Allannia sentia o peso da escolha, tanto físico quanto emocional, conforme caminhavam pelo cenário devastado. A escuridão da noite avançava, obscurecendo ainda mais a linha entre a moralidade e o dever. O criminoso mantinha-se quieto, mas bastava que ele mantivesse o silêncio para que ela sentisse calafrios, quando tais não eram provenientes do frio. Assim que avistaram o contorno das luzes distantes do quartel, a Grey finalmente quebrou o silêncio que tanto atormentava-lhe:
—
Sabe... Você falou de honra, mas será que ela vale tanto assim? A honra nunca colocou comida na minha mesa, e nem me tornou uma ninja forte. — Allannia manteve os olhos fixos à frente, o semblante impassível, mas o turbilhão de emoções rodopiava em seu peito. A cada passo, o solo cinzento parecia mais pesado, como se as sensações a puxassem para um dilema que ela não queria encarar. —
A honra é uma moeda estranha — continuou após uma pausa longa demais para ser confortável —
Às vezes, ela custa caro, mas no fim, é a única coisa que realmente temos para carregar até o outro lado. Sem ela, o que nos resta? Assim como vão me pagar pelo serviço que prestei capturando você, a honra me recompensará com um lugar melhor quando eu morrer.O criminoso riu baixo, amargo.
—
Eu não tenho esse luxo, Grey. O outro lado? Acho que só existe mais desolação. Nada me espera lá. Mas para alguém como você, com o sangue élfico correndo nas veias, talvez a eternidade seja longa o suficiente para descobrir o que fazer com a honra. Por mim, poderia enfiar ela naquele lugar, mas pouco me importa agora. Eu perdi, afinal. Os seus deuses a protegeram quando precisou deles, e eu nunca tive um para ouvir minhas preces. Mesmo se eu tivesse, duvido que ele desse importância. — As palavras do sujeito soaram estranhamente amargas. Ele afrouxou a mão em seu ombro, como se sentisse que a conversa estava se encerrando. Allannia parou, as palavras dele reverberando em sua mente.
—
Nunca fui uma mulher de fé. O homem a quem queria poder louvar como um Deus, no fundo é apenas um homem, tal como você., ela murmurou, mais para si do que para ele.
—
Tampouco você é uma mulher de verdade, mas uma coisa completamente diferente. Outra raça. Outro sangue. E mesmo assim escolheu caminhar ao lado de um povo que sequer tem a mesma descendência que você, como se fosse uma deles. Foi mais leal e firme em suas devoções do que jamais serei capaz de ser — as palavras dele soaram uma falácia irônica, ciente de que ela não passava de um simulacro perfeito do que deveria ser uma kunoichi —
Você quem escolhe o que quer ser, nada mais, nada menos. E o mesmo vale para o que acredita. Vai deixar que a opinião dos outros dite o fluxo da sua vida?—
Sim, eu vou. Não sou estúpida o bastante para desafiar a ordem natural das coisas. Eu morreria. — Allannia pareceu sincera demais, ao ponto de parecer mesquinha. Quando finalmente, avistaram a entrada fortificada do quartel, os shinobi postados nas vigias, prontos para recebê-los, acenaram. Allannia respirou fundo, e decretou a sentença —
Chegamos. Você está formalmente preso. — Sua voz soou mais fria do que gostaria, mas não havia como evitar. A tarefa estava quase concluída.
O criminoso sorriu de canto, cansado e resignado.
—
Espero que consiga dormir bem quando chegar em casa essa noite, Allannia Grey. — Sentiu-se vazia ao perceber que sequer possuía um lar para chamar de seu no momento, e poderia no máximo dormir no local de trabalho.
E com aquelas últimas palavras, ele entregou-se ao silêncio, enquanto os portões se abriam lentamente, anunciando o desfecho de sua missão. Ao chegarem aos portões do quartel, Allannia se permitiu um suspiro discreto. Estava exausta, tanto física quanto mentalmente, e a tensão crescente entre ela e o prisioneiro parecia sufocante. Os guardas imediatamente abriram passagem, cientes de quem ela era, mas seus olhares demoraram-se no homem ao seu lado, como se tentassem medir o grau de periculosidade dele, considerando que não estava amarrado, algemado ou restringido de quaisquer formas que não fossem as sequelas do combate, que o marcaria para sempre.
—
Levem-no para a cela. — ordenou com uma voz firme, ainda que com um traço de cansaço, enquanto passava o criminoso para os dois soldados. Ele, agora calado, não resistiu. Apenas baixou a cabeça e aceitou o destino que se desenrolava diante dele. Os homens, desgostoso com o comportamento arrogante da Grey, se limitaram a cuspir nos pés dela. Era óbvio que fariam conforme ordenará com ou sem uma afirmação prévia.
Enquanto eles o levavam, Allannia permaneceu no pátio, observando o horizonte como se buscasse respostas no céu tingido pelo crepúsculo. A sensação de culpa que insistia em pairar sobre seus ombros começava a pesar mais do que deveria. Ela tentava convencê-la de que suas escolhas eram justificadas, de que o sangue que manchava suas mãos era necessário. Mas, por mais que tentasse, a lembrança dos olhos vazios e conformados do criminoso voltava a assombrá-la. Desviando o olhar do céu, decidiu seguir em frente e caminhar para a sala de comando, onde os superiores aguardavam o relatório da missão. A sensação de desgaste a acompanhava, tornando seus passos pesados. Contudo, antes de alcançar a porta, uma voz familiar a interrompeu.
—
Você parece acabada, Grey.Era Reid Garwin, e ela se odiou por ter esquecido que o mesmo poderia estar alí. Arrependeu-se de não ter se retirado antes, mesmo que isso significasse receber seu pagamento outro dia. Ele cruzava os braços, seu olhar astuto sobre ela. Os dois tinham uma história longa juntos, mas não queria partilhar com ele suas dores e preocupações com o futuro.
—
Estou bem, Garwin. — respondeu com um leve aceno —
Foi uma missão difícil, mas nada fora do esperado.Ele arqueou uma sobrancelha, claramente cético.
—
Difícil? Ou complicada de outra maneira? Sabe, lidar com criminosos sempre nos faz questionar algumas coisas. —Allannia apertou os lábios por um momento, ponderando se deveria continuar a conversa. Mas havia algo no tom de Reid Garwin que a fez querer desabafar, pelo menos um pouco.
—
Ele não era só um criminoso. Havia algo mais nele. A maneira como falou da filha, da vida que ele não teve, me fez... pensar. — Sua voz vacilou por um instante. —
Em como a linha entre certo e errado pode ser mais tênue do que eu gostaria de admitir.Garwin aproximou-se, com um olhar mais brando agora.
—
Essas reflexões são parte do fardo, Grey. Não somos apenas armas. Somos pessoas. E pessoas sentem. O problema não é sentir, mas deixar que isso te consuma — ele soou idealista por um momento, mas parecia somente uma fachada tosca quando analisava a essência do indivíduo que ele era —
Jamais terá paz se deixar a existência de um criminoso desonrado macular suas convicções.Ela assentiu, mas o peso da dúvida ainda estava ali, persistente. A lembrança da proposta que havia feito ao criminoso ainda latejava em sua mente. Allannia não sabia se realmente estava disposta a ajudar aquele homem, se questionando sempre quanto teria a ganhar com tudo isso.
—
Você acha que alguém como ele pode mudar? — A pergunta saiu antes que ela pudesse conter. —
Será que existe perdão para aqueles que vivem nesse caminho?—
Não sei se é uma questão de merecer perdão, mas sim de escolher o que fazer com as segundas chances. Alguns as abraçam, outros as desperdiçam. Só o tempo dirá o que ele fará com a dele, se realmente tiver uma — a resposta veio antecedida por um longo silêncio, acompanhada de um suspiro cansado.
O silêncio se instalou entre os dois, até que Allannia decidiu que já era o bastante. Precisava entregar seu relatório e encerrar aquela missão, pelo menos oficialmente.
—
Vou para a sala de comando. Preciso finalizar isso.—
Eu sei que vai fazer o que for melhor para você. — disse Garwin, tocando levemente o ombro dela antes de se afastar, num tom repleto de duplicidades que somente aqueles que a conheciam sabiam o que realmente queria dizer.
Allannia apenas assentiu, mais uma vez sozinha com seus pensamentos. As palavras do louro ecoavam em sua mente enquanto ela entrava na sala de comando, pronta para relatar os eventos. Mas, no fundo, sabia que a missão ainda não tinha terminado. Não para ela.
HIT POINTS
HP: 489/2475 HP Base: 1850
Stamina: 625 (5 pontos)
Extras: None
HP Total: 2475 CHAKRA
CH: 4475/9675 CH Base: 200
Stamina: 625 + 500 (temporários)
Vantagem: 400
Extra: 8450
CH Total: 9675 CÉLULAS
Nanabi: 2250/2250
Equipamentos
Armamentos Limite da Regra de Força (16/170)★ 1x Pingente do Uchiha (0)
★ 1x Saciador de Vício (0)
★ 1x Cat Noir (1) >> Armazenada na bolsa
★ Seigi no Shō (0)
★ Tiara de Chifres (0)
★ Coroa de Suna (0)
★ Vibrant Summer Froggy D’Fashion : Peça um (1)
★ Vibrant Summer Froggy D’Fashion: Peça dois (1)
★ Vibrant Summer Froggy D’Fashion: Peça três (1)
★ Vibrant Summer Froggy D’Fashion: Peça quatro (1)
Considerações
- ★ Narração ★:
★ Resumo: ★
Allannia está trabalhando (finalmente) :c.
Descrição do turno: Allannia participou de uma série de conversações que serviram para acrescentar camadas para essa missão e favorecer o desenvolvimento dela como personagem.
★ Objetivos ★
• 1x Missão de Rank-A.
★ Atualizações & Custos ★
Vício não saciado e está inquieta. (Por isso parece bastante estranha...)
+1 ST (Velocidade e Força máximos poupados)
Contador de Vício: 01/05
★ Registro Geral de Jutsus/Diversos ★
A princesa está a repousar, nada para ver aqui.
- ”★ Arsenal & Diversos ★”:
Nome do Item Coleção de Verão #8: Cat Noir (Peça única)
Espécie: Comum
Rank: S
Descrição: A Coleção de Verão #8 é inspirada em gatos pretos, titulada “Cat Noir” em razão do simulacro das orelhas destes felinos no topo do capuz que compõe o moletom de coloração negra idealizado. A peça é composta por um misto de Kinu (Seda) e lã, sendo a última predominante em seu forro. A peça é longa, cobrindo o corpo até a altura dos quadris, sendo enclausurado por um zíper centralizado frontalmente, responsável pelo acesso e restrição da vestimenta. As mangas são longas, cobrindo todo o braço do utilizador, e o capuz pode ser amarrado por um par de arnês, de coloração análoga ao restante da peça, sendo estes inerentes ao traje e confeccionados em conjunto com o próprio capuz, atrelado ao moletom.
Habilidades/Mecanismos: -x-
A referência visual da peça está no link a seguir: Gatinha
Seigi no Shō
Rank: S
Descrição: Seigi no Shō
Rank: S
Descrição: Uma vez por turno poderá aumentar em +1 qualquer atributo físico (Velocidade, Stamina, Força ou Selos de Mãos) ou reduzir na mesma intensidade de um alvo que esteja dentro de um raio de alcance de 20m com custo de 100CH por dois turnos. Poderá selar técnicas diretamente nas páginas do livro com limite de rank-B desde que o usuário possua habilidade para tal.
É um livro considerado sagrado que era usado por Hikari Opus. Dentro desse livro existem inscrições antigas, de uma língua morta, entalhadas de modo a reagir ao chakra de seu usuário. O livro tem uma capa marrom-escura, sem nada escrito apenas o desenho de um sol. É impossível lê-lo. Há muitas páginas em branca onde é possível gravar técnicas dentro. O maior poder dele é de evocar laços mágicos que alcançam alvos específicos encantando seus atributos por até dois turnos.
Pingente do Uchiha
Rank: B
Habilidades A habilidade do Pingente do Uchiha tem utilização única e só pode ser ativada uma vez por tópico. Tal habilidade permite ao usuário conjurar, sem custo de chakra ou descontos no limite de cansaço, mas com todas as bonificações comuns do próprio personagem, uma pequena bola de fogo de rank B.
Coroa de Suna
Rank: S
Habilidades: Chamado mais popularmente do Coroa de Suna, é um diadema prateado cravejado por safiras, cujo brilho das joias remete aos olhos de sua portadora. Com um visual vitoriano, o acessório marca a heráldica do Clã Grey, em formato miniatura, em sua parte externa.
Regras: A habilidade da Coroa de Suna dura 3 turnos, só podendo ser ativada uma vez por tópico. Tal habilidade, quando ativada, concede ao usuário a capacidade de criar, sem custo de chakra ou descontos no limite de cansaço, um genjutsu de rank A que faz o alvo enxergar o usuário como uma linda princesa/um lindo príncipe (a depender obrigatoriamente da orientação sexual do alvo) de longos cabelos loiros e armadura chamativa.
Tiara de Chifres
Rank: S
Descrição:
Regras: A habilidade da Tiara de Chifres dura 3 turnos, só podendo ser ativada uma vez por tópico. Tal habilidade, ao ser ativada, concede ao usuário uma bonificação de +1 ponto no atributo Força (de acordo com as más línguas, graças aos próprios chifres).
A referência visual dos itens de acessório estão indexadas na imagem a seguir: Acessórios
- ”★ Vestimentas ★”:
Vibrant Summer Froggy D’Fashion (Peça um)
Rank: S
Descrição: A Coleção de Verão #10 marca o idealismo das roupas de banho, contudo, alavancadas pela criatividade e senso artístico de sua designer. Allannia projetou um moletom esmeraldino, cujo capuz remete aos olhos e a boca de um sapo. A peça possui um zíper em sua frontal central, ocultando o corpo desde o fim do capuz, que contorna a cabeça de quem o porta até a garganta, até a altura dos quadris. As suas mangas são longas, que ocultam os braços por completo, alcançando o ápice nos pulsos, onde a peça cerra sua área de atuação. Na composição desta, destaca-se a maciez da Kinu (Seda), peça predominante do traje e responsável por simular esteticamente e em sensações, o corpo mole fosse anfíbios, sendo uma peça delicada e frágil, tal como os seres.
Habilidades/Mecanismos: -x-
Vibrant Summer Froggy D’Fashion (Peça dois)
Rank: S
Descrição: A Coleção de Verão #10 não estaria completa em sua proposta se uma peça inferior fosse dispensada como complemento. A segunda peça é uma calça esmeraldina composta inteiramente por Kinu (Seda), cobrindo desde os quadris até os calcanhares, sendo uma peça produzida para ser rente ao corpo, extremamente colada, como se fosse parte da pele de quem a traja. Para favorecer ainda mais tal proposta puramente estética, há um par de cordões de mesma coloração da vestimenta, auxiliando em sua tarefa fundamental de estilizar e assegurar o sustento e privacidade da mesma.
Vibrant Summer Froggy D’Fashion (Peça três)
Rank: S
Descrição: Por baixo do moletom e da calça, e como parte do conjunto excêntrico da Coleção de Verão #10, há a parte superior de um biquíni tipo “cortininha” esmeraldino, cuja coloração análoga ao restante do traje, até mesmo nos tons amarelados de seus detalhes, oferece os fundamentos estéticos mentalizados por sua criadora. Allannia pensou na ideia do conjunto como uma forma de fazer mulheres tímidas capazes de socializar em ambientes de banho, principalmente no que tange os verões onde há uma densidade maior de banhistas nas áreas condizentes. As alças são finas, uma característica da Kinu (Seda) presente em toda a sua composição, sendo amarrado frontalmente e em suas costas, para assegurar o mínimo possível de imprevistos e dificultar uma queda repentina num momento de descontração.
Vibrant Summer Froggy D’Fashion (Peça quatro)
Rank: S
Descrição: Para finalizar o conjunto, Allannia projetou a parte inferior do biquíni esmeraldino, diferindo somente da parte superior por não haver necessariamente uma amarração em sua frontal, mas as suas tiras duplas são reforçadas por algodão, aumentando minimamente sua fixação, embora seja mais estética do que funcional. A Kinu (Seda) faz-se presente em seu forro e na estrutura intrínseca em si, concedendo conforto e elegância em seu uso. A peça, projetada para encaixar perfeitamente nos quadris, não possui artifícios complementares de amarração, sendo simplista, embora compense em suas noções estéticas complexas e refino artístico.
A referência visual da peça um e dois estão no link a seguir: SapinhaA referência visual da Peça três e quatro por baixo das antecessoras estão no link a seguir: Prainha