Há muitos anos, quando Ume ainda era um jovem ninja em treinamento na Vila da Areia, ele se viu diante de um desafio inesperado que o ajudaria a compreender a importância do trabalho em equipe, perseverança e aprofundaria seu relacionamento com seu avô.

Naquela época, Ume tinha apenas onze anos e estava começando a dominar suas habilidades como membro do Clã Hyuga, com o Byakugan despertando gradualmente. Sua curiosidade era insaciável, e ele buscava aprender mais sobre o mundo ninja a cada dia, principalmente sobre como aquele mundo funcionava e o que poderia fazer para proteger seu vilarejo de todas as coisas traiçoeiras que ela poderia enfrentar. E, no entanto, havia algo que ele tinha um interesse particular: a arte da arquearia.

Certo dia, enquanto explorava a biblioteca da vila em busca de informações sobre arquearia, Ume encontrou um pergaminho antigo e empoeirado. O pergaminho continha informações detalhadas sobre técnicas avançadas de arquearia, com desenhos de arcos e flechas especiais que eram capazes de atingir alvos a longas distâncias. Era como mágica, bastou um único lance de seu olhar e Ume estava fascinado por todas aquelas imagens e representações, imediatamente decidindo que aprenderia essas técnicas.

Ele levou o pergaminho ao seu avô, um respeitado membro do clã, e que, embora não fosse um mestre da arquearia, tinha conhecimentos básicos acerca de tudo no mundo, ou pelo menos assim se dizia. Seu avô sorriu e concordou em ensinar a ele, mas com uma condição: que Ume conseguisse reunir todos os materiais necessários para criar seu próprio arco e flechas.

Ume aceitou o desafio e começou sua jornada em busca dos materiais. Ele procurou em todas as lojas da vila e parecia uma tarefa quase impossível no início. Gastara dias a fio colhendo madeira resistente para o arco e penas de pássaros para as flechas. Aqueles materiais eram importados de outros vilarejos, haja vista de se encontrar vida em meio ao deserto. Por isso, cada parte do processo de criação do arco e das flechas exigia paciência e habilidade, e Ume estava determinado a ajudá-lo.

Enquanto Kamo trabalhava em sua criação, Ume também treinava incansavelmente suas habilidades com arco e flecha. Ele disparava flechas em alvos, ajustando sua mira e aprimorando sua precisão. Seu avô observava com satisfação enquanto Ume progredia rapidamente, demonstrando um talento natural para a arquearia.

Durante as noites, Ume mergulhava em livros sobre arquearia e táticas de combate com arco e flecha. Ele estudava a física por trás dos tiros precisos e as técnicas avançadas de tiro com arco usadas por lendários arqueiros. Seu quarto estava repleto de desenhos e diagramas de arcos e flechas.

Finalmente, após semanas de esforço, Kamo e Ume finalizaram o arco e flechas do jovem ninja. Ambos estavam orgulhosos de suas conquistas e o Genin se sentia ansioso para mostrar a seu avô o que poderia fazer com ele. O mais idoso estava igualmente impressionado com o trabalho de Ume e elogiou sua dedicação.

— Você demonstrou grande determinação e habilidade, Ume, — disse seu avô com um sorriso. — Agora, é hora de testar suas habilidades em um verdadeiro desafio.

Seu avô o levou a uma área deserta nos arredores da vila, onde havia um conjunto de alvos colocados a uma longa distância. Ume sabia que este seria o teste final. Ele se concentrou, mirou cuidadosamente e disparou sua primeira flecha. Para sua surpresa, a flecha atingiu o centro do alvo com precisão. Seu avô aplaudiu com entusiasmo, expressando sua aprovação.

— É realmente impressionante seu talento, meu rapaz. Ainda que não domine completamente a habilidade de seus olhos, você se tornou um verdadeiro perito da arquearia, Ume. Estou extremamente orgulhoso de você. — disse o idoso num tom altivo de uma voz impregnada em felicidade.

Ume também estava radiante de felicidade e gratidão. Ele sabia que seu avô tinha lhe dado um presente valioso, não apenas o conhecimento da arquearia, mas também a lição de que a perseverança e o trabalho em equipe podiam superar qualquer desafio.

Desde aquele dia, Ume continuou a aprimorar suas habilidades de arquearia e se tornou um atirador notável para a sua pouca idade, despontando como uma dos ninjas mais promissores. A lição que ele aprendeu com seu avô nunca o abandonou, lembrando-o da importância do esforço e da dedicação em sua jornada como ninja. Para ele, tais virtudes se tornaram partes integrantes de seu ser, semelhante a qualquer órgão de seu corpo, que não o abandonava em nenhum instante de sua existência.

À medida que Ume crescia e enfrentava desafios cada vez maiores, ele levava consigo não apenas suas habilidades como ninja, mas também as lições de humildade, determinação e trabalho em equipe que havia aprendido com seu avô. Essas qualidades o promoveria, quem sabe, a se tornar um verdadeiro defensor de Sunagakure e a enfrentar qualquer adversidade que viesse em seu caminho.

Seu relacionamento com seu avô floresceu, e eles compartilharam muitos momentos especiais juntos, treinando e compartilhando histórias. E assim, a conexão entre as gerações do Clã Hyuga permaneceu forte, enriquecida pelo amor e respeito mútuos.

Ume sabia que seu avô era uma das maiores influências em sua vida, não apenas como um mestre em muitas artes ninjas, mas como um exemplo de retidão, honra e compaixão. Ele estava determinado a seguir os passos de seu avô e se tornar um ninja excepcional, capaz de proteger sua vila e aqueles que ele amava.

Com o tempo, Ume começou a combinar suas habilidades de arquearia com o uso do Byakugan, tornando-se um e um ninja formidável capaz de combinar duas artes em uma só com perfeição. Ele jamais esqueceria as lições que seu avô lhe ensinou e continuou a honrar sua memória em cada batalha e desafio que enfrentava.

A conexão especial entre Ume e seu avô era um lembrete constante de que o amor, a determinação e a tradição eram elementos essenciais na jornada de um ninja. Enquanto Ume avançasse em sua carreira, ele sabia que seu avô estava observando com orgulho, guiando-o silenciosamente em seu caminho para se tornar um verdadeiro tesouro da Vila da Areia.