審判のカード

Hoje decidi me divertir um pouco enquanto treinava para variar. Peguei uma pilha de shurikens e kunais que estavam empoeirando meu armário a algum tempo e fui para o campo de treino. A ideia era aprimorar minha precisão e rapidez nos arremessos, mas por que não fazer isso de um jeito mais divertido?

Comecei desenhando alguns alvos toscos no chão e nas árvores, cada um com uma cara feia diferente. “Vamos ver se consigo acertar esse nariz de palhaço!”, pensei, rindo comigo mesmo. Primeiro, joguei algumas shurikens, tentando acertar bem no centro do alvo. Claro, os primeiros arremessos foram um desastre, com as shurikens zumbindo para todos os lados menos no alvo, deveria pedir desculpa até mesmo pros animais, afinal acertei até mesmo um passarinho no processo.

—— Ok, vamos lá, seu cabeça de vento! Concentração! —— Me preparei novamente enquanto imitava o velhote que me treinava no dojo, aquela voz até hoje me assombra nos meus piores pesadelos, então respirei fundo para me concentrar, e arremessei outra vez. Desta vez, uma shuriken acertou bem no meio do nariz desenhado.
Depois de acertar alguns alvos, decidi complicar um pouco as coisas. Comecei a correr pelo campo, arremessando kunais enquanto me movia. “Vamos lá, Kunai Voadora!” brinquei mentalmente imitando nomes grandiosos para arremessos simples enquanto imitava um som de voo. Os alvos agora tinham que ser acertados em movimento, o que tornava tudo muito mais desafiador e, claro, divertido.

Ao final do treino, o campo estava cheio de shurikens e kunais cravados em todos os lugares, e eu estava suando e rindo, afinal fazia muito tempo que eu não tinha a oportunidade de me divertir como uma criança normal, pois na maior parte do tempo minha cabeça era tomada pelo meu sonho que cada vez parecia mais distante.


A missão de daquela tarde parecia simples: acompanhar um idoso rico em um dia de compras pelo mercado central de Shimugakure. Cheguei logo depois do almoço na casa do Sr. Takeshi, um homem de aparência frágil, mas com olhos que ainda brilhavam com vivacidade. Ele me recebeu com um sorriso caloroso e um convite para um chá antes de sairmos.

Enquanto tomávamos chá, ele me contou histórias de sua juventude, aventuras que pareceriam exageradas se não fosse pela paixão com que ele as narrava. Terminamos o chá e saímos para o mercado. Sr. Takeshi estava empolgado com a ideia de comprar ingredientes frescos para o jantar.

No mercado, ele se movia com a energia de um jovem. Eu o seguia de perto, ajudando a carregar as compras e garantindo sua segurança. Paramos em várias barracas: vegetais frescos, especiarias exóticas, peixes recém-pescados. Cada parada era acompanhada de uma conversa amigável com os vendedores, que claramente o conheciam bem.

Em uma barraca de frutas, ele me desafiou a escolher a melhor maçã. Use seu instinto de ninja, Zemaru! disse ele, rindo. Aceitei o desafio com um sorriso e escolhi uma maçã vermelha e brilhante, que ele aprovou com um aceno satisfeito.

Enquanto ele fazia suas compras, eu observava atentamente os arredores, sempre alerta a qualquer sinal de perigo. Felizmente, o dia foi tranquilo. Sr. Takeshi parecia se divertir muito com minha companhia, e eu, para minha surpresa, também estava gostando dessa missão inusitada.

No final do dia, carreguei suas compras de volta para casa e ele me convidou para jantar. Aceitei com gratidão. A mesa estava repleta de delícias que ele havia comprado. Durante o jantar, ele continuou a compartilhar suas histórias, e eu percebi que essa missão, apesar de simples, havia me ensinado muito sobre a importância de apreciar cada momento.