O jovem Kamizuru havia recebido dois pergaminhos contendo detalhes das missões que lhe foram atribuídas. No pequeno e quase abandonado complexo de seu clã o Genin refletia um pouco sobre as duas tarefas e relia os pergaminhos com intuito de não deixar nenhum detalhe escapar, afinal, eram missões simples mas ainda sim eram missões que precisavam ser executadas da melhor forma possível, a excelência era algo que buscava em tudo que fazia e não seria diferente em missões D. ”Cuidar de uma floricultura enquanto a kunoichi responsável está fora em uma missão… E a outra é ajudar em algumas reformas pela vila… Não é difícil.” Analisou, fechando os pergaminhos e colocando na bolsa ninja amarrada em sua cintura.

Isao pegou todas as ferramentas ninjas que cabiam em sua bolsa e levou consigo, algumas kunais, shurikens, bombas de fumaça e luz e também alguns selos explosivos. ”Estou pronto…” Concentrou o chakra nas pernas e saltou para fora do complexo realizando o jutsu de deslocamento rápido. Decidiu que iria para a floricultura, era a prioridade.

Quando chegou na floricultura a kunoichi já havia saído a algum tempo para a viagem e uma parente sua estava tomando conta até a chegada do Kamizuru. - Demorou hein garoto. Disse a jovem em um tom agressivo, as palavras e o tom da mesma irritou o Iwanin. Apresentou-se no horário marcado no scroll, e argumentou nesse sentido mas a jovem apenas esquivou-se do argumento dizendo que era para ele estar ali para abrir a floricultura.

Estava visivelmente irritado, porém, respirou fundo e contou até três mentalmente. - Peço desculpas. Por favor, deixe-me assumir daqui. Foi tudo que se limitou a dizer.

- Então já sabe o que precisa fazer? Ótimo. Respondeu rispidamente a garota.

- Não presumi que já sei o ofício de vossa família, apenas… Mas a garota entregou o avental para o rapaz e foi embora, entregando as chaves para ele e pedindo que fechasse a loja para o almoço e que deixasse num local específico para que ela, ao voltar de suas obrigações no período da tarde, pudesse assumir novamente a loja.

O Genin vestiu o avental e foi até o balcão, pegou uma vassoura e começou a varrer o local e espanar as prateleiras e mesas com um espanador. O dia estava ainda para começar de fato e nenhum cliente havia se apresentado até então, dessa forma, decidiu continuar a faxina e arrumação do local. Em duas horas de “expediente” nenhum cliente o que permitia o rapaz fazer uma limpeza pesada que deixou o local “um brinco”. ”Que loja mais morta…” Pensou, enquanto arrumava a posição das flores e das plantas. O Iwanin aproveitou o momento para decorar alguns nomes de plantas associando a sua cor e aparência, tomou algumas notas em uma caderneta que estava embaixo do balcão. ”Vou pesquisar sobre essas plantas depois, talvez encontre algo útil como uma flor medicinal ou algo do tipo.” Decidiu.

Quando o primeiro cliente chegou, Isao a atendeu, separando um buquê de tulipas azuis e amarelas para a moça. O buquê foi amarrado com um fitilho, o dinheiro foi cobrado e colocado na caixa registradora. Depois mais um cliente, e outro e outro. Pouco a pouco a loja ia sendo preenchida de movimento mas nada que o rapaz não conseguisse lidar sozinho. Quando chegou o horário de almoço Isao fechou a loja deixando o aviso de retorno em breve e depositou a chave no lugar requisitado pela moça que iria cuidar da loja no período da tarde e foi embora.

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Isao estava em um canteiro de obras de Iwa em que inúmeros homens e mesmo mulheres estavam trabalhando para erguer um prédio de três andares que fora danificado recentemente. Os trabalhadores estavam sempre com as mãos ocupadas, indo para lá e para cá com materiais, executando suas atividades de forma que somente um mestre de obras ou engenheiro saberia organizar, todavia, para o Kamizuru, aquilo era uma bagunça.

O rapaz se apresentou numa pequena tenda que estava surpreendentemente organizada, repleta de “blueprints”, réguas, compassos e inúmeras ferramentas de cálculo e de desenho, tudo isso era necessário para calcular exatamente o que precisava ser feito para o prédio não desabar por falha técnica. ”Se é para desabar que desabe por causa de guerra, não por causa de erro de cálculo né?” Comentou mentalmente.

- Você é o Genin que nos enviaram, huh? Disse o engenheiro daquela obra.

- Sim, senhor! Respondeu rapidamente e retirando o pergaminho da missão da bolsa ninja, entregou-o ao homem que logo o abriu para lê-lo.

- Certo, certo… Muito bem, até o final da tarde você é nosso. Disse enquanto remexia alguns papéis na sua grande mesa de madeira. O interior da tenda era quente e abafado mas protegia da poeira e dos ruídos que uma obra como aquela causava. - Estamos precisando de carregadores para levar os materiais até onde precisam ser levados. Depois disso, preciso que você vá até essa loja para comprar esses materiais da lista. Informou, entregando um papel dobrado com inúmeros materiais nela.

- Certo! Respondeu de forma incisiva e então saiu da tenda.

O Kamizuru pegou um carrinho de mão e começou a colocar diversos materiais até enchê-lo ao máximo. Graças a rotina de treinamentos que o rapaz estava fazendo, conseguiria suportar o peso adequadamente, portanto, transportar os materiais não seria um desafio. O transporte de materiais era algo essencial para manter cada parte do canteiro de obras abastecido com os materiais e ferramentas, caso contrário, as obras demorariam muito mais para serem finalizadas e com o risco de ficarem paralisadas.

Após realizar as entregas, Isao partiu para comprar os novos materiais mencionados em algumas lojas da vila. ”Espero que esse dinheiro dê conta de todos os materiais.” Pensou o jovem que estava um pouco preocupado com o valor dos materiais. O Iwanin descobriu amargamente que o dinheiro cedido pelo engenheiro não seria suficiente caso incluísse a entrega por parte das lojas, dessa forma, ele teria que comprar os materiais para retirar e ele mesmo entregar no canteiro de obras. Só no final da tarde o rapaz iria terminar essa tarefa que a princípio parecia simples e rápida. ”Safado, ele sabia que o dinheiro não era suficiente para incluir as entregas das lojas.” Observou.

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