審判のカード

Treinar taijutsu sempre foi uma parte fundamental do meu caminho como ninja já que diferentemente da maioria nunca tive muita habilidade com ninjutsus. A maestria no combate corpo a corpo exige disciplina, resistência e uma compreensão profunda do próprio corpo da mesma forma que uma luta de espadas. Hoje em específico, decidi me dedicar a um treino intensivo de taijutsu, buscando aprimorar cada movimento e reação.

Comecei o dia mais cedo do que o comum, com o sol ainda se levantando sobre Shimugakure. A brisa fria da manhã revigorava meus sentidos enquanto me dirigia ao dojo, talvez estivesse aos poucos me acostumando com aquele clima congelante. Ao chegar, encontrei alguns ex colegas da academia que acabaram virando genins já se aquecendo. O treino seria dividido em várias fases, cada uma focada em aspectos diferentes do taijutsu: força, velocidade, técnica e resistência.

Iniciamos com um aquecimento intenso. Corridas ao redor do campo de treinamento, seguidas de séries de polichinelos e flexões. O objetivo era elevar a frequência cardíaca e preparar os músculos para o esforço que viria. O suor já escorria pelo meu rosto quando passamos para a próxima etapa.

A primeira fase do treino focou na força. Realizamos exercícios de resistência com pesos, levantando pedras e troncos de árvores. Cada levantamento era acompanhado por uma explosão de força, seguida por um controle cuidadoso ao abaixar o peso. Isso não apenas fortalecia os músculos, mas também ensinava a importância do controle e da precisão em cada movimento. Sentia os músculos queimarem, mas sabia que essa dor era um sinal de crescimento.

Depois de uma breve pausa para hidratação, passamos para a segunda fase: velocidade. Colocamos postes de madeira em diferentes pontos do campo, simulando adversários reais. O objetivo era correr de um poste a outro, desferindo golpes rápidos e precisos em cada um. Comecei com socos rápidos, tentando acertar exatamente no centro de cada poste focando além da força a velocidade. Conforme minha velocidade aumentava, meus golpes se tornavam mais fluidos e naturais. Era um teste não apenas de rapidez, mas também de precisão e agilidade

Uma vez que a velocidade estava bem trabalhada, nos concentramos na técnica. Este era o coração do taijutsu. Trabalhamos em pares, praticando sequências de golpes e contra-ataques. Cada movimento era estudado e repetido até se tornar instintivo. Comecei com sequências básicas: um soco seguido de um chute, bloqueio e contra-ataque. Com o tempo, as sequências se tornaram mais complexas, incorporando giros, desvios e ataques de diferentes ângulos. O dojo ecoava com o som de golpes e o impacto dos corpos.

Uma das sequências mais desafiadoras envolvia um giro rápido seguido de um chute alto, afinal não entendia como chutes poderiam se tornar mais fortes do que uma katana capaz de cortar tudo pela frente. Levei várias tentativas para acertar a combinação, mas com a orientação dos instrutores, comecei a entender melhor a mecânica por trás dos movimentos. Os instrutores eram incansáveis, corrigindo posturas, ajustando ângulos e garantindo que cada movimento fosse executado com precisão. Suas correções constantes, embora às vezes frustrantes, eram essenciais para meu progresso. A prática constante começou a mostrar resultados, e meus movimentos se tornaram mais precisos e poderosos.

A última fase do treino foi a resistência, talvez meu maior oponente naquele presente momento. Depois de horas de treino intensivo, a fadiga começou a se instalar. Para isso, fizemos séries longas de exercícios de resistência: flexões, abdominais, agachamentos e, finalmente, sparring.

O sparring era a parte mais intensa e realista do treino. Lutar contra um adversário real, mesmo em um ambiente controlado, exigia todas as habilidades desenvolvidas até aquele momento: força, velocidade, técnica e, acima de tudo, resistência. Meu oponente era rápido e forte, forçando-me a manter a concentração máxima em cada movimento. Cada soco desferido era bloqueado ou desviado, e cada abertura que eu dava era rapidamente explorada.

Durante o sparring, aprendi a importância da leitura dos movimentos do oponente, isso seria tanto útil num combate de punhos quanto com espadas, tive essa certeza conforme o treinamento acontecia. Comecei a notar padrões em seus ataques, antecipando golpes e contra-atacando com mais eficácia. Mesmo assim, cada round era exaustivo, empurrando meus limites físicos e mentais. Havia momentos em que queria parar, mas a determinação de melhorar me impulsionava a continuar.

Depois de uma série de rounds intensos, o treino chegou ao fim. O dojo estava em silêncio, exceto pela respiração pesada dos participantes. A sensação de exaustão era misturada com um sentimento de realização. Cada músculo do meu corpo estava dolorido, mas sabia que havia dado um passo significativo em minha jornada.

Para finalizar, fizemos alongamentos para evitar lesões e relaxar os músculos tensos. Senti cada alongamento como uma forma de aliviar a tensão acumulada durante o treino. Enquanto alongava, refletia sobre o que havia aprendido. A força física é importante, mas o controle mental e a técnica refinada são igualmente essenciais.

O treinamento de taijutsu de hoje foi uma lição valiosa. Não apenas aprendi novos movimentos e técnicas, mas também ganhei uma compreensão mais profunda de meu próprio corpo e mente, algo que é nescessário para alguém que decidiu seguir o caminho da espada como uma religião. O de um espadachim é longo e cheio de desafios, mas cada treino, cada gota de suor derramada, me aproxima um pouco mais do meu objetivo. Saí do dojo com a determinação renovada, pronto para enfrentar os próximos desafios e continuar a crescer como espadachim e como pessoa.