O que poderia unir mais uma família do que acampar? Kaden e Hina combinavam de levar os seus filhos para a floresta, ainda que um pouco distante do centro de Konoha, para passarem um final de semana acampando, assim poderiam se desconectar de todos os problemas existentes na vila. Seria um final de semana deles e só deles, por isso a família do Hokage saiu cedo de casa, lá pelas nove da manhã, levando todos os itens que viriam a ser necessários naquela viagem. O dia estava lindo, com um Sol que prometia brilhar durante todo o dia.

A viagem durou pelo menos quase três horas, pois incluía muitas paradas para hidratar os filhos e alimentá-los. Assim que encontraram um ponto estratégico para ficarem, Kaden e Hina não tardaram em montar a grande barraca, onde todos dormiriam juntos, enquanto as crianças ficavam brincando ao redor, sem sair das vistas dos pais. Demoravam menos de 30 minutos para armarem tudo, graças a experiência de Kaden, que já tinha feito muito aquilo quando era mais novo. – Você é realmente muito bom nisso, meu amor. Não concordam comigo, crianças? – perguntou Hina, e os mais velhos logo responderam “SIM!” em uníssono, enquanto o mais novinho, num balançava as perninhas e os bracinhos no bebê conforto.

- Acho que já bebemos a água quase toda no meio do caminho, vamos precisar abastecer. E também precisaremos de comida. Já volto. – avisou o patriarca, não demorando para pegar os cantis de água e uma cesta, seguindo até uns 300 metros de distância, onde um rio cortava a floresta. Sabia que haveriam muitos peixes ali também, e poderia pegar alguns. Precisaria de pelo menos umas cinco tentativas para conseguir pegar pelo menos oito peixes, arremessando as suas kunais e shurikens nelas, tomando o devido cuidado para recolher todas elas. Assim que Kaden chegou com a cesta cheia de peixes e os cantis pesados, as crianças rapidamente comemoraram o êxito do pai.

- Amor, vigia as crianças, pois preciso pegar alguns gravetos e galhos para fazermos a nossa fogueira. – pediu Hina. – Tudo bem, mas leve isso. – pegou uma kunai. – Se acontecer algo, use o nosso sinal. – avisou o Hokage, observando a loira passar os braços por sua nuca e lhe dar um beijo demorado, um que ele não recusava. - Você é um marido muito cuidadoso, sabia? E um pai melhor ainda! – disse sorrindo, se afastando e fazendo um sinal para as crianças de que já voltava, saindo para pegar todos os itens inflamáveis que a natureza pudesse lhes oferecer.

Hina acabou saindo para caminhar e pegar as coisas, enquanto Kaden se levantou e rapidamente criou um clone de sombras, que ficou sentado no tronco ao lado onde estava o bebê conforto. – Meu clone ficará aqui com vocês, e eu deixarei essa kunai aqui. – fincou uma kunai em um galho perto das crianças, que observavam o pai se afastar lentamente. – Se alguma coisa acontecer, eu voltarei correndo para protege-los. – prometeu, e assim deu meia-volta para procurar por troncos mais fortes, para que assim pudesse ajudar a esposa a construir a fogueira perfeita, que iria aquecer toda a família.

O clone ficaria lá por duas razões: proteger as crianças e também tirar os ossos dos peixes, afinal não queriam ter que estragar a viagem por causa de um osso entalado na garganta, que poderia ser mais mortal do que se poderia supor, principalmente para as crianças.

[...] Depois de uma hora de espera, o Hokage e Hina finalmente voltaram para o local, vendo o clone se desfazer, tendo cumprido bem a sua tarefa, deixando todos os itens necessários no chão. Kaden recebeu a kunai de volta da esposa, depois pegou a sua fincada na árvore. – Vamos começar a trabalhar. – sussurrou, montando uma fogueira que pudesse ser alimentada a noite inteira. Demorou um bom tempo para construir, mas antes que o Sol anoitecesse, a estrutura da fogueira já estava pronta, faltando apenas um único detalhe: o fogo.

Kaden rapidamente concentrou chakra na palma da sua mão esquerda, fazendo uma pequena bola de fogo e a lançava contra as folhas secas, que se tornavam o combustível para aquelas chamas. Quando a fogueira foi acesa, não demorou muito para que as crianças ficassem maravilhadas com o ato. E foi assim que todos foram para a fogueira, colocando os pedaços de peixe nos gravetos e levando para perto da fogueira, assando-as.

- É muito bom poder sair do escritório e passar um tempo com minha esposa e minha família. Me sinto revigorado, pronto para encarar novamente os desafios que me esperam em Konoha. Eu espero que possamos fazer isso mais vezes, para que nossos laços como uma família só se fortaleçam. – disse o Hokage. – Um dia, quando tudo estiver mais calmo e meu posto tiver um sucessor, todos nós iremos passar um tempo em Amegakure no Sato, junto com a família da vovó. Veremos a chuva cair todos os dias e buscaremos ajudar as pessoas que vivem lá. – prometeu Kaden, querendo mais do que tudo manter aquela promessa.

- Mas dá pra jogar bola lá, papai? Não quero ir para um lugar onde não dê pra jogar bola. – reclamava Kaname, o filho mais velho, que mais se parecia com o pai do que todos os outros, a não ser pela alegria e a maneira extrovertida de ver a vida, que se parecia muito com a da sua mãe. – Sim, meu filho, existem lugares lá para se jogar futebol, pelo menos era assim que sua avó contava. Lugares fechados, onde as crianças podiam brincar a vontade. Aposto que devem ter muitas coisas boas lá. – sussurrou, ao ver que os seus peixes já estavam assados, partindo para a “ação” e comendo os pedaços quentes.

- Cumê peixin, papai! – dizia Hinata, com um grande sorriso no rosto, saindo do lado da mãe e caminhando para o colo de Kaden, se sentindo protegida nos braços do seu pai. – Quer um pedaço, hm? – tirou um pedaço da carne do peixe e colocou perto da boca da filha, levantando a mão só para brincar com ela, vendo-a morrer de rir. – Tem que ser mais ágil, ou então a oportunidade escapará das suas mãos – sussurrou, ensinando uma lição valiosa para ela, ainda que num momento de descontração.

A noite seguiria bela, e aquela família, hidratada e bem alimentada, passariam o resto da noite observando as estrelas, até que elas lhes roubassem a imaginação e lhes brindassem com o sono gostoso, acompanhado do som dos animais e das folhas sendo balançadas pelo vento fraco que soprava na região. No meio do turbilhão de emoções que era a vida de um Hokage, Kaden era presenteado com um dia divertido...