A última missão da liberty tinha mexido bastante com a Hyuga, não apenas pelo fato de ter visto todas aquelas crianças mutiladas, mas sim por ter descoberto que Mei, sua sensei, tinha abandonado Kumogakure e se juntado a outra vila, Kirigakure, sem nem ao menos ter se explicado e se despedido da mais nova. Aquilo tinha feito com que Nezuko se sentisse traída e isso a deixou bem magoada.

Antes de saírem de Konoha, Mei falou baixinho para a menina que se ela quisesse mesmo conversar que a encontrasse no país da água, fazendo com que a menina bufasse e rolasse os olhos, sendo irônica com a situação. "Vê se pode, ela é que sai sem nenhuma explicação e eu que tenho que ir atrás para saber o que aconteceu, o cúmulo do absurdo” pensava enquanto estava sentada em sua cama, relembrando a situação.

A semana foi passando e enquanto cumpria seus afazeres de sempre (treinos, missões e afins) aquilo não parava de martelar em sua mente; será que ela queria mesmo uma explicação para aquilo? Será que valeria a pena se deslocar para o país da água para que sua sensei lhe desse uma explicação do porque tinha abandonado Kumogakure? Porque Mei não ia até Kumo para lhe dar a explicação já que ela era a errada da história? Será que ela tinha feito algo tão errado que não podia sequer chegar perto de Kumo?

Um certo dia sua curiosidade venceu e a menina decidiu que pediria permissão para o Raikage para poder viajar até Kiri para poder conversar com sua sensei e sanar as dúvidas que a mesma tinha, de certo procuraria também Yuta para que o mesmo pudesse acompanhá-la, afinal ele também fazia parte do time e com certeza também tinha dúvidas do que tinha acontecido para que a mais velha largasse tudo ali.

Antes de ir conversar com o Raikage, se deu conta de que não conhecia o caminho até Kiri e caso o mesmo a permitisse partir nessa viagem, não fazia ideia de como chegaria até lá. Decidiu então ir até a biblioteca procurar algo que a ajudasse a aprender a pelo menos chegar até Kirigakure. Enquanto procurava por informações nos pergaminhos ela pensava se queria mesmo saber sobre aquilo, afinal Mei não tinha se dado ao trabalho de ir pessoalmente conversar com ela, por que ela deveria?

Mesmo que essas dúvidas pairassem em seus pensamentos, Nezuko era uma menina que se importava com aqueles à sua volta e caso ignorasse aquilo, provavelmente teria um arrependimento para o resto de sua vida, o arrependimento de não ter ido buscar respostas. Ao mesmo tempo que se conformava de que realmente iria, sentia raiva por ser ela a pessoa que tinha que ir atrás de respostas ao invés da resposta vir até ela.

Dias foram se passando enquanto Nezuko voltava insistentemente até a biblioteca a procura de informações sobre Kirigakure, tentando saber o máximo o caminho até lá para que não se perdesse em sua viagem e caso conseguisse obter as informações que procurava, estaria enfim pronta para pedir permissão ao Kage e partir em sua viagem até o país da água.

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