Consid.:

Usados:

Armas:

~

Considerações:

Técnicas:

Habilidades:

Itens:

Tente não pensar muito sobre isso, repito o conselho, para logo em seguida pensar sobre aquilo o resto da noite até adormecer. Ele está vivo. Vivo, rezo até ser embalado pelo sono.

[...]

Como pode isso ser tão raro? Só fui capaz de visitar vilarejos além de Kiri após receber minha bandana; e, ainda assim, ter a chance de realmente visitar outra nação era uma tarefa laboriosa. Minha caminhada seria silenciosa e perdida entre a arquitetura, meus passos cadenciados pela chuva refrescante e com uma certa segurança por ter o Time 2 ao entorno. Ouviria as conversas paralelas daqueles que pouco conheço sem muito enfoque, apenas girando a cabeça ao ouvir a indagação adorável do pequeno ninja que nos acompanha na missão.

— Seu olho mudou de cor, Hakari-sensei? — repetiria para meu mestre, caso a interação fosse possível. Seus olhos de fato mudaram durante nossa graduação, lembro-me, não tendo dado muita atenção a isso na época; nem me sentindo no direito de questioná-lo sobre seu arsenal. Olharia de soslaio para o Yondaime. Veteranos e seus olhos místicos, contemplo com fascínio. Ouviria com atenção qualquer explicação dada pelo Amatsubito.

Cruzando o mercado, o calor viria com o ambiente. Não pela umidade abafada da chuva; não pelo abarrotamento de transeuntes matutinos; pelos olhares que recebíamos. Eu estaria perdido demais entre as intrincadas construções daquele distrito para perceber, inicialmente, que nosso grupo é uma marcha meio infame. É conosco? Duvidaria por alguns momentos, buscando percepções similares nos rostos dos shinobis mais velhos. O calor aumentaria—uma panela com a fervura transbordando em ponto de ebulição. Seria o suficiente para me manter em um estado semialerta.

O ataque viria em seguida. A saraivada metálica é veloz e confusa demais para que eu possa traçar um plano elaborado. À tira-colo—os civis!—, desespero-me. Minha reação inicial (14m/s) consiste em amassar Chakra em meu estômago, concentrando-o e cuspindo na forma de uma barreira aquosa (Suiton: Suijinheki); miraria para cima, erguendo o queixo. Não concluiria com um disparo; ao todo, cuspiria três barragens visando cobrir todas as lacunas possíveis; amassando Chakra, canalizando e disparando numa tríplice cíclica a uma velocidade constante (22m/s); as alturas seriam decrescentes a cada disparo, a primeira sendo de 6m, depois de 5,5m e enfim 5m. Durante o ato, assistiria Hyogo manipulando a própria chuva para produzir um escudo. Naturalmente, eu decidiria repetir a dose com minhas capacidades.

Pareço ter uma reserva infindável, lembraria de minhas palavras ao Deus do Relâmpago a medida que ergueria as mãos, dispensando a necessidade de selos devido a recente maestria, e canalizando o Chakra Elemental ao redor. Infinitude, é o que sinto, aplacado por todo o Suiton que nos engloba—as chuvas, as poças, as moléculas no ar e o meu próprio Jutsu anterior. Concentraria com agilidade (42m/s) uma cúpula aquosa e redonda a 4,5m de altura sobre nossas cabeças, semelhante a de Hyogo, manipulando as gotículas para que repelissem as lâminas atiradas. Estenderia a defesa completa em seu diâmetro (28,5m), visando proteger quem estivesse ao meu redor e os transeuntes adjacentes. Ainda concentrado e com a cúpula definida, construiria uma outra acima da mesma, fortificando-a, a 4m de altura abaixo desta. Toda a dedicação nas técnicas seria para segurar os ataques o máximo que consigo, confundindo-me se o que brota na minha testa é chuva ou suor.

Caso a ação fosse frutífera e eu pudesse identificar que a saraivada cessou, mais um tempo seria despendido para desfazer a cúpula cuidadosamente, devolvendo a massa aquática para glóbulos menores que se desfazem nas poças. Nobara, seria meu primeiro pensamento, não antes de cair de joelhos, arfando pela exaustão caso a estratégia funcionasse. Visaria pelo bem-estar da garota antes de tentar qualquer outra coisa. Caso ela estivesse segura, minha ação seguinte seria verificar o estado dos outros possíveis atingidos. Atentaria às necessidades da mais nova em seu Ninjutsu Medicinal, caso pudesse ajudar de alguma forma. Não é meu papel, pensaria, caso fosse possível identificar os atacantes fugindo. Deixaria aquilo para integrantes mais capazes da formação. Quando garantisse que estivessem todos bem ou fosse-lhe indicado para seguir ao QG, assim o faria.

~

Considerações:

Técnicas:

Habilidades:

Itens:

Consid.:

Usados:

Armas:

Alegria, contemplo a nuvem fedorenta que jorra sobre nós. Inebriado pelo cheiro nauseante, ao menos consigo me animar pelo bem-estar dos civis. Não sei o quão gratos ficarão pelo perfume que deixamos, entretanto. Sigo a marcha para o QG ainda afoito. Há mais? Ao entrar no prédio, dou pouca atenção para sua estrutura; meu outrora interesse arquitetônico se esvai com o ataque. De sobressalto, ouço o comentário sussurrado de Haka, que levanta uma sugestão. Lembro-me desses olhos na Lua Minguante. Amiga, fito o homem com orbes surpresas... até a expressão virar um sorriso sutil. Saudosista. Uma cumplicidade respeitosa, caso minha suposição estivesse correta. Nada mais questiono.

A atmosfera do salão me suprime quando sento timidamente no banco indicado, ouvindo todas aquelas informações—aqueles nomes, coordenadas, o mapa. Certo, isso está acontecendo, penso nervosamente, mordiscando a unha do polegar e torcendo para não molhar o assento. Preste atenção. Tento assimilar as ramificações de rotas que o senhor de rosto marcado apresenta. Novamente, o nome Kaguya me chama a atenção, levando-me ao deserto. Há uma curiosidade se formando sobre a tal Maki. Para minha surpresa, logo o Yondaime assume a dianteira e sou designado justamente para seguir o último rastro da mulher. Para uma... boate.

Eu tenho quatorze anos, penso em dizer, um pouco desesperado, até olhar em súplica para meu mestre. Ele parece disposto com a ideia, até mesmo realizando um disfarce e... e... um instante depois, ele está lindo. Tipo, muito lindo mesmo. Isso é estranho? É estranho falar isso do seu pai? Me mata. Não fui eu quem sugeriu ser um... um...

— C-casal? — morreria ao dizer, encarando o bonitão de quase 2 metros de altura que um dia já chamei de pai. Respire fundo. Não seja o Naritoshi. Tá todo mundo olhando. Levaria alguns momentos para me recompor, tentando conter a liquefação do meu corpo, antes de também realizar o Henge no Jutsu com os selos de mão necessários. Alta classe? Mentalizo um jovem um pouco mais alto que eu, de corpo franzino e delicado, com cabelos cor-de-fogo e orbes douradas. Minhas vestes materializaram um quimono esmeralda simples, o torso envelopado por fitas para cobrir a pele além do tecido, e sandálias de palha iguais as do meu par. Uma fita de cetim enrola os cabelos num coque e uma dupla de brincos púrpura cintila em minhas orelhas. Simples para não chamar atenção, mas condizente com um fidalgo... eu acho.

Parte de mim morre um pouco ao dar o braço para Haka, e seria capaz de ouvir meu coração martelar com aquela proximidade. ISSO É ESTRANHO, ISSO É ESTRANHO, ISSO É ESTRANHO. Respiro fundo de novo. Calma, não é. É só um trabalho. Se recomponha. Olharia de relance para Nobara, indicando um aceno de cabeça em prol de dizer-lhe "cuide-se". Ainda, dada aquela gentileza de Rekken, agradeceria-o pelo alimento e também o guardaria com cuidado. Não sabia que cozinhava. O cheiro era saboroso, profuso nas narinas, mas podia quebrar nosso... truque.

— Um nome — contemplo a ideia, pensando em alguma estratégia conforme seguíssemos para a boate. Ainda estaria um pouco aterrorizado; visitar um local para maiores, fingir ser um casal com meu próprio mestre... Foco, alerto-me. Não é uma brincadeira, é uma missão. Maki Kaguya era o objetivo acima de tudo, alguém do mesmo clã que... ele. Então o nome vem. — Harita. Harita da clássica... hã... família Ashigaki — sugeriria, selecionado um sobrenome tradicional qualquer dos pergaminhos que li. Aceitaria a história inventada, desviando o olhar timidamente, as bochechas queimando tão vermelhas quanto os cabelos. — E-então vamos lá... conhecer essa... boate... q-querido... haha...

Me mata. Me mata agora.