- Enfim, eu havia me libertado das correntes que prendiam naquela maldita vila fétida. Capacitado o suficiente para deixar os portões de Kirigakure sem ser ao menos percebido, tracei meu caminho em meio a interminável névoa do país, onde acabei por me estabelecer em uma pequena vila local. Nela, acabei por conhecer um outro fugitivo de mesmo nível que eu, que parecia estar interessado em minhas capacidades. Nós não nos conhecíamos e eu não tinha o mínimo interesse em fixar qualquer tipo de laço com ele. Aproximando-se de mim, o infante criminoso pediu que eu cometesse um furto em uma loja de iguarias que se encontrava próxima, pois tinha interesse em vender os pratos mais caros de lá por um valor acima do preço de mercado para outros bandidos famintos que pudesse encontrar no caminho. Com o capuz sobre meu rosto, simplesmente acenei em sinal de concordância e segui meu caminho até a loja.

— "Vou terminar rápido com isso. Creio que eu seja veloz o suficiente para cuidar deste assunto, então não vou me preocupar tanto com isso. Só espero conseguir ficar escondido por bastante tempo...Tenho planos para brincar um pouco mais nesse vilarejo imundo, repleto de vermes. É muita comida reunida....Com certeza eu tirei a sorte grande." — Pensei, observando as pessoas ao redor enquanto passava a língua e meus lábios, delirando com o futuro onde poderia devorar cada segmento de carne de seus corpos.

Em seguida, observei o movimento da loja e esperei que os clientes se juntassem mais no interior do estabelecimento. Aproveitando a alta de pessoas presentes do local, invadi o mesmo e me esgueirei entre os civis, tomando com minhas próprias mãos os itens de maior importância. Não apenas isso, mas com uma kunai em mãos, cortei vários dos presentes, com o intuito de expulsá-los de meu caminho. Após o veloz furto, fugi da cena do crime, a fim de retornar para o outro vagabundo o quanto antes. Assim que o fiz, o mesmo agradeceu-me pelos serviços, me entregando o dinheiro e saindo do local com os itens em mãos. Suspirando, guardei a kunai na bolsa de armas novamente e me afastei, desaparecendo entre os becos escuros do vilarejo.

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- Algumas se passaram desde o meu primeiro crime, e para falar a verdade, eu estava louco para continuar essa onda de atentados contra a ordem pública. Com uma kunai em meu palmo destro, deixei o esconderijo improvisado, e fui me encontrar com o mesmo vagabundo de antes, o qual acabou me fornecendo a informação de onde se escondia.

— "Aê mané! É o seguinte, papo reto menor: Quero que cê apague esse bundão aqui, sacou? Mete a faca nele, deixa sobrar nada! Vai rolar uma grana preta aí no meio, morou?" — Ele disse, levando um cigarro até sua boca.

Aquele cara me dava nojo. Sua barbaridade combinada com seu jeito de falar completamente ignorante e patético destacavam o quão inferior a mim aquele infeliz era. Talvez eu devesse matá-lo também, mas eu precisava fazer algumas coisas antes de pôr fim a paz deste vilarejo. Por conta disso, acabei por acatar com esta missão, direcionando-me até o beco onde este rival se encontrava. O homem estava sem camisa, com drogas em sua mão. Ao perceber minha presença, levantou-se com um susto, sacando uma longa Tõken. Porém, antes que pudesse ao menos piscar, avancei com um ataque certeiro, rasgando sua garganta com um único corte da Kunai, ocasionando em sua morte. Aproveitei do momento para saciar minha incontrolável sede de sangue, levando minha boca até a garganta ensanguentada e rasgada do sujeito, a qual fiz questão de triturar com meus próprios dentes, devorando a sua carne em meio a gargalhadas psicóticas. Quando me desse por satisfeito, simplesmente lamberia o sangue ao redor de meus lábios e daria as costas, a fim de retorar para a posição do vagabundo contratante. Com o relatório, fui por mais uma vez elogiado e pago. O primeiro...De muitos assassinatos. Aquele crime marcou o nascimento de um demônio.

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