Antes de se despedir de Date, Squall colocou sua mão sob o corpo de um dos guardas mortos, no chão, e fez alguns selos; assim que terminou, assumiu a identidade daquele mesmo ninja da Areia, com uma aparência idêntica à sua; pegou suas vestes também, mas ainda não as vestiu. Assim que o grupo de separou, Squall, colocou a mão esquerda sobre seu olho esquerdo, fechando-o e cobrindo-o; acima dele, se formou um pequeno globo ocular de areia dourada, com a aparência de um olho. Squall o enviou à sua frente para sondar o caminho, e ver o que enfrentaria à frente, e logo partiu na direção Oeste, em sentido ao hospital, de acordo com o mapa que a aliança viu antes de iniciarem o cerco. Enviou o olho de areia, se possível, à 100 metros à sua frente, sempre cuidando de sondar tudo à sua volta para enxergar o máximo possível, e sempre se camuflando entre os edifícios do local, se misturando ao ambiente, se movimentando à 20 metros do chão; tudo que fosse visto pelo olho, Squall veria imediatamente, e, após passar algumas informações pelo rádio, tratou de começar a movimentação naquela direção, sempre levando em consideração tudo que veria pelo globo ocular e tomando cuidado à sua volta também, sempre atento à tudo que possa se passar, cuidando para manter seus movimentos silenciosos e sua presença escondida.

"Meu corpo parece... pesado. E minha força está menor... parece que estamos no centro do alcance da tecnologia deles. Vai ser muito m ais difícil lutar assim, esse disfarce virá bem à calhar.” - Pensou, escondendo-se atrás de alguns escombros, cuidando À sua volta, e caso estivesse sozinho, trocaria sua roupa, colocando a do guarda de Suna.

Assim que estivesse trajado e disfarçado como um guarda, seguiria seu caminho rumo ao hospital de modo discreto, sem chamar a atenção, ainda mantendo-se escondido, mesmo que disfarçado, mantendo o olho de areia sempre à frente.

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O vilarejo era muito amplo, e passando pelas ruas da cidade isso ficava notório. Cercado pelos altos edifícios, decidiu fazer deles seu trajeto; subiu até o alto de um pequeno prédio comercial, e foi saltando de prédio em prédio, de modo cauteloso e lento para não fazer barulhos nem ficar à mostra, fazendo o caminho no sentido em que seguia; mantinha o olho de Areia à 100 metros à frente sempre, para manter controle do que encontraria no trajeto. Após percorrer uma boa distância, um pouco mais que 1 KM aproximadamente, o olho de areia notou alguns guardas, tanto na parte mais alta dos edifícios, quanto nas ruas, Squall o desfez, e foi para a localização onde havia visto os mesmo, se ocultando à 25 metros deles, na parte alta dos prédios. Permaneceu em silêncio, para tentar identificar pelo som das vozes quantos eram.

"Com o corpo afetado desse jeito, acho melhor não tentar lutar ainda.” - Pensou, escondido, enquanto tentava ouvir quaisquer vozes à volta.

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O silêncio era o aliado de maior confiança do KAge naquele momento; um movimento em falso com seu corpo, de qualquer tipo, e atenção indesejada cairia sobre ele, e traria consigo um custo muito alto; a morte. Permaneceu imóvel, com seus olhos fechados, tentando aguçar, por menos que fosse o efeito, sua audição, para ouvir o que os guardas diziam. Quando finalmente discerniu as palavras, abriu seus olhos abruptamente, arregalando-os.

"Grupo de ninjas perto do hospital? Merda... ” - Pensou, virando-se para a esquerda, notando uma brecha na vigilância dos guardas.

Tratou de se esgueirar pelo telhado, e saltar para a direção pretendida, e rumou dali no sentido do hospital, pelos telhados. Precisava se apressar; mesmo disfarçado, se manteve no topo dos telhados, evitando as ruas e cuidando para não topar com nenhum guarda. Mais adiante, chegou à área das residências, onde provavelmente o guarda se referia ser o local que o grupo estava. Permaneceu sob um dos telhados mais altos do local, sentado para não ser visto, e colocou novamente a mão sob o olho direito, fechando-o; um globo ocular surgiu acima dele, feito de pó de ouro, e então enviou o olhou discretamente por entre as casas, para espiar pelas janelas e portas, procurando pelo grupo de ninjas da aliança, quem quer que fosse; foi enquanto procurava que ouviu o rádio tocar, e as notícias recebidas por Akahs lhe trouxeram um misto de dor e raiva.

"Morreu? Mas… como? COMO? ” -Gritava consigo mesmo, mentalmente.

Seus lábios se abriram por um momento, e seus dentes rangiam; no mesmo dia em que fez um amigo, o perdeu. As palavras da Serpente Branca e de Masamune, na Caverna Ryuuchi ecoavam em sua mente; talvez fosse o destino que sempre o mantinha solitário. Talvez, carregar o poder das Serpentes dentro de si fosse como a grande Serpente velha disse; o tornaria um homem solitário pelo resto da vida. A raiva não havia passado, mas tinha uma missão, e precisava ir até o fim com ela; era hora de focar e garantir que não haveriam mais companheiros mortos, e para isso, precisava encontrá-los, e logo. Manteve a busca com o globo ocular, enquanto mantinha-se escondido, e camuflava a presença do olho com movimentos que o deixavam escondido entre as casas.

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O olhar do rapaz permanecia baixo, tomado de frustração e outros sentimentos que já nem sabia distinguir. O globo de areia se desfez mais à frente, revelando que não haviam mais guardas naquele caminho. O rapaz parou no parapeito da casa onde estava, e levantou seu rosto ao céu, com os olhos fechados. Em silêncio, imóvel, prestou luto por seu amigo que morreu em combate.

"Manterei minha promessa, Shiryu...” - Pensou, com o semblante fechado e as sobrancelhas cerradas, ainda de olhos fechados, deixando o vento tocar o disfarce que possuía sobre o rosto.

Após alguns instantes, abriu seus olhos, e voltou-se para o caminho à frente. Deu um salto para o próximo prédio, e assim que avançou por alguns metros, sentiu uma sensação de familiaridade tomar seu peito, e parecia empurrar seu corpo em uma determinada direção à frente. Não tinha ideia do porquê, mas algo dentro de si o fazia ter certeza que devia seguir naquela[i/] direção. De olhos bem abertos, seguiu pelo caminho que sentia que devia seguir, até que mais à frente viu duas figuras seguindo pelo mesmo caminho, quase que indo de frente para ele. Preparou-se para o que quer que fosse, mas dentro de si uma paz aflorou; de algum jeito, sabia que eram aliados. Se aproximou deles, ainda com o disfarce de guarda, e então começou.

[i]- Venham comigo - Disse, sinalizando para irem para um beco próximo dali, reconhecendo os dois. - Também sou da aliança. - Disse, retirando o rosto que absorvera de um dos guardas anteriormente, revelando seu verdadeiro rosto.

Olhou para ambos, reconhecendo seu antigo colega de time, Tatsuo, e Ayako, que participou do Exame Chunin, dois anos atrás. Sem delongas, como era de praxe, preparou-se para continuar o trajeto.

- Temos que continuar rumo ao hospital. Ouvi alguns guardas dizendo que um grupo de alguns ninjas foram avistados na área das residências, próximo do hospital. Quem quer que sejam, precisamos encontrá-los e avisá-los, já estão revistando casa por casa desta região. - Disse, trocando o olhar entre os olhos vermelhos de Ayako, os de Tatsuo, e o ambiente à volta.

Acenou com a cabeça, indicando que deveriam partir imediatamente; dentro de si, aquela sensação de ligação agora havia passado, e mais uma vez dava lugar à amargura que aflorava pela perda de seu amigo, e por culpa sua. Seus punhos cerraram por um momento quando começaram a caminhar, mas logo se abriram, relembrando o foco na missão que tinha para cumprir. Conforme avançavam, algumas conversas podiam ser ouvidas. O rapaz arregalou seus olhos quando conseguiu discernir uma delas.

- Um Kage foi morto, uma mulher está atacando Suna com serpentes, e uma grande luta está acontecendo no lado Leste. Isso está começando a sair do controle… temos que ir logo. - Pensou, sinalizando para seus companheiros para prosseguirem.

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