[Capítulo - Solo] Salva Vidas

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[Capítulo - Solo] Salva Vidas
[Capítulo - Solo] Salva Vidas

Haruka

Chūnin

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24/2/2022, 21:40

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Nanao Fong:

Capítulo 1: O corpo humano.

StatusHP: 875/875CH: 1950/1950ST: 00/07

Após seu suposto sucesso em seu último treinamento, Haruka precisou de tempo para se recuperar. Sua mãe tratou os ferimentos mais graves, como uma costela trincada e uma torção no músculo deltoide, mas seu corpo ainda mostrava os sinais da batalha com alguns hematomas espalhados pelo abdome e costas. Certamente ele demoraria um pouco antes de convida-lo para outro treinamento. No fim de tudo, se fosse uma batalha, ele acabaria perdendo, visto que o uso apenas de taijutsus estava previsto nas regras e o garoto não possuía qualquer habilidade para isso.

Nanao, sua finalmente havia chegado de sua missão de espionagem e cozinhava o almoço enquanto o filho ajudava com a limpeza da casa, preso em devaneios sobre se tornar um jounin e conseguir um emprego no hospital da vila, ou poder sair em missões mais desafiadoras que envolvam algo além de procurar animais perdidos ou cuidar dos jardins das senhoras da vila ou servir de companhia escoltando gente rica de um lado para o outro. — Haru, deixa isso e vem me ajudar na cozinha. — Pediu sua mãe. Depois de revirar os olhos e deixar um longo suspiro escapar o garoto direcionou-se para a cozinha de casa para ajuda-la. Detestava cozinhar quando ela estava em casa porque a comida feita por sua progenitora era muito mais gostosa do que quando ele fazia.

Secando as louças e guardando nos armários, a mente do garoto continuou vagando para seu sonho de conseguir uma promoção e lhe surgiu a possibilidade de pedir a sua mãe que evoluísse seu treinamento para algo além da simples anatomia humana a qual vinha estudando há meses. Queria colocar a mão na massa pra variar, afinal, ele seria muito mais útil para os times se pudesse executar iryoninjutsus com maestria. — Mãe, eu estava pensando... — Hesitou por um segundo. — E se a gente fizesse do meu treinamento algo mais ativo? Já me sinto preparado pra usar as técnicas de forma prática. — Disse ele, direto, por fim. Nanao lançou um olhar confuso e calmo, parecia não entender o pedido tão súbito. — Filho, se você está pedindo isso por causa de seu último treino... Você vai ficar mais forte, precisa saber disso. — Repousou sua mão sobre o ombro de Haruka, tentando consola-lo. — Eu já sou forte. — Respondeu, brusco. Detestava ser colocado em qualquer posição de vulnerabilidade, ainda mais por sua mãe. — Eu sei disso, mas... — Ela tentou retrucar, mas o garoto já não estava mais na cozinha.

(...)

— Eu sei que você só quer melhorar suas habilidades, mas não sinto que você está pronto pra isso. — A voz de Nanao soou dolorida diante do longo silêncio perdurou durante todo o almoço. — Podemos tentar, mas eu não aconselho. — Completou, por fim, repousando os hashi sobre a tigela vazia a sua frente. — Sabe que se fosse por mim nós já teríamos começado esse treinamento a muito tempo. — Ele respondeu, ansioso para o início. — Ok, mas nós vamos iniciar os procedimentos em animais de pequeno porte, então vou te dar mais duas semanas pra estudar anatomofisiologia animal antes de começarmos pra valer. — levantou-se e caminhou até o lado do filho, apoiando-se sobre seu torso. Haruka se contorceu em reflexo, pela dor que sentiu na região costal lateral devido as costelas em recuperação. — E na próxima vez que você levantar a voz pra mim, costelas quebradas vão ser a menor das suas preocupações.

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Emme

Última edição por Haruka em 26/2/2022, 18:22, editado 6 vez(es)

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Haruka

Chūnin

24/2/2022, 23:31

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Nanao Fong:

Capítulo 1: O corpo humano.

StatusHP: 875/875CH: 1950/1950ST: 00/07

Dois dias se passaram e Haruka começou a se sentir melhor. Os hematomas quase sumindo, alguns não mais existiam, mas ainda não havia recuperado sua força de vontade para treinar fisicamente. Começava a trabalhar a ideia de desistir de seu sonho de ser um grande ninja conhecido, porque apesar de ter um controle de chakra excepcional e ter sido um grande destaque entre os outros ninjas na academia shinobi de Konoha, agora, suas habilidades inatas já não chamavam mais atenção como esperava. Um pouco narcisista e exagerado, talvez.

Nanao havia saído em outra de suas longas missões sem previsão para retorno, já era a terceira em dois meses, e o resumo da rotina de Haru era basicamente mercado, casa, casa e mercado. Não fazia nada além de ler, comer, cuidar da casa, estudar e dormir; até que Haineko, a gata ninja da família, resolveu chama-la para conversar a respeito de sua repentina mudança de habito. — Haru — Disse ela em tom sério durante um almoço. Haruka levantou os olhos de seu prato para o rosto felino, mas não se pronunciou. — Você vai me dizer o que está acontecendo com você. — Era a primeira vez que o garoto via o animal tão sério. Normalmente ela tem um semblante de cansado, mas o olhar calmo e amoroso. — Ahn? O que? — O tom de voz do garoto era de confusão, um ótimo ator, como se não soubesse exatamente do que ela falava. — Você não fala, mal come, não quer me acompanhar, não quer treinar e vai me falar o motivo de tudo isso. — Ela respondeu, ríspida. — O que foi? Brigou com o namoradinho? — Insistiu. A cada palavra ela ficava mais séria, mas a voz suavizou ao proferir a última palavra da frase. — Namorado? Ah, me poupe! Você sabe que meu foco é outro. Eu não tenho um "namoradinho" e se um dia eu tiver e brigar com ele não vai ser com você que vou conversar a respeito. — Retrucou, levantando-se da mesa sem dizer mais nada. O assunto o estava irritando mais do que o esperado. — Ficou bravo... Aí tem. — disse ela, enroscando-se em seu próprio corpo para deitar no sofá.

A conversa dos dois se estendeu por mais alguns minutos antes de Haruka partir para seu quarto e assim que acabaram ele voltou a se enclausurar com seu livro de fisiologia animal e tornou a estudar a disciplina. Já sabia praticamente tudo o que precisava saber sobre o funcionamento do corpo humano, mas se surpreendia com as sutis diferenças existentes nos sistemas entre as espécies. O dos mamíferos eram praticamente a mesma coisa, com poucas mudanças em nomenclaturas e estruturas, mas os outros... É, o Fong ainda tinha muito conteúdo pela frente e, de certa forma, até agradecia o fato de sua mãe ter saído numa missão e saber que ela não voltaria tão cedo. Assim teria mais tempo sozinho pra estudar seguindo o cronograma estrito que criou para si. Quando Nanao voltasse, Haruka precisava estar pronto para dar início às praticas curativas com animais e dar seguimento para o uso de iryoninjutsu em humanos — que era seu foco.

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Emme

Última edição por Haruka em 26/2/2022, 18:23, editado 1 vez(es)

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Chūnin

25/2/2022, 17:15

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Nanao Fong:

Capítulo 1: O corpo humano.

StatusHP: 875/875CH: 1950/1950ST: 00/07

Cerca de seis dias depois, Nanao finalmente retornou à sua casa. Não parecia estar ferida, apesar de seu semblante mostrar clara exaustão por ter ficado tanto tempo fora, mas pelo que disse, conseguiu finalizar sua missão com sucesso, o que era motivo para comemorar. Entretanto, eles esperariam o dia seguinte para isso, já que a mulher já chegou despencando sobre o sofá da sala e caiu em um sono profundo momentos depois. — Deve ter sido difícil... — Haruka comentou com a gata preguiçosa que encarava a mulher com desdém. — Ela não se cuida, olha esse cabelo! — comentou com sua voz felina e, como sempre, o garoto ignorou seu comentário ácido para evitar discussões que certamente acabariam acordando sua mãe. Haineko, pra um gato, sempre foi extremamente fútil no que diz respeito a padrões de beleza desde que ele se entendia por gente, não era agora que ela mudaria, afinal.

Em silêncio, Haruka se levantou e saiu da sala, deixando-a falando sozinha enquanto Nanao descansava. Ele precisava estudar mais um pouco se quisesse provar para ela que estava preparado. Nesse meio tempo não focou apenas em anatomia, é claro. Aproveitou a distância de sua mãe para ler um pouco do material sobre a real execução e técnicas corretas para o controle de chakra no uso de ninjutsus curativos. O mais conhecido e utilizado amplamente em âmbito emergencial era o Shosen no Jutsu, que abrange uma alta gama de ferimentos a depender apenas da habilidade de quem o realiza. É claro que para o jovem shinobi, ser especialista em ninjutsus médicos não era o foco, mas gostaria de aprende-los para se tornar mais útil. Então, logicamente ele gostaria de ser habilidoso com isso porque de nada adiantaria um ninja médico capaz de realizar apenas os procedimentos mais simples como curas de escoriações e cortes de profundidade pequena. Praticamente todas as armas ninjas utilizadas em batalhas podem causar morte ou ferimentos graves, e era nessa área que o jovem Fong gostaria de agir.

— Oe-Haruka-san. — Ouviu a voz de Haineko se fez ouvida e, ao olhar, Haru percebeu que a gata estava sentada do lado de fora de sua janela de vidro. — Eu tranquei a porta pra não ser incomodado, já ouviu falar em privacidade? — Respondeu ao puxar a haste da janela, que deslizou sobre um trilho para abrir. — Privacidade com uma janela de vidro? — Ela riu, saltando sobre a escrivaninha e deitou-se no livro lido pelo garoto. — Eu preciso estudar. — Suspirou pesadamente, esperando o animal parar de atrapalhar. — Ah, para. Vamos sair hoje. Só hoje, Porrr favorrr. — Ronronou de barriga para cima. Ela estava certa, desde a viagem de Nanao os dois vivam dentro de casa sem sair pra absolutamente nada, e para ela devia ser ainda pior, já que não tinha ocupações durante o dia. — Ok, nós podemos sair hoje, desde que você prometa se comportar e não me faça passar vergonha como da última vez. — Concordou, compadecido com a gata que logo saltou sobre a cama alheia, animada. — Só não pense que vou demorar. Vou dar só uma voltinha e pronto.

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Emme

Última edição por Haruka em 26/2/2022, 18:24, editado 1 vez(es)

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Chūnin

25/2/2022, 19:30

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Nanao Fong:

Capítulo 2: Festival

StatusHP: 875/875CH: 1950/1950ST: 00/07

Haineko parecia animada, muito mais ansiosa que o normal e não permitiu que o garoto continuasse seu estudos em paz por mais de cinco minutos sem interrompê-lo com algum comentário sobre as pessoas que poderiam encontrar, ou sobre a quantidade de comidas e especiarias que iria provar no festival de outono que acontecia naquela semana. — Tudo bem, Haineko, eu já entendi. Me deixa ler só mais meia hora e nós vamos, ok? — Disse o garoto tentando conter o sentimento de fúria que começava a crescer dentro de si. Se tem uma coisa que ele sempre detestou, é ser interrompido quando performando qualquer atividade que exija plena atenção, e principalmente quando essa é estudar.

O felino ronronou emburrado e rolou sobre a cama enquanto Haruka finalizava a leitura do último capítulo sobre as teorias por trás do Shosen no Jutsu. Estava preparado para começar a tentar? Não necessariamente, mas já tinha gravado tudo o que podia sobre aquela técnica em específico, assim como havia adquirido e renovado bastante conhecimento sobre anatomia e fisiologia tanto humana quanto animal. Estava certo que aquilo seria o suficiente para começar a parte prática de seu treinamento como ninja médico, visto que as disciplinas mais complicadas dessa área são apenas embasamentos teóricos para o desenvolvimento de medicações, antídotos, vacinas e venenos, coisa que ele ainda não estava preparado para tentar no momento e talvez nunca quisesse chegar a este nível de conhecimento.

— Ah, que preguiça. — Haru deixou o corpo pesar sobre a cadeira, forçando-se contra o encosto, os braços quase tocando o chão dos dois lados de seu corpo. — Não! Nem vem. Nós vamos no festival, levanta e vai tomar banho. — a gata retrucou, sentando-se na cama, como se tivesse algum poder sobre o garoto. — Eu sei, eu já disse que vou... Só não quero demorar. — Resmungou ao sair do quarto com a toalha sobre os ombros. Seria um banho rápido para não acabar voltando muito tarde.

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Emme

Última edição por Haruka em 26/2/2022, 18:24, editado 2 vez(es)

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Chūnin

26/2/2022, 13:32

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Nanao Fong:

Capítulo 2: Festival

StatusHP: 875/875CH: 1950/1950ST: 00/07

Acordou assustado, fazendo com que certo volume de água transbordasse da banheira para o piso, com pancadas fortes na porta do banheiro. — Oh garoto! Você disse que ia ser rápido! Eu já tô pronta! — a voz cantada de Haineko foi ouvida, ritmada com as batidas à porta. — Desculpa, eu acabei cochilando. — respondeu ele, apressando-se para sair do banho o quanto antes. havia dormido por quanto tempo? Dez? Vinte minutos? Não fazia a menor ideia, mas estava certo de que demorou mais do que esperava. Podia cancelar os planos com ela, né? — Nós temos mesmo que ir? — perguntou quando saiu do banheiro com a toalha enrolada na cintura. — É claro que sim. Você tem dezesseis anos, precisa sair, ver gente. — ela respondeu, já pronta. Havia usado um jutsu de transformação para assumir sua usual forma humana e trajava um quimono jamais visto por ele antes. — E também, eu não me arrumei toda assim pra ficara em casa. — completou, dando uma voltinha em torno de si para mostrar a roupa por completo. De fato, estava linda e Haruka tinha plena certeza de que teria homens aos montes dando em cima dela no festival. — Ah, para, isso é só um Henge. Você nem teve trabalho. — brincou ele, procurando algo para vestir no guarda-roupa.

(...)

— Yaaaay! Quanta gente! — Haineko exclamou alto, animada, comemorando com uma dancinha enquanto faziam o trajeto da rua principal do festival. Dos dois lados haviam barracas de especiarias com luzes e bugigangas por todo lado, além de alguns stands de jogos onde os mais jovens se reuniam, alguns espaço para bebidas onde aqueles com aparência marcada eram a maior parte do público. — Yay. — Haru respondeu, debochando, abanando as mãos no alto assim como ela havia feito. — Aqui, da umas voltas por aí, vou ficar na barraca de jogos. — ele entregou uma bolsinha de couro com alguns ryous para garantir a diversão de sua acompanhante, sabendo que ela gostava de exagerar com doces. — Mas, por favor, não demora. — pediu, frisando bem o "por favor". Haineko, saltou em seu pescoço em um abraço apertado de agradecimento e se apressou para a barraca de lula caramelizada mais próxima, deixando-o sozinho.

Aproximando-se da barraca de tiro ao alvo, notou a presença de dois antigos conhecidos — talvez amigos, Haruka nunca foi bom em rotular pessoas —, e resolveu puxar assunto. — Também quero jogar. — disse, ao parar ao lado de Lisa e Kai. Os dois pareciam bem mais próximos do que da última vez que os vira. Próximos de verdade e, de certa forma, aquilo incomodou o Fong. Estava interrompendo um encontro? A dúvida e tensão se dissiparam quando Lisa o abraçou forte, quase o derrubando.

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Emme

Última edição por Haruka em 26/2/2022, 18:23, editado 1 vez(es)

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Chūnin

26/2/2022, 17:39

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Nanao Fong:

Capítulo 2: Festival

StatusHP: 875/875CH: 1950/1950ST: 00/07

Foi inesperado, mas ele aceitou, é claro. Seus braços se enrolaram na cintura de Lisa e ele apertou. A sensação era boa, fazia quanto tempo que não via aqueles dois? Haruka não sabia dizer ao certo, mas com certeza foram mais de seis meses, quando fez sua última viagem para a vila de origem de seu falecido pai. — Quanto tempo! — sorriu, sincero. O plano é que o cumprimento de Kai fosse diferente, menos íntimo, o que impossibilitaria o constrangimento que estava sempre presente quando os dois tinham contato. Os dois apenas tocaram os punhos, mas Kai também o puxou para um abraço apertado. — Você some por meses e quando volta é assim que me cumprimenta? — perguntou ele, deixando de lado os discos que atirava aos alvos. — Nem foi isso tudo, foi? — se fez de desentendido pra afastar os corpos dos dois. — O que? Você desapareceu por sete meses! Isso porque disse que não ficaria muito tempo fora... — disse Lisa, assombrada com a falta de tato do amigo. — Não é por nada não, mas o Kai faltou botar um ovo quando recebemos sua carta explicando que ia ficar mais um tempo lá. — completou baixo, enquanto o outro lançava as argolas nos alvos a sua frente no jogo. Como sempre, a garota do trio empurrando um pra cima do outro, nada novo.

(...)

— Pois é, eu cheguei anteontem. — mentiu para se safar de uma briga que certamente aconteceria caso contasse a verdade sobre a data de sua chegada. Já iam fazer dez dias e ele andou tão deprimido que não avisou nenhum dos dois, ou sequer saiu na rua nesse meio tempo, aliás se não fosse Haineko ele ainda não teria saído e nem contado aos dois sobre o seu retorno. — An? Por que não nos avisou antes? A gente teria feito uma festinha de recepção... — disse Lisa, apressando o passo para parar na frente dos dois garotos. — Você é tão sem graça! — revirou os olhos. Ela estava certa. Desde o falecimento de seu pai, Haruka deixou de se abrir e de permitir que as pessoas se aproximem de si. — Yooo, Haruka-san! — Haineko se aproximou rebolando. — Já quer voltar pra casa, não é? — perguntou ela depois de ter cumprimentado os outros dois. Ela sempre teve um bom relacionamento com aqueles dois, mas nunca percebeu a tensão no grupo. — Na verdade sim. — ele respondeu direto. — É que preciso acordar cedo pra treinar, gente. — tentou se explicar quando viu as expressões de desapontamento nos rostos dos amigos. — Nós já nos acostumamos com isso, vamos Lisa. — Kai respondeu, visivelmente afetado. Lisa ainda tentou disfarçar dizendo que entendia os motivos de Haruka pouco antes de correr pra acompanhar o garoto de cabelos de fogo que já estava distante. Algo dentro de Haru se retorceu.

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Emme

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Haruka

Chūnin

26/2/2022, 20:00

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Nanao Fong:

Capítulo 3: O treinamento se inicia

StatusHP: 875/875CH: 1950/1950ST: 00/07

Naquela noite o garoto demorou a pegar no sono e não queria admitir o motivo, mas tinha plena certeza do que causou aquilo: o fato de Kai ter dito aquilo. A mais pura verdade é que os dois sempre tiveram um lance não verbalizado, um interesse no outro para além da amizade, mas jamais tiveram coragem para tomar qualquer atitude por medo de ir tudo por água abaixo. Apesar de Kai deixar claro, Haru nunca se tomou qualquer atitude por medo de perder o que eles vivem. E se fosse tudo um engano? E se ninguém sinalizasse nada e fosse simplesmente sua cabeça inventando sinais e sintomas para fazê-lo estragar a relação de amizade que já era estável? As inúmeras dúvidas mantiveram o garoto acordado praticamente a noite inteira, com alguns poucos períodos de cochilo, mas sempre acordava com pesadelos relacionados àqueles pensamentos.

Nos dias que se passaram Haruka tentou entrar em contato com Kai e recebeu a notícia de que o garoto havia saído em uma missão nas fronteiras e que provavelmente demoraria a voltar. Parte da tristeza do garoto se dissipou quando ele, finalmente, pode se ocupar quando sua mãe chegou da missão e deram início ao seu treinamento prático. Pela manhã, a conversa entre a mãe e o filho se estendeu por pouco mais que alguns minutos enquanto se alimentavam e, assim que acabaram, saíram de casa em direção a um dos maiores campos de treinamento de Konohagakure. Havia rochas pequenas, grandes, árvores, alguns arbustos e um grande rio cortando toda a paisagem. Ambos haviam feito um combinado durante o almoço: o treinamento iria para a próxima fase. Haruka já tinha uma grande base em conhecimento sobre anatomia e fisiopatologia, possuía seu conhecido excelente controle de chakra, e conhecia a base teórica por trás de diversos ninjutsus médicos, porém seu pai nunca havia a liberado para a execução de nenhum desses até agora. Sem demoras, ambos se sentaram à margem do rio. Nanao puxou uma kunai de sua bolsa de quadril e ofereceu uma escolha ao filho: ferir sua mão ou ferir um dos peixes que passava pelo rio.

Haruka sorriu ansioso e estendeu a mão pare receber uma kunai da mãe. Então ele pressionou com força a palma de sua mão contra o fio da lâmina. Uma careta de dor, um gemido abafado e o corte estava feito, com o sangue pingando no chão. — O que você fez? Eu disse que daria a minha mão. — o tom de voz da mãe era de preocupação, como se dissesse "não estou incentivando meu filho a se auto mutilar". Antes que ela começasse fazer um discurso ou reclamar demais, Haruka a interrompeu. — Eu já sei, mãe, mas preciso fazer isso. — se esforçava para não fazer careta enquanto falava. Queria demonstrar ser forte apesar de ter exagerado um pouco na profundidade do corte em sua palma, que agora latejava.

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Emme

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Haruka

Chūnin

26/2/2022, 21:36

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Nanao Fong:

Capítulo 3: O treinamento se inicia

StatusHP: 875/875CH: 1931/1950ST: 00/07

No momento seguinte, Haru começou concentrar seu chakra na palma de sua mão e tentar usar seus conhecimentos teóricos para dar propriedades curativas a ele ao menos para amenizar o sangramento que seguia sem parar. Logo de cara se deparou com um grande problema: a dor. Estar ferido e tentar infundir chakra era mais difícil do que controla-lo em perfeita saúde e integridade corporal. Começava se arrepender de não ter cortado a mão de sua mãe ou um dos peixes como ela havia sugerido, se o fizesse, concentrar-se e ter o controle facilitado de toda sua rede de chakra não seria um problema. Um minuto se passou. Dois. Três e Haruka desistiu de fechar o corte com suas habilidades médicas. Estancou o sangue utilizando o controle herdado de seu clã e continuou a tentar fechar o ferimento. No mesmo momento, ele enfiou a mão dentro do rio para lavar o excesso de sangue e a mancha vermelha logo se dissipou no grande volume de água fluente. Os peixes próximos se afastaram e o garoto pressionou o ferimento com a outra mão para estancar o sangue de vez.

— Existe algum caminho mais rápido? Alguma técnica que eu possa usar para conseguir dar propriedades curativas ao chakra comum sem precisar de tanta concentração? — perguntou enquanto ainda apertava o ferimento em seu palmo. — Necessidade. Esse é o segredo. — Nanao resumiu, breve. — Necessidade? — ele repetiu. — Sim. Se você tentar só porque quer aprender, demorará muito mais para conseguir algum resultado. O que você precisa é de "senso de necessidade". Você deve largar o ideal de "eu quero" e começar a se agarrar no "eu preciso". — Explicou, fazendo aspas entre algumas palavras de sua frase. — A primeira vez que consegui executar um ninjutsu médico, por exemplo, foi quando Haineko se feriu. Senti que eu precisava cura-la e isso vai muito além da vontade. — Finalizou. Aquela breve explicação deixou Haruka pensativo por alguns segundos, tentando processar tudo, até que conseguiu entender que seu desejo estava corrompido. Depois de seu fracasso no treinamento anterior ele não queria aprender os jutsus porque achava necessário e, sim porque queria mostrar pra todos que era capaz. Assim, sua própria mente a estava bloqueando, impedindo de controlar seu fluxo de chakra da forma necessária. Esse era o provável motivo dele não estar conseguindo realizar nenhum ninjutsu além dos básicos por cerca de uma semana.

Tendo internalizado isso, o garoto se levantou de súbito e começou a fazer selos de mãos. Era estranho como uma simples frase podia mudar o rumo de sua vida e aquela lição de sua mãe havia desbloqueado algo dentro de si. Podia sentir seu chakra fluir novamente, sua rede crescer e esticar, preencher e secar à sua vontade enquanto ele fazia os selos necessários para a execução de uma de suas técnicas favoritas. Direcionou e sentiu seu chakra se acumular nas palmas das mãos enquanto as movimentava, o incômodo gerado podia ser do acúmulo de energia ou simplesmente da carne de seu corte se abrindo e fechando ao movimento e, por fim, deixou todo o chakra concentrado nos pulmões escaparem para cima.

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Emme

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Haruka

Chūnin

26/2/2022, 23:07

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Nanao Fong:

Kai Hoki:

Capítulo 3: O treinamento se inicia

StatusHP: 875/875CH: 1931/1950ST: 00/07

Diversas bolas de fogo de tamanho pequeno foram lançadas para cima e depois de percorrer alguns metros se extinguiam, para a felicidade do garoto. Estava apto a executar suas técnicas outra vez, finalmente. Adeus bloqueio. — Obrigado mãe. — disse, eufórico e a mão voltou a sangrar. — Bem, eu não sei se entendi muito bem o motivo de estar me agradecendo, mas... Não há de que. — A morena respondeu e apertou os braços ao redor do corpo do mais novo, ele apenas sorriu em resposta. Sem dizer mais nada, Haruka uniu ambas as palmas em frente ao corpo, como em oração, e começou a concentrar enviar seu chakra naquela região. Quando julgou ser quantidade suficiente, o garoto separou as palmas e começou a liberar o chakra aos poucos. A coloração era um azul pálido, havia algo errado. Uma gota de suor escorreu em sua testa, apesar de não estar muito quente naquele dia e ele se concentrou ainda mais.

Um largo sorriso se formou em seu rosto quando ele viu a coloração de seu chakra mudar em contato com o ar. Passou do azul para o verde pálido e ele pode sentir o corte em sua mão formigar, como se alguém estivesse passando com uma pena sobre sua palma, mas era o ferimento de fechando novamente. Em um instante sua mão estava nova em folha. — Eu consegui! Eu finalmente consegui! — Berrou ele aos pulos de alegria, comemorando a recente vitória por conseguir algo que queria a tanto tempo. Finalmente executou um ninjutsu médico. Precisou de tempo e esforço, e ele ainda não dominava com perfeição, mas era um bom começo dessa nova fase em sua vida. Depois de muito comemorar, Haru continuou a conversar com sua mãe sobre o motivo de estar tão fechado e o que estava o bloqueando internamente.

O garoto passou o resto do dia praticando seu controle de chakra e a seu Shosen no Jutsu, até que conseguiu executa-lo com propriedade e sem tanto esforço, então, ao anoitecer, foram para casa. O resto da semana foi resumido neste mesmo treinamento: todos os dias após o almoço os dois iam para o campo de treinos onde Haruka se feria e se curava diversas vezes sob supervisão de sua mãe. Estava, realmente ficando bom naquele jutsu. Ao final do sétimo dia de prática, concluíram juntos que o mais novo havia dominado a técnica com perfeição, isso graças ao seu controle de chakra fora do comum entre os ninjas. Durante todo esse tempo, Haruka tentou contato com Kai e a resposta era sempre a mesma: está em missão. — Sem querer que você crie falsas esperanças, mas acho que você já está apta para trabalhar no hospital da vila, que seja como estagiária no setor de pequenos traumas. — Começou Nanao em um almoço naquela semana. — Vou me encarregar disso, procurar saber se existe a possibilidade, talvez assim você consiga se aperfeiçoar ainda mais e ter maestria na sua técnica. Claro, ainda precisa aprender mais técnicas e praticas mais. — Concluiu. — É sério? Acha que eu tô preparado pra isso? — ele perguntou com os olhos arregalados. — Bem, eu diria que sim, mas não se anime demais, ainda precisamos da resposta do diretor do hospital. — Respondeu categórica.

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Emme

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Haruka

Chūnin

27/2/2022, 01:21

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Nanao Fong:

Kai Hoki:

Capítulo 3: O treinamento se inicia

StatusHP: 875/875CH: 1931/1950ST: 00/07

Após aquele o almoço, Nanao voltou para o hospital para chegar um de seus pacientes que estava em observação. Um ninja que havia voltado de uma missão de espionagem muito ferido e precisou de uma cirurgia no abdome. Saber disso preocupava Haruka quanto a Kai que estava em missão a cerca de dez dias sem dar notícias. — É besteira, ele tá bem. — pensou alto, sorrindo, tentando se forçar a acreditar que aquilo era uma verdade. Haineko levantou uma orelha e olhou para o garoto que encarava a paisagem da janela de casa. — Do que você tá falando? — perguntou confusa, mas não teve qualquer resposta.

(...)

Já eram seis e meia e sua mãe ainda não havia chegado em casa, o que poderia ter acontecido? — Besteira, deve ter sido mais uma daquelas cirurgias de emergência. — a gata tentava, em vão, tranquilizar o garoto cuja cabeça estava a mil. Súbito, uma ave carregando um pergaminho pousou na janela da casa e Haruka recolheu o objeto. Ler aquilo só aumentou seu nervosismo. — Ela está me chamando para o hospital. Aqui diz que tem uma missão de máxima urgência pra mim. — disse, mostrando o pergaminho para o felino de pelo amarelo deitado no sofá da sala. — Eu vou lá ver do que se trata, tem como arrumar uma mochila de viagem pra mim? — pediu, e saltou a janela antes que a gata preguiçosa pudesse responder, soltando um "obrigado" distante enquanto saltava pelos telhados das casas vizinhas para chegar até o hospital no centro mais rápido.

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Emme

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Haruka

Chūnin

27/2/2022, 10:16

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Nanao Fong:

Kai Hoki:

Lisa Izuno:

Capítulo 4: Reforços

StatusHP: 875/875CH: 1931/1950ST: 01/07

Haruka saltava por entre as árvores, enquanto corria a toda velocidade na direção marcada no mapa, enquanto Haineko descansava em sua grande bolsa lateral que carregava apenas uma barraca de camping e a gata. Todas suas armas estavam na bolsa ninja presa a sua cintura, como sempre. Se continuassem naquele ritmo chegariam na fronteira em dois dias, já contabilizando cinco horas de descanso à noite e algumas paradas para alimentação. A viagem foi cansativa, é claro, e quando a noite chegou o garoto acampou no meio da floresta e dormiu enquanto a gata vigiava tudo já que havia passado a maior parte do dia dormindo em sua bolsa.

Pela manhã, continuaram o percurso, apressando o passo um pouco mais para chegar antes do anoitecer e foi exatamente isso que aconteceu. Por volta das dezessete horas do dia seguinte chegaram na área demarcada no mapa, mas não havia nada ali. — Tem certeza que não confundiu o mapa? — Haineko perguntou, ao saltar da bolsa para o chão. — Sim, eles disseram que era aqui. — mal fechou a boca e ouviram barulhos de aproximação, mas não tiveram tempo para qualquer reação. Estavam cercados por três ninjas e dentre eles estava Lisa. — Haruka-san, o que faz aqui? — ela perguntou confusa, saindo de sua posição de suspeita. Olhando ao redor, o garoto pode reconhecer os outros dois homens que fechavam o triângulo ao seu redor. Eram Yukio e Renzou, ambos do time treze, o de Kai, mas ele não estava ali. — Foram vocês que pediram reforços? — perguntou, receoso. Por que só eram eles?

Informações:

Emme

Ficha de Personagem :

Gestão de Fichas :

Haruka

Chūnin

27/2/2022, 11:46

Informações Prévias:

Nanao Fong:

Kai Hoki:

Lisa Izuno:

Capítulo 4: Reforços

StatusHP: 875/875CH: 1931/1950ST: 01/07

A garota pareceu confusa com a resposta do amigo. Eles solicitaram auxílio médico, não forças de combate. — Sim, mas nós pedimos auxílio médico. — disse ela, aproximando-se de Haruka. — Sou eu. Quem está ferido? — perguntou, sem querer saber a resposta. Da equipe somente Kai não estava ali, então só podia ser ele. — Vem com a gente. — ela respondeu e foi seguida por Haruka e os outros. Alguns metros a frente, ela fez alguns selos de mão e uma rocha arredondada se moveu para o lado, revelando a entrada de uma caverna bem iluminada por uma fogueira e alguns organismos bioluminescentes presos ao teto. Na parte mais distante havia uma nascente que formava um pequeno lago com menos de um metro de diâmetro antes de correr para fora através de algumas cavidades baixas nas paredes.

Aconteceu exatamente o que ele temia: Kai estava deitado ao lado da fogueira com algumas bandagens ensanguentadas de um curativo mal feito ao redor das costelas e abdome. Preocupado, Haru se aproximou e despencou sobre os joelhos ao lado do corpo ferido para avaliar sua situação antes de iniciar um possível tratamento. — O que aconteceu? — voltou-se para os outros membros da equipe, procurando respostas. Kai estava queimando de febre e tremia muito, o que podia ser devido a uma infecção nos ferimentos em seu tórax, ou envenenamento. — Ele se infiltrou no vilarejo sozinho para recolher informações, mas foi descoberto. Chegou aqui quase morto e nós tentamos da um jeito nas feridas até que o socorro chegasse. — ela respondeu chorosa, mas aquela resposta não sanava nenhuma das dúvidas de garoto em relação ao diagnóstico do caso.

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Emme

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Haruka

Chūnin

27/2/2022, 13:52

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Nanao Fong:

Kai Hoki:

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Capítulo 4: Reforços

StatusHP: 875/875CH: 1688/1950ST: 02/07

Sem qualquer resposta concreta sobre as origens dos ferimentos de Kai, Haruka teve que começar o tratamento da forma que pode. — Eu preciso de água aqui do meu lado, peguem pra mim. — disse, sem demoras, enquanto concentrava seu chakra nas mãos para a formação de um bisturi que cortou as faixas que cobriam todo o torso do garoto, o que revelou uma ferida pequena, mas profunda nas costelas. As bordas estavam altas e muito mais escuras que o resto da pele, mostrando o avanço rápido de uma infecção local. — Lisa, me ajuda com isso. Na minha bolsa tem alguns medicamentos e bandagens novas. — pediu assim que os outros dois voltaram com água em cuias.

O sangue já havia estancado, mas se mantinha emplastado na ferida, sem limpeza, por isso Haruka começou usar a água e algumas bandagens para retirar o excesso. O procedimento acabou acordando Kai, que não disse uma palavra sequer, apenas se contorceu de dor. — Kai! Kai! Para! — parou de mexer na ferida para chamar atenção do garoto. — Vai ficar tudo bem, eu só preciso que você fique parado enquanto eu dou um jeito nisso. — disse Haruka, tentando se manter contido diante da situação. Havia começado o treinamento como iryonin a pouquíssimo tempo e jamais participou de uma cirurgia ou procedimento como aquele com posição médica e não de observador. — Mas dói tanto. — o garoto respondeu com a voz fraca e ofegante. — Vai ficar tudo bem... — disse, apoiando a mão esquerda na testa suada do outro e olhando em seus olhos para lança-lo em um genjutsu.

A visão escolhida por Haruka foi uma feliz, onde os dois colocavam o assunto em dia sobre todo aquele tempo em que estavam sem se falar, sentados no mirante de Konoha. Sua intenção não era ferir ou incapacita-lo, mas deixa-lo calmo e inerte enquanto realizava os procedimentos de cura, entretanto sabia que ele não conseguiria quebrar a técnica ilusória nem se quisesse.

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Qualidades:

Jutsus Usados:

Explicação dos Gastos:

Emme

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Haruka

Chūnin

27/2/2022, 15:22

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Capítulo 4: Reforços

StatusHP: 875/875CH: 1688/1950ST: 02/07

Quando o corpo de Kai relaxou com ele preso no genjutsu, Haruka secou o fino filete de sangue que escorreu em sua face pelo uso da kekkei genkai e voltou a se concentrar na limpeza e cura do ferimento. — Tudo bem, foi só pra ele dormir. — tentou tranquilizar Lisa que parecia atônita sem entender o motivo dele ter lançado um genjutsu ao invés de proceder com o tratamento. — Vou precisar cortar... — pensou em voz alta quando a ferida estava, finalmente, limpa. Concentrando-se com o bisturi de chakra no fio mais fino possível, ele começou fazer uma incisão na pele morta ao redor da ferida, abrindo-a mais um pouco. Do jeito que estava só dificultaria o processo curativo, então essa foi mesmo a melhor solução que encontrou: arrancar todos os tecidos mortos ou em processo de necrose e curar a ferida a partir disto.

Logo em seguida o chakra em suas mãos tomou propriedades curativas, recebendo a conhecida aura verde que circundava as mãos do Fong como uma bolha curativa, e o processo de recuperação se iniciou. Sob suas mãos, Haruka podia sentir o estímulo atingir as células na parte mais profunda do ferimento e ele fechar aos poucos. Não seria rápido como queimaduras simples ou cortes superficiais, mas estava funcionando, isso que importa. — Preciso que façam uma haste de suporte com o que puderem. E ele vai precisar de algo pra comer quando acordar. — pediu, sem perder a concentração em sua tarefa principal. — Lisa, você pode cuidar disso?

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Emme

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Haruka

Chūnin

27/2/2022, 17:43

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Nanao Fong:

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Lisa Izuno:

Capítulo 4: Reforços

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A garota de cabelos prateados realizou alguns selos de mão e moldou a terra ao seu redor. Primeiro para levantar a a parte onde Kai estava como uma maca, e depois para criar uma espécie de suporte assim como foi solicitado por Haruka. — Obrigado, Lisa-san. — agradeceu, finalizando o processo de cura em seguida. A ferida demorou, mas foi fechada com sucesso. No fim das contas, não havia motivos para duvidar de si, afinal. Com uma mão na testa de Kai, Haruka o liberou do genjutsu que ele mesmo havia lançado, o trazendo de volta para para o mundo real.

Kai abriu os olhos com esforço e torceu o nariz com uma careta de dor devido ao procedimento realizado há pouco. — Ainda se sente mal? — perguntou Haruka, o ajudando a se sentar sobre a maca improvisada. — É... Você fez um bom trabalho. — respondeu, tocando o lugar onde antes existiam ferimentos e contorceu os lábios em uma careta de dor. — Kai-kun! — Lisa se jogou sobre o garoto, enrolando seu pescoço entre os braços e ele gritou de dor. — Lisa! você vai abrir os ferimentos outra vez. — Haru a repreendeu e a garota se afastou mais uma vez. — Pega uns analgésicos na bolsa, por favor? — disse, apontando para a bolsa próxima à fogueira. — E um chá. — Kai concluiu fazendo beicinho para a garota, sabia que ela não resistiria.

Lisa se afastou pra buscar água na nascente e fazer o chá enquanto Haineko fazia companhia aos outros dois membros da equipe, opinando em suas estratégias para a conclusão de sua missão, apesar de não fazer parte desta. — Deixa eu dar um jeito nisso. — pediu, tenso. Em seguida, Haruka pegou um frasco de unguento em sua bolsinha de lado e se posicionou atrás do Hoki para começar espalhar sobre a fina linha deixada onde estava um ferimento anteriormente, para impedir de abrir mais uma vez caso Lisa resolvesse saltar sobre ele de novo. O silêncio tomou lugar por muito tempo, enquanto o garoto enrolava bandagens sobre o unguento para mantê-lo ali por mais tempo, além de evitar reinfecção da ferida. — Por que você me fez viver aquilo no genjutsu? — Kai quebrou o silêncio com uma pergunta difícil de ser respondida. — Eu... — suspirou após uma longa pausa. — Me desculpa. — a voz soou fraca, distante e arrependida. — Eu não tinha esse direito.

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Emme

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ItsHalno

Tokubetsu Jonin

27/2/2022, 19:58

Ficha de Personagem :

https://www.narutorpgakatsuki.net/t76557-ficha-nora-kumori

Gestão de Fichas :

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