A noite chegou na vila da pedra, e com ela o principal bar da cidade estava cheio. Próximo da meia noite, o Tsuchikage Darkon chegava ao local, acompanhado de uma bela mulher: Homura, sua assistente.

 — Tsuchikage-sama, você disse que me acompanharia até minha casa, mas aqui é um bar...

 — Não apenas um bar qualquer... Aqui podemos obter informações, jogar conversa fora, beber as melhores bebidas... sobre sua casa, bom, após um dia com tanto trabalho no gabinete igual hoje, nada melhor do que curtir um pouco antes de ir pra casa, não acha?

Darkon e Homura se juntaram em uma mesa onde estava uma amiga loira de Darkon, e eles ficaram bebendo e comendo batatas fritas naquela noite festiva. Entretanto, todos do bar ficaram em silêncio quando um homem entrou no local. Era um homem careca, com um olhar sinistro e extremamente musculoso. Devia ter uns dois metros de altura e músculos chamativos e grandiosos. Ele parou na frente de Darkon. A assistente do Tsuchikage estava perplexa com a intimidação daquele cidadão e já se preparava para uma batalha ali mesmo. A tensão estava grande, com Darkon agora encarando nos olhos daquele troglodita que entrou no bar.


 — Oliver... o que veio fazer aqui? Se procura por problema... irá encontrar problema.

 — Você sabe muito bem o que vim fazer aqui, Tsuchikage...

 — Sei, é? ... Me diga então o que você veio fazer aqui, Oliver...

Todos no bar estavam em silêncio completo. O suor no rosto de vários era evidente tamanha a tensão se instalava no local, sendo que o silêncio foi rompido apenas com a voz de Oliver na sua frase seguinte:

 — Pode contar de novo aquela história de como os Sete Sagrados derrotaram Moira, o cientista maligno?! Ela é minha história favorita!

 — Sendo um pedido de um amigo, não posso negar. Irei contar a história!

Darkon saiu de perto de sua mesa e subiu no balcão do bar, disparando de um dedo uma pequena bola do que parecia ser uma manipulação de pedra contra as lâmpadas de luzes do local, quebrando elas, deixando apenas uma das lâmpadas acesa, que estava localizada em cima de si, para que a atenção ficasse toda com ele. Ele ainda falou "vou pagar as lâmpadas quebradas, senhor!" ao que o dono do bar respondeu "foi o que você falou da última vez... e não pagou até hoje...". Sendo o centro das atenções do bar naquele momento, Darkon começou a contar uma história, em alto e bom som para todos dali ouvirem:

"Foi na vila oculta da névoa, onde tudo aconteceu...
Ninjas de várias vilas reunidos e então o chão estremeceu!

Para nossa surpresa, o cientista Moira apareceu!
Se dizendo ser do bem... eu acreditei! Olhem só esse erro meu...

Quando revelou suas intenções, foi então que tudo ficou claro
O miserável na verdade era um baita de um otário!

Um vilão, com certeza, que matava e torturava as pessoas por prazer...
Moira, maldito, naquele dia eu jurei... você nunca iria vencer!

Para enfrentar o cientista maligno, foi necessário uma união
E então sete ninjas juntos criaram uma poderosa organização

Os Sete Sagrados enfrentaram Moira em Kirigakure
E no final dessa batalha, o miserável não saiu impune!

Foi uma batalha dura, em que nem nem todo mundo ficou vivo
Mas no final das contas, o mundo ninja ficou livre do perigo!

Desde aquele dia, todos sabem a quem procurar...
Não temam! Os Sete Sagrados irão sempre lhes salvar!"

Ao terminar seu conto, Darkon ouviu aplausos e gritos de animação por todo o bar. O homem musculoso Oliver estava chorando de tanta felicidade que aquela história dos Sete Sagrados colocou em seu coração. Havia um bebê no bar que se levantou do chão onde estava engatinhando e começou a andar na direção de Darkon, que pegou o bebê e o levantou gritando "Nós lutamos pelo futuro das crianças!". A mãe do bebê gritava ao fundo do bar "São os primeiros passos do meu bebê! A história dos Sete Sagrados motivou ele para se tornar um ninja!", enquanto se acabava de chorar de felicidade. Darkon foi abraçado por vários do bar, e ao ser abraçado por uma bela moça ruiva, disse para ela que gostaria muito que ela conhecesse a casa dele qualquer dia desses, apenas para mostrar para ela mais detalhes de como um Tsuchikage vive. A moça sorriu e disse que era uma boa ideia.

Por fim, Darkon voltou até sua mesa, onde estava Homura.

 — Tsuchikage-sama... pelo que eu fiquei sabendo, o senhor voltou quase morto da batalha contra Moira. Mas quando fala sobre essa batalha, parece que os sete ninjas acabaram tranquilamente com a raça do Moira, não seria uma boa ideia falar o quão difícil foi essa batalha?

 — Homura, você estava lá?

 — Lá aonde?

 — Na batalha contra Moira.

 — Não... eu não estava.

 — Eu estava. E lhe digo... foi uma batalha mortal, é claro... mas eu nem por um momento deixei de acreditar que iríamos ganhar. Deixe-me lhe perguntar uma coisa, Homura. Me responda com seus conhecimentos ninjas... você já ouviu falar de alguma derrota dos Sete Sagrados, quando estavam todos juntos em equipe?

 — Bom... que eu saiba esses sete ninjas só se juntaram uma única vez em batalha...

 — Não fuja da pergunta, Homura. Responda-me: os Sete Sagrados já perderam alguma batalha???

 — Não, senhor. Nunca perderam uma batalha.... embora só tenham lutado uma batalha...

 — É como eu digo, Homura. Juntos, os Sete Sagrados são invencíveis. Talvez eu possa estar exagerando um pouco, mas é possível que se juntar todos os ninjas de elite de todas as grande cinco vilas, eles ainda percam para os Sete Sagrados. E isso não sou eu que falo, é o povo.

 — Senhor... não acho que o povo concorde com isso, é bem exagerado...

Após a resposta de Homura, Darkon puxou pelo pescoço um senhorzinho de idade, ativando seu selo amaldiçoado nível dois e olhando profundamente nos olhos do senhorzinho.

 — Senhor, nos tire uma dúvida. E peço que me responda com toda sinceridade. Quem venceria uma batalha: eu e meus aliados, os Sete Sagrados, ou todos os demais ninjas das outras vilas juntos?

O senhorzinho estava tremendo nesse momento enquanto olhava os amarelados olhos de Darkon, e então o respondeu:

 — O-o-o s-enhor... e s-eus... aliado-o-o-o-s. Os Sete Sagrados com certeza vencem!

Darkon então desativou sua transformação e então olhou para Homura novamente.

 — Não sou eu que falo, Homura. É o povo... é o povo que diz.

No momento seguinte, Darkon pegou sua taça de bebida e a jogou no chão, violentamente, enquanto gritava: "VIVA OS SETE SAGRADOS!", para em seguida vários gritos pelo bar ecoarem um grande "VIVA". A festa foi grande naquela noite. E o conto dos Sete Sagrados foi mais uma vez espalhado pelo mundo ninja.

Pela manhã do dia seguinte, Darkon acordou cedo e fez um treinamento utilizando sua armadura Iwa no Kusari, a qual criava uma camada do elemento terra por todo seu corpo assim como correntes do elemento, e foi ao campo de treinamento da vila da pedra para um treino matinal. Estava tentando aperfeiçoar seu uso de chakra, e também aumentar sua própria quantia de chakra com treinamentos específicos para isso. Ao final do treinamento, utilizou seu jutsu de voo para ir até o gabinete, aproveitando para ao mesmo tempo treinar enquanto seguia para seu trabalho. A noite anterior havia sido de festa e diversão, mas já estava compensando cedo pela manhã para se tornar cada vez mais forte. E assim seguia seu dilema, tentando conciliar sua vida como um amigo presente na vida de muitos ali, e como o Tsuchikage responsável por proteger a todos seus aliados.

Considerações:

Fichamento & Armamento: