Teishiki chegou ao parquinho de Konoha ao raiar do sol. A brisa matinal trazia consigo a suavidade do início do dia, e ele sentiu o cheiro da grama recém-cortada enquanto observava as crianças correndo e rindo. Seu trabalho, embora parecesse simples, exigia atenção total. Aproximou-se de um pequeno grupo que brincava de esconde-esconde.

— Quem quer aprender algo novo? — ele disse com um sorriso, atraindo o olhar curioso de alguns.

Um garotinho, de cabelos bagunçados e rosto sujo de terra, aproximou-se, os olhos brilhando de expectativa.

— Eu! O que vamos fazer?

Teishiki agachou-se na frente do menino, mantendo o contato visual.

— Vamos brincar de um jogo ninja. Chama-se ‘Segredo do Shinobi’. Quem conseguir esconder um objeto sem que ninguém veja, ganha.

As crianças rapidamente formaram um círculo em torno dele. Ele pegou uma pequena pedra e, com agilidade, fez um truque de mão, desaparecendo-a. As crianças ficaram boquiabertas, e logo começaram a tentar replicar o truque.

Teishiki supervisionava, rindo suavemente das tentativas desastradas, mas encorajando cada uma delas. Com paciência, ele demonstrava como esconder a pedra de maneira eficaz, ensinando movimentos precisos, quase imperceptíveis. Em um momento de distração, uma garotinha tropeçou enquanto corria. Teishiki rapidamente se moveu, aparando-a antes de ela cair.

— Cuidado, pequena kunoichi — ele disse, levantando-a com delicadeza. Ela sorriu, agradecida, e ele deu um tapinha gentil em sua cabeça antes de voltarem à brincadeira.

Ao fim da manhã, as crianças já estavam exaustas, mas felizes. Teishiki, por sua vez, sentia que havia cumprido sua missão. A comunicação e paciência, fundamentais naquela tarefa, haviam fluído com naturalidade. Ele se despediu das crianças com um aceno, satisfeito com o resultado.



Na manhã seguinte, Teishiki caminhou até um distrito mais calmo de Konoha, onde moravam os anciãos. À sua frente, a casa de um idoso conhecido por seu espírito brincalhão. O velho senhor o recebeu com um sorriso gentil, apoiado em uma bengala de madeira.

— Ah, você deve ser o jovem ninja que veio me ajudar! Sabe consertar telhados, garoto?

Teishiki riu, inclinando-se educadamente.

— Eu posso aprender.

Com uma cesta de ferramentas em mãos, ele subiu ao telhado, inspecionando o local onde algumas telhas haviam se desprendido. Sob o calor do sol do meio-dia, ele trabalhava cuidadosamente, trocando as telhas danificadas e ajustando as que estavam soltas. O idoso observava de baixo, ocasionalmente oferecendo conselhos e piadas que arrancavam sorrisos de Teishiki.

Mais tarde, ao descer, ele viu o senhor tentando carregar um grande vaso de plantas.

— Deixa comigo, senhor — disse Teishiki, pegando o vaso com facilidade.

O ancião suspirou aliviado, sentando-se em uma cadeira de balanço enquanto Teishiki organizava o pequeno jardim. Plantou flores, regou as que já estavam ali e aparou os galhos secos de algumas árvores.

— Você tem talento com as plantas, garoto. Quem sabe na próxima vez eu não lhe ensine algo sobre jardinagem? — brincou o idoso, e Teishiki apenas sorriu.

Ao fim do dia, o ancião agradeceu com uma reverência lenta, cheia de gratidão. Teishiki saiu dali com a sensação de que, apesar das pequenas tarefas, havia feito uma grande diferença, não apenas na casa, mas na vida daquele idoso.