brilho das chamas refletissem na espada legendária. Eles queriam me puxar para uma armadilha óbvia, mas agora parece que virei o jogo - Seriam eles que deveriam cair na minha armadilha primeiro. Um truque tão bobo, mas tão eficaz... Esses patrícios malditos não fazem ideia do que é ser um ninja. Vou mostrar a eles o que é maldade.

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Tokubetsu Jonin

Ontem à(s) 0:02

— Perish Before my Flames

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— O calor do fogo iluminava o acampamento em chamas, e o reflexo das labaredas na Kusanagi criava um brilho ameaçador. Cada passo que eu dava dentro daquele caos parecia ecoar em minha mente, misturando raiva e determinação. As sombras oscilavam entre as tendas, projetadas pelo fogo crescente, mas não havia um som sequer.

Continuei avançando, os olhos varrendo cada detalhe do acampamento. As tendas estavam vazias, o chão manchado de cinzas e detritos, mas não havia sinais de movimentação humana. Os Akagi haviam abandonado o local, mas deixaram para trás o símbolo de sua arrogância: o acampamento parecia preparado para ostentação, não para batalha.

Cheguei ao centro, onde a fogueira havia sido completamente engolida pelas minhas chamas. Me abaixei e analisei o solo ao redor. Marcas de pegadas — algumas profundas, indicando pressa — e resíduos que não pertenciam a shinobis comuns. Fragmentos de papel explosivo queimado, fios de metal entrelaçados e até mesmo uma kunai de fabricação estrangeira.

— Isso não é o trabalho de um bando desorganizado... — murmurei para mim mesma.

Os Akagi não são conhecidos pela sutileza, mas aquele local estava vazio demais, limpo demais. Era óbvio que estavam tentando me levar a acreditar que haviam fugido, mas os rastros contavam outra história. Eles estavam esperando por algo — ou alguém.

E então, senti.

Uma mudança no ar, um leve tremor na terra. Meu Sharingan captou o brilho tênue de chakra, escondido sob o solo. Uma armadilha cuidadosamente disfarçada, envolvendo todo o perímetro do acampamento.

— Explosivos? Não... Mais complexo que isso. —

Afastei-me rapidamente, concentrando chakra nos pés enquanto saltava para o alto, buscando um ponto de observação mais seguro. Foi quando vi: um brilho sutil emanava das árvores ao redor do acampamento. Selos de contenção, formando um padrão circular ao redor da área.

— É um campo de contenção. —

Eu estava cercada, e o tempo estava contra mim. A sensação familiar de estar sendo vigiada percorreu minha espinha. Do alto, captei um movimento entre as árvores — sombras se aproximando, rápidas e silenciosas.

— Finalmente. —

O primeiro ataque veio de um ponto cego, uma kunai revestida em chakra reluzindo enquanto cortava o ar em minha direção. Desviei no último instante, girando no ar e aterrissando de volta ao solo, Kusanagi erguida em posição defensiva.

Quatro silhuetas surgiram, seus rostos cobertos por máscaras adornadas com o símbolo dos Akagi. Não eram patrulheiros comuns — seus movimentos coordenados e a precisão nos ataques revelavam sua experiência.

— Vocês demoraram. —

O primeiro avançou com uma lança, tentando me acertar no flanco esquerdo. Bloqueei com a espada, o impacto ecoando pelo metal. Antes que pudesse contra-atacar, senti uma segunda presença vindo pelas costas.

Meu Sharingan captou o movimento com clareza: um deles tentava me atingir com uma técnica de fogo concentrada. Saltei para trás, utilizando a lâmina da Kusanagi para desviar o ataque, que explodiu ao meu lado em uma chuva de faíscas.

— Quatro contra um? Espero que tenham trazido mais. —

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Ontem à(s) 3:00

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— O som metálico da Kusanagi contra as lâminas dos oponentes preenchia o silêncio que o fogo havia deixado. Eles eram habilidosos, coordenados, mas eu era paciente, calculista. O Sharingan girava freneticamente, registrando cada movimento, cada abertura, e cada hesitação.

O primeiro deles, o homem com a lança, avançou novamente. Ele era agressivo, provavelmente o líder. Sua arma cortava o ar em movimentos rápidos e circulares, buscando me prender em uma sequência ininterrupta. Bloqueei o primeiro golpe, desviei do segundo, e girei para escapar de um ataque vertical que fez o solo rachar sob a força da lâmina.

Enquanto isso, os outros três se espalharam, tentando me flanquear. Dois avançaram em sincronia, espadas curtas e kunais reluzindo à luz do fogo. O terceiro se manteve à distância, preparando selos de mão — uma técnica de longo alcance.

— Certo. Primeiro, vocês dois. —

Ativei meu jutsu, canalizando chakra nas pernas para um impulso repentino. Saltei alto, acima dos dois que se aproximavam, e usei o ar como meu aliado. Manipulei o fogo residual do campo, formando projéteis sólidos que dispararam como flechas em direção aos flanqueadores.

Um deles desviou, mas o outro foi atingido na lateral do torso, sendo lançado contra uma árvore com o impacto. Não esperei para confirmar se ele estava fora de combate — virei minha atenção para o líder, que já avançava novamente com sua lança.

Ele tentou um golpe lateral, mas desta vez não bloqueei. Girei o corpo, deixando a lâmina passar a poucos centímetros da minha cintura, e então avancei. Minha espada encontrou o metal de sua arma, e a força do impacto fez a lança tremer em suas mãos. Ele recuou, mas eu continuei pressionando, golpe após golpe, até que ele precisou saltar para trás para recuperar o equilíbrio.

— Está ficando cansado? — provoquei, embora a verdade fosse que eu também estava economizando energia.

O shinobi que se mantinha distante terminou seus selos. Uma esfera de fogo surgiu em suas mãos, maior e mais quente do que eu esperava. Ele lançou o ataque em minha direção, e o calor do projétil queimou o ar ao redor enquanto vinha na minha direção.

Usei a Kusanagi como um canal para meu chakra, criando um arco de energia flamejante com um único movimento. O impacto entre meu golpe e a esfera de fogo criou uma explosão que me fez recuar alguns passos, mas também me deu o que eu precisava: tempo.

Tempo para pensar.

— Eles são bons, mas essa formação é limitada. —

Notei que o líder dependia muito da distração criada pelos outros. Sem eles, ele era menos eficaz. E o lançador de ninjutsus parecia vulnerável enquanto preparava suas técnicas. Era um ponto fraco óbvio.

Meus olhos encontraram os do líder por um instante. Ele sabia que eu tinha percebido.

— É a sua vez. —

Movi-me com velocidade, mirando o lançador à distância. Ele tentou recuar, mas o solo sob seus pés explodiu em chamas enquanto manipulava meu chakra para cercá-lo. Ele gritou, mas o som foi abafado pela espada que já estava em meu alcance. Com um único golpe, ele foi desarmado e jogado ao chão, desacordado.

Os dois restantes hesitaram. O homem com a lança olhou para o companheiro ferido e depois para mim. Ele sabia que não tinha mais vantagem.

— Vocês ainda querem continuar? — perguntei, baixando a Kusanagi por um instante, mas com os olhos ainda fixos em seus movimentos.

Ele não respondeu, mas o silêncio era tudo o que eu precisava.

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Ontem à(s) 11:26

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— O silêncio caiu como uma pedra no fundo de um lago.

Aquele breve instante de hesitação nos olhos do líder dizia mais do que qualquer palavra. Ele sabia que a luta estava perdida, mas o orgulho ou a lealdade — ou ambos — o impediam de recuar. Os flanqueadores estavam derrotados, o lançador de ninjutsus estava desacordado, e tudo o que restava era ele e sua lança, uma arma pesada contra alguém que sabia dançar entre ataques como se fosse uma brisa.

— Está esperando o quê? — minha voz soou firme, mas sem arrogância. O brilho das chamas ao redor refletia na lâmina da Kusanagi, enquanto meus olhos carmesins fixavam nele, estudando cada movimento, cada respiração. — Vai continuar lutando por uma causa perdida ou me contar o que quero saber? —

Ele apertou o cabo da lança com força, mas seu olhar traía o conflito interno. Queria lutar, mas sabia que morreria se o fizesse.

— Vocês acham que podem se esconder para sempre? — continuei, dando um passo adiante. — Cada um que eu derrubo é só mais um elo quebrado na corrente que vocês chamam de poder. Vou encontrar todos, um por um. Você pode morrer aqui ou me ajudar a tornar isso mais rápido. Escolha. —

A tensão aumentou. O som distante de madeira queimando e o estalar das chamas era tudo que se ouvia. Então, ele relaxou os ombros, a ponta da lança baixando levemente.

— Você fala como se soubesse alguma coisa sobre nós. — Ele deu um passo para trás, como se buscasse espaço para respirar. — Mas não sabe o que está enfrentando. —

— Então me conte. —

Ele riu, um som seco e amargo, e então cravou a ponta da lança no chão. — Os Akagi não são só soldados. Não somos só comerciantes. Somos uma família. Um sistema. Você pode destruir um posto, derrubar meia dúzia de homens, mas nunca vai arrancar a raiz. Não sozinha.

— Não subestime o que uma pessoa pode fazer sozinha. —

Antes que pudesse responder, movi-me rapidamente, fechando o espaço entre nós em um instante. Minha mão esquerda segurou o cabo da lança, afastando-o para o lado, enquanto a ponta da Kusanagi pairava rente à sua garganta. Ele arregalou os olhos, surpreso pela velocidade.

— Onde está o próximo posto avançado? — minha voz era baixa, cortante como o fio da espada. — Ou prefere que eu acabe com isso aqui?

Ele tremeu por um momento, mas não ousou resistir. — Ao norte. Há um caminho na floresta... leva até uma clareira. Mas não vai adiantar. Eles já sabem que você está aqui. —

Eu o encarei por um instante antes de recuar a lâmina. Ele caiu de joelhos, respirando com dificuldade.

— Considere-se com sorte. Hoje você vive. Mas, se eu descobrir que mentiu, volto para terminar o serviço. —

Sem olhar para trás, virei-me e comecei a caminhar em direção ao norte, meu olhar fixo no horizonte enquanto o calor das chamas iluminava meu caminho.

— Uma raiz, não é? — murmurei para mim mesma, com um leve sorriso frio no rosto. — Então vou arrancá-la pela base. —

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Agony

Tokubetsu Jonin

Ontem à(s) 14:26

— Perish Before my Flames

Deus está morto!
Deus permanece morto!
-x-

— A escuridão da floresta me engoliu conforme eu deixava para trás o brilho das chamas que consumiam o posto avançado. As palavras do homem ecoavam na minha mente: "Eles já sabem que você está aqui."

Claro que sabiam. Não existe subtileza em fogo e sangue, e os Akagi, com toda sua teia de influências, provavelmente já estavam se mobilizando. Mas isso não importava. Não para mim. Cada passo que eu dava entre as árvores me aproximava da clareira que ele mencionou. Um local isolado, ao norte, com um "próximo posto avançado".

Caminhei por cerca de meia hora, meu corpo em alerta constante. Meu Sharingan analisava cada sombra, cada folha que se movia com o vento. Eu sabia que eles poderiam estar à minha espera, prontos para emboscar, mas o silêncio predominava, apenas quebrado pelos sons noturnos da floresta.

Quando o cenário começou a mudar, percebi que estava chegando perto. A vegetação se tornava menos densa, os troncos das árvores ficavam mais espaçados, e o solo mostrava sinais de uso humano — pegadas apagadas, marcas de rodas leves.

— Um caminho na floresta... — murmurei para mim mesma, enquanto seguia o rastro.

Finalmente, as árvores deram lugar a uma clareira ampla. A luz da lua prateada caía sobre o local, revelando uma estrutura modesta — um pequeno acampamento fortificado, cercado por uma paliçada de madeira, com uma torre de vigia simples erguida no centro. Diferente do posto anterior, este parecia estar em pleno funcionamento. Guardas circulavam o perímetro, e os movimentos organizados indicavam uma disciplina maior.

Me abaixei atrás de um arbusto, avaliando a situação. Os guardas estavam armados, dois na entrada principal e outros patrulhando as laterais. Não era um posto "frágil" como o primeiro; parecia mais importante, provavelmente uma base de apoio para algo maior. Havia luzes vindas de dentro de uma grande tenda no centro do acampamento. Diferente das tendas nobres do primeiro posto, esta era funcional, mas chamava atenção pela movimentação ao seu redor. Pessoas entravam e saíam rapidamente, algumas carregando caixas ou pergaminhos.

Respirei fundo, permitindo que a raiva inicial cedesse lugar à análise fria e calculada. Um ataque direto seria suicídio. Desta vez, precisava agir como uma sombra de verdade.

Meu olhar se fixou na torre de vigia. Um único guarda estava lá em cima, observando a floresta, mas distraído, ocasionalmente coçando a nuca ou olhando para as mãos.

— Primeiro, a visão. Depois, a vantagem. —

Canalizei o chakra para meus pés e me movi pelo perímetro, evitando as patrulhas com precisão. A subida na torre seria meu primeiro passo. De lá, teria uma visão privilegiada e poderia avaliar melhor como entrar na tenda central.

Enquanto escalava a lateral da torre, usando as frestas da madeira como apoio, meus pensamentos se voltaram ao líder que deixei para trás. Ele disse que os Akagi eram um sistema, uma raiz difícil de arrancar. Talvez estivesse certo, mas cada base, cada posto, cada homem que eu derrubasse era mais uma rachadura nesse sistema.

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HP: 1625/1625 | CH: 3900/4000 | ST: 00/07
LC: 35/100 | SK: 21/50 | Mangekyou: 02/05

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Tokubetsu Jonin

Ontem à(s) 17:26

— Perish Before my Flames

Deus está morto!
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-x-

— Subi até o topo da torre com a leveza de uma sombra. Cada movimento era calculado, a madeira rangendo levemente sob os meus pés enquanto me esgueirava pelo lado menos visível. O guarda na torre parecia alheio à ameaça, perdido em pensamentos ou distraído com o silêncio da noite.

Quando alcancei o parapeito, minha mão deslizou para a bainha da Kusanagi, pronta para o golpe. Não era uma questão de hesitação ou piedade — simplesmente, precisava ser rápido e limpo. Neutralizar antes que ele percebesse o que estava acontecendo.

Um único movimento bastou. A lâmina atravessou o espaço entre nós em um arco silencioso, cortando o ar antes de atingir o alvo. Ele não teve tempo de reagir; caiu no chão da torre, o corpo amortecido pelo impacto controlado. Sangue escorria suavemente de sua garganta, a vida já se esvaindo antes que pudesse sequer gritar.

Limpei a lâmina com um pano, observando o acampamento de cima. A tenda central continuava sendo o ponto de maior movimentação. Um grupo de quatro homens carregava caixas para dentro, enquanto outros dois permaneciam na entrada da tenda, de braços cruzados e visivelmente atentos.

— A segurança está reforçada. Algo importante deve estar aqui. —

Além disso, notei algo que havia escapado à primeira vista. Nos arredores do acampamento, quase escondidas pela paliçada, havia estruturas menores cobertas por lonas. Pela forma irregular, pareciam armas ou equipamentos, mas não consegui identificar com clareza.

A rotina do acampamento era metódica: patrulhas que circulavam o perímetro em intervalos regulares, soldados que mantinham comunicação breve e estratégica. Mas, mesmo com essa organização, havia falhas. A rota de patrulha deixava uma pequena brecha no lado oeste do acampamento, um espaço onde as sombras dominavam e o terreno era mais elevado.

Era por ali que eu entraria.

Antes de descer, vasculhei os pertences do guarda caído. Encontrei um mapa simples e um pequeno caderno com anotações desleixadas. Nada muito detalhado, mas mencionava entregas regulares e algo chamado "Projeto Hino Kagutsuchi". Um nome estranho, mas carregado de significado — Kagutsuchi, o deus do fogo.

Franzi o cenho. O que quer que fosse, parecia estar diretamente conectado aos Akagi.

Desci da torre silenciosamente, meu coração agora pulsando com um misto de adrenalina e expectativa. A rota que identifiquei era perfeita para me infiltrar sem ser vista. Uma vez dentro, minha prioridade seria entender o que estava na tenda central. Se o "Projeto Hino Kagutsuchi" fosse algo tão importante quanto parecia, destruir aquilo seria um golpe devastador para os Akagi.

Conforme me aproximava da paliçada, minha mente trabalhava em múltiplos cenários. Primeiro, neutralizar os guardas próximos. Segundo, encontrar uma brecha para acessar a tenda. Terceiro, sair dali antes que o alarme fosse dado.

Eu sabia que, ao cruzar essa barreira, não haveria volta. Mas, no fundo, não precisava haver. Cada passo que eu dava me aproximava de derrubar essa família podre. E mesmo que eles tentassem me deter, eu era o incêndio que consumiria tudo. Segurei a respiração e fiz o selo do tigre. Meu chakra fluiu para os pés, me permitindo escalar a paliçada com facilidade. Assim que alcancei o topo, me esgueirei para dentro, ocultando-me nas sombras do lado oeste.

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Tokubetsu Jonin

Ontem à(s) 20:35

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— As sombras pareciam se mover comigo, como se conspirassem para ocultar cada passo. Me mantive baixa, o corpo em perfeita sincronia com o terreno ao meu redor. A paliçada era mais robusta do que parecia à primeira vista, mas os ângulos e brechas entre as tábuas confirmaram o que eu suspeitava: segurança mal planejada.

Na penumbra, observei os guardas que patrulhavam. Aquele trecho estava vazio, como esperado, e o silêncio se tornava cada vez mais profundo à medida que me aproximava da tenda central. O cheiro de madeira queimada e óleo de lâmpada pairava no ar, e pequenos estalos de chamas iluminavam parcialmente os caminhos entre as tendas.

Respirei fundo e estiquei os dedos antes de ativar o Sharingan. As três tomoes giraram levemente, ajustando-se à luz fraca, permitindo-me enxergar com mais precisão as assinaturas de chakra ao redor. Dois homens estavam em posição fixa próximo à entrada principal da tenda; outros quatro estavam espalhados em formações menores, todos guardando pontos estratégicos.

Os números não são problema. A atenção, sim.

Enquanto estudava os movimentos dos guardas, notei algo peculiar. O homem mais próximo à entrada não tinha o fluxo natural de chakra de um shinobi comum. Ele era diferente, como se algo estivesse interferindo em sua energia. Minha primeira suspeita foi que ele estava usando algum tipo de equipamento ou técnica para mascarar sua força real.

Interessante… Mas inútil.

Avancei, agachada, pelas sombras entre duas tendas menores. O primeiro obstáculo era um guarda parado perto de uma fogueira. Ele parecia estar prestes a cochilar, o que era conveniente. Deslizei até ele e, com um movimento rápido da Kusanagi, perfurei seu pescoço de forma limpa. Não houve som, apenas um suspiro abafado antes que seu corpo cedesse ao chão.

Não me permiti hesitar. Puxei o corpo para dentro de uma das tendas vazias e cobri a entrada com um pedaço de tecido rasgado. O sangue já havia começado a manchar o chão, mas duvidava que alguém perceberia tão cedo.

Com a mesma precisão, continuei meu caminho. Dois guardas na lateral esquerda estavam conversando em tom baixo, distraídos demais para perceber a movimentação ao redor. Aproveitei a distração e saltei de uma das barracas, lançando duas kunais. As lâminas atravessaram suas gargantas quase simultaneamente, e ambos caíram sem alarde.

O caminho até a tenda central estava quase livre, mas eu sabia que os dois guardas fixos seriam um problema maior. Eles estavam em alerta, as mãos próximas às armas, e pareciam mais experientes do que os outros. Um deles segurava uma lança, enquanto o outro tinha uma katana embainhada, os olhos atentos aos arredores.

Dei um passo para trás, ajustando minha posição. Não poderia eliminá-los com facilidade sem causar alarde, então optei por outra abordagem. Puxei um pequeno pergaminho da bolsa e o desenrolei, pressionando os dedos contra os selos inscritos.

— Katon: Haisekisho. — murmurei, enquanto o pergaminho desaparecia em uma leve explosão de fumaça.

Uma densa nuvem de cinzas cobriu a área em segundos, ocultando minha presença e forçando os guardas a recuarem com tosse e confusão. Eles tentaram reagir, mas antes que pudessem sequer coordenar um ataque, eu estava sobre eles. A Kusanagi brilhou em um arco rápido, cortando a perna do primeiro guarda. Ele caiu de joelhos, gritando, mas logo foi silenciado por um golpe direto no peito.

O segundo tentou desferir um golpe com a lança, mas o Sharingan leu seus movimentos com facilidade. Desviei para o lado e girei a lâmina da Kusanagi, cortando seu braço e, em seguida, a garganta.

O silêncio voltou, exceto pelo som abafado da tenda central.

— Pronto. — murmurei para mim mesma, caminhando em direção à entrada.

A cortina pesada que cobria a entrada balançava levemente com o vento. Do outro lado, eu podia sentir as assinaturas de chakra ainda ativas. Algo importante estava ali.

Apertei o punho ao redor do cabo da Kusanagi. Seja o que fosse, acabaria comigo, ou seria consumido pelas chamas.

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Tokubetsu Jonin

Ontem à(s) 23:36

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— Atravessei a entrada da tenda central com passos calculados, sentindo o peso crescente de cada respiração no ar denso. A luz do fogo do lado de fora projetava sombras oscilantes nas paredes de lona, criando formas disformes que pareciam dançar ao meu redor. Meus dedos se apertaram ao redor do cabo da Kusanagi, e meu Sharingan se fixou imediatamente nas figuras dentro do espaço.

Três homens estavam dispostos ao redor de uma mesa improvisada, onde mapas e documentos se espalhavam. Dois deles vestiam trajes típicos de samurais de elite, com armaduras reforçadas e espadas embainhadas. O terceiro, sentado no centro, parecia ser o líder — um homem alto, de cabelos grisalhos e olhar afiado. Ele não carregava armas visíveis, mas sua postura exalava confiança. Ele não precisava delas, percebi, ao notar o fluxo denso de chakra circulando em seu corpo.

— Então, você decidiu aparecer. — A voz do homem no centro cortou o silêncio, grave e carregada de sarcasmo. — Admito que estou impressionado. Poucos teriam coragem de invadir este acampamento sozinhos. —

Mantive minha posição, a lâmina brilhando com a luz tênue ao meu lado. Não respondi de imediato; em vez disso, deixei que meus olhos analisassem cada detalhe da sala. Dois guardas de elite, uma possível ameaça de ninjutsu vindo do líder, e uma saída ao fundo que poderia ser usada contra mim. Um confronto direto seria complicado, mas não impossível.

— Okka? — murmurei, o nome escapando dos meus lábios como veneno. — Vocês têm muito a pagar. —

O líder riu baixo, um som que reverberou pela tenda. — Pagar? Você acha que essa pequena demonstração de força vai abalar nossa família? Você é só mais uma sombra perdida, tentando lutar contra algo muito maior do que entende. —

Meu olhar endureceu, e as tomoe do Sharingan giraram com intensidade. — Talvez eu seja apenas uma sombra. Mas uma sombra pode consumir até mesmo a luz mais forte. E vocês, Akagi, estão cheios de escuridão para alimentar o fogo.

Com um movimento rápido, o líder ergueu a mão, sinalizando para os dois samurais avançarem. Eles não hesitaram, sacando suas lâminas em sincronia enquanto se aproximavam. Esperei pelo momento certo, observando cada detalhe de seus movimentos com o Sharingan. Quando o primeiro desferiu um golpe lateral, desviei com um passo curto, girando a Kusanagi para interceptar a lâmina do segundo. O choque de metal ecoou pela tenda, mas meu corpo já estava em movimento novamente.

Girei em um arco baixo, minha lâmina cortando o ar em direção às pernas do primeiro samurai. Ele tentou recuar, mas era tarde demais; a Kusanagi encontrou seu alvo, e o homem caiu com um grito abafado. Antes que o segundo pudesse reagir, saltei para trás, posicionando-me perto da entrada para limitar seu espaço de manobra.

— Vocês são lentos. — Disse, fria, enquanto o sangue escorria pela lâmina da Kusanagi.

O segundo samurai avançou com mais cautela, sua lâmina vindo em uma sequência de golpes precisos. Mas para o Sharingan, eles eram quase previsíveis. Me abaixei, evitando um corte vertical, e canalizei chakra pela espada, fazendo-a brilhar com uma intensidade flamejante. Com um único movimento, desferi um golpe horizontal que atingiu tanto sua lâmina quanto o braço que a segurava. Ele recuou, soltando um grito de dor, mas não por muito tempo; uma kunai que lancei em seguida encerrou sua luta.

Voltei meu olhar para o líder, que ainda não havia se levantado. Ele bateu palmas lentamente, a expressão de desprezo estampada em seu rosto.

— Impressionante. Talvez você tenha mais mérito do que pensei. Mas, ainda assim... — Ele se levantou, e o chakra ao seu redor se intensificou, criando uma pressão quase palpável. — Você não faz ideia de com quem está lidando. —

Preparei minha postura, sentindo o calor do chakra concentrado em minhas pernas. — E você não faz ideia do que é a fúria de quem não tem nada a perder. —

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Hoje à(s) 2:36

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— Okka avançou sem pressa, como se cada passo carregasse a convicção de sua vitória. Suas mãos não se moveram em direção a nenhuma arma; em vez disso, ele ergueu os braços levemente, e o chakra ao seu redor pulsou, criando um brilho sombrio que me fez estreitar os olhos. Não era comum, nem natural. Aquilo não era apenas força física ou habilidade de ninjutsu — era algo mais profundo, algo impregnado de intenção.

— Você acredita que raiva e vingança são armas eficazes? — Ele disse, a voz carregada de arrogância. — Mas essas emoções tornam você previsível. E previsível é o mesmo que morto. —

Suas palavras ecoaram como um desafio. Meus olhos se fixaram nele, analisando cada movimento, cada oscilação de chakra. Meu Sharingan captava nuances sutis — uma postura sem aberturas, mas que dependia de confiança exagerada. Ele estava testando, provocando. Tentei ignorar a sensação de inquietação que subia pela minha espinha.

— Vamos descobrir se a sua confiança é só mais um blefe patético. — Respondi, fria, ajustando a postura da Kusanagi e canalizando mais chakra à lâmina. O metal brilhou em tons de carmesim, refletindo as chamas ainda dançando ao fundo.

Sem hesitar, avancei. Minha espada cortou o ar em um movimento lateral, mirando o flanco direito do homem. Ele desviou com facilidade, um movimento fluido que não condizia com sua idade aparente. Mas eu já esperava isso. Girei rapidamente, alterando o ângulo do ataque, e desferi uma sequência de golpes que visavam limitar seu espaço. Apesar da velocidade e da precisão, ele continuava a desviar, como se antecipasse cada ataque.

— Não está se esforçando o suficiente. — Ele debochou, bloqueando minha lâmina com uma palma envolta em chakra. O impacto gerou uma onda de energia que me obrigou a recuar alguns passos. O chão sob seus pés rachou, e a pressão em volta ficou mais intensa.

Respirei fundo, ignorando a dor que irradiava pelos meus braços. Ele era mais forte do que imaginei, mas não invencível. Meu olhar buscou o ambiente ao redor, procurando qualquer coisa que pudesse virar o jogo a meu favor. As sombras oscilantes das chamas, os detritos espalhados pela tenda, o sangue dos guardas caídos... Tudo poderia ser uma arma, se eu jogasse direito.

— Previsível, não é? — Murmurei para mim mesma, sentindo a raiva dar lugar a algo mais frio, mais calculado.

Concentrei chakra nos pés, preparando-me para um movimento mais ousado. Saltei para trás, aumentando a distância entre nós, e canalizei o chakra em uma rápida sequência de selos. A terra sob seus pés começou a tremer, rachando em padrões imprevisíveis enquanto chamas surgiam das fissuras, tentando desestabilizá-lo. Ele saltou para evitar o ataque, mas era exatamente o que eu queria.

No ar, ele estava mais vulnerável, e eu não desperdiçaria a chance. Desfiz a técnica com um gesto, e canalizei tudo na Kusanagi. A lâmina resplandeceu em uma aura flamejante, e avancei como uma sombra, mirando um golpe vertical que visava cortá-lo ao meio.

— Impressionante, mas ainda insuficiente! — Ele rugiu, girando no ar e erguendo uma barreira de chakra que absorveu o impacto do ataque. Ainda assim, o poder do golpe o jogou contra uma das colunas da tenda, que cedeu com o impacto.

O silêncio caiu por um momento. Meu Sharingan captava cada movimento minúsculo, cada respiração pesada. Ele se ergueu, o olhar agora mais sério, o desprezo dando lugar a algo mais focado.

— Parece que você não é tão previsível quanto eu pensei. — Admitiu, limpando o sangue que escorria de um pequeno corte no lábio. — Mas não pense que isso é suficiente para me vencer. —

Eu não respondi. Apenas ajuste minha postura e preparei a próxima estratégia. A batalha estava longe de acabar.

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Tokubetsu Jonin

Hoje à(s) 12:27

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— Meu corpo moveu-se instintivamente. Enquanto o líder Akagi permanecia com uma expressão confiante, suas mãos já formavam os selos de uma técnica de Doton. O chão ao meu redor começou a vibrar, e pilares de rocha emergiram em uma sequência desordenada, forçando-me a saltar de um lado para o outro. Meu Sharingan seguia cada movimento do chakra em seus ataques, mas ele sabia usar o terreno a seu favor. Não seria fácil derrubá-lo.

— Vou esmagar você como a pedra esmaga um inseto, pequena serpente. — Ele declarou, criando outro pilar maciço que avançou em minha direção com velocidade surpreendente.

— Tente, verme. — Respondi, enquanto moldava o chakra em meu interior. O calor em minha garganta aumentava, crescendo como um vulcão prestes a explodir. Completei os selos, e a partir de minha boca um mar de chamas avassaladoras se expandiu.

— Katon: Goka Mekkyaku! — As labaredas inundaram o campo, consumindo os pilares e obrigando o Akagi a recuar. Ele ergueu uma barreira de pedra, mas não a tempo de evitar o impacto completo. O calor distorceu o ar entre nós, e pude vê-lo ofegar ao sair das chamas, agora com a lateral da armadura chamuscada.

— Parece que não é tão resistente quanto pensa. — Provoquei, enquanto ele limpava o sangue que escorria de sua testa.

— Sua arrogância será sua ruína. — Ele gritou, cravando as mãos no chão. Outra técnica de Doton começou a se formar, desta vez um fluxo de lama endurecida que disparou em minha direção como uma onda.

— Vamos ver quem cai primeiro. — Compondo os selos rapidamente, girei sobre o eixo do corpo, criando um tornado de chamas ao meu redor. — Katon: Kaen Senpu! — O vento e o fogo combinaram-se, desintegrando a lama antes que pudesse me atingir e forçando o Akagi a se proteger novamente.

O impacto de nossas técnicas começava a desgastar o campo ao redor. As árvores estavam queimadas ou destruídas, o solo estava rachado e coberto de fuligem, mas a batalha ainda estava longe de acabar.

Ele avançou diretamente, usando sua força física para tentar me atingir com golpes brutais enquanto moldava mais pilares de rocha ao nosso redor. Recuei para ganhar espaço e moldei outra técnica rapidamente. Um dragão de fogo surgiu em espiral ao meu redor, protegendo-me como uma fortaleza viva. — Katon: Goryuka. — As labaredas giraram como uma barreira viva, anulando os ataques de pedra que ele lançava.

Quando o Akagi tentou mais uma vez usar a lama para me cercar, conjurei outra técnica, trocando o calor pelo frio da água. A partir de minha boca, um jato cortante de água cristalina disparou, dividindo seus ataques de pedra ao meio. — Suiton: Suidanha.

— Você é uma ninja versátil, vou dar esse crédito. Mas isso não muda nada! — Ele gritou, seu chakra crescendo enquanto se preparava para um ataque ainda maior. Senti que a luta estava prestes a atingir um novo nível.

Mantive o olhar fixo nele, ajustando minha respiração e preparando-me para o próximo movimento. Cada golpe seria decisivo a partir de agora. Eu precisava acabar com ele antes que ele usasse o terreno destruído a seu favor novamente.

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Hoje à(s) 15:27

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— A raiva queimava no meu peito, e o som da voz do Akagi tentando desesperadamente formular um novo jutsu era insuportável. Ele se movia com dificuldade, o cansaço evidente nos olhos arregalados enquanto tentava formar mais selos de mão. Era patético. Ele realmente acreditava que podia me vencer com aquelas técnicas medíocres?

Sem dar tempo para que finalizasse sua próxima tentativa, avancei em alta velocidade, surgindo diante dele como um borrão. Seus olhos mal tiveram tempo de se ajustar à minha presença. Segurei seu pulso esquerdo antes que pudesse concluir os selos, esmagando-o com força suficiente para ouvir os ossos estalarem sob minha mão. Seu grito de dor ecoou pelas chamas que cercavam o posto, mas eu não recuei. Minha mão destra, carregada com chakra intenso, se ergueu até o rosto dele.

— Você já perdeu. — sussurrei, fria, antes de concentrar o poder do Tenro Kaken.

O fogo envolveu meus dedos como um redemoinho incandescente. O calor era tão intenso que o ar ao redor parecia vibrar. Num movimento rápido e implacável, pressionei a palma contra o rosto dele. O impacto foi instantâneo: carne, ossos e sangue evaporaram sob a força esmagadora das chamas purificadoras. O corpo do Akagi desabou de joelhos, com espasmos grotescos, antes de cair de lado, se contorcendo enquanto o fogo consumia os restos mortais.

Eu permaneci parada por um instante, observando as chamas dançarem no cadáver. Não havia satisfação, apenas um vazio prático. Ele estava no meu caminho e precisava ser eliminado. Nada mais.

Ainda havia trabalho a fazer.

Ergui a Kusanagi e movi minha atenção para o restante do acampamento. Com o Katon: Goka Mekkyaku, liberei outra onda de chamas que engolfou rapidamente as tendas e os suprimentos. A madeira restante do posto crepitava em agonia enquanto o fogo se espalhava, transformando tudo em cinzas.

— Que isso sirva de aviso aos seus superiores. — murmurei para mim mesma, enquanto os símbolos da família Akagi queimavam em meio ao inferno.

Caminhei entre os escombros fumegantes, mantendo o Sharingan ativo para buscar qualquer coisa que pudesse me ajudar. Mapas, pergaminhos, documentos... qualquer pista sobre o Volga ou os movimentos futuros dos Akagi. Vasculhei rapidamente as tendas, encontrando algumas anotações dispersas e um pergaminho intacto, que guardei em minha bolsa para uma análise mais detalhada depois.

Quando finalmente terminei, o posto avançado era um cemitério carbonizado. Sem olhar para trás, me afastei, deixando o caos para trás enquanto a fumaça subia em espirais negras para o céu.

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