Angell Hyuuga Hattori
[ HP: 3500/3500 | CH: 10287/10300 | CN: 000/400 | ST: 01/22 ]
[ Byakugou no In: 500/500 | Byakugou no Jutsu: 02/08 ]
[ Hachibi: 2000/5000 ]
Mesmo em pleno calor da batalha, mantendo-se alerta, sempre observando, analisando e tentando interpretar cada detalhe deixado no ar ao seu redor, a azulada não conseguiu não esboçar mais um sorriso ao descobrir do que se tratava a surpresa que Katsura disse aos presentes que Shion estava preparando; como nas histórias mais grandiosas sobre os incontáveis feitos heroicos conjuntos de seus pais, eles agora atingiam Lilith de forma a quase subjugá-la, ferindo-a e impedindo que ela se recuperasse rápida e covardemente através daquelas almas que ainda a rodeavam. Porém, como sempre se deve esperar de qualquer criatura, sobretudo as poderosas que se inclinam à ruindade, Lilith não se dava por vencida e se reerguia, independentemente das dificuldades.
Shion e Katsura também não se indispunham; preparavam-se para dar sequência àquele contra-ataque e, como bons pais – e para o mundo shinobi inteiro, não só para a azulada –, chamavam os presentes para receberem parte do poder que unificavam. Por mais que já tivesse acesso ao chakra de uma bijuu, graças à cooperação não tão espontânea assim de Gyuuki, avançou em direção à energia visível da besta que Shion carregava dentro de si desde que ambos os Shakas se foram, enquanto sentia seu corpo se revigorar rápida e completamente – inclusive, fazendo-lhe enfim ter a certeza de que poderia desativar sua barreira curativa sem prejudicar a si mesma ou a qualquer um dos que dependiam de si até aquele momento.
Ela subiu na cauda do meio da bijuu que Shion tinha tornado visível. Porém, atenta como continuava ao campo de batalha e a tudo que conseguia perceber ao seu redor, notou a determinação de Lilith – que, agora, já estava de pé e bem ereta outra vez – crescer mais e mais, chegando ao ponto de remodelar o mundo todo – ou, ao menos, a extensão dele que o Tenseigan da azulada conseguia cobrir –, bagunçando-o por completo. Flagrando- se agora sobre um par gigantesco de estátuas, voltou seus olhos floridos diretamente à imperatriz do caos, que pairava à frente. Shion voltou a se manifestar, deixando claras as intenções que tinha de dar continuidade ao contra-ataque, como sempre, bem longe de ser paralisado por qualquer demonstração do poder inimigo.
...mas, daquela vez, tornando a contrair a preocupação de Angell, e não apenas quanto a ele próprio, que de repente tinha os cabelos drasticamente agrisalhados, como também quanto aos demais presentes, que, bem como a si mesma, foram repelidos de cima das caudas do chakra da bijuu de Shion por um balançar brusco das ditas cujas. A azulada se estabilizou a 5 metros para trás da posição em que a besta estava, ainda se apoiando em seu Doton: Choukeijuugan no Jutsu, mas fez questão de se elevar a mais 20 metros desde a altitude a que a dita cuja já estava sobre o par de estátuas. Dali, flagrou Lilith se tornar apenas um vulto, mesmo às particularidades privilegiadas de seu doujutsu. Seus olhos se arregalaram, e ela teve a sensação de derrota.
“Recuperei, sim!”, mas Gyuuki berrou dentro de sua mente.
E, no mesmo instante, ela sentiu ainda mais influência do chakra dele em seu corpo todo, inclusive, percebendo as oito caudas da besta se projetarem para fora de suas escápulas na forma de duas pequenas asas angelicais, enquanto o manto de chakra que lhe cobria se tornava invisível a olho nu. Porém, mesmo agora podendo se basear em sua melhor e maior forma de sincronia com Gyuuki, continuava incapaz de acompanhar com precisão todos os movimentos de Lilith; era só um ou outro momento que a azulada podia captar e entender direito o que a imperatriz do caos estava tramando, e, em um dado instante, notou que seu pai tentava também acompanhá-la, mas não apenas com os olhos, e sim com o corpo todo, querendo impedi-la de ferir os presentes.
Angell se sentiu na obrigação de se juntar a ele para um revide. De acordo com tudo que já estava discutindo – pelo que pareciam ser minutos – com os demais jinchuurikis e as demais bijuus, fez questão de aumentar ainda mais a altitude a que havia subido antes, em uma tentativa de cobrir melhor a área que precisaria sobrevoar caso quisesse mesmo acompanhar as posições que Lilith e Shion iam assumindo no espaço daquele campo de batalha, ficando agora a observá-los como podia a uma distância de 40 metros. Quando flagrou seu pai ferindo a imperatriz do caos mais uma vez, agora, no ombro, preparou-se definitivamente, inclinando seu corpo todo. Esperou por um instantinho, até ter certeza de que Lilith estava fazendo uma pausa...
– Ei, sua vadia! – ela deixou Gyuuki gritar através de sua boca, enquanto exalava toda intenção assassina dele diretamente contra Lilith.
...e então disparou na direção dela, ainda em pleno ar, em uma manobra brusca, visando se colocar exatamente acima da cabeça dela primeiro, e só então desenvolver uma curva de 90º para mergulhar para baixo, como que a fim de acertá-la com uma bela cabeçada. Porém, no meio do caminho, elevou seu rosto, querendo alinhar sua boca com o topo da cabeça de Lilith, para tornar a cuspir uma boa quantia de tinta preta contra a imperatriz do caos, tinta esta que, ao invés de ser intocada, foi dividida em cinco partes iguais, que logo tomaram a forma de cinco estacas pontiagudas. Angell vislumbrou aquela “flor sem miolo” caindo a partir de sua posição, esperando que a mesma atingisse a imperatriz do caos depois de percorrer os 10 metros que deviam distanciá-las.
Para além disso, sem ter deixado em nenhum momento de se manter atenta à situação do campo de batalha, caso notasse que poderia se arriscar um pouco mais e, bem como a tinta que havia acabado de lançar contra Lilith, percorrer por conta própria a distância que ainda faltava entre si própria e a outra, Angell não se estabilizaria no ponto em que lançou sua última ofensiva; na verdade, continuaria sua trajetória em direção à outra, já estendendo e concentrando uma grande quantidade de chakra em sua mão direita, para que, assim que – e se – conseguisse tocar o corpo de Lilith, independentemente de suas estacas – muito provavelmente – fincadas na carne alheia, realizasse nela um selamento dos mais poderosos que conhecia.
“But it’s the only thing that I have.”