《 CH: 45OO/45OO ◬ HP: 46OO/46OO ◬ FOR: OO/O4 ◬ VEL: OO/O5 ◬ ST: OO/O7 》

Um casal de namorados voltava da pracinha de madrugada, com os braços entrelaçados, planejando voltarem para a casa dele. Eles andavam rindo, pois estavam um pouco alterados por conta da quantidade de sakê que tinham tomado. Não estavam inconscientes, mas estavam bem... Alegres. O rapaz, um pouco mais alto e mais velho, usava os trajes do clã Yamanaka, com o brasão da família nas costas. No caminho, ele mexia com a menina e lhe fazia cócegas. - Realmente, nós bebemos além da conta hoje, Amaya. Vamos ter que tomar muito chá amanhã de manhã. - disse brincando, dando pequenos beliscões em sua barriga, beijando o seu rosto e o seu pescoço algumas vezes, sem malícia. A garota ficava toda derretida com o jeito meigo e protetor dele. - Você é um anjo, mas quem é que vai fazer chá para nós, hm? Afinal, você não consegue beber direito, e acaba ficando todo malzinho no dia seguinte, I-chi-yo! - disse a garota, silabando o nome do namorado e apertando o seu nariz, não conseguindo parar de ficar com as bochechas coradas. - Ei! Eu sou muito forte, sabia? E pode ficar tranquila, pois eu vou fazer chá para você. - ele aproximou a testa da amada. - Pra sempre... - sussurrou só para ela, num momento carinhoso, onde havia troca de olhares, cumplicidade e o mais nobre dos sentimentos... Amor.

Foi quando três homens sairam de um beco, encurralando o casal. - O que faz acordado a essa hora, hein Yamanaka? Esse cara está te incomodando? - perguntou um deles, um cara de estatura mediana e bombado. A garota respondeu que não, mas nem isso tirava o sossego do casal, pois o rapaz mais alto e magro, com toca na cabeça. - Ele está controlando a mente dela com os seus jutsus. Tá na cara isso! - acusou, deixando Ichiyo nervoso, mas ainda assim tentava manter a calma diante daquele momento. - Senhores, nós namoramos faz uns seis meses. Estamos indo para a minha casa, para descansarmos. Com licença... - pediu para passar, mas os caras entraram na frente, impedindo a sua passagem. Era óbvio que as coisas não seriam tão fáceis assim. - A garota pode ir, mas você fica. - disse o rapaz branco e careca, fitando Ichiyo, quando o bombado rapidamente o interrompeu, já puxando uma kunai do bolso. - Ela pode ir é o caralho! Vamos quebrar os dois na porrada! - o cara mais alto exaltou-se.

- AMAYA, FUJA! - como um ninja de rank Chuunin, Ichiyo foi habilidoso o bastante para dar um soco no estômago do cara bombado, enquanto a namorada corria como podia, enquanto o rapaz enfrentava aqueles ninjas com a própria kunai. Ichiyo tentou tecer selos manuais, tentando criar um selamento que prenderia todos os três no mesmo lugar, mas não demorou muito para que dois caras aparecessem por trás dele, puxando os seus braços e afastando os seus dedos. - Deixem a garota ir embora! Nosso assunto não é com ela... E aí, você ia tentar controlar a nossa mente, não é? Que nem o Suishu fez com as pessoas em Otogakure. - o bombado falou para o garoto, dando um tapa em seu rosto, seguido de um cruzado de direita que o deixava tonto, e com a boca sangrando. - Por favor, parem com isso. Nós não somos assim, nós não apoiamos aquele homem, nunca apoiamos. - tentou argumentar, mas acabou levando um soco na boca do estômago, ficando sem ar por alguns segundos. Dava para ver pela força que, por mais que não fossem ninjas, eles eram fortes, mas desonrados... E que não eram de Konoha. Olhando para uma parede à sua esquerda, pode ver o simbolo do clã Yamanaka pintado, com um X por cima, e a palavra "ESCÓRIAS" por baixo. O líder do bando segurou em seu queixo e o fez fitá-lo.

- Quando você acordar, isso é, se você acordar... Diga ao seu clã que não queremos mais a presença de vocês aqui. Nós não queremos vocês controlando as nossas mentes em Konoha, e nem queremos nenhuma barreira sensorial. Saiam da nossa vila! Sumam imediatamnete ou o que vai acontecer com você, vai acontecer com todos, independente da idade, do sexo, de tudo. - avisou. Ele então fez um sinal, fazendo os dois homens que seguravam ele o jogarem no chão, acertando um chute em sua costela, quebrando-a imediatamente. - Aí, galera... Vamos dar uma lição nesse cara. - disse, e então começaram a dar socos e chutes no corpo do rapaz. Na vizinhança, pessoas abriram a janela para ver a sessão brutal de espancamento, mas ninguém ia lá fora tentar salvá-lo. Não era por que não tinham simpatia pelo garoto, ou preconceito, mas por um motivo mais sombrio: todos aqueles que saiam na porta ou na janela para ver o que estava acontecendo ansiava para que as pessoas fossem lá impedir uma tragédia de acontecer, mas ninguém teve coragem de dar o primeiro passo.

Depois do espancamento, os cinco sairam correndo e entraram em um beco. O garoto não estava morto, mas o seu olho direito estava inchado, seu rosto tinha muitos cortes e sangramentos, oassim como o seu corpo todo, além das costelas e outros ossos quebrados. Suas vestes estavam sujas, rasgadas, manchadas de sangue. Seu estado era crítico, e se não recebesse os devidos cuidados, poderia acabar morrendo. A sorte dele era que Amaya tinha esbarrado com dois primos de segundo ou terceiro grau do namorado, fazendo com que eles fossem lá socorrê-lo. Eles levavam Ichiyo para o hospital rapidamente, podendo ver as mesmas pinturas vistas pelo rapaz ferido em algumas paredes. A verdade é que haviam pichações iguais aquelas por toda a vila. Os primeiros socorros eram dados naquele momento, mas haviam feridas profundas que poderiam não ser curadas naquele dia, e também cicatrizes que eram reabertas que tinha tudo para gerar um grande caos dentro de Konoha.