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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
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Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
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Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
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Havilliard
Havilliard#3423
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Agony
Tokubetsu Jonin
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— Chamas Negras Mortais
—  O restaurante era elegante demais para mim, mas Ryo insistiu. A iluminação era baixa, e o aroma de especiarias e pratos finamente preparados pairava no ar, preenchendo o ambiente com uma sensação quase irreal de conforto. As taças de saquê brilhavam sob a luz suave, e à nossa volta, as vozes dos outros clientes soavam distantes, como se estivéssemos isolados em um mundo só nosso.

Ele estava lindo. Ryo sempre pareceu carregar o peso do mundo nos ombros, mas hoje havia algo diferente nele – mais leve, como se o caos recente tivesse perdido força. E, de certa forma, acho que eu também precisava disso: um respiro.

Então, Tokubetsu Jonin, hein? — A voz dele era leve, brincalhona. — Devo começar a te chamar de chefe agora?

Eu ri. Foi involuntário, e estranhamente... bom.
Ainda sou eu. Não precisa exagerar. — Balancei a cabeça, mas a verdade é que ouvir meu novo título assim me trouxe um gosto agridoce. Comemorar uma promoção por um trabalho que me deixou com mais cicatrizes do que orgulho... Era difícil engolir.

Ryo não deixou o momento se arrastar. Ele me olhou como sempre fazia: intenso, mas tranquilo, como se enxergasse através de tudo.
Você carregou aquela missão inteira nas costas, Lil. Deveria estar orgulhosa. Sem você, Shinji teria deixado muito mais do que só ruínas.

Desviei o olhar, encarando a taça de saquê nas minhas mãos. Ele não sabia de tudo... Não sabia que, no fim, eu fiz exatamente o que Shinji queria. Eu deixei o ódio me consumir – e, de certa forma, ele venceu.

Ele conseguiu destruir mais do que a vila, Ryo. — Minha voz saiu baixa, quase um sussurro.

Ryo não respondeu de imediato, mas senti a mão dele tocar meu pulso, quente e firme. Levantei o olhar, e lá estava ele, sorrindo daquele jeito leve, que só ele sabia dar.

Ei. Isso acabou. Você fez o que precisava. O importante é que está aqui agora. Você até recebeu uma visita do Tsuchikage no hospital, Lil! És importante, você sabe disso.

Essas palavras – simples, mas cheias de significado – encontraram um caminho direto até mim. Por mais que tudo dentro de mim estivesse uma bagunça, ali, com ele, as coisas pareciam... menos pesadas.

E agora, você é da elite. — Ele apertou meu pulso de leve e arqueou uma sobrancelha. — Não vai nem comemorar? Ou vai deixar essa passar em branco?

Eu sorri, uma pequena faísca de humor surgindo apesar de tudo.
Comemorar? A promoção ou o fato de estar viva?

Os dois. — Ele deu uma risadinha, e eu não consegui evitar a minha. Estar com ele sempre tornava as coisas mais fáceis, como se o peso de ser quem eu sou não fosse tão esmagador.

Peguei a taça e levantei-a, improvisando um brinde.
À sobrevivência.

Ele ergueu a dele também, os olhos brilhando por trás do sorriso.
E ao que quer que venha depois.

As taças se tocaram com um tilintar suave, e por um instante, o mundo lá fora não importava – não havia vilões, conspirações ou dores do passado. Era só eu e ele, como se nada mais existisse.

E por um momento, eu quis acreditar que poderíamos ficar assim para sempre.

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HP: 1275/1275 | CH: 3575/3575 | ST: 00/07
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"I Just live to Fall."

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Ficha de Personagem : https://www.narutorpgakatsuki.net/t89014-f-lil-mayer#736981
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Tokubetsu Jonin
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— Chamas Negras Mortais
—  Ryo continuava sorrindo. E, por mais que eu quisesse acreditar que aquele momento fosse eterno, sabia que não era. Coisas boas nunca duram para pessoas como eu. A felicidade sempre me pareceu uma moeda roubada – um fragmento de algo que eu nunca deveria ter.

E então, o que vem agora? — ele perguntou, enquanto terminava de beber.

O peso daquela pergunta caiu sobre mim como uma pedra amarrada ao peito. Por um momento, pensei em mentir, dizer que ainda não tinha planos, que estava focada em me recuperar, mas a verdade estava latejando na minha mente, inescapável. Eu sabia o que tinha que fazer.

Vou terminar o que comecei. — Minha voz soou mais firme do que eu esperava.

Ryo inclinou a cabeça, observando-me como se tentasse adivinhar o que estava por trás das palavras. Ele sempre foi bom nisso – ler o que eu não dizia.

O seu pai. — Ele não precisou perguntar. Ele sabia.

Apenas assenti, sem ousar olhar diretamente para ele. Aiko. O nome carregava um peso que eu não suportava, e apenas pensar nele fazia algo dentro de mim arder. Ele estava lá, no centro de tudo. Era o início e o fim.

Ryo não pareceu surpreso, mas seu rosto ficou mais sério, como se calculasse os próximos passos.
E você tem alguma pista de onde ele está?

Mordi o lábio, hesitando. Não sabia se deveria contar tudo para ele. Parte de mim queria fazer isso sozinha – para que ele não fosse arrastado para um caminho que não teria volta. Mas eu não era estúpida o bastante para acreditar que podia afastá-lo. Ryo era teimoso demais.

Tenho. — Respirei fundo. — O pergaminho que tomei de Shinji... Ele não tinha a técnica que eu esperava, mas havia uma assinatura de chakra ligada a meu pai. Não é uma localização precisa, mas é um rastro. Ele esteve por perto de Iwagakure, recentemente.

Então é uma caça. — A expressão dele era séria, mas eu enxergava o brilho determinado em seus olhos.

É mais do que uma caça. — Cruzei os braços, sentindo o peso do que estava por vir. Quando eu encontrar Aiko, tudo acaba. E eu sabia que acabar não era apenas uma palavra – era uma promessa.

Ryo ficou em silêncio por alguns segundos, como se absorvesse a gravidade daquilo tudo.
Você sabe que não precisa fazer isso sozinha, certo?

Eu sei. — Eu sabia que ele me ajudaria. Ele sempre ajudava. Mesmo quando não deveria.

Houve um instante de silêncio entre nós, denso e carregado de coisas não ditas. Depois, Ryo se inclinou para a frente, a mão pousando sobre a minha na mesa. O toque dele era quente, confortável de um jeito que eu não estava acostumada.

Nós vamos juntos, Lil. — A voz dele era suave, mas firme. — Até o fim.

Eu queria dizer que ele não precisava ir, que era melhor ele se manter longe, mas não consegui. A verdade é que eu precisava dele. Mesmo que isso significasse arrastá-lo para algo sombrio e perigoso.

Você é um idiota. — Sorri, apesar de mim mesma.

E você adora isso. — Ele deu de ombros, despreocupado.

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— Chamas Negras Mortais
—  A noite se estendia lá fora, fria e silenciosa, como se o mundo tivesse parado para nos observar. Depois de pagar a conta, Ryo e eu saímos do restaurante, e o vento gelado de Iwagakure cortou minha pele. Puxei meu casaco para mais perto do corpo, mas, na verdade, o frio que eu sentia vinha de dentro. Era a antecipação do que estava por vir. Caminhamos em silêncio pelas ruas do vilarejo. As luzes das lanternas penduradas dançavam com a brisa, lançando sombras nas paredes de pedra. A cidade parecia tão calma. Irônico, considerando tudo que estava acontecendo dentro de mim.

Ryo andava ao meu lado, perto o bastante para nossos ombros se tocarem de vez em quando. A presença dele era sólida, constante, algo que eu sabia que não merecia, mas ainda assim era incapaz de rejeitar. Ele era minha âncora, e eu sabia que estava prestes a jogá-lo direto na tempestade.

Sabe, eu estava pensando... — Ryo começou, rompendo o silêncio. — Acho que nunca vi você tão decidida quanto agora.

Dei uma risada curta, amarga.
Porque eu nunca tive algo tão importante para fazer.

Ele assentiu, mas não respondeu de imediato. Podia sentir a pergunta que ele queria fazer pairando no ar, mas ele hesitava em pronunciá-la. Eventualmente, ele cedeu:
E depois? Quando tudo acabar, o que você vai fazer?

Eu parei de andar, e ele parou junto. Olhei para o céu, as estrelas ocultas pelas nuvens densas. A verdade era que eu nunca tinha pensado no depois. O ódio tem essa capacidade – ele consome tudo. Planejar um futuro parecia irrelevante, quando tudo que existia era o agora e a sede por vingança.

Não sei. — Admiti, em um tom quase apático. — Acho que só vou desaparecer.

Você sempre fala isso. — Ele se virou para mim, os olhos sérios. — Mas você sabe que não vou deixar isso acontecer, né?

Revirei os olhos, mas havia algo quente no meu peito ao ouvir aquilo. Ryo sempre teve essa forma irritante de cuidar de mim, mesmo quando eu fazia o possível para afastá-lo.

E se eu não quiser ficar? — provoquei, cruzando os braços.

Ele deu de ombros, com um sorriso leve.
Então eu vou atrás de você. Simples assim.

Por mais que tentasse, não consegui segurar o sorriso. Era ridículo o quanto ele conseguia me desarmar com essas respostas simples.

Idiota. — Murmurei, mas havia um tom suave na palavra.

Continuamos andando até chegarmos à beira do vilarejo, onde as ruas se transformavam em trilhas de terra e as casas ficavam mais espaçadas. Paramos diante de um pequeno mirante, com uma vista ampla da paisagem escura e montanhosa ao redor. Ali, no silêncio da noite, era fácil esquecer do peso das missões, dos conflitos e do ódio.

Você vai encontrar ele. — Ryo quebrou o silêncio de novo, a voz calma. — E vai acabar com isso, Lil. Eu sei que vai.

Olhei para ele, e pela primeira vez em muito tempo, senti uma pontada de algo parecido com esperança. Talvez ele estivesse certo. Talvez, quando tudo acabasse, eu pudesse encontrar algo além do ódio.

Ou talvez não. Talvez, quando tudo acabasse, eu finalmente desaparecesse de vez.

Mas, por agora, eu deixaria aquele momento durar um pouco mais. Me permiti esquecer a missão por alguns instantes. E, enquanto a brisa fria balançava meu cabelo, eu apenas fiquei ali, ao lado de Ryo, observando a escuridão além das montanhas, sentindo a presença dele ao meu lado.

Por enquanto, isso era o suficiente.

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—  A brisa noturna balançava meu cabelo, e eu podia sentir o cheiro familiar de terra úmida e pinho que sempre acompanhava as noites em Iwagakure. Mas o que realmente ocupava minha mente era ele – Ryo, ao meu lado, constante como sempre.

Por um momento, a escuridão das montanhas parecia menos sufocante. Porém, o peso dentro do meu peito permanecia, e, antes que eu pudesse me impedir, as palavras começaram a sair.

Ryo... Eu estou com medo.

Ele se virou, surpresa estampada em seu rosto. Eu nunca fui do tipo que admitia medo.

Medo de quê?

Soltei um suspiro pesado, cruzando os braços como se pudesse me proteger das palavras que eu mesma estava prestes a dizer. Nunca fui boa com sentimentos. Lutava, sangrava, resistia, mas mostrar vulnerabilidade? Isso sempre pareceu impossível. Até agora.

De me perder. — Minha voz saiu baixa, quase um sussurro. — Sinto como se... Como se tudo dentro de mim estivesse sendo consumido. Não consigo pensar em mais nada além dele... além do que eu preciso fazer.

Ryo permaneceu em silêncio, mas seus olhos me diziam tudo. Ele estava ouvindo, absorvendo cada palavra. Então, com um leve encorajamento no olhar, ele sussurrou:
Fala comigo, Lil. Eu tô aqui.

Foi como se uma represa dentro de mim estourasse. Eu não conseguia mais segurar.

Eu odeio ele! Odeio o que ele fez, o que ele me transformou! Odeio que ele ainda tenha esse controle sobre mim, mesmo depois de tudo!

Minhas mãos tremiam, e eu as fechei em punhos até que as unhas pressionassem minha pele.
Eu odeio que não consiga parar de pensar nisso. Cada passo que dou, cada escolha... Parece que tudo leva a ele. Como se eu não tivesse mais escolha nenhuma, só o ódio.

As lágrimas começaram a se formar nos meus olhos, e eu lutei para segurá-las, mas era inútil.
Eu sinto que não há mais nada em mim, Ryo. Só raiva. E eu... Eu não quero me tornar isso.

Ele não disse nada de imediato. Ao invés disso, deu um passo à frente e segurou meus punhos, abrindo minhas mãos com delicadeza, como se pudesse aliviar a dor que eu mesma estava tentando me causar.

Você não vai se perder, Lil. — A firmeza em sua voz me fez acreditar, por um momento, que ele estava certo. — Eu não vou deixar.

Minhas lágrimas finalmente caíram, silenciosas e pesadas, enquanto eu me inclinava para ele. Era como se tudo que eu segurava há tanto tempo finalmente estivesse se esvaindo.

Por que você ainda está aqui? — Perguntei, com a voz embargada. — Por que você não foi embora, depois de tudo que fiz?

Ryo me encarou com uma expressão que era ao mesmo tempo suave e determinada.
Porque você não é o que o ódio quer que você seja. Eu sei quem você é, Lil... E não vou te deixar esquecer.

As palavras dele atingiram algo profundo dentro de mim. Por mais que a escuridão me chamasse, ele estava ali, segurando minha mão. E, por um momento, aquilo foi o suficiente.

Antes que eu pudesse pensar demais, meus lábios encontraram os dele. O beijo era urgente, intenso – como se fosse uma âncora para tudo que eu ainda queria ser e uma promessa silenciosa de que, enquanto ele estivesse ao meu lado, eu não cederia completamente ao ódio.

Foi um beijo que durou mais do que eu poderia contar, e, quando finalmente nos afastamos, eu estava sem fôlego, mas um pouco mais leve.

— Eu não posso fazer isso sem você, Ryo. — Sussurrei, encostando minha testa na dele.

Ele sorriu, aquele sorriso pequeno que sempre me desarmava.
Então é bom que você nunca precise.

Ficamos ali, em silêncio, enquanto as estrelas se escondiam por trás das nuvens e a noite parecia menos fria por um instante. Eu sabia que o que estava por vir seria difícil, e o caminho à frente seria escuro, mas agora eu tinha algo para me agarrar.

Uma razão para não ceder.

E enquanto estivéssemos juntos, talvez – só talvez – haveria algo além do ódio no fim desse caminho.

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— Chamas Negras Mortais
Você sabe que eu preciso ir, não sabe? — murmurei, encarando a mesa à minha frente, perdida em pensamentos.

Ryo não respondeu de imediato. Seus olhos estavam em mim, sempre em mim, lendo o que eu não dizia. Ele levou uma das minhas mãos até os lábios e a beijou, devagar. Um gesto simples, mas suficiente para que meu coração se apertasse.

Quantas vezes vou ter que dizer que vou te acompanhar? Você é teimosa, hein... — A voz dele era suave, mas firme.

Soltei um suspiro cansado.
Esse é o problema, Ryo. — Olhei para ele, irritada. — Isso não é algo que você possa consertar por mim.

Ele arqueou uma sobrancelha, com aquele sorriso meio debochado que sempre me tirava do sério.
— Quando foi que eu disse que queria consertar você?

Revirei os olhos, mas não pude evitar um leve sorriso. Era típico dele – desafiar minha lógica, virar tudo do avesso até que eu risse, mesmo quando não queria.

Estou falando sério. — Cruzei os braços, mas ele continuava me encarando daquele jeito teimoso e familiar. — Não quero que você se machuque por minha causa.

Ryo soltou uma risada baixa, como se eu estivesse falando a maior bobagem do mundo. Então, se inclinou na minha direção, o rosto dele próximo ao meu, os olhos dançando com uma leveza que eu não sentia há tempos.
Lil... eu já tô envolvido nisso até o pescoço. — Ele deu de ombros. — Não é você quem decide se eu vou ou não. É tarde demais pra isso.

Eu o encarei por um instante, lutando para manter a expressão séria, mas a teimosia dele era quase reconfortante. Ryo sempre foi assim: Uma presença constante, firme, e impossível de afastar – mesmo quando eu tentava.

Você é insuportável, sabia? — sibilei, mas um sorriso escapou antes que eu pudesse contê-lo.

Ele riu, um som quente e familiar, e eu percebi que estava mais feliz do que deveria estar. Mesmo com o peso da missão me esmagando, alguma coisa dentro de mim relaxou ao lado dele.
E você é irritante quando tenta fingir que não se importa.

Fechei os olhos por um momento, respirando fundo. Ele estava certo, claro. Por mais que eu quisesse carregar tudo sozinha, não era isso que eu precisava. O medo de perder Ryo me consumia, mas a ideia de afastá-lo do meu lado era insuportável.

Então...Você vai mesmo? — perguntei, abrindo os olhos para encará-lo. Minha voz saiu baixa, vulnerável.

Ele segurou meu rosto com uma das mãos, o polegar deslizando pela linha do meu maxilar.
Já respondi isso umas três vezes...

Eu queria brigar com ele por isso, queria discutir e dizer que era uma péssima ideia. Mas, pela primeira vez em muito tempo, eu não me senti sozinha. Era irritante e maravilhoso ao mesmo tempo.

Tá bom, então. — suspirei, cedendo.

Ryo sorriu daquele jeito relaxado dele, como se tudo fosse se resolver, e por um breve instante, eu quase acreditei nisso. Ele encostou a testa na minha, e nós dois ficamos assim, respirando juntos, em silêncio. O mundo lá fora podia esperar.

Depois de um longo momento, ele sussurrou:
Partimos hoje à noite, certo? Durante a madrugada.

Assenti, sem me afastar dele. A partir daquela noite, não haveria mais volta.

Durante a madrugada.

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— Chamas Negras Mortais
— A madrugada em Iwagakure era uma coisa silenciosa, fria e envolta em sombras. As luzes da vila ficaram para trás enquanto nós nos afastávamos, e com elas também ficou a sensação de segurança. Ryo caminhava ao meu lado, silencioso, atento, com os olhos percorrendo cada esquina e rua estreita pelas quais passávamos. A tensão estava no ar, mas também havia algo sereno nisso – como se, finalmente, estivéssemos onde deveríamos estar.

As informações sobre meu pai eram escassas, como uma chama que quase se apagava, mas consegui juntar alguns pedaços soltos ao longo dos anos. Aiko não era um fantasma, mas agia como um. Relatos de sua passagem vinham sempre com atraso, e o rastro de corpos era inevitável. Ele se movia rápido, como um predador meticuloso. Não havia dúvida de que estava envolvido em algo maior – a questão era descobrir onde e por quê.

Lil, temos que começar por aquela taverna fora dos muros. — A voz de Ryo cortou o silêncio. Ele caminhava com passos firmes e rápidos, como se soubesse exatamente para onde ir. — Tem um informante lá. Sabe de tudo o que acontece nas redondezas, especialmente sobre quem entra e sai da vila.

É claro que você conhece uma taverna clandestina. — Minha voz carregava um toque de sarcasmo, mas havia um sorriso leve escondido ali.

Ah, você me conhece. — Ele me lançou um olhar malicioso por cima do ombro. — Tenho muitos contatos, e alguns deles até gostam de mim.

Tive que revirar os olhos, mas não pude evitar rir baixinho. Era reconfortante, de um jeito estranho, ter Ryo ao meu lado naquele momento. Eu sabia que ele levava tudo aquilo tão a sério quanto eu, mas a leveza dele era uma âncora para a minha mente turbulenta.

Chegamos à taverna depois de cerca de uma hora de caminhada. O local estava escondido entre árvores baixas e cercado por pedras cobertas de musgo. O cheiro de fumaça e bebida se espalhava no ar antes mesmo de abrirmos a porta pesada e rangente. A luz fraca das lamparinas iluminava rostos desgastados pelo tempo e pelos pecados que carregavam.

Ryo acenou para o dono do lugar, que o cumprimentou com um aceno de cabeça, como se ambos compartilhassem um segredo antigo. Eu o segui até o balcão, onde um homem de meia-idade, com olhos afiados e barba por fazer, bebia tranquilamente.

Takeshi. — Ryo chamou, encostando-se casualmente ao balcão. — Precisamos de informações sobre uma certa figura... e você é o homem certo pra isso.

O tal Takeshi ergueu uma sobrancelha, parecendo mais interessado do que surpreso. Seu olhar rapidamente se fixou em mim, analisando cada detalhe como um predador silencioso.

Então, essa é a Lil? — Sua voz era áspera, mas não hostil. — O que te trouxe até aqui, garota?

Me inclinei para a frente, os olhos firmes sobre ele. Eu estava cansada de rodeios.
Estou atrás de Aiko. E você vai me dizer tudo o que sabe.

Takeshi riu, um som seco e curto, como se a ideia o divertisse.
É um alvo perigoso. Tem certeza que quer seguir por esse caminho?

Eu não perguntei sua opinião.

Houve um momento de silêncio tenso entre nós, e eu pude sentir o olhar de Ryo, atento, pronto para agir se as coisas dessem errado. Mas Takeshi acabou cedendo com um suspiro cansado.

Aiko passou por aqui há algumas semanas. — Ele fez uma pausa para dar um gole na bebida. — Seguiu para o norte, nas florestas perto do Vale Rochoso. Há um acampamento escondido naquela região, mas não é fácil chegar até lá. O caminho é traiçoeiro, cheio de armadilhas e perigos naturais.

Eu ouvi cada palavra com atenção, sentindo o peso delas como pedras nos meus ombros. Ele estava perto. Mais perto do que jamais estivera.

Ryo inclinou-se na minha direção, a expressão mais séria agora.
Quanto menos tempo perdermos, melhor.

Assenti, o coração batendo rápido no peito. O caminho até Aiko finalmente havia se revelado, e eu não podia recuar agora.

Enquanto saíamos da taverna e a escuridão da floresta nos engolia, tive a sensação estranha de que aquela seria nossa última jornada juntos. Mas, por enquanto, era apenas uma sensação distante, uma sombra no fundo da mente.

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— Chamas Negras Mortais
— A noite consumiu a floresta ao nosso redor. A escuridão era espessa, sufocante, como se cada árvore e galho fosse uma extensão de algo vivo, algo que nos observava das sombras. O ar estava úmido e frio, o cheiro de terra molhada invadindo minhas narinas a cada passo cuidadoso que eu dava. O silêncio era apenas quebrado pelos nossos pés contra o solo lamacento e pelo farfalhar das folhas secas, que soavam como sussurros indecifráveis ao vento.

Ryo seguia à frente, a postura relaxada, mas os olhos atentos, como se soubesse que estávamos à beira de um precipício invisível. Eu o seguia de perto, tentando manter meus pensamentos sob controle, mas era difícil. A floresta parecia conspirar contra nós – como se cada passo fosse mais pesado do que o anterior, cada sombra mais longa do que deveria ser.

O caminho vai piorar daqui em diante. — A voz de Ryo soou baixa e grave, quase engolida pela escuridão. — A floresta esconde mais do que animais. Tem armadilhas antigas. Gente que passou por aqui e nunca voltou.

Eu assenti, tentando afastar a sensação crescente de que estávamos sendo observados. Meus dedos roçaram o cabo da kunai presa na minha cintura, um gesto instintivo. Por mais que eu soubesse que aquele era apenas o começo, algo dentro de mim já começava a se contorcer. A presença de Aiko estava impregnada naquele lugar, um presságio que pairava sobre nós como um vulto invisível.

Você está quieta demais, Lil. — Ryo quebrou o silêncio enquanto desviávamos de um tronco caído. — Tudo bem aí?

Não sei. — murmurei. — Parece que estamos andando direto para dentro de uma armadilha.

Ryo olhou para mim por cima do ombro, o reflexo pálido da lua brilhando em seus olhos.
Estamos. Só que desta vez, não vamos ser as presas.

A confiança dele era quase irritante. Mas era isso que me mantinha em pé. Por mais que o medo e a incerteza tentassem me esmagar, Ryo nunca deixava que eu cedesse completamente. Ele era como um raio de luz persistente, furando as trevas em que eu me encontrava.

Continuamos caminhando por horas, a floresta se tornando mais hostil a cada passo. O terreno era traiçoeiro – buracos ocultos por folhas, pedras escorregadias, e ravinas que se abriam sem aviso. Era como se a floresta tentasse nos engolir, pedaço por pedaço.

Em certo momento, encontramos uma armadilha antiga. Uma rede de arame enferrujado, parcialmente enterrada no solo. Um animal pequeno, talvez um esquilo, havia sido apanhado nela. Seu corpo estava contorcido e rígido, com olhos sem vida olhando para o nada. Aquilo não parecia obra de caçadores comuns.

Ryo se ajoelhou, examinando a armadilha com cuidado.
Essas armadilhas não são novas. Foram postas aqui para impedir a passagem.

Eu me abaixei ao lado dele, a garganta apertada. Aquilo era apenas um aviso do que estava por vir.
Tem certeza de que estamos no caminho certo?

Ele ergueu os olhos para mim, e por um instante, a expressão dele foi séria, sombria. A certeza em seus olhos me fez perceber que ele não estava apenas me seguindo – ele também estava perseguindo seus próprios fantasmas.
É o único caminho, Lil. Não há volta.

Continuei caminhando, mas agora o peso das sombras parecia mais real, mais próximo. Tudo ao nosso redor era uma lembrança constante de que não havia escapatória fácil. A floresta não perdoava aqueles que se perdiam nela – e nós estávamos nos perdendo, aos poucos.

Então, ouvi o som. Algo se movendo nas árvores acima de nós, como garras arranhando cascas de árvores velhas. Ryo também ouviu – vi os músculos de seus ombros enrijecerem enquanto ele colocava a mão no cabo de sua espada.

Fique perto de mim. — ele murmurou.

Meus olhos varreram a escuridão, o Sharingan ativado quase sem eu perceber. As formas das árvores ficaram mais nítidas, mas ainda assim não consegui enxergar o que nos seguia. Não era apenas um animal. Era algo mais... algo inteligente. O vento cortou as copas das árvores, e então, de repente, o silêncio voltou – um silêncio aterrador, opressivo. Eu sentia como se tudo ao nosso redor estivesse esperando. Por quem? Não sabia ao certo. Mas eu sabia que alguém estava lá.... Poderia ser?

Ele sabe que estamos chegando. — As palavras saíram de mim antes que eu pudesse detê-las.

Ryo não respondeu de imediato. Apenas apertou minha mão por um breve momento, rápido, como se quisesse me lembrar que eu não estava sozinha.

Então, ele sorriu – aquele sorriso teimoso que me fez me apaixonar por ele.
Então vamos dar a ele o que ele quer!

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— Chamas Negras Mortais
— A floresta parecia se tornar mais hostil a cada passo. O caminho sinuoso que seguíamos se dissolvia em uma confusão de raízes e pedras afiadas, como se a terra estivesse tentando nos repelir. Os galhos retorcidos das árvores se erguiam acima de nós, entrelaçados como uma prisão, abafando a pouca luz que a lua nos oferecia. A umidade fazia com que cada superfície se tornasse escorregadia, e o ar carregava o cheiro acre de decomposição.

Um som distante chamou minha atenção. O farfalhar de folhas – algo se movia, rápido e baixo, à nossa esquerda. Meus músculos enrijeceram, e o Sharingan captou o movimento: uma sombra felina deslizando entre as árvores, ágil e silenciosa. Não era um animal comum. Era grande demais e seus olhos brilhavam com uma inteligência predatória. Ryo estava alguns passos à frente, atento, mas a criatura sumiu antes que qualquer reação fosse necessária.

Seguimos em frente, mas o terreno continuava a conspirar contra nós. Cruzamos um riacho traiçoeiro, onde pedras encobertas por limo quase me fizeram perder o equilíbrio. Por pouco, não caímos na correnteza violenta que rasgava o caminho abaixo. No entanto, Ryo estendeu a mão na hora certa, me estabilizando antes que fosse tarde demais.

Mais adiante, encontramos uma trilha de pegadas esparsas na lama – sinais antigos, quase apagados pelo tempo e pela chuva recente. Algumas pareciam de um homem, outras de animais de grande porte que tinham passado por ali em alguma perseguição brutal. Entre as marcas, fragmentos de tecido ensanguentado pendiam em um galho baixo. Aquele pedaço de tecido era uma pista. Reconheci o símbolo bordado nele – uma antiga insígnia, pertencente ao passado de Aiko. Ele estivera por ali recentemente, ou alguém que o conhecia bem. Meu coração apertou, e uma sensação inquietante tomou conta de mim. Estávamos mais próximos do que eu imaginava.

Enquanto seguíamos em frente, o ar pareceu crescer mais pesado. A floresta estava viva com presenças invisíveis – formas sombrias se moviam ao longe, entre as árvores, e o ambiente vibrava com uma tensão palpável. Armadilhas rudimentares se revelavam pelo caminho: fios quase invisíveis estendidos entre os troncos, pedras soltas que poderiam desabar a qualquer toque errado, e buracos profundos escondidos sob folhas. Estávamos em território inimigo. Tudo ali parecia feito para atrasar ou eliminar aqueles que se aventurassem demais.

Apenas a escuridão seguia adiante, mas eu já sabia. O verdadeiro perigo não era a floresta, nem as armadilhas – ele estava mais à frente, nos esperando. E eu estava pronta para encontrá-lo.

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— Chamas Negras Mortais
— Meu corpo doía mais do que eu gostaria de admitir. Os músculos estavam exaustos, e a umidade constante deixava a pele fria e desconfortável. Mas nada disso importava. Havia algo mais perturbador do que a fadiga física... uma pressão crescente no fundo da minha mente, latejando como um tambor abafado. Uma dor de cabeça pulsante começou a se espalhar pela minha têmpora, fazendo minha visão oscilar por um segundo.

Fechei os olhos brevemente e senti flashes passarem como relâmpagos na escuridão do meu subconsciente. Fragmentos de memórias disformes. Uma lâmina coberta de sangue. O riso cruel de alguém que parecia distante e próximo ao mesmo tempo. A sensação de algo quente e espesso escorrendo pelas minhas mãos. Um rosto indistinto, deformado pela raiva. E então… o som do meu próprio nome, dito em um sussurro.

"Lil..."

A voz não era de Ryo. Nem de Shinji. Era... diferente. Familiar, mas fragmentada – como se viesse de algum lugar profundo dentro de mim, de uma lembrança que eu não sabia que existia.

Dei um passo em falso, e por um momento meu corpo vacilou, a cabeça girando. Ryo estava logo atrás de mim e percebeu imediatamente.

Ei, você está bem? — A preocupação em sua voz foi quase o bastante para quebrar aquela sensação sufocante.

Eu apertei os olhos e respirei fundo, obrigando a dor a recuar para as profundezas da minha mente.

Estou bem. — Respondi, mais rápido do que deveria. — Só cansaço. Isso não é nada. —

Mas não era verdade. Sabia que algo estava errado. Cada passo que dávamos em direção ao paradeiro de Aiko parecia abrir um buraco dentro de mim, onde emoções conflitantes e memórias perdidas se misturavam como um redemoinho caótico.

Ryo não parecia convencido, mas decidiu não pressionar. Ele sempre soube a hora exata de me dar espaço, e por isso eu o admirava mais do que queria admitir. Mesmo assim, a forma como seus olhos me analisaram, atentos e silenciosos, me fez sentir exposta. Como se ele pudesse ver além do que eu mostrava.

Seguimos em silêncio por mais alguns minutos, a floresta cada vez mais densa ao nosso redor. O som distante de folhas sendo agitadas pelo vento e o farfalhar de pequenos animais escondidos em arbustos compunham a trilha sonora daquele cenário opressor.

Eu não podia deixar minha mente ceder agora. Não ainda. Precisávamos encontrar Aiko. Precisava terminar isso – não só por mim, mas por todos que ele havia machucado. E ainda assim, aquela voz sussurrante persistia, ecoando em algum lugar distante, como uma promessa que eu não podia decifrar. Ao nos aproximarmos do outro lado e enfim alcançarmos o final da trilha, me senti confortável o bastante para desativar o sharingan - Ao menos de forma temporária. Não poderia me dar ao luxo de gastar minhas energias com ocorrências tão fúteis, afinal.

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— Chamas Negras Mortais
— Os vales se abriam diante de nós como um paraíso escondido, mas a beleza da paisagem parecia distorcida pela névoa dos meus pensamentos. A grama verde-escura ondulava sob o toque suave do vento, enquanto riachos serpenteavam entre as pedras cobertas de musgo. A brisa fria era bem-vinda contra minha pele febril, mas não dissipava a sensação sufocante na mente.

A dor na cabeça persistia. Agora, era um tambor ritmado e insistente, acompanhando o bater dos meus passos na terra macia. Cada vez que piscava, memórias fragmentadas cintilavam como pedaços de um espelho quebrado. Eu via uma lâmina velha e suja; um vulto negro que me envolvia e sufocava; o brilho frio de olhos idênticos aos meus, cheios de algo que beirava o desprezo.

"Lil..."

O sussurro me rasgou de novo por dentro, quase como se pertencesse à própria floresta. Apertei os olhos, tentando afastar aquela sensação. Ryo caminhava ao meu lado, em silêncio, mas atento. Ele era meu ponto fixo na maré de incertezas. Eu o sentia como uma âncora, puxando-me para longe do caos mental que insistia em crescer.

Eu estava deslizando entre a raiva e a melancolia, tentando não me afogar. Precisava chegar ao fim disso – encontrar Aiko e acabar com tudo.

Por um momento, o mundo parecia calmo demais. As árvores ao redor balançavam lentamente, e a água nos riachos murmurava baixinho, como uma canção distante. Mas havia algo fora de lugar. Uma sensação quase imperceptível, mas impossível de ignorar.

Parei subitamente e lancei um olhar para os lados. Ryo percebeu meu movimento e parou também, os olhos atentos como um predador que fareja perigo. Meu corpo ficou rígido, o instinto me alertando.

Está sentindo isso? — perguntei em um sussurro.

Ryo assentiu levemente, os dedos descansando sobre o cabo da katana em suas costas. Ele não precisava dizer nada. Sabíamos o que aquilo significava. Não estávamos sozinhos.

Os sons ao nosso redor haviam mudado. Não era o tipo de silêncio natural que precede o anoitecer; era um silêncio forçado, como se a floresta estivesse prendendo a respiração. Ouvi, então, o estalar de um galho distante. Não muito alto, mas alto o suficiente para ser uma mensagem: estamos observando vocês.

A floresta não era mais apenas uma passagem, mas um labirinto traiçoeiro. Poderíamos ser atacados a qualquer momento, de qualquer lado.

Atrás... e na frente. — murmurei, fechando os punhos. Havia movimentos nas duas direções.

Ryo deu um passo à frente, protegendo-me instintivamente.
Vamos continuar andando, mas com cuidado.

Desativei meu Sharingan novamente, relutante em desperdiçar energia antes da hora certa. Ainda faltava metade do caminho até o País da Grama, e se lutássemos agora, não chegaríamos longe.

Avançamos juntos, com a respiração controlada, tentando parecer relaxados. Se lutássemos contra a tensão, perderíamos a vantagem. Era o tipo de equilíbrio delicado que apenas shinobis experientes conhecem: saber exatamente quando ser o predador e quando fingir ser a presa. A dor na cabeça se intensificava, mas eu a empurrei para longe. Agora, mais do que nunca, não podia vacilar. As memórias continuarão esperando na escuridão da minha mente, mas eu as manteria à margem até que Aiko estivesse diante de mim.

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— Chamas Negras Mortais
— A sensação de que algo estava errado se confirmou num estalo. Fios metálicos se tensionaram entre as árvores, surgindo do nada, e um estalo seco denunciou a ativação de uma armadilha. Ryo e eu saltamos para trás, mas era tarde demais: uma rede se ergueu no caminho à frente e, atrás de nós, sombras surgiram entre a vegetação. Estávamos cercados.

Merda. —  Meu coração disparou. Não era apenas uma emboscada, era uma jogada calculada. Reconheci de imediato a silhueta dos shinobis do País da Grama – mercenários e renegados, mestres em rastreamento. As marcas nos rostos deles eram a assinatura de quem vivia à margem do sistema: um corte sob o olho, uma cicatriz na bochecha – códigos de sobrevivência entre criminosos.

O vento frio que soprava pelos vales fez os fios das armadilhas vibrarem como cordas de instrumentos. Minha mente entrou em modo de alerta máximo, mas junto ao medo, uma velha conhecida também emergiu: o vício em apostas. Era um mecanismo de defesa insano que meu cérebro acionava nos momentos de maior estresse.

"Se eu apostar que consigo escapar… o que é mais provável? Perder ou vencer?" A ideia se fixou na minha cabeça como um jogo perverso. A escolha certa seria o risco mais improvável ou a saída mais óbvia?

Eu apertei as têmporas por um momento, tentando afastar o turbilhão. A dor de cabeça havia cessado, mas em seu lugar agora vinha a tentação perigosa de apostar errado – como se meu medo e vício fossem cúmplices silenciosos.

Eles são muitos, e estamos cercados... murmurei para Ryo, que permanecia imóvel ao meu lado, os olhos varrendo o entorno em busca de brechas.

Se lutarmos, vamos ser esmagados. — Ele concordou com um aceno rápido.
Ryo confiava em mim para encontrar uma saída.

Respirei fundo e comecei a observar o cenário como se fosse um jogo de azar, mas agora forçando meu intelecto a superar o instinto autodestrutivo.
Escolha certa ou errada? Perguntei a mim mesma. Um movimento ousado ou uma saída sutil?

Então vi: as armadilhas que os mercenários usaram eram complexas, mas também frágeis. Uma das linhas de aço se esticava até uma pedra grande na beira do vale, presa por um mecanismo improvisado. Se conseguisse cortar a corda certa, a rocha poderia rolar, criando o caos necessário para nossa fuga.
Mas só teria uma chance. E precisava de tempo.

Eu vou criar uma distração. Precisamos do caos por alguns segundos, nada mais. — Sussurrei rapidamente para Ryo.

Ele não hesitou. Em questão de segundos, lançou uma kunai em um ângulo preciso, acertando um ponto crítico na rede que nos bloqueava. O estalo da rede rompendo foi suficiente para os inimigos darem um passo à frente, exatamente como eu esperava.

Minha mente apostava tudo: se eu conseguisse acertar o corte, escaparíamos. Se não… bom, melhor não pensar nisso.

Corri como uma víbora entre as árvores, saltando por sobre galhos e fios, até chegar ao ponto onde a pedra estava presa. Minhas mãos tremiam, e a velha vontade de apostar errado tentou sabotar meu foco. Mas não cedi. Com um corte rápido e preciso, liberei a rocha.

O som ensurdecedor da pedra rolando pela encosta foi o sinal que precisávamos. Os mercenários se dispersaram em confusão, tentando evitar serem esmagados. A floresta virou um caos de poeira, gritos e movimentos desordenados.

Agora! — Gritei para Ryo.

Ele não perdeu tempo. Saltamos juntos para fora do campo de armadilhas, usando a confusão como cortina. Por alguns instantes, o vento e o som da pedra encobriram nossos movimentos, e corremos como se nossas vidas dependessem disso – porque dependiam.

Meus pulmões queimavam, e o coração parecia querer saltar do peito, mas eu sabia que havíamos ganhado uma vantagem preciosa. Quando o caos começou a diminuir, já estávamos longe o suficiente para que eles não nos seguissem imediatamente.

Escondemo-nos em uma fenda entre duas rochas, ofegantes e cobertos de suor frio. O silêncio voltou, mas desta vez não trazia conforto. Era o tipo de silêncio que vinha com a certeza de que a próxima jogada ainda estava por vir.

Ryo me lançou um olhar rápido, seus olhos brilhando com uma mistura de alívio e preocupação.
Você apostou tudo naquela rocha, não foi?

Apostei. — Admiti com um sorriso cansado, mas não havia alívio real nisso.

Ryo não disse nada, mas seu olhar dizia o suficiente: ele sabia o quanto essa jogada havia me custado – e o quanto ainda custaria, no futuro.

Temos que continuar. — Falei, limpando a poeira das mãos.

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— Chamas Negras Mortais
— Os mercenários não desistiram. Seus passos rápidos ecoavam pelos vales, misturados ao estalar de galhos e folhas. Eles nos seguiam como predadores experientes. A floresta densa era território deles, e sabiam exatamente como usá-la a seu favor.

Lil, temos que sair do vale! Eles estão fechando o cerco! — Ryo alertou, ofegante, enquanto corríamos lado a lado.

Foi quando ouvi o estalo metálico. Uma armadilha. A corda se ergueu violentamente, prendendo o tornozelo de Ryo e puxando-o para cima. Ele ficou pendurado de cabeça para baixo, balançando como um animal capturado.

Vai, eu dou um jeito aqui! — Ele gritou, com urgência na voz.

Por um instante, minha mente oscilou. O vício em apostas emergiu como uma sombra tentadora: “Fico e aposto que consigo salvá-lo? Ou corro e confio na sorte?” Mas precisava ser fria. Se eu ficasse, ambos seríamos pegos.

Não demora. — Respondi com o rosto neutro antes de correr novamente.

Os mercenários se aproximavam. Suas vozes ecoavam entre as árvores:

Pegamos um deles! A garota está no vale!
Lembrem-se: ela vale mais inteira!

Engoli em seco. Não era uma perseguição qualquer. Eles queriam nos capturar vivos – e isso complicava tudo.

Enquanto corria, pensei rápido: Se fugir não é uma opção, então preciso de uma vantagem. Lembrei das armadilhas que capturaram Ryo. Se eu levasse os mercenários para uma zona cheia delas, poderia usá-las contra eles.

Mudei de direção bruscamente, correndo em direção a uma parte mais densa da floresta, onde fios metálicos e cordas estavam escondidos entre pedras e galhos. O terreno era traiçoeiro, mas eu o usei ao meu favor. Saltei pelos fios com precisão, mas ouvi os mercenários tropeçarem.

Cuidado com as armadilhas! — Um deles gritou, mas já era tarde.

O som seco de uma rede subindo foi seguido por gritos frustrados. Dois foram capturados, enquanto um terceiro caiu com a perna enredada em uma corda. O caos estava instalado, e era a abertura que eu precisava. Aproveitei a confusão para me esconder atrás de uma árvore grossa, respirando pesadamente. Não havia escapado completamente; alguns ainda me caçavam. Mas agora eu tinha diminuído o número deles.

Saquei a Kokuto de sua bainha, manuseando-a com a mão destra — não para me defender, mas para criar uma brecha no momento certo. Se me queriam inteira, teriam que pagar caro por isso.

Ouvi passos se aproximando novamente.
Ela está por aqui. Espalhem-se! — Uma voz rouca ecoou entre as árvores.

Fechei os olhos por um instante, acalmando a respiração. Sabia que, quando eles me encontrassem, só teria uma chance. E desta vez, não haveria espaço para erros.

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— Chamas Negras Mortais
— O som das folhas esmagadas sob botas e o tilintar de armas prontas era tudo que eu ouvia enquanto a escuridão da floresta se fechava ao meu redor. Eles estavam próximos. Não havia mais para onde correr. E, sinceramente, eu já não queria mais fugir.

O primeiro deles surgiu entre os galhos. Dez metros à frente. Uma sombra rápida, com uma lâmina curta na mão.
Achamos ela!

Eu não hesitei. Os selos se formaram rápido entre meus dedos.

Katon: Zukkoku!

Uma explosão brutal de chamas varreu o campo à minha frente. O fogo se espalhou como uma onda faminta, engolindo árvores e inimigos que estavam próximos demais para escapar. Os gritos começaram imediatamente. Os corpos dos mercenários se contorciam enquanto as chamas devoravam pele e ossos. A aroma de carne queimada se misturava com a madeira incinerada, criando um fedor nauseante.

Maldições, que força é essa?! — gritou um dos homens enquanto rolava no chão, tentando apagar o fogo que lambia suas vestes.

Outros dois surgiram das laterais, tentando me cercar. Mas agora, a adrenalina corria como um veneno em minhas veias. Meus dedos se moveram por reflexo.

Raiton: Sandaboruto!

Uma lança de eletricidade percorreu o ar com um chiado, rasgando o peito de um deles e perfurando o crânio do outro. O cheiro acre de ozônio queimado se espalhou junto com o som seco dos corpos colapsando no chão. Seus olhos ainda estavam abertos, mas a luz já havia se apagado.

Ela usa mais de uma afinidade... fiquem atentos!

A descrença e o medo começaram a se infiltrar entre os mercenários. Vi isso nos olhos deles. O que era para ser uma captura fácil agora parecia uma sentença de morte. Os mais experientes assumiram posições defensivas, erguendo paredes de terra e mandando jutsus de fogo para manter distância. Mas eu não daria tempo para que se organizassem.

Avancei rápido. Outro grupo tentou me emboscar à frente, formando barreiras de terra para bloquear minha passagem. Pobres tolos.

Com um suspiro rápido, exalei um pouco de chakra de minha boca, deixando que as pequenas fagulhas de energia se espalhassem pelo ambiente. E, como em um passe de mágica, o chakra fora transformado em um enorme braço de chamas sólidas, que socou através do peitoral do homem, abrindo um grande buraco em seu peito. Ao mesmo tempo, a mão flamejante decepou o braço de um outro que vinha ao lado, deixando que o sangue espirrasse em direção ao fogo, sendo instantaneamente vaporizado ao entrar em contato.

Ele caiu de joelhos, gritando enquanto segurava o coto sangrento.

Mantenham a distância! Não a deixem chegar perto! — rugiu um dos líderes, tentando manter o controle do grupo.

Mas o medo era palpável. Vários hesitavam, incapazes de acreditar que uma garota tão jovem dominava três naturezas elementais.

Monstro... Essa coisa não é normal! — um deles murmurou, recuando alguns passos.

Eu os tinha onde queria. Mas a quantidade ainda era um problema. Precisava encontrar uma posição vantajosa antes que me esmagassem pelo número.

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— Chamas Negras Mortais
— O ar estava denso e vibrante, carregado com o calor das chamas e o cheiro de sangue fresco. O solo sob meus pés fervia com as brasas dos jutsus que cruzavam o campo, misturando-se à umidade das técnicas Suiton. Os mercenários se reorganizavam aos trancos e barrancos, formando pequenos esquadrões para me encurralar.

Vocês ainda querem continuar? — gritei, o tom carregado de escárnio. — Vocês nem sabem no que se meteram!

O silêncio inicial foi quebrado por um dos homens, que cuspiu no chão:
Isso é só uma pirralha com sorte...

Eles avançaram.

De repente, eles me cercaram por todos os lados, manipulando o chão em muralhas para me aprisionar. Eram lentos demais. Concentrei o chakra e cuspi um jato de água cortante e feroz.

Suiton: Suireha!

A lâmina de água giratória foi liberada com uma precisão mortal, fatiando o solo que tentava me capturar e cortando os corpos de dois mercenários ao meio. O som era úmido e repugnante – ossos e carne separando-se em um único golpe. Um deles tentou agarrar as entranhas que escorriam pelo abdômen, mas caiu de costas antes de conseguir. O outro, de olhos arregalados, ficou parado por um instante, apenas para desabar logo depois, dividido do pescoço ao quadril.

Recua! Ela é rápida demais!

Os mercenários ainda tentavam manter a formação quando preparei a próxima técnica. Um deles canalizou Doton, erguendo pilares ao meu redor para me imobilizar.

Eu sorri. Era a última coisa que ele faria.

Katon: Bakufu Ranbu!

Uma tempestade furiosa de fogo varreu o campo, explodindo tudo ao redor. O calor era avassalador, tão intenso que o solo endurecido começou a rachar sob o impacto. Mercenários gritaram em agonia enquanto eram engolidos pelas chamas, suas peles se despedaçando como papel queimado. A pressão das chamas empurrou alguns deles para trás, arremessando corpos mutilados em direções opostas. Cinzas dançavam no ar, junto com o cheiro pungente de carne queimada e suor.

Um dos homens caiu aos meus pés, o corpo carbonizado e os olhos ainda semiabertos, como se não tivesse percebido que já estava morto. Eu pisei no que restava dele e continuei.

Que porra é essa mulher?! — um mercenário berrou, a voz tremendo.

Uchiha, idiotas. — Outro respondeu com medo na voz. — Ela é um maldito Uchiha.

O medo se infiltrava na moral deles. Eu via isso em seus olhos. O peso do nome Uchiha carregava mais do que um simples renome – era uma sentença de morte.

Mais deles tentaram me cercar, desta vez coordenando técnicas de Katon e Doton. As labaredas deles se erguiam em minha direção, e eu soube que não poderia escapar sem mais resistência. Hora de virar o jogo por completo.

Katon: Gouka Mekkyaku!

O céu acima de nós escureceu com a onda massiva de fogo que se ergueu como uma muralha infernal, consumindo tudo à frente. Os jutsus deles evaporaram diante da força esmagadora das minhas chamas, e os que estavam próximos não tiveram chance. Foram incinerados onde estavam, seus corpos colapsando em cinzas que eram levadas pelo vento quente. Os poucos que sobreviveram se jogaram ao chão, tentando fugir do colosso flamejante, mas as chamas já haviam marcado suas carnes com queimaduras profundas.

Entre os galhos e a fumaça que obscureciam o horizonte, vi um vilarejo brilhando à distância. A visão despertou algo em mim: estávamos mais perto das fronteiras do País da Grama do que eu imaginava. Se eu conseguisse chegar lá, teria vantagem. Ainda não havia sinal de Ryo, mas isso não me incomodava. Ele sabia se virar. Meu foco estava em sobreviver e despistar os mercenários restantes, que agora estavam divididos entre fugir e tentar mais uma ofensiva desesperada.

Ela não vai durar para sempre, acabem com ela! — um deles gritou.

Você acha? — murmurei, os olhos queimando de adrenalina e desprezo. — Vocês é que não vão durar.

Com um salto rápido, subi nos galhos altos de uma árvore, ganhando altura enquanto os poucos sobreviventes corriam na minha direção. O vilarejo brilhava ao longe, uma promessa de refúgio e uma nova oportunidade. O combate ainda não acabou, mas a caçada já estava em minhas mãos.

E agora, eles estavam correndo contra o tempo.

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— Chamas Negras Mortais
— O campo estava um caos. Sangue, fumaça e carne queimada dominavam o ar, e cada respiração me lembrava da carnificina ao meu redor. Eles estavam morrendo rápido, mas ainda não rápido o suficiente. Não havia mais medo em mim, apenas certeza. A certeza de que nenhum deles sairia vivo.

Trinta contra um? Eles achavam que tinham alguma chance. Idiotas.

Vocês vão mesmo continuar tentando? — pergunto, minha voz baixa, carregada de desprezo.

Eles trocam olhares, incertos. Podem sentir o cheiro da morte rondando, mas estão presos entre o orgulho e o medo. Não importa. Vou acabar com todos eles, um por um.

Antes que o próximo grupo se mova, libero o chakra Raiton.
Dan Ibuki! — grito, e a eletricidade explode ao meu redor.

Uma onda de raios os atinge, prendendo seus corpos num espasmo paralisante. O cheiro de carne queimada se mistura ao vapor de sangue fervente. Eles tremem, dentes trincados, músculos travados. Alguns tombam de imediato, mortos na hora. Outros ficam no chão, olhos revirados, corpos ainda se debatendo inutilmente.

Patéticos.

Com a Kokuto firme na mão, avanço sobre os sobreviventes.
O primeiro tenta erguer a kunai. Minha lâmina desliza rápido, e a cabeça dele rola, como uma fruta podre caindo do galho.

Próximo.

Corto outro na altura do abdômen, e ele desaba em duas partes grotescas, os intestinos escorrendo para fora como serpentes viscosas. O sangue mancha minhas botas, mas nem sinto. Estou completamente fria. Cada morte é apenas um número a menos no caminho.

Envolvo a Kokuto em chamas vivas — Katon: Tenro Kaken. — Cada golpe agora vem acompanhado por um clarão de fogo.

Um deles grita quando o fogo o envolve, o rosto derretendo como cera quente. O som de seu grito morrendo na garganta é quase satisfatório. Outro corre para atacar pelas costas, mas giro rapidamente, a lâmina em chamas cortando a clavícula até o quadril. Ele cai em duas partes, os olhos arregalados no que parece ser pura incredulidade.

Eles não entendem. Não podem compreender como uma garota pode matar tão fácil, tão sem remorso.

Acharam que sobreviveriam? — pergunto, mas nenhum deles tem resposta.

Quando um deles tenta lançar uma bola de fogo, conjuro Chidori com um estalo ensurdecedor. Desvio o ataque com facilidade, e a eletricidade corre pela minha lâmina, formando um campo ao meu redor. Se tentarem se aproximar agora, serão fritos vivos.

Eles não desistem. Idiotas.

Vários deles combinam um ataque de fogo e terra, mas eu já estava pronta.
Suiton: Suidan no Jutsu!

A corrente de água que invoco é devastadora. Engole as chamas e varre o campo, arrastando corpos e quebrando ossos. Um deles tenta nadar contra a torrente, mas tudo que consegue é ter a perna esmagada contra uma rocha próxima. O som do osso partindo é delicioso.

Quando a água recua, não sobrou muito mais que cadáveres molhados e destroçados.

Os poucos que restam caem de joelhos. Imploram por suas vidas, as vozes fracas, cheias de medo.

Vocês já estavam mortos desde o momento em que me encontraram. — A Kokuto sibilou pelo ar mais uma vez, e os gritos cessaram.

Cada corte é preciso, e cada vida é tirada sem hesitação. Estou calma. Estou completa. Não há espaço para dúvida ou arrependimento. Embainho a Kokuto e inspiro fundo, o cheiro de sangue ainda forte no ar. O vilarejo brilha ao longe, uma promessa de abrigo... ou talvez apenas o próximo palco para mais uma batalha.

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— Chamas Negras Mortais
— Eu permaneci ali, parada, com o sangue manchando minhas mãos e as botas afundando na lama encharcada. Os corpos ao meu redor eram apenas carne inútil — apagados, sem significado. A Kokuto estava embainhada em minhas costas, o calor das últimas chamas ainda morrendo no ar, e minha mente vagava por um vazio confortável, como se cada pensamento e sensação tivessem sido arrancados à força. Não havia remorso, nem orgulho. Apenas o vazio frio que vem depois da violência.

Então, senti uma mão pousar suavemente em meu ombro.

Me virei de imediato, os olhos arregalados por um instante. Ryo. Ele havia surgido como uma sombra, rápido e silencioso. Ele me olhava de forma tranquila, mas havia uma preocupação escondida ali, uma preocupação que eu não sabia como lidar.

Lil... Está tudo bem agora. — Sua voz era baixa, mas firme.

E então, a máscara que eu havia vestido desmoronou.

De repente, o ar me faltou, e o mundo ao meu redor pareceu despedaçar. O peso do que eu havia feito caiu sobre mim como uma marreta, esmagando qualquer frieza que eu ainda tentava manter. A morte, o sangue, os gritos... tudo voltou com força, uma onda pesada e sufocante.

As dores de cabeça explodiram, muito mais intensas do que antes. Senti como se meu crânio estivesse sendo partido em dois. Levei as mãos à cabeça, apertando com força, tentando conter o sofrimento, mas a dor era insuportável.

Sai da minha cabeça... Sai...! — gritei, a voz rouca e quebrada. Fragmentos de memórias vinham em lampejos — o rosto da minha mãe, o som de sua risada, e depois... nada. Apenas escuridão.

Minha visão escureceu, e o mundo girou. Meu corpo não respondia. Era como se eu estivesse sendo engolida por algo mais profundo que o simples cansaço — algo muito mais antigo.

Ryo estava ao meu lado antes que eu caísse. Segurou-me pelos ombros, puxando-me para si.
Respira, Lil! Fica comigo.

Sua voz era firme, mas havia um toque de urgência. Ele me sacudia levemente, e eu sentia o peso dele tentando me ancorar na realidade, tentando evitar que eu caísse por completo. O calor de sua presença era a única coisa que me mantinha lúcida.

Eu tremia, o corpo inteiro sacudindo como se estivesse em convulsão. A dor, a culpa, o ódio — tudo se misturava em um caos sem fim dentro de mim. Era como se as malditas memórias da minha linhagem estivessem gravadas a fogo, incapazes de serem apagadas ou esquecidas. Cada segundo vivendo naquela sombra era mais insuportável do que o último.

Por alguns momentos, eu apenas me deixei levar pelo desespero, incapaz de lutar contra a dor. Senti o gosto amargo da fraqueza invadir minha boca, e odiava isso. Odiava ser arrastada por essa maldição invisível, odiava o quanto estava à beira de quebrar.

Mas ele estava ali. Como sempre, Ryo era a âncora que me segurava. A única coisa que impedia meu colapso total.

Eu... Eu não sei quanto tempo mais consigo... — sussurrei, a voz fraca, os olhos ainda fechados. As palavras saíram sem filtro, honestas demais para o meu gosto.

Ryo não respondeu de imediato, apenas me segurou mais firme, como se a resposta estivesse em seu silêncio. E por um momento, só um momento, me permiti acreditar que não estava completamente sozinha.

Quando a dor finalmente começou a ceder, me endireitei, limpando a sujeira do rosto com a manga da roupa. Os olhos ainda ardiam, e a cabeça latejava, mas eu não ia deixar isso me quebrar. Não agora. Não ainda.

Ryo me observava em silêncio, e pela primeira vez, senti que ele entendia o peso que eu carregava — mesmo que nunca dissesse isso em voz alta.

Vamos. O vilarejo está perto. — Minha voz ainda estava trêmula, mas eu mantinha o controle. Cada passo adiante era uma luta, mas não havia mais volta.

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— Chamas Negras Mortais
— Os campos que cercavam o vilarejo eram serenos, mas o silêncio era espesso e desconfortável. Aquele tipo de quietude que escondia algo podre logo abaixo da superfície. As colinas baixas estavam cobertas de plantações de arroz e hortas, intercaladas por pequenos ateliês de cerâmica e casas simples feitas de madeira escura e telhados de barro.

Não se engane com o que vê, Lil. — Ryo quebrou o silêncio enquanto atravessávamos uma das ruas principais. Seu olhar atento vasculhava cada esquina, cada janela entreaberta. — Lugares assim parecem pacatos, mas são ótimos para quem quer desaparecer ou passar despercebido.

Eu dei de ombros, ainda tentando processar o peso dos últimos acontecimentos. Os mercenários mortos e o sangue seco nas minhas roupas deixavam uma marca invisível, como se carregasse uma sombra que só eu conseguia ver.

O cheiro de barro úmido e fumaça de fornos pairava no ar. Poucos habitantes caminhavam pelas ruas estreitas — camponeses com expressões cansadas, mulheres de meia-idade carregando cestos de cerâmica e crianças brincando ao longe. Cada rosto que eu via trazia algo inquietante: uma neutralidade que era quase desconfortável.

Ryo e eu passávamos despercebidos, mas eu podia sentir os olhares espreitando de longe. Era sutil, mas estava lá — um movimento por trás das janelas fechadas, alguém que olhava por cima do ombro e disfarçava assim que percebíamos.

Esse lugar recebe muitos viajantes do País da Pedra, não é? — perguntei, tentando parecer casual, mas sentindo o peso daquela calma estranha.

Ryo assentiu, as mãos nos bolsos e o rosto imóvel, mas seus olhos varriam cada detalhe ao redor.
Sim. As rotas comerciais passam por aqui. E é exatamente por isso que um velho amigo meu, Sakuragami, escolheu se esconder neste fim de mundo.

A menção do nome fez algo mexer dentro de mim — um instinto de alerta.
Ele é confiável?

Ryo soltou um riso seco.
Confiável o bastante para estar vivo até hoje. Ele olhou na minha direção, sério. Isso já é mais do que se pode dizer de muita gente.

Continuei a caminhar em silêncio, tentando absorver o ambiente. Casas pequenas e ruas de pedra, simples, mas tudo parecia meticulosamente organizado. Era como se o vilarejo inteiro estivesse mascarando algo.

Passamos por uma pequena taverna onde dois homens bebiam e nos lançaram olhares curiosos. Pelo jeito com que sussurraram um para o outro, algo neles não inspirava confiança.

Olhos sempre para frente, Lil. — Ryo murmurou ao meu lado. — Não queremos dar motivo pra ninguém fazer perguntas.

Continuei andando, mas não pude deixar de sentir que esse lugar, apesar de calmo na superfície, escondia camadas de segredos e perigos invisíveis. O cheiro da cerâmica recém-queimada invadia minhas narinas, misturado ao odor da terra molhada. As crianças, agora mais próximas, riam alto — uma risada estranha, como se estivesse deslocada naquele lugar silencioso demais.

Tem certeza que podemos confiar nesse Sakuragami? — insisti, incapaz de deixar a paranoia para trás.

Ryo fez um som baixo com a garganta, uma mistura de cansaço e leve irritação.
Tão certa quanto dá pra confiar em mim.

Algo na resposta dele fez um frio percorrer minha espinha. Não era um aviso, mas também não era um consolo.

O que exatamente ele faz aqui?

Ryo deu de ombros, mas não me olhou.
Sabe o tipo de pessoa que conhece todo mundo e nunca aparece? Esse é o Sakuragami. Ele lida com informações. E, se estamos com sorte, ele terá algo útil pra nós.

Chegamos ao centro do vilarejo, uma praça modesta com uma fonte de pedra no meio, cercada por bancos velhos e postes de luz apagados. Ninguém além de nós parecia se importar com o cair da noite. O céu começava a escurecer, e as primeiras estrelas surgiam entre as nuvens. Eu sentia uma inquietação que não conseguia explicar, como se estivéssemos sendo seguidos, mesmo que meus olhos não vissem nada.

Se ele estiver por perto, vamos encontrá-lo na taverna. — Ryo apontou com a cabeça para o pequeno prédio que havíamos passado antes.

Dei uma última olhada ao redor, mas o vilarejo permanecia quieto, como se fosse um quadro imóvel, esperando alguma coisa acontecer.

Então é melhor a gente se apressar. — murmurei, sentindo o peso de tudo que ainda estava por vir. Cada passo que dávamos para frente era uma aposta, e eu sabia que o preço de perder seria alto demais.

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— Chamas Negras Mortais
— Ryo empurrou a porta da taverna e uma onda morna de cheiro de álcool e madeira velha nos envolveu. O ambiente era pequeno, abafado, iluminado apenas por lamparinas de óleo que balançavam preguiçosamente com o vento que escapava pelas frestas das paredes. Algumas mesas estavam ocupadas por grupos dispersos de viajantes e locais, todos falando baixo, quase como se quisessem que suas palavras desaparecessem no ar antes de serem ouvidas.

Não desvia o olhar por muito tempo, Lil. — sussurrou Ryo ao meu lado. — Taverna pequena, muitas bocas caladas. Isso nunca é sinal de coisa boa.

Fiz um aceno quase imperceptível e segui em silêncio. Nos aproximamos do balcão, onde um homem idoso limpava uma caneca com um trapo sujo, seus olhos opacos mal se levantando para nos encarar. O ar ali dentro parecia carregado com a tensão invisível que eu vinha sentindo desde que chegamos ao vilarejo.

Estamos atrás de Sakuragami. — Ryo disse sem rodeios.

O taverneiro parou, como se considerasse a melhor resposta. Sua boca se contorceu em uma expressão quase imperceptível, algo entre um sorriso e um aviso velado.

Vocês têm coragem de procurar por ele. — murmurou, sem nos olhar diretamente. — Mas coragem é algo que não dura muito por aqui.

Antes que eu pudesse perguntar, ele fez um movimento com a cabeça para a parte de trás da taverna.
Quarto no fim do corredor. Se tiver sorte, ele estará de bom humor.

Ryo me lançou um olhar breve e seguiu em frente. Eu mantive a mão próxima da Kokuto, pronta para qualquer coisa. O corredor estreito parecia mais apertado do que deveria, cada passo ecoando como uma batida lenta de tambor. Havia uma pressão crescente no ar, como se algo estivesse nos empurrando contra o chão.

Chegamos ao fim do corredor e Ryo bateu na porta, duas vezes rápidas e uma lenta. A madeira rangia de forma incômoda, e um silêncio desconfortável se arrastou antes que a tranca finalmente fosse liberada.

A porta se abriu apenas o suficiente para que eu visse uma figura encurvada e vestida com um manto negro esfarrapado. Um par de olhos astutos nos observava por trás de uma máscara improvisada, feita de pedaços de metal e couro desgastado.

Ryo. Sempre você. — A voz era fina e raspada, como se ele não a usasse há dias.

Também estou feliz em te ver, Sakuragami. — respondeu Ryo com um meio sorriso. — Precisamos conversar. E rápido.

Sakuragami resmungou algo inaudível e abriu a porta por completo. Entramos num pequeno aposento abarrotado de pergaminhos, mapas e ferramentas espalhadas pelo chão. O lugar tinha o cheiro metálico de tinta velha e poeira.

Ele se sentou num banco baixo e fez um gesto impaciente para que falássemos.
Então? Vocês não vieram até aqui por nostalgia. O que querem?

Ryo se inclinou ligeiramente, a expressão séria.
Precisamos saber se algo está se movendo nas fronteiras. Grupos de mercenários, gente procurando por nós.

Sakuragami soltou um ruído áspero, como se estivesse entre uma risada e um pigarro.
Mercenários estão por toda parte. Mas... — Ele puxou um mapa, estendeu-o na mesa e bateu com o dedo em alguns pontos. — Ouvi falar de algo que pode interessar. Eles dizem que alguém importante sumiu no País da Pedra. Alguém que não deveria ter desaparecido.

A menção disso fez meu estômago afundar. Meu pai? Não era possível... ou talvez fosse?

Ryo franziu o cenho, mas manteve o tom casual.
Quem exatamente?

Sakuragami deu de ombros, despreocupado.
Boatos. Mas o tipo de boato que costuma atrair caçadores de recompensas e outros tipos desagradáveis. Seja lá quem for, muita gente está interessada. E parece que alguns acham que você pode estar no meio disso.

Senti minha cabeça começar a latejar novamente. Não tão forte quanto antes, mas o bastante para me lembrar que a sombra do meu passado continuava atrás de mim, sempre presente, sempre à espreita.

Vocês não devem ficar muito tempo aqui. — Sakuragami continuou, dobrando o mapa e guardando-o. — A fronteira está ficando perigosa. E se vocês forem vistos... Bem, melhor que não sejam.

Ryo olhou para mim rapidamente, captando minha expressão tensa. Eu sabia que ele estava pensando na mesma coisa que eu: não havia mais tempo a perder. Se havia gente atrás de nós, significava que alguém sabia mais do que deveria.

Precisamos de um lugar seguro para passar a noite. — Ryo disse, já se preparando para sair.

Sakuragami balançou a cabeça lentamente.
Fiquem longe da estrada principal. Sigam pelo campo, perto das colinas. Ali é mais seguro.

Ele se levantou e fez um último aviso, a voz baixa e cheia de gravidade.
E um conselho, garota... — Ele me encarou diretamente, e por um segundo senti o peso daquelas palavras perfurar minha pele. — Não confie em ninguém. Nem mesmo em quem está do seu lado.

Suas palavras ficaram gravadas na minha mente enquanto deixávamos o pequeno quarto e voltávamos para a taverna silenciosa. O ar parecia mais denso, como se a noite estivesse se aproximando rápido demais.

Ryo parou na porta, observando as ruas escuras lá fora.
Vamos embora antes que alguém perceba que estamos aqui.

Concordei em silêncio, sentindo um peso que ia além da fadiga física. Cada passo à frente era um mergulho mais fundo em algo que eu não podia controlar — mas que, inevitavelmente, me levaria ao coração daquilo que eu mais temia.

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— Chamas Negras Mortais
— Caminhamos em silêncio até a saída do vilarejo, seguindo pelas colinas enquanto a noite mergulhava o mundo em escuridão. A tensão estava no ar como um fio invisível prestes a se romper. Cada passo era pesado, carregando um senso de urgência e inquietação que eu não conseguia afastar. Ryo seguia à frente, atento, sempre em guarda.

Logo atrás das primeiras elevações, encontramos a visão macabra que silenciou qualquer pensamento na minha mente.

Havia corpos por toda parte. Uma caravana inteira de shinobis, mortos e espalhados pelo chão como bonecos de pano jogados ao vento. Eram ninjas do País da Grama e da Pedra, facilmente identificáveis por suas bandanas e uniformes. O sangue manchava a terra úmida, e o silêncio que pairava sobre o campo parecia vivo, pulsante, como se o próprio ar estivesse sufocando a cena.

Os corpos estavam dispostos de forma caótica — alguns cortados em pedaços, outros com perfurações precisas, e alguns simplesmente esmagados. A carruagem, que parecia ser o centro da caravana, havia sido saqueada pelos moradores do vilarejo, suas tábuas partidas e caixas vazias espalhadas pelo caminho. Ainda podíamos ver restos de mantimentos e tecidos roubados, deixados para trás em um rastro de ganância apressada.

Porém, o mais estranho era o fogo. Uma chama negra e sinistra ardia sobre os cadáveres, queimando de forma silenciosa e lenta. Não produzia calor nem fumaça visível, mas corroía a carne dos mortos como ácido. O cheiro de carne queimada e podridão misturava-se ao ar, e por mais que eu quisesse, não conseguia desviar o olhar daquele espetáculo profano.

Isso não é fogo comum. — sussurrei, mais para mim mesma do que para Ryo.

Não. — Ryo respondeu, a voz baixa e controlada, embora eu pudesse sentir o desconforto nele. — Isso é.... O que diabos é isso?

Me aproximei lentamente de um dos corpos, um ninja da Grama com a metade do rosto desfigurada pela chama negra. Mesmo sem vida, o cadáver parecia sofrer, como se a morte não tivesse sido o fim do tormento. Observei a chama consumir a pele e os ossos, mas sem se espalhar — ela se alimentava apenas dos corpos, como uma maldição específica.

Por que alguém faria isso? — murmurei, apertando o punho da Kokuto, sentindo o peso da lâmina como um lembrete constante da minha própria escuridão.

Ryo se abaixou ao meu lado, estudando os corpos. — Eles estavam carregando algo para o vilarejo. Isso não foi só um ataque, foi uma execução. Alguém sabia exatamente o que estavam transportando.

Passei os olhos pela carruagem quebrada, mas não havia nada que indicasse o que havia sido roubado. Os moradores levaram tudo de valor, e o que restava era apenas lixo e morte.

Não foram os aldeões que fizeram isso. — falei, mais convicta do que antes. — Eles podem ter saqueado os restos, mas esse massacre... Isso é obra de shinobis.

Ryo assentiu, os olhos afiados e frios enquanto analisava cada detalhe. — E não qualquer shinobi. Isso aqui... é pessoal.

O vento soprou pelas colinas, fazendo as chamas negras dançarem brevemente antes de voltarem a queimar na mesma intensidade perturbadora. Eu sentia um arrepio percorrer minha espinha. Havia algo de profundamente errado com aquela cena, algo que falava diretamente à parte mais sombria de mim.

Por um momento, a dor de cabeça voltou, violenta e impiedosa. Flashs de memórias antigas queimaram minha mente — o rosto da minha mãe desaparecendo nas sombras, o som distante de vozes distorcidas, a sensação de abandono e ódio crescendo dentro de mim como um veneno.

Eu cambaleei, levando a mão à testa. Ryo percebeu na mesma hora e me segurou pelo braço, me estabilizando.

Lil, você está bem?

Fechei os olhos com força, respirando fundo. O mundo ao meu redor parecia girar por um instante, mas, aos poucos, a dor diminuiu.

Sim. — menti. — Vamos sair daqui. Não quero ficar nesse lugar mais um segundo.

Ryo me observou por um momento, como se quisesse dizer algo, mas decidiu se calar. Ele apenas assentiu e começou a se afastar, atento aos arredores.

Olhei mais uma vez para os corpos, para as chamas negras que continuavam a devorar as almas daqueles que não poderiam descansar. Um calafrio percorreu minha espinha, mas eu afastei o medo. Não havia mais espaço para isso em mim.

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— Chamas Negras Mortais
— A escuridão envolvia tudo como um manto opressivo enquanto caminhávamos pelo campo desolado, deixando para trás a caravana morta. Minhas pernas se moviam automaticamente, cada passo carregado de um desconforto sutil que eu não conseguia explicar. Algo não parecia certo, mas não conseguia identificar o quê. Ao meu lado, Ryo permanecia em silêncio, atento como sempre. O vento gelado cortava a pele, e uma estranha sensação de déjà vu começou a crescer dentro de mim.

Então, paramos. Eu pisquei e percebi que estávamos de volta ao vilarejo.

Que porra...? — minha voz saiu baixa, mas cheia de confusão e raiva.

Ryo franziu o cenho, o corpo imediatamente tenso. — Como... voltamos aqui?

Tudo estava igual ao que deixamos antes. As mesmas ruas lamacentas, os mesmos rostos desconfiados dos aldeões, como se nem tivéssemos saído. Meu coração acelerou. Genjutsu. Isso só podia ser um genjutsu, mas quando percebi, já era tarde demais.

Um brilho afiado cortou a noite, e tudo aconteceu rápido demais. Um grito abafado escapou dos lábios de Ryo.

Ryo! — gritei, girando sobre os calcanhares, mas antes que pudesse reagir, ele caiu de joelhos.

Uma lâmina tanto surgia da lateral de suas costas, enfiada fundo na carne como uma víbora mordendo. Sangue começou a escorrer pela boca de Ryo enquanto ele lutava para se manter consciente. Atrás dele, com um sorriso distorcido e sádico, estava Sakuragami.

Vocês realmente achavam que chegariam até aqui sem serem notados? — a voz dele era calma, mas cheia de malícia, cada palavra pesando como chumbo em meus ouvidos.

Minha visão se estreitou. O ódio fervia em minhas veias como veneno, mas precisei me conter por um instante para não explodir. Cada músculo do meu corpo gritava para arrancar a cabeça daquele traidor, mas eu precisava entender o que estava acontecendo.

Por que... seu maldito filho da puta? — minha voz era baixa, carregada de ameaça, enquanto dava um passo à frente. O peso da Kokuto em minhas costas parecia mais leve a cada segundo, clamando pelo sangue dele.

Sakuragami empurrou Ryo para o lado com desdém, retirando a tanto e limpando o sangue da lâmina na roupa dele. Ryo caiu de lado, apertando a ferida, respirando de forma irregular.

Você deveria saber, Lil. — Ele sorriu, aquele tipo de sorriso que só um homem condenado pode ter. — Seu pai pagou uma fortuna. Disse que não tinha problema o preço, desde que cortássemos seus olhos e levássemos até ele.

Meu sangue congelou por um momento, mas o ódio veio logo depois, avassalador. Aiko. Claro que era ele. O desgraçado estava disposto a contratar um exército inteiro só para garantir que eu não respiraria por muito mais tempo.

Sakuragami riu, como se pudesse ver a fúria queimando em meus olhos. — Todos aqui trabalham para mim. Os mercenários, os ninjas da Pedra e da Grama... até esses camponeses miseráveis. Eles me servem.

Olhei ao redor e vi os rostos dos aldeões se transformando. Medo. Culpa. E, mais profundo que tudo, obediência. Um a um, começaram a recuar, mas não o suficiente para fugir. Eram peças no tabuleiro de Sakuragami, amarrados por medo ou necessidade.

Você é um pedaço de merda covarde. — cuspi, apertando os punhos até sentir as unhas perfurarem minha pele. — Nem sequer tem a coragem de enfrentar uma garota sozinho...

Sakuragami deu uma risada seca, carregada de desprezo. — Não preciso ter. Quando acabar com você, estarei nadando em rios de dinheiro. Ele ergueu a tanto com um floreio casual, apontando diretamente para mim. — E não vai restar nada de você além dos seus olhos.

Antes que pudesse responder, mercenários começaram a surgir das sombras como ratos saindo de um esgoto. Eram dezenas, talvez até mais do que os que encontramos mortos na caravana. Armados e prontos para matar, cada um deles com os olhos brilhando com a promessa de pagamento.

O caos tomou conta das ruas. Os aldeões começaram a correr, gritando em desespero, enquanto os mercenários avançavam, cercando-nos. As chamas das tochas dançavam nas mãos dos ninjas inimigos, e uma densa pressão se instalou no ar, sufocante.

Eu não hesitei. Minhas mãos se moveram instintivamente, tocando os selos necessários para um jutsu.

Ryo, aguente firme! — Sussurrei antes de encarar Sakuragami novamente. Meu ódio por ele era uma lâmina afiada pronta para ser desembainhada.

Sakuragami sorriu mais uma vez, confiante demais, arrogante demais. E eu ia adorar arrancar aquele sorriso do rosto dele com as minhas próprias mãos.

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— Chamas Negras Mortais
— O caos se espalhava pelas ruas do vilarejo como fogo descontrolado. As chamas das tochas e o som de passos apressados ecoavam pelas vielas estreitas, e eu sentia cada fibra do meu corpo vibrando com adrenalina. Os mercenários nos cercavam como lobos famintos, mas não havia nenhum brilho de habilidade neles. Eram fracos, a maioria civis armados sem qualquer treinamento real — descartáveis.

Eu precisava usar isso a meu favor.

Ryo, mantenha-se em pé. — Sussurrei, ajudando-o a se estabilizar. Ele havia levado uma pancada séria, mas ainda não era hora de recuar. Não enquanto aquele verme do Sakuragami ainda respirasse.

Com um aceno rápido, Ryo assentiu. Ele limpou o sangue do canto da boca e ativou seu plano sem hesitar. Se eu jogasse minhas cartas certas, aquilo terminaria rápido.

Os mercenários avançaram. "Estúpidos."

Vamos brincar, então. — Murmurei, e o Sharingan se ativou no mesmo instante. O mundo se iluminou em vermelho e preto, cada movimento previsível, cada intenção transparente como vidro.

Dois deles vieram por trás, espadas mal posicionadas. Pés pesados. Mentes fracas. Girei no lugar e lancei um projétil de fumaça, desaparecendo em meio à névoa. Eles tossiram e tropeçaram, cegos e confusos. A distração foi o bastante para que Ryo, sorrateiro como uma sombra, os golpeasse rápido e preciso, sem desperdício de esforço. Dois corpos tombaram, afundando na lama.

Esses caras são patéticos. — Resmungou Ryo, ainda sem fôlego.

Mas patéticos ou não, eram muitos. E enquanto Sakuragami estivesse à distância, o campo era dele.

A lâmina negra da Kokuto escorregou suavemente para minha mão. — Hora de dar a eles algo com que se preocupar.

Ryo entendeu imediatamente. Ele fez alguns selos com uma precisão impecável e conjurou um clone perfeito de si mesmo. O doppelgänger disparou pelo campo aberto em direção a Sakuragami, enquanto o verdadeiro Ryo desaparecia pelas sombras de uma ruela próxima, seguindo meus passos.

Eu me movia rápido. O Sharingan captava cada possível rota de fuga, cada ângulo vantajoso e cada momento de hesitação dos mercenários. Preparei armadilhas simples pelo caminho — fios de aço disfarçados entre os escombros, kunais escondidas sob lonas de cerâmica quebrada, explosivos disfarçados em sacos de farinha. Era sujo, barato, mas eficiente.

Os inimigos caíam como peças de dominó, muitos sequer entendendo o que os atingira. Três ficaram presos nos fios de aço, duas kunais dispararam direto na jugular de outro. Gritos cortaram o ar enquanto explosões pequenas, porém precisas, derrubavam mais inimigos.

Ainda assim, mais deles continuavam surgindo, emergindo das sombras como vermes saindo da terra molhada.

Sakuragami, do alto de uma varanda destruída, assistia tudo com um sorriso frio e calculista. — Vocês dois são piores do que cães acuados. — Ele ergueu as mãos em um selo rápido, e uma grande massa de água começou a girar sobre suas palmas.

Suiton: Suiryūdan no Jutsu! — gritou ele, e um enorme dragão d’água emergiu, destruindo tudo em seu caminho. Casas de madeira e cerâmica foram reduzidas a entulho e lama, varrendo civis e mercenários juntos em um turbilhão violento.

Me joguei para o lado, rolando por entre os escombros enquanto a fúria aquática arrasava o vilarejo.

Ryo! Vai logo! — gritei.

O clone dele correu em direção a Sakuragami, exatamente como planejado. O inimigo lançou outra torrente d'água, obliterando o clone com uma precisão fatal.

E foi nesse instante que Sakuragami cometeu o erro fatal.

Ryo verdadeiro surgiu por trás dele como uma sombra faminta, a lâmina pronta para cortar. Mas Sakuragami reagiu rápido demais, esquivando-se no último instante — o suficiente para evitar um golpe mortal, mas não para impedir a aproximação.

E eu estava ali.

Minha lâmina negra cravou fundo no flanco dele, a Kokuto finalmente saciada com sangue. Sakuragami ofegou, os olhos arregalados de surpresa e dor, mas ainda não caiu.

Você... maldita... — ele murmurou, rangendo os dentes, ainda com um brilho de ódio ardente em seus olhos.

O caos, no entanto, estava longe de acabar. Os mercenários restantes continuavam surgindo das esquinas, cegos pelo desespero e pela promessa de pagamento. Meu corpo se movia sozinho, mas minha mente... minha mente estava em outro lugar.

Uma dor aguda atravessou meu crânio como uma adaga.

Memórias antigas começaram a invadir minha visão, borrando a linha entre o presente e o passado. Vi minha mãe. Vi seus últimos dias — seus passos apressados, suas palavras sussurradas no meio da noite. Era um presságio. Ela sabia que algo estava para acontecer, e eu estava começando a entender.

Cambaleei, segurando a cabeça enquanto as memórias me sufocavam. O rosto de minha mãe se mesclava com o meu reflexo.

Não agora... não agora! — sussurrei, tentando afastar as lembranças. Mas elas vinham com força, esmagando minha consciência com uma verdade que eu não queria enxergar.

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— Chamas Negras Mortais
— A lâmina deslizou para fora do corpo de Sakuragami, e ele tombou, sem vida, diante dos meus pés. Eu não senti nada. Nenhuma satisfação. Nenhum alívio. Apenas o eco de mais uma morte se somando ao peso que carrego. O cheiro de sangue encharcava o ar, mas antes que eu pudesse reagir, o chão pareceu tremer sob meus pés.

Então, aconteceu.

Uma onda de pressão esmagadora caiu sobre mim, me deixando sem ar. Era como se o próprio ar tivesse se tornado chumbo, como se o mundo ao meu redor se dobrasse sob a presença de algo muito maior e mais perigoso. Minha visão ficou turva por um instante, e o som ao redor se tornou um zumbido distante.

Lil... você também sente? — a voz de Ryo chegou até mim, baixa e tensa.

Eu não consegui responder. Minha garganta estava seca, e meu corpo gritava para que eu corresse. A presença era sufocante, como se algo antigo e maligno tivesse despertado.

Então eu o vi.

Instintivamente, meus olhos se voltaram para a direita. As tomoes do meu Sharingan giraram violentamente, como se quisessem me alertar do perigo absoluto que se aproximava. E lá estava ele: Aiko.

Meu pai.

Ou o que restou dele.

Ele não parecia mais humano. Seu cabelo, agora prateado como a lua cheia, caía em cascata até a cintura. Os olhos azuis brilhavam com uma frieza que parecia cortar como facas, e havia uma expressão distorcida em seu rosto — um sorriso arrogante, como o de alguém que já venceu antes mesmo do jogo começar.

Pai... — A palavra escapou dos meus lábios, baixa e carregada de confusão. Não era assim que eu me lembrava dele.

Finalmente, você me vê pelo que sou, Lil. — Sua voz era suave e ao mesmo tempo carregada de uma violência contida. — E é uma visão bonita, não acha?

Cada passo dele parecia afundar o chão, e sua presença forçava meu corpo a se curvar involuntariamente. Eu lutei para ficar em pé, mas era como se estivesse sendo puxada para baixo por correntes invisíveis.

Você... mudou. — Minhas palavras saíram trêmulas, mas meus olhos se mantinham firmes.

Ele riu, uma risada fria e cínica.

Eu mudei? Ou finalmente mostrei quem sou de verdade? — Ele inclinou a cabeça para o lado, seus olhos brilhando com uma satisfação maligna. — Você achou que poderia escapar de quem você é, Lil? Fugir da sua herança?

Minha respiração estava pesada, e a pressão parecia aumentar a cada segundo. Senti um nó na garganta, como se algo estivesse me estrangulando de dentro para fora. Mas eu não ia desistir. Não agora.

Eu não sou você. Nunca serei.

Tsc... tão ingênua. — Ele deu um passo adiante, e cada movimento seu parecia uma sentença de morte. — Você pode lutar contra isso o quanto quiser, mas cedo ou tarde... — Ele parou e sorriu, o olhar cintilando com malícia. — Você vai aceitar quem é. Está na hora de você conhecer o verdadeiro "eu", aquele que você enterrou e fingiu que não existia.

Memórias começaram a surgir na minha mente como vultos. Imagens da minha mãe — seus últimos dias, seus avisos, seus abraços trêmulos, como se já soubesse o que aconteceria.

Ela tentou te proteger de mim, não foi? — Aiko sussurrou, sua voz cheia de desprezo. — Mas nada pode mudar o que você é.

Minha visão começou a falhar, o mundo ao meu redor oscilando entre o presente e essas memórias sufocantes. Meu corpo estava no limite, minha mente vacilando. Foi então que a voz de Ryo me trouxe de volta.

LIL! SAI DAÍ, AGORA!

Antes que eu pudesse reagir, senti o impacto dele me empurrando para fora do caminho com toda a força que tinha. Fui jogada ao chão, e por um segundo, tudo pareceu congelar.

E então o som da lâmina cortando carne e ossos ecoou no ar.

Meu coração parou.

Quando ergui o olhar, vi Ryo parado ali, uma lança atravessada em seu peito.

Ryo...? Minha voz saiu em um sussurro, quase inaudível.

O sangue escorreu pela ponta da lança e pingou na minha testa, quente e pegajoso. Aquele momento parecia eterno, como se o tempo tivesse se distorcido ao redor do nosso desespero.

Ele tentou sorrir, mas o sangue já escorria pelos cantos de sua boca.

Heh... parece que eu ainda consigo te salvar, não é?

Meu corpo paralisou. Não havia o que fazer. Apenas assistir, impotente, enquanto ele caía de joelhos, a lança ainda cravada em seu peito.

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— Chamas Negras Mortais
— Ryo estava morrendo diante de mim, e eu não podia fazer nada.

A lança ainda atravessava seu peito, o sangue escorrendo em rios vermelhos, misturando-se com a poeira do chão. Ele tremia, os olhos desfocados, os lábios tentando formar palavras que nunca chegariam a tempo. A vida estava se esvaindo dele, e eu estava presa ali, paralisada entre o medo e o desespero.

Lil... Ei... Olha pra mim... — A voz dele era fraca, como um sussurro empurrado contra o vento.

Não! Não! Fica comigo, por favor, fica comigo! — Minhas mãos apertaram seus ombros com força, como se segurá-lo pudesse impedir que ele fosse embora. Eu não conseguia respirar.

Shhh... Está tudo bem... — Ele tentou sorrir, mas tossiu, cuspindo sangue que manchou seus lábios e o chão. Cada segundo era uma luta para ele se manter consciente. — Você sempre foi mais forte do que acha... não deixa que ele... te leve também.

Ryo, por favor, não fala assim! — Eu soluçava, sentindo meu coração se despedaçar, peça por peça, junto com cada palavra que ele dizia. Eu o segurei, como se isso pudesse mantê-lo aqui, como se o mundo não pudesse tirá-lo de mim se eu apenas apertasse forte o suficiente.

Sabe... eu apostei que você ia encontrar seu caminho, Lil... mesmo no meio desse caos. — A voz dele era baixa, mas havia uma gentileza ali, uma esperança frágil que eu não conseguia suportar. — Mas se... se eu não chegar até lá... tá tudo bem... você pode ir sozinha.

Não! Não sem você! Não sem você! — Eu gritei, mas o som morreu em minha garganta. Era como cair de um penhasco e nunca chegar ao chão.

Os olhos de Ryo começaram a se fechar, a luz neles se apagando lentamente.

Você... vai ficar bem, Lil... — ele murmurou, as palavras se arrastando para fora. — Só... não esquece de... quem você é.

E então, ele se foi.

Seu corpo ficou mole em meus braços, a última fagulha de vida se extinguindo como uma vela soprada pelo vento. Tudo dentro de mim despencou em um silêncio ensurdecedor.

Foi quando a voz dele veio — Aiko.

Sua gargalhada cruel e ensurdecedora preencheu o ar, cortando a dor como uma faca na carne viva.

Tão patético... — ele zombou, o sorriso distorcido em seu rosto brilhando com triunfo. — Esse foi o homem que tentou salvar você, Lil? É isso? Foi por isso que ele morreu? Que desperdício...

Meu coração estava em pedaços, mas as palavras dele queimavam mais do que qualquer lâmina poderia.

Você é fraca, Lil. Sempre foi. — A voz dele era como veneno escorrendo pela minha mente. — Indecisa, covarde... Uma viciada em apostar no impossível, sempre perdendo. Você não tem fé, não tem coragem. Só um espírito quebrado, pronto para ser jogado fora.

As memórias vieram então, mais claras do que nunca.

Minha mãe, segurando meu rosto entre as mãos, seus olhos tristes e ao mesmo tempo cheios de uma dor que eu não entendia na época.

— Prometa que nunca vai deixá-lo te tomar, Lil... Prometa que nunca vai se tornar aquilo que ele quer que você seja. —

Eu não entendi o que ela queria dizer na época. Mas agora, finalmente, fazia sentido.

E então, o abismo abriu-se diante de mim.

Não havia esperança. Nunca houve. Era uma ilusão que eu insisti em perseguir, como um tolo apostando tudo o que tinha em uma roleta viciada. O mundo sempre foi assim — cruel, implacável, cheio de escuridão e vazio. Eu fui tola por acreditar que poderia ser diferente.

O ódio tomou conta de mim. Cada gota de dor, cada medo suprimido, cada esperança enterrada — tudo se libertou de uma vez, me consumindo por completo. O que eu fui um dia não importava mais. Não havia mais espaço para amor ou compaixão. Só restava o ódio.

E então, eu senti.

As tomoes dos meus olhos giraram furiosamente, se unindo, convergindo em um padrão negro e vermelho. Uma estrela, fria e afiada, formou-se em meu Mangekyou Sharingan. O sangue começou a escorrer dos meus olhos, mas eu não senti nada além do calor do ódio queimando dentro de mim.

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Agora sim... — murmurou Aiko, com um sorriso largo e satisfeito. Ele havia vencido. — Você finalmente se tornou aquilo que eu sempre quis, Lil. Toda a sua vida te trouxe a este momento. Você nasceu para isso.

Meu coração estava vazio, mas minha mente estava mais clara do que nunca.

Com um aceno despreocupado, Aiko ordenou o ataque.

Matem-na. Agora.

Os mercenários avançaram, surgindo das sombras e saltando de todas as direções, prontos para me esmagar. Mas não havia mais medo. Não havia mais dúvida.

Eu ergui os olhos ensanguentados para os que vinham. A dor, a tristeza, tudo desapareceu — restava apenas o ódio.

E então, com a voz fria e vazia de quem não tinha mais nada a perder, eu sussurrei uma única palavra.

Amaterasu!

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— Chamas Negras Mortais
— As chamas negras do Amaterasu se espalham, vorazes, cobrindo cada corpo em meu caminho. Não importa se gritam, imploram ou resistem. Não há mais espaço para misericórdia. Eles se arrastam pelo chão, se debatendo em desespero inútil, mas o fogo não cessa. Ele não perdoa. Queima até que restem apenas cinzas e ossos rachados. O cheiro de carne queimada preenche o ar, mas já não sinto nada. Minha mente é um poço vazio, preenchido apenas pelo eco distante de um ódio absoluto.


Tudo... tudo isso vai queimar. Murmuro, quase sem perceber que falei em voz alta. A cada palavra, sinto o chakra pulsar com violência dentro de mim, como uma besta incontrolável pronta para devorar o mundo.


Eu não recuo. Não respiro fundo. Apenas deixo tudo sair. Selos fluem das minhas mãos com precisão letal.


Katon: Gōka Messhitsu.


E o inferno me atende.


A muralha de fogo emerge, monstruosa, alimentada pelo ódio que corrói minha alma. A chama não é apenas quente — ela consome tudo, como se fosse viva. O fogo avança como uma onda implacável, engolindo ruas, becos e vidas. Casas se dissolvem em brasa, telhados explodem em fumaça negra, e os gritos... ah, os gritos se misturam à fúria ardente.

Não há remorso. Não há piedade.


Os mercenários são obliterados, seus corpos torrados em segundos. Desaparecem como se nunca tivessem existido. Cada fagulha, cada labareda, canta uma única promessa: Destruir. Acabar com tudo.

Finalmente, Lil. — Aiko murmura, o olhar fixo nos meus olhos ensanguentados. — Você chegou lá. Virou exatamente o que eu esperava.


Meu corpo quer gritar, mas minha alma está calma. Não há medo. Apenas ódio. Um ódio que queima mais quente que qualquer fogo que eu possa invocar.

E então, vejo. As mesmas tomoe girando nos olhos dele — idênticos aos meus.


O Mangekyou Sharingan.


Aiko pisca os olhos, e do vazio surgem chamas tão negras quanto as minhas.

Mas não param por aí. Chamas amarelas se entrelaçam às negras, avançando como uma tempestade de destruição.


As duas se chocam no ar, fogo contra fogo, ódio contra ódio.


Tudo explode em calor e escuridão, as chamas negras e douradas se consumindo e colidindo. O chão abaixo de nós se desfaz em pedaços, edifícios desabam, corpos desaparecem no mar de fogo. Não há sobreviventes. Inocentes e culpados queimam juntos — porque ninguém é inocente neste mundo. E eu continuo.


Não há hesitação. Eu avancei demais para parar agora. O calor escorre pelo meu rosto em fios vermelhos — sangue, óleo negro das emoções que transbordam pelos olhos.

Aiko gargalha no meio do caos, a expressão dele tão triunfante quanto perversa.


Você nunca teve escolha, Lil. — Ele sussurra entre risos. — Sempre foi isso que você seria. —

E eu sorrio.


Não porque quero. Mas porque não há mais nada dentro de mim.


Amaterasu.


As palavras escorrem frias como veneno da minha língua, e o mundo desaba em um mar eterno de fogo.


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— Chamas Negras Mortais
— As chamas já tomaram conta de tudo, o vilarejo nada mais é do que uma pira gigantesca de dor e desespero. O calor é insuportável, sufocante, e o cheiro de carne queimada preenche o ar, misturando-se ao silêncio brutal que só a morte traz. Eu me movo como uma sombra entre as chamas, mas sinto o peso da destruição que eu mesma causei.

Fecho o olho direito. Sinto o sangue escorrer lentamente por meu rosto, manchando minha pele, mas o calor não me toca. Meu Mangekyou Sharingan lateja como se quisesse devorar tudo à minha volta, e eu permito. Meu campo de visão se expande, o mundo se dobra em detalhes perversos, até mesmo o menor movimento no campo de batalha parece lento, quase congelado.

Isso... isso ainda não acabou. — Minha voz mal sai, um sussurro queimada pelo ódio.

Aiko permanece no centro da destruição, com aquele sorriso arrogante ainda estampado no rosto, sua presença como um fardo insuportável de chakra que parecia esmagar tudo à volta. As chamas amarelas e negras ainda dançam ao redor dele, se contorcendo como serpentes famintas, mas eu sei que não basta. Nada é suficiente.

O som do crepitar do fogo é abafado pelos gritos distantes — vozes indistintas de civis e mercenários, todos fadados a perecer na mesma fornalha infernal.

Você vai perecer com eles, Aiko! — rosno entre dentes, a voz trêmula de tanto ódio contido.

Oh, minha querida Lil... você realmente acha que me matar vai te libertar? Isso é quase... fofo. — responde ele com desdém, o sorriso mais largo do que nunca.

Meu corpo treme. Raiva, cansaço, dor. Não importa. Nada importa. Eu já não sou mais aquela pessoa de antes, o que restou em mim já não carrega o fardo da esperança.

Katon: Gōenka!

Uma nova explosão de chamas gigantescas surge diante de mim. As esferas de fogo que evocam a destruição se chocam contra o céu, lançando uma onda infernal à minha frente. O calor é avassalador, devastador. A terra embaixo de nós treme e começa a derreter sob o peso da técnica, transformando as ruas em um mar de lava e brasas.

Aiko contra-ataca. Ele movimenta as mãos em uma velocidade absurda, e uma barreira de fogo amarelo se ergue diante dele. Chamas tão poderosas quanto as minhas, colidindo em um embate de forças titânicas. A pressão que isso gera é suficiente para quebrar as janelas que restaram intactas, enquanto os destroços do vilarejo se desintegram sob o poder dos dois Mangekyou Sharingan.

Esse é o teu limite, Lil? Achei que seria mais difícil.

Eu não o ouço mais. Não com clareza. A voz dele se mistura ao pulsar do meu sangue, ao rugido do fogo que ecoa em meus ouvidos como uma cacofonia incessante. Eu movo meus dedos novamente, e sinto o chakra se reunir com ainda mais força.

Katon: Gōka Mekkyaku!

Uma onda colossal de fogo se forma. Gigantesca, monstruosa. Uma muralha flamejante que avança sem piedade, pronta para consumir tudo que restou ao meu redor. O vilarejo já está destruído, os corpos já não têm mais forma, apenas sombras retorcidas que se dissolvem na luz do inferno.

Aiko ri.

Ele ri alto, como se tudo isso fosse uma piada macabra feita para seu próprio entretenimento. A risada dele me atinge como um soco, e minha respiração se torna ofegante. Cada gargalhada ressoa como um trovão nas chamas, cruel e distorcida.

Você sempre foi uma ferramenta, Lil. Sempre será. A questão é: o que vai sobrar quando você destruir tudo? Você acha que é forte, mas no fim... está vazia.

Eu ignoro.

Eu ignoro e avanço. As chamas consomem tudo ao redor, até a própria realidade parece derreter sob o embate de poder, mas meus olhos sangram e ardem com a determinação cega. Minha mente está em uma névoa escura, a voz dele um veneno que me envenena com cada palavra.

Não importa.
Não importa nada.

MORRA! — Grito, sem conseguir mais conter o peso de tudo o que sinto.

As chamas vermelhas que cercam o vilarejo agora convergem, o calor queimando cada fibra do meu ser. Eu sou uma parte da destruição, eu sou o fogo que consome.

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— Chamas Negras Mortais
— Aiko veio rápido demais, como um raio atravessando a noite. A adaga perfurou meu estômago, quente e cruel, uma lâmina envolta em chakra ardente que me queimava de dentro para fora. A dor foi instantânea, rasgando minha carne, espalhando-se pelo corpo como um veneno.

Você achou que o ódio te faria invencível? — A voz dele era um sussurro no meu ouvido, frio e zombeteiro.

Não. Eu não recuaria. Não dessa vez.

Com um rosnado, minha mão disparou, segurando o braço dele com uma força que não parecia mais minha. Abri o olho direito, e o mundo se contorceu em uma espiral de sangue e trevas. Os vasos ao redor do meu olho inchavam e explodiam, como se minha alma estivesse sendo consumida por aquele poder recém-desperto. O sangue quente escorria pelo meu rosto, mas eu ignorei. A vingança exigia mais do que dor.

Queime... sussurrei.

As chamas vieram como uma muralha infernal, um paredão de 15 metros que devorava tudo ao redor. As cores se dissolveram em um negrume absoluto, o som da carne carbonizando e ossos se desfazendo era abafado pelo rugido insaciável do Amaterasu. Aiko gritou, mas seus gritos não importavam. Nada importava. Ele seria reduzido a cinzas, assim como todo o resto.

E então, eu fechei os olhos.

Por um momento, senti uma estranha calma. Como se o peso do mundo tivesse finalmente se afastado dos meus ombros. Minhas mãos foram ao rosto por reflexo, tentando apagar o poder monstruoso que havia invocado. O chakra me escapava descontrolado, queimando tudo, até mesmo a minha vontade. Eu apaguei o Mangekyou. Mas era tarde demais para parar qualquer coisa.

Tsc.

A voz dele soou novamente, fria e distante. Aiko. Meu coração parou. Ele estava vivo.

Foi uma réplica. O verdadeiro Aiko escapara, movendo-se pelas sombras antes que o Amaterasu o alcançasse. Ele ressurgiu ao meu lado, rápido como uma cobra, e a Kokutō que empunhei foi desviada sem esforço.

Lenta.

A adaga perfurou meu peito. Desta vez, mais fundo, mais preciso. Ela girou dentro de mim, rasgando carne, tendões, e ossos com precisão brutal. O mundo se tornou apenas dor.

O sangue subiu pela minha garganta, e eu o cuspi. O sabor metálico invadiu minha boca, e a dor se espalhou por cada parte do meu corpo. Meu peito ardia, cada respiração era uma batalha impossível. Aiko me chutou como se eu fosse nada. Senti o impacto, meu corpo sendo lançado ao chão sem cerimônia. A terra fria me acolheu como um túmulo aberto.

Eu não conseguia levantar. O ar estava pesado, e o mundo ao meu redor girava, nebuloso e distante. Tudo o que eu podia fazer era olhar para cima, onde o céu cinzento se fechava, carregado pelas cinzas do vilarejo. Uma chuva fraca começou a cair, mas as gotas não apagavam as chamas negras. O Amaterasu queimaria para sempre.

Aiko me olhava de cima, com um sorriso desapontado.

Você é uma decepção, Lil. Está muito longe do que poderia ser. Mas eu esperarei. Terei paciência. Um dia, você será forte o bastante para ser minha filha.

Ele limpou as mãos na capa que usava e lançou um último olhar de desdém.

Não morra... Não como aquele homem patético. — Disse, referindo-se a Ryo.

Então ele se foi. Desapareceu nas sombras enquanto eu permanecia ali, deixada para morrer nas cinzas do que um dia foi o meu lar.

A chuva continuava. As gotas frias tocavam meu rosto, misturando-se ao sangue que não parava de escorrer. Mas não era o frio que me matava. Era o peso. O peso do que eu perdi.

Ryo.

Virei a cabeça, com esforço. Lá estava ele, imóvel e pálido, o corpo gelado como mármore sob a chuva. Os olhos dele não veriam mais a luz. Não haveria mais palavras, mais risadas, mais esperança. Ryo estava morto. E com ele, tudo que um dia fui.

Fechei os olhos. Não havia mais Lil Mayer.

Lil Mayer morreu naquele dia, consumida pelas chamas, pela dor, pela perda. O que restava agora era algo diferente.

Uchiha Mayer... Eu nunca assumi o meu sobrenome. Foi um pedido da minha mãe. — sussurrei, a voz quebrada e vazia. — Ela está morta. Ryo está morto... Todos estão mortos. Uchiha Mayer... Esse é o meu nome!

O nome caiu dos meus lábios como um veredicto final. Eu não carregaria mais esperança, amor, ou compaixão. Não havia espaço para nada disso. Só havia ódio.

E eu o usaria até que tudo fosse consumido.

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— Chamas Negras Mortais
— A chuva castigava o solo, lenta e pesada, como um lamento silencioso. As gotas frias atravessavam meu corpo, mas eu não sentia mais nada além da agonia surda que se arrastava por cada célula minha.

O sangue preenchia minha garganta, queimando como veneno. Engasguei, tossi violentamente, cuspindo o que parecia ser pedaços do que restava de mim. A dor era excruciante, mas vazia. Não importava mais.

Com um esforço animalesco, me arrastei pela lama encharcada, cada movimento sendo uma vitória contra o peso colossal que prendia meu corpo ao chão. A água ao meu redor estava tingida de vermelho—meu sangue e o de todos que eu matei.

Então, o vi.

Ryo. Imóvel, frio, pálido como se já fizesse parte do chão que o acolhia. O tempo pareceu congelar enquanto eu o olhava, incapaz de sentir tristeza, remorso ou qualquer coisa que se assemelhasse ao que um dia fui. As lágrimas que talvez quisessem vir estavam mortas junto comigo.

Arrastei-me até ele, meu corpo se arranhando na terra e na lama. Estendi a mão trêmula e toquei o rosto dele com a ponta dos dedos. Gélido. Sem resposta. Sem alma.

Você me disse... que nós conseguiríamos... — sussurrei, mas as palavras soavam vazias. Não havia mais ninguém para escutá-las.

Nenhuma promessa cumprida. Nenhum futuro. Apenas cinzas e silêncio.

Meu corpo não suportava mais o peso da dor que eu carregava e colapsei ao lado de Ryo, deitando-me na poça rubra que nos cercava. Ali, juntos na morte e na ruína. Tudo o que restava agora era o fim. O mundo apagaria comigo, e isso seria suficiente.

O tempo passou como um sonho distante e enevoado. As vozes chegaram, distantes no início, crescendo até se tornarem claros murmúrios de incredulidade.

Meu Deus… o que aconteceu aqui?

Passos se aproximaram, pisando na lama e na cinza. Eu não me movi. Não havia motivo.

Ryo... É o Ryo!

O som daquela voz fez meu estômago se revirar, mas eu não reagi. Eu estava longe demais para voltar.

E ela... é Mayer. Tragam a maca, rápido!

A presença deles foi como uma onda abafada contra minha mente confusa e entorpecida. Senti mãos sobre meu corpo quebrado, me virando e avaliando meus ferimentos, mas as imagens ao meu redor se desfaziam em sombras.

Ei! — Um tapa leve estalou no meu rosto. Minhas pálpebras tremeram, e a dor latejou pela cabeça.

Abri os olhos lentamente, mas o mundo parecia um borrão sem cor, girando e se fragmentando. A voz do homem me chamava, mas sua presença parecia distante, como se eu estivesse afundando nas profundezas de um pesadelo sem fim.

Mayer, está me ouvindo? Fique comigo!

Tentei falar, mas os sons que saíram de meus lábios eram fragmentos desconexos, pedaços de palavras que não se formavam corretamente. Algo sobre Ryo. Algo sobre fogo. Nada fazia sentido. Nem eu.

Ela tá delirando. Vamos, rápido, ou ela vai sangrar até morrer.

Me ergueram, mas meu corpo se recusava a responder. A dor era tão familiar quanto o vazio.

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— Chamas Negras Mortais
— A escuridão recuou lentamente, e com ela veio a consciência — fria, distante, e mais vazia do que o silêncio que havia me consumido. Meu corpo parecia pesado, mas não pela dor: era como se eu fosse um cadáver que apenas não tinha percebido que já estava morto. Quando abri os olhos, a luz branca e estéril do hospital perfurou minha visão, mas mesmo isso não despertou nenhuma reação dentro de mim.

Pisquei algumas vezes, notando as sombras de figuras ao meu redor. Médicos. Shinobis de Iwagakure. Eu estava em uma cama fina, com tubos e bandagens que envolviam meu corpo, mas nada daquilo importava.

Levantei a mão lentamente até meu peito, tocando onde deveria estar meu coração. A pele estava quente, mas lá dentro... nada. Não havia dor. Nem medo. Apenas um vazio imenso.

Ela acordou! — uma das vozes comentou, como se fosse uma vitória.

O médico à minha frente se inclinou um pouco, avaliando meu rosto com uma expressão séria, mas cautelosa. — Como você está se sentindo?

Olhei para ele por alguns segundos, sem pressa alguma. As palavras vieram como pedras sendo empurradas para fora da minha boca, mas minha voz não carregava nada além de frieza.

...Não sinto nada.

A palavra pairou na sala como gelo quebrando. Os rostos ao redor se enrijeceram, trocando olhares incertos, mas nenhum deles ousou dizer o que realmente estava pensando. Eles sabiam que havia algo terrivelmente errado comigo. E eles estavam certos.

O médico, tentando não demonstrar nervosismo, fez um gesto para que todos ao redor permanecessem calmos. "Você se lembra do que aconteceu antes de te encontrarmos?"

Fechei os olhos por um momento, sentindo a lembrança pesar como chumbo no fundo da minha mente. Os corpos carbonizados... As chamas negras... O sangue... Ryo.
Quando abri os olhos novamente, algo mudou em mim. As memórias eram claras, mas não havia arrependimento. Só uma certeza brutal e inescapável:
Eu destruí tudo. E isso foi necessário.

Os ninjas de Iwagakure se entreolharam mais uma vez, tensos. — Os relatórios falam de um enorme incêndio em um bairro inteiro. — um deles comentou com hesitação, como se as palavras pudessem me quebrar. — Você fez isso, Mayer?

Dei um leve aceno, sem a menor hesitação.
Sim.

Por quê? — A voz do médico estava carregada de algo próximo ao horror. — Havia civis lá. Você sabia disso?

Meu olhar o atravessou, frio e afiado.
Fiz o que deveria ser feito. Os nossos inimigos estão mortos. Se haviam civis ou não - Pouco importa. Eles levaram as respostas para a tumba.

O silêncio que caiu na sala foi como uma lâmina descendo lentamente, sufocante. Era claro para todos ali que eu não era mais a mesma. Eles queriam respostas, mas não sabiam se estavam prontos para ouvi-las.

Um dos shinobis, mais velho e com cicatrizes no rosto, deu um passo à frente. — Soube que um desertor estava lá. Um dos perigosos...

Meu peito queimou de ódio por um instante, mas apenas por um instante. Mesmo isso desapareceu como fumaça na brisa.
Sim. Ele esteve lá. E fugiu.

O ninja franziu a testa. — E Ryo? Como ele morreu?

Meu estômago se revirou, mas não havia mais lágrimas para derramar por ele. Apenas uma sensação de vazio absoluto.
Ele foi tirado de mim. — respondi, minha voz fria como a pedra.

O médico respirou fundo, visivelmente desconfortável.

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