A alguns dias atrás, consegui me envolver em uma bela confusão. Quem diria que o garoto problemático ainda conseguia ter outro lado da vida. Saí para andar pela vila quando vi cair um pergaminho em chamas do céu. que estranhamente não estavam consumindo ele. Quando abri fui ler e...

« O códice da trindade? Como... Yami? » Pensei curioso. Olhei pra cima e pude ver apenas um vulto indo em direção aos arredores de Konoha sendo seguido por outro vulto levemente mais claro, mas por um momento não me toquei. Quando soltei o pergaminho no chão ele desapareceu completamente. Deixei sair um olhar satisfeito embora meu rosto não mudasse muito, e logo fui andando em direção aos portões, não demorando muito a sair e ir para os campos em volta de Konoha. Andei até chegar em um velho tronco com um "Y" desenhado e logo falei calmo:

— Pode sair.  — Eu disse logo virando o olho em direção a um arbusto grande que se desfigurou e se transformou em um rapaz de cabelos meio azulados e uniforme ANBU o quão sorriu de forma calma na minha direção. ⁣—  Olá cerejeira verde. — ele disse pra mim e eu o encarei com uma certa seriedade. Conheça a área de transferência do Gboard: qualquer texto copiado por você será salvo aqui. — Eu já não te disse pra não me chamar assim? —

Ouvir a voz de Yami foi reconfortante depois de quase um mês mas meu coração realmente acelerou quando ouvi a voz sedutora da mulher que surgiu logo ao lado oposto. ⁣— Não seja tão frio Aka. Você sabe que ele está tentando te agradar. —

Naquele momento quase tive um treco. Os dois juntos. Imagino que você lendo isso deva estar perdido com a situação. Esse dois eram Yami, e Mizu, dois antigos "conhecidos" meus que me visitavam quando podiam pra matar a saudade. Fiquei quieto como sempre olhando os dois com felicidade nos olhos, tentando dar um pequeno sorriso para demonstrar alegria em ver os dois, e logo senti o abraço de Yami em minhas costas, logo vendo Mizu se aproximar e fazer cafuné em minha cabeça.

⁣— Viemos te roubar do seu pai denovo.  — Ela disse com ar de riso e eu fiquei meio preocupado. — Ei não podemos! Lembram a confusão que deu da última vez! — Eu falei meio apreensivo. A tal última vez foi apenas um encontro entre nós 3 na lanchonete porem meu pai já estava ciente da nossa proximidade e quase destruiu a lanchonete por que eu demorei pra voltar. A melhor parte foi que, quem levou a bronca não fui eu e sim eles dois. Afinal meu pai desde sempre me viu como um garoto puro e imaculado, e até por isso que ficou tão decepcionado quando eu ataquei o garoto na academia ninja quando era mais novo.

Senti o abraço de na minha cintura apertar mais e abracei Mizu, e como eu era um pouco menor que os 2 acabei ficando escondido ali no meio. — Eu me sinto uma fatia de queijo quando vocês dois me abraçam. Não é justo vocês serem tão altos. — Eu disse fazendo um pouco de birra de certa forma e logo ouvi Yami: ⁣—  Calma você ainda tem tempo pra crescer. — De fato ainda tinha mais um tempo antes de parar de crescer. Por um momento nós paramos a conversa e separamos o abraço, começando a andar juntos e logo eu ouvi o dois perguntarem pra mim como estava sendo pra mim os últimos dias. — Tive um problema bem inusitado. esgotei meu chakra durante o treino e acabei indo parar no hospital. quando isso aconteceu eu tive que inventar algo pra não parecer um idiota e disse que eu fui atacado. Então se vocês ouvirem esse boato ja sabem que é culpa minha. — Eu disse com um sorriso suave no rosto logo perguntei o deles mas a resposta foi: ⁣— Você já sabe as normas — Disseram os dois em coro e eu respondi: — Tá tá... Entendi... —

Eu respirei fundo e continuei andando meio chateado mas logo ganhei um beijo na bochecha de ambos. E então me fazendo de bobo, joguei no ar: — Sabe... Meu pai está de plantão hoje... alguém afim de comer lá em casa? —  Eu disse olhando para os dois e de forma calma saí correndo na frente com um sorrisinho de canto genuíno dessa vez, indo em direção ao lado de dentro da vila pulando por cima do muro com um salto imbuído em chakra e logo olhando pra trás vendo os dois na minha cola. Eu sabia que poderiam me ultrapassar tranquilamente se quisessem, mas sabiam que eu ia me sentir mal de não conseguir acompanhar eles. Não demorou muito pra que chegássemos na minha casa e então eu logo abri a porta e puxei os dois pra dentro enquanto olhava pra ver se a enxerida da Dona Mizuko não estava bisbilhotando novamente. Fiquei calmo ao ver que não e então entrei e tranquei a porta.

Fui correndo fazer algo pra comer mas os dois saltaram na minha frente. ⁣— Sem panelas pra você mocinho. — Mizu disse com um sorriso sereno. Eu adorava quando os dois sorriam pra mim. — Poxa vocês nunca me deixam cozinhar pra vocês. —

Sendo sincero eu realmente queria fazer algo para os dois comerem mas quando olhei pra car de Yami já vi onde isso ia dar pelo sorriso estranho que ele estava no rosto então me virei e fui andando em direção a sala. — Ja vi que meu trabalho vai ser outro.  — Eu disse revirando levemente os olhos enquanto vi os dois começarem a preparar a comida. Quando eu ia me sentar pensei em checar se os quartos estavam arrumados. É... Eu não tinha nada para fazer. Resolvi me sentar na cama e fiquei quieto. Por um momento começaram a vir alguns pensamentos deprimentes a mente e u me deitei na cama virado para a parede. Quando eu ia deixar que uma lágrima saísse senti a mão de Mizu em meu cabelo.

⁣— Deprimido outra vez? Eu estou aqui
...  — Ela disse me abraçando cuidadosamente e eu pude soltar um pequeno sorriso. Abracei de volta e ficando quieto ali até passar aquele momento de desânimo e logo a olhei nos olhos agradecendo e logo ouvi Yami na porta. ⁣— Abraço em grupo e nem me convidaram? — Ele disse com aquele jeito brincalhão de sempre. ⁣— Terminei o que faltava. Agora... — Ele retirou a máscara e começou a desprender o uniforme. Nem preciso dizer o que aconteceu não é mesmo? Não sei quanto tempo demoramos juntos mas sei que caí num sono pesado depois e quando acordei eu estava enrolado nos lençóis e os dois estavam perambulando pela casa. Me levantei procurando o uniforme ninja e logo vesti minhas roupas.

Quando me aproximei da porta pude ouvir os dois falando: ⁣— Vou ficar em missão de espionagem por um tempo... Mas ainda não tive resposta quanto ao prazo. — Disse Yami. Fiquei preocupado afinal era difícil a gente se ver assim como Mizu que vivia ajudando em Otto ele trabalhava o tempo inteiro. Abri a porta do quarto com um olhar desapontado e logo os dois olharam na minha direção. Mizu que não era boba já se manifestou: ⁣— Você ouviu a conversa não é?  —

Eu afirmei com a cabeça e fiquei encarando o chão até ser abraçado pelos dois e logo falei: — Eu só tenho medo de acontecer alguma coisa com vocês e eu não poder ajudar... —

Falei aquilo meio choroso devo confessar, embora não chegasse a chorar de fato eu estava sensível com a notícia. Só concordei e separei com o olhar neutro de sempre e fiquei esperando pra ver o que diriam a seguir. ⁣— Bem... Vamos retornar hoje pela tarde.  — Disse Mizu pra mim. Eu apenas aceitei. Não tinha o que fazer afinal isso não estava sob meu controle. Então tudo que eu pude fazer concordar. sorri prós 2 e esperei. Se aproveitamos mais 1 hora foi muito por que logo tiveram que se despedir de mim. Me despedi de Mizu próximo ao portão da vila já que ela iria embora e quanto a Yami, nos despedimos próximo a torre do Kage.

Aguentei até o fim da despedida e vi os dois irem. Agora eu estava sozinho... Resolvi subir na parte de cima das pedras de Kages e fiquei lá sentado, observando... Observando... Comecei a juntar a tristeza dos dois indo junto a que eu já estava sentindo no dia anterior e advinhe, que bela bomba pra se tomar. Levante olhando para o horizonte e amolesci o corpo despencando em queda livre e batendo a cabeça na hora da queda, porém antes que eu desmaiasse de vez pude sentir mãos familiares me segurarem. A pancada foi grande, a pouco de um traumatismo craniano, porém o médicos ninja conseguiram reparar. Eu fiquei desmaiado por alguns dias e quando acordei tentei entender o que estava acontecendo. Depois de entrevistar o enfermeiro, descobri que quem me levou até o hospital foi um ANBU que eles não puderam identificar, mas eu já sabia bem quem era. Esperei me verificarem e fiquei mais um dia em observação, até que pôr fim me deram baixa e... bem, agora estou comendo um lanchinho no Konoburger. E devo dizer parece bem mais gostoso do que eu me lembrava.