Pelo visto, o dia seria longo para a jovem Kanie. Logo após retornar ao gabinete e entregar o resultado de sua missão anterior, recebeu uma nova tarefa. Para sua sorte, desta vez não precisaria ir muito longe. O trabalho deveria ser realizado dentro dos limites do vilarejo. Nesta nova missão, outra busca por um animal: um touro havia sido solto acidentalmente e passeava pela vila como se mandasse no lugar. Apesar de não apresentar nenhum risco a população, o animal era extremamente arisco e deveria ser capturado sem causar nenhum ferimento ao bicho, uma vez que se tratava de uma criação para exibições.

Mais uma vez, a posição do animal era desconhecida e exigiria o emprenho da kunoichi para encontrá-lo. Dessa forma, Azusa procuraria pelo interior de Kumo por qualquer pista que a levasse a encontro do animal ou perguntaria as pessoas que encontrasse pelo caminho se possuíam alguma informação, tal como a cor de seus pelos. Contudo, diferente do último bicho que buscava, sabia as exatas características de um touro.

Enquanto realizava sua procura, a todo instante levaria a mão ao bolso traseiro para pegar algum doce de forma a saciar seu vício. Não se importava muito com o tipo de doce que pegasse, tanto que mal olhava para embalagem antes de abri-lo. Como ela sempre diz: quanto mais, melhor. Além disso, caso encontrasse, procuraria munir-se com uma corda ou um cabo para que pudesse prender o touro.

Considerações:

Os moradores locais com os quais a kunoichi conversou, olhavam-na com uma expressão estranha, muito provavelmente pela quantidade absurda de doces que a jovem consumia. Mas, claramente, ela não se importava com isso, até chegava a oferecer os doces àqueles que fossem mais gentis. Mas, como diz o ditado, “quem tem boca vai a Uzu”, os questionamentos sobre o paradeiro do touro, criaram uma espécie de trilha a ser seguida. O rastro era de destruição e furtos de legumes e frutas, no entanto, sem feridos. Com o tempo dos ocorridos diminuindo, era questão de minutos até que o animal fosse encontrado.

Diante de uma grande comoção recente, onde alguns mercadores recolhiam seus produtos que foram derrubados de suas estantes, e alguns civis pareciam estarem um pouco assustados em busca de abrigo,  Azusa deparou-se com uma criatura gigantesca, encarando-a, a cerca de 50 metros de distância, no outro lado do quarteirão. “Ai está você!”, exclamou mentalmente. O touro, após sentir o movimento da presença da Kumo-nin, partiu em disparada, à uma velocidade absurda em direção ao centro da vila, obrigando os moradores que estavam pelo caminho a pular para os lados para sair da frente do animal.

Imediatamente, a kunoichi realizou uma breve sequência de selos de mãos e deixou com que uma série de correntes elétricas corressem pelo seu corpo, concedendo-a uma aumento momentâneo de velocidade (Raigeki no Yoroi). Após balançar as pernas rapidamente, para ativar a musculatura, seguiu atrás do animal, valendo-se do máximo de seus atributos físicos.

“Por ai não… por ai não…”, dizia. Sabia que na região para a qual o touro seguia, estava acontecendo um pequeno festival, com exposição de várias obras de artes que poderiam ser facilmente destruídas pelo touro. Precisava pará-lo antes disso. Mesmo com sua velocidade elevada ao limite, não era rápida o suficiente para alcançar o animal. Por sorte, havia um atalho pelos becos que criavam um caminho bem mais rápido até a exibição. Kanie não pensou duas vezes em utilizá-lo e procurou interceptar o touro antes que ele chegasse até lá.

Caso tivesse sucesso em interceptar o animal, Azusa utilizaria o Kanashibari no Jutsu contra ele, com a intenção de tentar prendê-lo na técnica. Após isso, procuraria por uma corda ou cabo reforçado para que pudesse prender o touro e mantê-lo sob controle. Dessa forma, com o animal preso, iria liberá-lo do jutsu e tentar guiá-lo para o local de onde não deveria ter escapado. Se fosse necessário, jogaria periodicamente um de seus doces para distraí-lo e tentar evitar que ele tentasse correr novamente.

Considerações:

Apesar de não ser capaz de acompanhar a velocidade do touro por si só, a kunoichi contou com a sorte de encontrar alguns atalhos que permitiram com que ela chegasse a tempo de ver o animal correndo em sua direção. Esse, ao deparar-se com a garota, estava pronto para pular sobre ela e levar tudo a sua frente. Contudo, não contou com a técnica que deixou-o totalmente paralizado.

A besta encarou-a com uma expressão clara de irritação. Azusa mal pode conter a risada com aquela cena, porém, não perdeu tempo e logo laçou o touro que derreteu-se em amor pela jovem ao receber alguns mimos feitos de açúcar. Apesar do ciúmes por estar perdendo suas guloseimas, a Kumo-nin continuo a entregá-los para manter o animal pacífico. Dessa forma, seguiria até o local onde o dono deveria estar e, assim que o encontrasse, entregaria a posse do touro.

Após entregar o animal, esperaria alguns breves minutos para recuperar o fôlego e, então, seguiria até o gabinete para reportar a conclusão de sua tarefa. Desta vez, com um imenso desejo de que não recebesse uma nova missão. Precisava descansar e, sem dúvidas, tomar um bom e quente banho. Aliás, antes de retornar para sua residência, passaria em alguma loja para renovar seu estoque de doces com o salário que receberia pelos serviços.

Considerações: