Tensai — 天才

Numa tarde tranquila, com o sol se inclinando para o ocaso e lançando sombras longas e douradas pelos corredores do castelo, o Senju via-se imerso em estudos. Seus olhos percorriam as linhas de um capítulo particularmente fascinante que tratava de uma das habilidades mais essenciais e desafiadoras na vida de um shinobi: a arte de se tornar indetectável, um verdadeiro “fantasma” em suas missões. O texto descrevia métodos e técnicas para aprimorar a habilidade de se esconder e se mover sem deixar vestígios, enfatizando que um ninja eficaz era aquele que podia entrar e sair de qualquer local sem ser percebido. Para ele, essa habilidade sempre ressoou com um apelo especial, representando o pico da maestria ninja que ele aspirava alcançar.

Inspirado pelo que lia, o Senju decidiu que a melhor maneira de entender verdadeiramente esses conceitos não era apenas estudá-los, mas vivê-los. Ele se propôs a praticar essa arte dentro do próprio castelo, transformando os corredores e salões familiares em um campo de treinamento para suas habilidades de ocultação. Antes de começar, Maeda meditou brevemente para centralizar seu chakra e acalmar sua mente, preparando-se para se fundir com o ambiente ao seu redor. Levantou-se silenciosamente e deslizou para fora de seu quarto, atento a cada som e movimento, cada respiração. Os corredores do castelo, com suas tapeçarias pesadas e armaduras ornamentais, ofereciam múltiplas sombras e esconderijos. Ele começou a praticar o “Caminho do Silêncio”, uma técnica que envolvia caminhar de forma que seus passos fossem completamente abafados. Ele se concentrava em distribuir seu peso de maneira uniforme e fluida, praticamente flutuando sobre as ricas carpetes e os pisos de pedra fria.

À medida que avançava, ele utilizava cada coluna, cada estátua, como cobertura, movendo-se apenas quando a luz e o som o favoreciam. Ele procurava entender como a luz do entardecer, filtrando pelas janelas, poderia tanto revelar quanto ocultar. Ele observava como as sombras se alongavam e mudavam, usando-as para camuflar sua presença. Em certo momento, ele se viu cruzando com um dos servos do castelo. Rápido, recuou para trás de uma das grandes tapeçarias, sua respiração controlada, o coração batendo um ritmo silencioso de caçador. Observou pela brecha mínima, o servo passando sem hesitar, completamente alheio à presença do Senju. Era uma confirmação de sua habilidade, e um pequeno sorriso de satisfação brotou em seus lábios.

O Senju continuou sua prática pelas próximas horas, cada movimento e decisão afinando mais sua habilidade de se tornar invisível, de se tornar parte do ambiente. Ele aprendia a esconder sua forma e a manipular sua presença, às vezes tão perto dos outros moradores do castelo que podia ouvir suas conversas casuais, sem nunca ser detectado. Ao final do treino, quando a noite já tinha caído e o castelo estava imerso em um silêncio profundo, ele retornou aos seus aposentos. Sentia uma mistura de exaustão e euforia.