— Prestem muita atenção, camaradas, pois precisamos agir rapidamente. — Nathaniel começou o seu discurso, deixando bem claro que tudo aquilo era muito importante.  — Nós não temos muito tempo antes das coisas ficarem complicadas. Em breve, eu estarei indo para Takigakure no Sato para prestar suporte aos revolucionários de lá, e as coisas podem ficar complicadas lá. É por isso que precisamos resolver nossas pendências imediatamente, antes de eu ter que bater de frente com a Boryuukodan. Somos poucos de nós contra Oberon e Byakuya, por isso temos que interromper seja lá o que eles estiverem planejando. — serviu whisky para todos, mantendo os braços cruzados e esperando pela resposta dos amigos. — Mas pelo que nós saberr, tanto seu tio quanto Byakuya poderr estarr agindo nesse momento. — River apontou, sentado em uma das cadeiras e tomando o seu whisky. — Não de acordo com o que recebi mais cedo. — ele tirou um pergaminho do bolso, desenrolando-o na mesa para que os três pudessem ler, puxando um cigarro do bolso e o acendendo enquanto os outros analisam o conteúdo da carta.


— Aqui diz que Oberon tem algo que pertence a você e a sua linhagem. Será que deixaram um terreno no seu nome? — B.A pegou o pergaminho e continuou lendo-o, fazendo um comentário irônico. — Não acho que meu avô tenha deixado nada para mim, afinal, ele nunca soube da minha existência. — respondeu rápido, sem entender que aquilo era uma piada, fazendo B.A rolar os olhos. — Mas pelo que parece, eles estão esperando por mim para agirem. — sentou-se em uma cadeira, olhando para aquele pergaminho, enquanto a moça de cabelo azul se comunicava com ele usando suas mãos. — Kimiko dizerr que não serr uma boa ideia, e que poderr serr armadilha de Alice. — River traduziu seus sinais, enquanto Nathaniel olhava para ambos. — Eu também acho que não é uma boa ideia. Quando se trata do meu clã, a gente deve esperar qualquer coisa. Pode parecer, mas tem coisas que envolvem os Greys que nem mesmo eu consigo explicar. Quando eu penso em Azshara, Katsura, e outros, eu lembro imediatamente que nós, elfos, não sabemos uma fração da nossa verdadeira força… E isso me assusta um pouco. — bebeu o seu whisky inteiro. — Quando partimos? — B.A olhou para o elfo, que já tinha tudo planejado em sua mente.


— Algo me diz que devemos nos preparar para o pior. Você não deveria se encontrar com os seus inimigos sozinho, mas se vai fazer isso, precisa estar preparado para usar o seu poder ao máximo, isso envolve a possibilidade de ter que incinerar todo o templo, caso seja necessário. — Matatabi falou em tom de preocupação, enquanto Nathaniel observava um templo de longe, ao mesmo tempo em que Kimiko, B.A, River e Kiara também faziam os seus reconhecimentos. — Você sabe quanto de chakra eu precisaria gastar para colocar fogo naquele templo? Mesmo com o seu chakra, eu não teria força o suficiente para isso sem ter que lidar com todas as coisas ao mesmo tempo. — falou baixinho, para que ninguém ouvisse, apesar de que sua amiga o faria, reparando que Kimiko dava algumas olhadas para ele. — Você pode, se dominar o seu elemento. Eu sei bem que você consegue fazer isso, afinal, você já dominou habilidades e disciplinas muito mais complicadas. Tudo o que precisa fazer é descobrir a essência do elemento fogo dentro de você, e dissipá-la com toda a força. Eu sei que você é capaz de fazer isso. — ela explicou, mas Nate deixou aquele assunto de lado. — Fiquem aqui, todos vocês. Acampem, descansem, não importa, só fiquem aqui. Eu seguirei daqui em diante, sem discussões. Se perceberem inimigos se aproximando, fujam para bem longe. — deu a ordem, olhando para eles, vendo todos responderem positivamente, demonstrando preocupação com o seu bem estar. — Tome cuidado, garoto. — pediu B.A, e o Grey acenou com a cabeça.


Passos lentos guiaram Nathaniel em direção ao templo, que podia ver bem de longe, olhando para trás e vendo os seus amigos preparando um acampamento com os mantimentos e equipamentos que carregavam consigo. Enquanto caminhava, sentia um vento frio soprar em suas costas, balançando o seu manto. Ele descia uma pequena rua, com várias rochas ao redor, observando templo por uma brecha que se abria através de uma ponte que ficava entre uma floresta. Enquanto caminhava, tinha a sensação de que figuras não corpóreas se escondiam entre as pedras, ocultando-se ou dissipando-se em ventos que carregavam as folhas para longe. Aquilo causaria medo em qualquer homem, por mais experiente e valente que fosse, mas Nathaniel era um Grey, alguém cujas histórias sobre entidades e deuses eram contadas desde o berço. Em poucos minutos, Nate chegou até ponte que o guiaria para o interior do templo, quando uma figura encapuzada saiu pela porta do templo, flutuando com a sua capa longa, que lhe ocultava o corpo, parando a dois metros de Nate. Era um ser com quase dois metros, intimidante para quem tinha pouca experiência.

— Parado, intruso! Para passar por este portão, deverá recitar o código que é revelado somente aos escolhidos. Diga-me: se eu venho até você e revelo ser um portador da luz, e que não consigo controlar a minha escuridão… — o encapuzado então estendeu a sua mão destra, dando a deixa para que Nathaniel se manifestasse. Haviam tantas variáveis numa situação daquelas, e muito pouco tempo para desvendar aquele enigma. O Yondaime olhou para a criatura, não enxergando os seus olhos, somente uma sombra, puxando o ar pela boca suavemente, enquanto concentrava chakra de natureza elemental pirocinética em seus pulmões, misturando com o ar natural, se aproveitando da distância curta para cuspir fogo azulado contra a figura na sua frente, assistindo o mesmo cair no chão enquanto se contorcia de dor. No final das contas, ele era feito de carne e osso, o que era decepcionante para Nate. — Eu não tenho tempo para joguinhos. — prosseguiu com a sua caminhada, ignorando os gritos atrás dele, subindo as escadas e abrindo a porta do templo, revelando um salão onde um trono vazio ficava no outro extremo do cômodo, e elfos de pele acinzentada, deformada por experimentos científicos, o fitava com os seus olhos amarelados, temerosos e raivosos pelo seu “ato de guerra”. — Eu não vim matar vocês, e sim ver aquela para quem vocês dedicam suas vidas. — suas palavras sairam um pouco formais, ainda que no meio daquele caos. Mas era óbvio que tal coisa só poderia vir do Mensageiro do Caos.

A presença de Nathaniel no recinto espantava a todos, enquanto que os gritos de dor que vinham do lado de fora se tornavam mais baixos, até que não haviam mais gritos. Enquanto o lado de fora tinha paredes com tons mais vivos, o seu interior era bastante frio, com paredes cor de gesso, em tons mais escuros, com quatro pilares segurando teto, além de um trono vermelho no canto do mesmo. Alguns quadros sombrios ficavam expostos, semelhantes ao que Nate viu no último esconderijo dos elfos negros. Um local onde Nathaniel se sentiria acolhido, se não fossep ela presença dos seus inimigos no recinto. Os elfos negros, apesar dos rostos raivosos, não atacavam de imediato, até mesmo mantendo uma distância segura de Nate que, aguardando pelo líder do bando, puxou um cigarro do bolso e acendeu-o com um isqueiro, buscando dialogar mentalmente com a sua única aliada naquele momento, ao mesmo tempo em que buscava recuperar o seu chakra, que havia gasto uma parcela anteriormente para incinerar o inimigo.

— Perdoe-me a redundância, mas você acha que consigo aumentar o poder de fogo das minhas técnicas de elemento fogo? — — ele mantinha os olhos atentos aos movimentos das pessoas ao seu redor. — A maestria no elemento fogo pode ser reivindicada com muito treinamento e muito tempo, mas isso é para os shinobis regulares, Nathaniel-dono, pois não precisaria de muito treino para isso, e também não tem muito tempo. Tudo o que precisa saber é que quando se torna um mestre elemental, você se torna um com o elemento, e o elemento se torna você. Para a sua sorte, você tem a mim, que consegue dominar muito bem o fogo, para lhe passar o conhecimento adiante. — Matatabi fazia Nathaniel se imaginar dominando o Katon como um verdadeiro mestre, entendendo mais ou menos o funcionamento dela. Enquanto conversava mentalmente com Matatabi, assimilando os seus conhecimentos, ele acabou ouvindo os passos pesados de Oberon, acompanhado de seis seguidores, entre eles, Alice e Johann, que rapidamente sacou uma de suas espadas com a mão destra.

— Você ousa invadir o nosso templo sagrado sem ser convidado? — manteve a espada em suas duas mãos, olhando para o Yondaime, que nem fez menção em pegar a sua arma. Nathaniel olhou para Alice, que sorriu discretamente para ele, mas sem receber um sorriso de volta por parte do Arauto da Fênix, que olhou diretamente para Johann e Oberon. — Vocês invadiram minha vila sem serem chamados. Eu só retribuí o favor. — argumentou, deixando o rapaz ainda mais zangado, xingando-o de “desgraçado”, mas fazendo Oberon rir, colocando a mão no ombro do seu servo e o fazendo recuar. — Nathaniel, você é realmente neto de seu avô, apesar de herdeiro de um bastardo. Era capaz dele ter mais orgulho de você do que de mim… — ele deu uma risada, mas as palavras de Oberon sairam com um rancor que era conhecido ao Grey. — Eu não vim pra ouvir você lamentar e repetir os seus discursos. Eu quero falar pessoalmente com Gehenna. — mesmo repetindo o seu desejo, parecia que pronunciar o nome dela trazia espanto a todos ali, exceto a Oberon, que lhe deu o melhor sorriso. — Ela o aguarda ansiosamente. — dois rapazes traziam uma moça que tinha o rosto coberto por um véu, usando apenas um vestido branco, sendo conduzida ao trono que ali havia. — Não se preocupe, essa moça anseia por isso também. — Oberon garantiu.


Várias velas eram acesas ao redor do trono, enquanto a moça era deixada sentada nele, parecendo inconsciente por trás do véu. Alguns dos elfos negros cobriram os seus rostos e levantaram as suas mãos, entoando um mantra estranho, um que Nathaniel nunca ouviu antes. Oberon recebeu um livro de capa grossa, abrindo-o e recitando algo que Nate não conseguia compreender, o fazendo olhar para Alice, que falou algumas palavras sem fazer sons, provavelmente sabendo da capacidade dele de ler os lábios alheios - ela teria passado um bom tempo em sua casa. “São os conhecimentos proibidos que Oberon aprendeu.”, era o que ela lhe dizia, enquanto o mantra era entoado em maior volume, e os cochichos de Oberon se transformaram em gritos. E então, o corpo da moça no trono era consumida por uma chama avermelhada que tinha três metros de alcance, gerando uma luz que iluminava o ambiente, levando Nate a cobrir o rosto com o braço, até se apagar e virar uma grande fumaça que se dissipava aos poucos.


— Finalmente! Essa sensação é tão boa… Eu posso sentir o sangue dela correndo, o coração pulsando, o cheiro de espanto e de devoção, aaaaaah… É tão bom estar nesse plano, junto aos meus filhos e… Ooooooh! É você! — uma voz feminina de uma mulher adulta, mas com um tom que a diferenciava de todas as outras, ecoou pelo ambiente, enquanto seu corpo emanava uma forte fumaça, até que finalmente sua face foi revelada. Os olhos de Nathaniel ficaram arregalados, e suas pernas enrijeceram na hora, tanto que não conseguia nem ao menos se mexer. Mesmo que ela tivesse a pelo menos a vinte metros de distância, era como se ela estivesse ao seu lado, pronta para tomar a sua vida. Aquilo não era um simples instinto assassino, era algo maior. — Todos saúdem Gehenna! — bradou Oberon, então todos se ajoelharam no chão, com suas cabeças apontadas para o chão, enquanto Nathaniel assistia aquela figura de olhos avermelhados sentando-se em seu trono, que tinha tons e forma muito diferentes do que tinha vislumbrado anteriormente. — Criança de Ashborn, aqui estou. Eu ansiei por esse momento por muito tempo… Arauto da Fênix. — cruzou a sua perna.

— É muito satisfatório para mim estar diante de alguém que conseguiu alcançar um grande nível de poder, mas infelizmente, meu tempo neste mundo é curto, pois é certo que essa jovenzinha não suportará a minha presença por muito tempo. Você me chamou, Nathaniel Grey, e eu estou aqui. Diga-me o que deseja. — ela manteve um sorriso em seu rosto, com as duas mãos entrelaçadas, olhando para Nate com uma grande curiosidade, sendo ele o único que permanecia de pé diante dela, diferente dos seus adoradores. — Eu desejo que seus seguidores abortem o plano de trazerem a destruição a esse mundo. — Oberon levantou o rosto imediatamente ao ouvir as palavras de Nate, enquanto Gehenna soltou um “hmmmm” com os seus lábios, molhando-os com a língua. — Destruição? Muito pelo contrário, Arauto da Fênix, tudo o eu quero é transformar esse planeta em um local melhor, não só para nós, mas para todos que receberem a marca. — ela fez um movimento com a mão, mandando que os seus membros mostrassem marcas que tinham em suas costas, próximos da nuca. — Você amaldiçoou eles? — olhou diretamente para Alice, ficando imediatamente preocupado com o seu bem-estar.

— Eu dei a eles uma nova vida! Agora, eu devo presenteá-los com um novo mundo, um mundo melhor para todos, longe dos destruidores e opressores dessa terra! — ela se levantou, abrindo os seus braços e fazendo que o seu corpo emanasse um chakra avermelhado, deixando o Grey um pouco assustado, mas manteve-se focado em não deixar ela entrar em sua mente. — Seu discurso é muito bonito, mas eu não confio no que você fala. Você é só mais uma falsa divindade! — acusou-a, mas nesse momento, ela apareceu na sua frente em um piscar de olhos, pegando-o desprevenido. Só que ao invés de atacá-lo, Gehenna acabou segurando em seu rosto com as duas mãos, beijando os seus lábios com toda a sua intensidade, pegando-o de surpresa, sugando o seu lábio inferior e afastando-se lentamente, capturando a atenção do Yondaime. Ele sentiu o ar lhe faltar, ficando tonto, até que foi tomado por um poder que não conseguia nem ao mesmo descrever, caindo de joelhos no chão, ficando com os olhos negros. — O que você acha? — ele sentia que o mundo era completamente diferente, que podia fazer qualquer coisa.

— Eu nunca senti tanto poder em minha vida. — sussurrou, recuperando o fôlego e sentindo aquele poder se esvaindo rapidamente, como se precisasse sentir aquela sensação de novo. — Se você quer se tornar um deus entre os homens, venha comigo. Confie em mim, Nathaniel, eu sempre estarei aqui com você. — Gehenna estendeu a sua mão, olhando para o Sannin de Konoha, que manteve a sua cabeça baixa por um momento, até que se levantou lentamente, sem saber o que fazer. Antes que pudesse fazer algo que mudaria o seu destino e o destino do mundo para sempre, Matatabi foi mais rápida em capturar a sua mente e lhe dar acesso as próprias lembranças de um passado longo, com eventos que mudaram a sua mente. De porte com as suas memórias, Nathaniel estendeu a sua mão direita, apertando a mão de Gehenna, que sorriu para ele. O que ela não contava que o Grey sacaria a Fire Sword em suas costas, sacando-a e banhando a lâmina com chakra de natureza elemental, cortando o seu braço destro, assustando a criatura, que soltava um grito de dor. Em seguida, Nate girou a sua espada na mão esquerda, cravando-a no peito de Gehenna, girando-a, causando espanto em todos os que estavam presentes.

— Bela tentativa, Gehenna, mas eu já caí nessa conversa mole uma vez. Não vai acontecer novamente. — ela manteve os seus olhos arregalados. Tendo a inimiga na palma da sua mão, Nathaniel olhou para a figura na sua frente, assimilando os conhecimentos de que a Matatabi passou para ele sobre dominar o elemento fogo. Sabia que tinha pouco tempo antes que alguém reagisse de forma abrupta, então rapidamente manipulou o chakra Katon para aumentar a sua força e a sua capacidade de se propagar. Ele fez com que a sua energia pirocinética corresse pelo seu braço e seguisse pelo cabo da espada, aumentando a intensidade daquelas chamas, fazendo com que uma forte massa incandescente saísse por suas costas, e também por sua boca, e os seus braços ficassem estendidos. Após retirar sua espada de seu peito, o corpo da moça caia carbonizada no chão, enquanto os elfos negros ao redor buscavam atacá-lo, mas Nathaniel foi mais rápido e pegou o livro que estava no chão, fazendo todos pararaem. — Eu confesso que eu vim para cá sem um plano pré-definido, mas se tem uma coisa que eu aprendi em minha experiência como shinobi… — ele abriu o livro, colocando-o na palma da sua mão esquerda, usando manipulação elemental e incinerando aquele livro com chamas azuladas, impossibilitando-os de invocar aquela criatura novamente. — É que não há nada mais saboroso do que obter sucesso através do improviso. — olhou para Oberon com um sorriso vitorioso.

Diante da destruição do livro misterioso, um fenômeno estranho aconteceu diante dos seus olhos: aqueles elfos negros, de repente, cairam ajoelhados no chão novamente, enquanto algo parecia brilhar em suas costas, indicando que algo estava sendo removido de seus corpos. Eles tremiam diante do fato, e aos poucos, a pele escurecida ia desaparecendo. Nathaniel rapidamente guardou sua espada e correu até Alice, segurando a moça em seus braços, observando os seus olhos reviraram, até que finalmente ela parava de se tremer, desmaiando no processo, tornando-se uma mulher totalmente diferente da que tinha conhecido anteriormente. Enquanto a mantinha em seus braços, percebeu Oberon e mais algumas pessoas se levantando, erguendo a mão esquerda e fazendo o selo do Tigre, invocando um clone de sombras e entregando Alice para ele, o observando correr em direção a porta, arrebentando-a com um chute, carregando-a para junto dos Garotos. — É um fato curioso, Oberon, como o seu poder simplesmente desapareceu, num passe de mágica. Acho que existe uma falha na história que compartilhou, tio... Ou somente uma mentira deslavada. — ele manteve o olhar atento a tudo, observando a ira que transparecia em seu rosto. — Você é o karma dos Greys, Nathaniel. — rangia os dentes, tamanho era a sua ira, mas Nate entendia aquilo de outra forma. — O que tem a ver o Karma com os Greys? — aquilo deixou o seu tio momentaneamente confuso, mas não diminuiu sua ira.

— Allystair e Meredith não deveriam ter colocado você no mundo. Mestiços são uma abominação! VOCÊ VAI MORRER AGORA! — ele fez um sinal com os dedos. Nathaniel foi rápido para sacar o movimento furtivo de seus inimigos, concentrando chakra em seus olhos e despertando o Byakugan imediatamente, apenas para ver Johann, parecendo mais enfraquecido, sacar a sua espada quando estava próximo dele, buscando cortar a sua garganta, mas Nate era mais rápido, flexionando o corpo, evitando o golpe, mas o rapaz era obstinado, segurando a espada com as duas mãos e tentando fazer um corte vertical, sendo bloqueado pelo martelo do Hokage. — Você não era capaz de me vencer quando tinha a marca de Gehenna, o que te faz pensar que seria capaz de me vencer agora? — olhou bem sério para o mesmo, mas com a sua visão 359º, conseguiu perceber a movimentação dos seus inimigos ao seu redor. O Grey das Trevas teve pouquíssimos segundos para fazer o que já estava acostumado a fazer com técnicas normais: com um único selo, ele acessou o chakra elemental Katon em seu corpo, um pouco mais fácil do que podia prever, espalhando-o ao seu redor, transformando aquela massa de chakra em uma nuvem de fumaça preta que se espalhava ao redor de 20 metros, gerando chamas azuladas que tomavam conta do ambiente, incinerando os corpos de uma dezena de acólitos de Gehenna, reduzindo as suas vidas a insignificância. Nate saiu das chamas em passos lentos, ficando quinze metros a frente do seu tio, que ficava abismado com o nível de poder do rapaz.

— Sabe qual é a ironia? Você poderia ter evitado tudo isso não sendo um traidor de merda! Você abandonou as pessoas que te deram confiança, fugiu e ainda por cima vendeu o seu próprio irmão, e por que? Por não conseguir lidar com a rejeição!? Que tipo de homem você é!? — ele avançou contra Oberon, acertando com o martelo em seu peito, o lançando contra o trono, quebrando-o com a sua queda. — Você se achava bom demais, porque era o filho legítimo, mas nunca aceitou que o meu pai era o preferido. Você poderia ter escolhido um caminho diferente, mas o que realmente queria era ser melhor do que o meu pai, mas é só um velho patético que não aceita que um bastardo tome o seu lugar. — segurou firme em seu martelo. Oberon se levantou lentamente, encarando-o. Ele fez então um único selo, e de repente, o local começou a sofrer alguns abalos, ao mesmo tempo que os elfos sobreviventes corriam em direção a saída dos fundos. — Marque as minhas palavras, Nathaniel, você se arrependerá do que fez nessa noite! — apontou o dedo para ele, então fugiu. O teto começou a desabar na sua frente, com um bloco de pedra caindo próximo dele, fazendo com que o elfo tivesse menos de cinco segundos para correr em direção a porta de saída, percorrendo a ponte que o faria sair do templo, saindo do local e parando a 100 metros de distância, observando o templo desmoronando. — Fácil vem, e fácil se vai. —

Nathaniel e os Garotos levaram Alice correndo de volta para Konoha, passando como uma flecha pelos portões, levando ela direto para o hospital da vila, deixando ela sob os devidos cuidados. Eles descobriam rapidamente que a moça estava em um estado de exaustão por conta do pouco chakra em seu corpo, em um estado de coma induzido. De repente, Elleanor, Rachel, Azrael e Anastasia estavam no hospital, todos curiosos para saber o estado de Alice, assim como saberem mais detalhes sobre Oberon e os Seus padrinhos ficavam impressionados com a história que ele contava, e como dominou o elemento fogo em tão pouco tempo, mas ficavam preocupados com os atos de Nate em relação a Gehenna. — Você atacou alguém que, de certa forma, ajudava os elfos, mesmo que de forma não muito virtuosa. Mesmo que os planos dela não fossem os melhores, deveria ter tentado um outro caminho. — alertou Azrael do lado de fora do hospital, reunido com o afilhado e Anastasia. — Irei a Kusagakure contar tudo para Erasmus, e retornarei com notícias em breve. — ele fez um selo de mão, desaparecendo imediatamente. — Acha que eu agi mal? — ele olhou para Anastasia, que tinha um sorriso em seo rosto. — As vezes fazemos coisas loucas por conta dos nossos sentimentos. — antes que Nate pudesse retrucar, um Chuunin se aproximou rapidamente, cochichando algo no ouvido do elfo, deixando-o surpreso, avisando a madrinha que precisava ir.

Em poucos minutos, ele chegou no quartel general secreto da ANBU Ne, num ponto bem longe do centro da vila, num casebre abandonado, onde os membros estavam com as suas devidas máscaras, enquanto havia um homem amarrado numa cadeira, com um saco de lã em sua cabeça. A líder do esquadrão rapidamente relatou o porquê dele ter sido chamado ali. — Hokage-sama, encontramos esse cara rodeando a vila, e quando encontramos ele, disse que queria vê-lo. Reconhecemos ele como alguém que já enfrentamos no passado. — revelou Tigresa, enquanto o elfo retirava o saco da cabeça do rapaz, revelando ser Goji, ou como ele era conhecido atualmente, Kagutsuchi. — Saiam todos. — ordenou, observando os membros da ANBU saindo um por um, enquanto o Grey mantinha os braços cruzados. — Achei que você iria sumir do mapa, mas agora você está aqui. Você quebrou a sua promessa, Goji. — pegou uma cadeira e puxou para se sentar na frente do amigo de adolescência, esperando por uma resposta dele. — Eu quebrei a minha promessa, depois que você descumpriu com a sua. Eu te disse para ficar longe dessa merda toda, mas você tinha que virar Hokage, tinha que tentar enfrentar todo mundo e querer impor suas ideias na marra. — falou com pesar, deixando Nathaniel confuso.


— Você virou um alvo deles novamente... — e então, Nathaniel lembrou-se do mundo em que acabou entrando quando se meteu a fazer um pacto com Ashborn, e como aqueles que perseguiram os Greys desde o início de sua existência estavam atrás dele em busca do seu poder. — … E eles recrutaram alguém que você conhece bem, alguém com quem você mexeu brincando de revolucionário, alguém que quer vingança. — avisou, e Nathaniel já tinha em mente quem estava buscando fazer mal a ele. — Byakuya. — ele confirmou suas suspeitas. — Eu fui deposto do meu cargo por ter prometido a eles que você ficaria de fora dessa batalha, e agora eles virão atrás de você e dos seus amigos. Eles possuem jurisdição em lugares que você não tem, e muito mais recursos. Eles estão convencendo, pouco a pouco, alguns empresários e senhores de terra, a não buscarem o auxílio direto dos ninjas de Konoha e das suas colônias, e sim de mercenários contratados. Byakuya financiará grupos de mercenários ao redor do País do Fogo e das colônias, e vão pagar muito bem para que eles executem missões para esses grupos. Ninjas serão seduzidos pelas recompensas altas e pela suposta liberdade, ignorando a Vontade do Fogo e se transformando em lacaios de grupos privados. — revelou, deixando Nathaniel desconfiado de suas palavras, mas conseguindo visualizar grupos e mercenários se formando ao redor de Konoha, até dentro da vila.

— Mercenários podem fazer esses tipos de missões? — ele manteve os braços cruzados. — E quem vai fiscalizar os mercenários? Você? — Goji começou a rir. — Você fez exatamente o que os meus superiores queriam, agindo de forma imprudente e guiado por emoções juvenis, e agora fez um inimigo que talvez não consiga derrotar, Nathaniel. Eu sinto muito por não poder estar com você para guiá-lo. É melhor você correr… — ele falou, quando de repente, ele entrou em convulsão, enquanto um selamento surgiu em seu peitoral. Nathaniel até tentou ajudá-lo, mas ao ouvir o grito de Goji mandando ele sair dali, o elfo saiu pela porta e ordenou que todos se afastassem. Três segundos depois, o casebre entrou em combustão, tirando a vida de Kagutsuchi. Naquele instante, sentiu-se confuso, mas não triste pela morte daquele que enxergava como um inimigo, e ainda por cima, não tinha tempo para ficar de luto. Diante daquelas revelações, Nathaniel seguiu o seu caminho para o Templo da Fênix, onde iria começar o seu planejamento para lidar com os seus inimigos.