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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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I'm not spending any time, wasting tonight on you. You know, I've heard it all, so don't you try and change your mind cause I won't be changing too, you know. You can't believe, still can't believe it, you left in peace, left me in pieces, too hard to breathe, I'm on my knees right now.

Rank D — Floricultura da Vila
Descrição: A garota que cuida da floricultura agora é uma Kunoichi médica muito atarefada. Sua missão é cuidar da floricultura enquanto ela está fora. Se tem alergias a flores, utilize uma máscara.

Haviam-se passado alguns dias desde que fui aceito como um ninja da Nuvem. Além de receber uma bandana ninja, não senti particularmente que muito havia mudado. Bem senti que teria vantagens em minha nova profissão, contudo, uma vez que o salário que principiava a receber me ajudaria a montar novas marionetes, já que minhas antigas se foram quando o orfanato Jardim foi extinto. Havia começado a juntar algumas partes e outros equipamentos, mas era difícil ter fundos o suficiente para montá-la de uma só vez. Como um Genin, portanto, voltar para minha arte, o que mais gostava de fazer, se tornaria gradativamente mais fácil conforme juntasse moedas o suficiente. Não as ganharia deitado na cama até o meio-dia, desanimado para com meus deveres, então, resolvi batalhar com minha própria preguiça por alguns minutos para que me tornasse útil nos próximos minutos. Tendo já realizado a solicitação na central de distribuição de missões para que recebesse uma de meu nível, julguei que já estaria pronta por volta deste horário. Utilizei isto como motivação para, por fim, trajar-me adequadamente para sair; adornei-me com uma camiseta branca, uma calça preta e botas ninja, de cano longo, com um tom semelhante ao da calça, e que cobriam-na até próximo dos joelhos. Desacostumado em utilizar a bandana, quase a esqueci, fixando-a em minha testa nos últimos minutos que passei em casa.

Ao longo do trajeto, pude detectar um inebriante odor de salgados, que ressoou com minha abrasadora fome, que por sua vez me lembrou de que não comi antes de sair de casa. Com alguns ryous no bolso, me dei a liberdade de comprar algo que acalmasse minha barriga ronquejante. Quando o fiz, retornei ao trajeto, rumando à central de missões local; não era um caminho muito distante a partir de agora, então apertei o passo para chegar mais cedo. Como esperado, muitos outros ninjas eram vistos por ali naquele horário, então, mesmo detestando ter de esperar, entrei na fila enquanto aguardava minha vez, conformando-me com o fato de que deveria ter acordado mais cedo e ter exercido uma atitude mais disposta para com minhas obrigações. A recepcionista, mais ágil do que calculei, atendeu aqueles que estavam em minha frente rápido o suficiente para que levasse meros minutos para que minha vez chegasse. Trocamos alguns cumprimentos, dei-a meu nome e aguardei enquanto rebuscava dentre as prateleiras buscando minha tarefa pendente. Alguns segundos mais tarde, retornou, animada, com meu pergaminho. Assinei, atestando minha disposição de cumprir para com a missão, mesmo não sabendo qual fosse, e saí do local em questão.

Agora numa área quieta e pacífica, me vi num local apropriado para ler com calma as instruções recebidas. Recostando-me num banco de pedra, abri o pergaminho, finalmente desvendando seu conteúdo enquanto meus olhos resvalavam por todas as letras gravadas nele. Uma das ninjas de maior escalão, dona de uma floricultura, havia se ausentado temporariamente; presumi que devido à uma missão importante. Minha tarefa, portanto, seria a manutenção de seu estabelecimento enquanto estava fora. Fiquei feliz por não ser obrigado a abrir a floricultura em questão (já que isso exigiria socializar com estranhos). Uma vez tendo plena compreensão de minha tarefa, dei início à mesma; locomovi-me para a floricultura, encontrei sua chave entre os vasos denotados no pergaminho, reguei as plantas que precisavam de água naquele horário em questão, varri o chão, passei pano nas janelas, e, retornando para fora, tranquei o estabelecimento e reposicionei a chave em seu lugar primário. Logo, retornaria para a central de missões para recolher minha recompensa.




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Rank D — Reformas da Vila
Descrição: Desde o último ataque a vila está sendo reconstruída, e você como um jovem ninja deve colaborar. Sua missão é pintar muros e cercas por toda a vila.

Apenas algumas horas passaram-se desde a minha última ação numa missão pela vila. Ouvia constantemente, na Academia, as outras crianças argumentarem sobre o quão sem sentido, chatas e desnecessárias eram as missões de rank D, e sobre como elas desejariam ter uma missão "de verdade" o mais cedo possível. Achei estranho, portanto, eu ter gostado da tarefa de manter uma floricultura de uma experiente ninja ordem; ao contrário dos demais, eu temia uma missão realmente perigosa, já que provavelmente seria facilmente sobrepujado por não ser tão forte assim. Por outro lado, realizar missões de "menor importância" me ajudariam a constituir disciplina, rigor e diligência, qualidades estas que seriam grandemente valorizadas em missões de maior perigo para quando eu me tornar um ninja mais apto. Este foi, aproximadamente, meu raciocínio, quando, ao coletar a recompensa de minha última missão, preenchi a requisição para receber outra. Feliz ao saber que a receberia mais tarde naquele mesmo dia, retornei para casa para aprontar algumas coisas antes de partir novamente. Compartilhei as experiências positivas que tive com minha mãe, que externou sua felicidade ao me ver fazendo algo que eu goste, me adapte e tenha aparente proficiência em realizar. Enérgico, subi as escadas para o meu quarto para trocar minhas vestimentas e me aprontar novamente; assim que o fiz, almocei tardiamente, e por fim me despedi de minha mãe antes de sair para outra missão.

Agilizei o mais rápido que pude o tétrico processo de me dirigir para a central de distribuição de missões, aguardar na fila para ser atendido, dar meu nome, receber o pergaminho, sair do local em busca de outro mais silencioso e ler o conteúdo do pergaminho em questão. No fim, levei apenas alguns minutos para fazer tudo, e, por fim, notei que minha tarefa atual residia em torno de auxiliar a reconstrução de parte do vilarejo que foi danificado durante o último ataque. Utilizando-me do pequeno e improvisado mapa ilustrado dentro do pergaminho, segui-o fielmente em busca do local em questão. Durante o percurso, parei para refletir a respeito das notícias que ouvi mais cedo naquela semana; um grupo de bandidos conseguiu escapar de uma das prisões que tínhamos na aldeia e causaram um grande estrago. Conectando os acontecimentos, percebi que a prisão ficava nos entornos de onde o mapa indicava que eu deveria reconstruir; agora, sabia o agente causador dos danos públicos. Impertinente a mim, entretanto, apertei o passo para que pudesse chegar de uma vez em meu novo local de trabalho.

Os estragos eram menores do que os imaginados. Além disso, a grande barulheira que ouvia minutos antes de chegar no local me diziam o que meus olhos em seguida confirmaram: dispúnhamos de um grande número de trabalhadores voluntários para nos ajudar. Fiquei feliz com a comoção, porém, ao mesmo tempo, ansioso, perguntando-me como exatamente poderia auxiliar alguém em trabalhos físicos, sendo socialmente estranho e não muito forte fisicamente. O administrador da obra, por outro lado, não mediu esforços em me dar trabalho; fiquei feliz em ajudar, especialmente quando a tarefa não dependia de interagir com outros ou trabalhar em equipe. Com grande agilidade e utilizando-me do auxílio de meus fios de chakra, pude trabalhar habilmente e concluir a tarefa mais cedo que os demais. Retornaria, posteriormente, após alguns momentos de descanso, para a central de distribuição de missões para devolver o pergaminho e coletar a recompensa.




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Rank D — Minas Subterrâneas - Resgate
Descrição: Você sente um tremor e de repente, uma das minas desabou. Você deverá procurar e resgatar os trabalhadores que não conseguiram sair. Atue rápido e com cautela.

Acordei um pouco mais cedo neste dia. Novamente, me vi tendo que combater meu próprio corpo, sedento pelo desejo de se manter deitado na cama em repouso; a luta foi mais fácil de se vencer desta vez, contudo, uma vez que o dia anterior e as duas missões que realizei nas quais fui bem-sucedido me serviram como um grande motivador para tentar novamente. Poderia, no final das contas, ser algo no qual eu sou bom. Graças ao Jardim, provavelmente, mas mesmo assim. Me levantei, e, com passos acelerados para combater o sono, me dirigi à cozinha, onde abracei minha mãe e principiei a tomar o café. Nada sofisticado, mas era o suficiente para tirar a chata dor de garganta que se apoderava de mim nas manhãs. Tendo terminado, retornei para o quarto para arrumar minha cama e me preparar devidamente; escovei os dentes, adornei-me com vestes apropriadas para um ninja e, desta vez sem me esquecer, prendi a bandana com o símbolo da Aldeia Oculta da Nuvem em minha testa. Despedindo-me de minha mãe, tendo concluído as funções básicas que precisava, saí, rumando à central para adquirir outra missão.

O dia se apresentava similar ao anterior: ensolarado, com conversas por todos os lados dos demais aldeões, e os sorrisos em minha volta instalando um clima agradável como um todo. Enquanto dispensava parte de meu tempo para apreciar o positivo ambiente enquanto rumava para minha missão diária, um grande estrondo tornou-se perceptivo a todos ali, que imediatamente cessaram suas interações para ter sua atenção voltada para a origem do som ensurdecedor. Algumas das barracas de comerciantes nos arredores caía com o tremor que se instaurou no perímetro. Mantendo-me atento, imóvel e quieto, voltando meus olhos para onde discerni vir o som, aguardei alguma movimentação; nenhum ninja de alto escalão se encontrava nas proximidades, então, a cada segundo que se passava, a responsabilidade caía cada vez mais sobre mim. Um segundo estrondo se ouviu, desta vez pareceu significativamente maior do que o primeiro, em partes, talvez, porque todos estavam em silêncio quando surgiu. Este segundo estalo, por sua vez, instaurou o pânico nas proximidades. Alguns começaram a gritar, outros a guardar seus itens à venda e se preparar para ir embora do local o quanto antes. Vi, do beco em que meus olhos repousavam, uma turba de pessoas em pânico, fugindo de onde acreditei ser a origem do som. Tive certeza, desta vez, que sabia aproximadamente onde a desordem se concentrava: Nas minas subterrâneas. Pensei em buscar algum posto avançado de guarda, para então alertar ninjas mais fortes e preparados para responderem ao aparente incidente. Não pude, contudo, deixar de imaginar quantas pessoas morreriam, no pior dos casos, no evento de eu fazer isso. Se eu simplesmente fosse para lá, provavelmente seria capaz de ajudar mais pessoas do que um ninja preparado que chega atrasado. Contra meu próprio bom-senso, forcei-me a acelerar o passo por fim, correndo em direção à catástrofe para ajudar o maior número de pessoas possível. Senti, nestes minutos e nos seguintes, um positivo senso de liberdade de ajudar alguém que precise de minha ajuda.

Os minutos seguintes se delinearam agitados, e não exatamente controlei a situação tão bem quanto eu desejaria; limitei meus movimentos a entrar nas minas, achar alguém ferido e carregá-lo para fora, repetindo o processo pelo que se pareceu ser milhões de vezes. Quando trouxe a última sobrevivente para fora, tive de exercer um grande controle mental para não colapsar no chão de exaustão. Ao invés disso, apoiei minhas mãos em meus ombros por alguns instantes, arfante, mas feliz com o resultado de meus esforços. Vi, enquanto estava na caverna, alguns trabalhadores esmagados por pedras ou mortos de outras maneiras; por pensar que aquelas dez ou onze pessoas que eu salvei poderiam estar na mesma situação, mas não estavam, por causa de mim, senti-me realizado. Alguns minutos depois, a equipe médica chegou junto de alguns outros ninjas, que nos prestaram socorros e parabenizaram os esforços conjuntos de todos. Após ser tratado, foi-me dito que eu poderia coletar recompensa pela ação na central de missões quando pudesse, então o faria logo em seguida.




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Rank D — Biblioteca da Vila
Descrição: A faxina se estende aqui também, só não vale ficar lendo os pergaminhos ao invés de limpá-los.

"Você gostaria de mais uma?" foram as exatas palavras da atendente da central de distribuição de missões assim que assomei ali, exausto por causa da última missão. Como não era muito bom em interações sociais, comecei a raciocinar uma maneira de educadamente recusar sua oferta, sem que esta maneira educada revolvesse em torno de eu gritar "não está vendo que eu tô morto?". Para minha surpresa, entretanto, sequer tive tempo de dar uma resposta pensada: ela sumiu entre as prateleiras apenas para retornar alguns segundos depois, com um pergaminho em mãos. Agora eu realmente não saberia como dizer não, imaginando sua frustração em retornar com o pergaminho ainda em mãos e devolvê-lo, triste, na prateleira. "Esta é bem leve", falou, aguçando-me a curiosidade. Então ela percebeu que eu estava cansado, mas precisava mesmo assim que eu realizasse esta tarefa? Perguntei-me também se estaria atrasada, ou era demasiada importante ou algo do tipo. Mas não faria sentido ficar perguntando-me coisas que não me ajudariam a resolver o problema atual, então, ao invés disto, consenti em fazer a missão, para o alívio da balconista. Assinei a papelada e saí com o pergaminho em mãos, realizando meu ritual de me dirigir para a pracinha ali perto para ler em silêncio seu conteúdo.

Em resumo, não se delineava uma tarefa difícil, como ela mesmo atestou: deveria realizar a limpeza de uma biblioteca. O pergaminho dizia "biblioteca da vila", para minha surpresa, já que, mesmo sendo um amante de livros, desconhecia a existência de uma instalação governamental que providenciasse livros. Duplamente interessado agora, limitei minhas próximas ações a seguirem o pequeno mapa com algumas direções para que eu pudesse chegar no local de trabalho o quanto antes. Assim que cheguei, deslumbrei por alguns momentos os aspectos do local: era imenso, possuía vários andares e, imponente, passava-me todo o conceito de uma biblioteca dos tempos antigos, um verdadeiro centro de estudo e de descobrimento de importantes informações. Perguntei-me quando foi construída e quem arquitetou-a enquanto cumprimentava um dos vigias, que abria as enormes portas para mim e me dava breves instruções. Agora dentro do local, não pude deixar de me perguntar quantos livros exatamente esta enorme biblioteca abrigava, já que, para todo lugar que olhava, um verdadeiro rio de conhecimento se abria diante de meus olhos. Ciente que não poderia procrastinar a tarefa, contudo, fui direto para a sala de manutenção, buscando ali alguns instrumentos de limpeza recomendados pelo vigia e, esboçando-os ao longo do cômodo, estava pronto para dar início à limpeza.

E foi exatamente isto que o fiz. Como de se esperar em qualquer biblioteca antiga, o pó era um fator comum, e combati-o da melhor maneira que pude, fosse dos móveis ou dos próprios volumes abrigados ali. Não foi muito cansativo pelo esforço físico, mas pelo tempo envolvido em limpar uma imensa coleção de livros de três andares. Levei cerca de duas horas para terminar e, quando o fiz, senti-me realizado, embora também frustrado. A frustração, contudo, foi embora rápido, assim que julguei ser justo eu pegar uns dois ou três livros que realmente me interessaram e colocá-los discretamente em minha mochila antes de ir embora. Cumprimentei o vigia na saída como se nada de ilegal tivesse acontecido ali dentro e, por fim, retornaria para a central de missões, para coletar a recompensa e em seguida exercer meu merecido descanso após um longo dia de trabalho inesperado.




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Rank D — Proteja a Entrega
Descrição: Você deve levar uma encomenda de uma vila aliada que está em nossa vila. Tenha cuidado, muitos ninjas querem o conteúdo da entrega. Garanta que ela chegue a salvo e sem nenhum dano até a outra vila.

Descansei por apenas alguns minutos, em casa. Me via elétrico, no momento, e minha mente raciocinava sobre vários assuntos diferentes dos quais eu antes não tinha refletido sobre; "se eu fui tão bem numa missão de nível C, qual será o meu limite?" era o tema principal de minhas indagações. Estava ciente de que ser tão disposto, elétrico e confiante não era uma qualidade exatamente benéfica para um ninja, que deve sempre se manter calmo, frio e lógico; ao menos na minha concepção. E foi exatamente por isto que fui para casa por alguns momentos, visando alguns minutos de descanso, outros de diálogo com minha mãe e outros lendo um livro ou assistindo qualquer coisa que estivesse passando apenas para que eu pudesse assimilar a situação em que me encontrava com a cautela que ela requisitava. Já que estava próximo, aguardei o almoço também. Era estranho, sentia como se eu mesmo estivesse punindo a criança dentro de mim que estava completamente eufórica para continuar realizando missões, melhorando e testando meus limites cada vez mais. Mas, no Jardim, aprendemos a repreender tais impulsos quando eles se aproximam; "o controle psicológico é um dos aspectos mais importantes de um shinobi", como bem aprendi durante meus primeiros anos de vida. Ao invés disso, também me via feliz ao desfrutar a companhia de minha mãe enquanto conversávamos sobre os últimos dias e as situações corriqueiras que eles nos deram. Fiz questão de ouvir mais do que falar, já esta também era uma virtude, além de me dar a chance de observar a mãe que eu amava fazendo algo que ela gostava, sendo este interagir comigo e conversar. Levamos alguns minutos, mas saboreei bem cada um deles.

Estava pronto agora. Sentia que a criança dentro de mim dava pulos de alegria sabendo que estávamos de saída. Após escovar meus dentes novamente e me despedir de minha mãe, iniciei a clássica caminhada em direção à central de distribuição de missões da vila. Andava tranquilamente agora, com a ciência de que a parte mais difícil de meu dia foi deixada para trás, e a concluí com sucesso. Não tinha certeza de que era capaz de sentir felicidade, mas, se fosse, seria algo próximo deste turbilhão de emoções dentro de mim agora, que, contudo, rapidamente contive. Assim que me aproximava da central, notei que tinha menos movimento do que o usual; normalmente eu tinha que desviar de algumas pessoas em seus arredores, e, dentro do local, tinha que aturar alguns minutos de fila. Desta vez, não tive que me submeter à nenhuma das enfadonhas atividades. Assim que entrei no local, rapidamente corri meus olhos pelos céus, afirmando, em minha cabeça, que nunca estive para estes lados neste horário específico. Talvez o horário que eu costumeiramente frequentasse aqui fosse o mais movimentado, portanto, e agora a maioria dos ninjas se encontrava buscando resolver a missão que lhes foi dada. Apenas suposições inúteis, enfim. Novamente, troquei poucas palavras com a balconista. Era outra, desta vez, então as interações sociais eram um pouco mais difíceis e restritas. Senti um alívio quando me deu as costas, rumando para as grandes prateleiras que abrigam os múltiplos pergaminhos de missões. Corri meus olhos de maneira detalhada ao longo das prateleiras pela primeira vez; já que elas sempre me entregavam os pergaminhos de baixo, julguei que os que estavam em cima eram os de nível maior. Tive certeza, quando reparei na qualidade dos pergaminhos; o tecido era caro, o brasão em suas bordas era extremamente caro, e a fita que o mantinha selado era mais cara ainda. Interessante como não havia reparado nisto antes. Antes que pudesse realizar mais suposições, entretanto, a moça voltou com meu pergaminho, que agora mais parecia surrado e maltrapilho como nunca. Agradeci sua disposição, preenchi os formulários e mencionei que voltaria mais tarde para coletar outra missão. Como sempre o fazia, retirei-me para um local silencioso visando vislumbrar o interior do pergaminho.

A tarefa era menos chata do que imaginei, e, portanto, aprontei-me para findá-la: deveria levar uma encomenda de uma vila aliada que está em nossa vila. Além de parecer importante o suficiente, eu julguei ser importante, uma vez que o pergaminho me recomendava ter "cuidado", já que "muitos ninjas querem o conteúdo da entrega". Me dirigindo para os portões da vila, troquei algumas palavras com os guardiões daqueles lados, que administravam uma pequena casinha alfandegária para administrar o que entra e sai. Fazia sentido, de qualquer forma. Eram eles que possuíam o pacote que eu deveria entregar, portanto, assim que o peguei, despedi-me de meus companheiros de vila para realizar a entrega. Algumas horas depois, já retornando para minha vila, entendi que o conteúdo do pergaminho de missão era mentira; a frase "muitos ninjas querem o conteúdo da entrega" servia, nada mais nada menos, para aumentar a atenção de ninjas aspirantes, para que não se perdessem, não perdessem a embalagem nem cometessem nenhum erro. Provavelmente era algo nem tão importante assim, como alguns produtos comerciais para serem vendidos. De qualquer forma, a missão já foi cumprida, e coletaria minha suada recompensa pela tarefa enfadonha imediatamente.




200/200


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I'm not spending any time, wasting tonight on you. You know, I've heard it all, so don't you try and change your mind cause I won't be changing too, you know. You can't believe, still can't believe it, you left in peace, left me in pieces, too hard to breathe, I'm on my knees right now.


Rank D — Calçamento das Ruas
Descrição: Algumas ruas estão sem calçamento, estão somente no barro e na terra batida. Ajude alguns trabalhadores na estrada ao norte da vila.

Assim que cheguei em casa, permiti que o sentimento de realização me atingisse. O dia não estava tão bonito, o frio não estava ajudando, mas não permiti que nenhum destes fatores interrompessem minha funcionalidade ao longo do dia; pude realizar uma missão de nível C, que, sobretudo, me colocou lecionando um grande número de pessoas. Pior ainda, crianças. Eu amo crianças, mas... elas não me amam. Para minha surpresa, entretanto, meu desempenho foi acima da média. Acima do esperado também. Assim que cheguei em casa, compartilhei a experiência positiva com minha mãe, que replicou minha satisfação ao ouvir a história. Desde então, retornei para meu quarto, e principiei a ação de recolocar meus pertences em seus devidos lugares; cadernos, livros, anotações e a própria mochila que utilizei para transportá-los. No momento em que concluí a arrumação, despendi tempo sentado em minha cama; um hábito que eu havia desenvolvido recentemente era, após uma longa jornada, ou após alguma interação interessante com o mundo exterior, sentar-me sozinho e refletir sobre o ocorrido. Eu sempre era capaz de aprender algo daquilo, ou de refletir melhor sobre um acontecimento e também aprender dele. Minha mente, a partir do momento em que me engajei na tarefa, voou para longe de todos, confabulando possibilidades, pormenores, detalhes e afirmações. Algum tempo depois da imersão em pensamentos, remediei minha situação atual por contemplar qual seria minha próxima ação mais plausível. Após determinado tempo em raciocínio, tive uma certeza; arrumei-me novamente e saí de casa.

Os edifícios se erguiam da mesma maneira, assim como o clima fazia enquanto eu estava do lado de fora. Em outras vezes, eu me pegava sendo contemplativo, tomando meu próprio tempo na caminhada para me ver inspirado e revigorado pela vista. Hoje, como acontecia em outras vezes, cuja frequência dependia de meu estado de espírito, nada parecia exatamente incrível; era apenas a paisagem que eu via enquanto caminhava para a central de distribuição de missões, nada mais. Este pensamento, vendo-o com olhos otimistas, me permitiu andar mais rápido, consequentemente atingindo meu objetivo mais rápido também. Assim que me vi na central, despertei, como se estivesse num modo automático até então. Vi uma grande fila que se estendia por boa parte do estabelecimento, e a compus, chegando em seu fim. Meus pensamentos inertes continuaram se propagando mais uma vez enquanto eu pacientemente aguardava minha vez na fila; percebi como eu odiava esperar. Troquei algumas palavras costumeiras com a balconista quando minha vez chegou, e aguardei mais um pouco para que fosse buscar meu pergaminho. Quando o fez, tentei parecer educado enquanto preenchia os formulários e saía dali. A missão era simples o suficiente, revolvendo em torno de auxiliar construtores na tarefa de revitalização duma área pública que se encontrava em mal estado. Auxiliei os mestres de obras locais, e, concluído o trabalho, retornaria para a central de distribuição de missões para que pudesse coletar minha recompensa.




400/400 — 04/04


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