[Hakurei] -
[Queima de arquivo]O Grupo saiu na calada da noite para a missão, infelizmente não pude me despedir de quem eu mais amava, mas deixei recado, avisei que estava em missão e era diretamente ao Senhor Feudal. Nosso primeiro momento paramos em meio a floresta já alguns quilômetros fora da vila. –
Vou repassar o que temos, então prestem atenção que não quero erros, por mais que aquele engomadinho focou apenas no alvo, sabemos que tem crianças no local, e se batem com os desaparecidos temos aí pelo menos onze crianças. Se a missão fosse apenas de eliminação a gente chegaria botando pra fuder, mas a cautela e o silencio é importante, a partir de agora vamos dividir em dois grupos de dois, Coelho e Raposa vocês vão juntos, Macaco você vem comigo. – Todos nos utilizávamos codinomes durante nossas missões, gente como nos que fazia o que fazíamos não seria bom da nossos nomes verdadeiros, shinobi também tem família, shinobi também tem medo de morrer.
Macaco era o codinome dado para Hayte Yamanaka, desde a merda que um Yamanaka causou no mundo ninja cada vez mais eles foram afastados de missões, um clã capaz de controlar mentes apenas com as mãos beirava a algo assustador, infelizmente eu não posso julgar um clã pelo erro de uma única peça defeituosa, afinal eu sou Uchiha. Para o Macaco ser escolhido como meu parceiro era uma honra grande, ele sabia que eu confiava nele e faria o possível para manter essa chama da confiança acesa.
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Time dois, vocês vão pelo sul, a única coisa que sabemos é que o local é uma casa grande e com guardas em todos os muros, não sabemos suas habilidades, seus nomes, nem de onde vieram, podem ser apenas mercenários contratados, seja como for elimine todos. – Coelho se aproximou. –
Corvo, não vamos tentar arrancar informações deles? - Foi nesse momento que lembrei de algo que alguém muito importante me disse e acabei sorrindo por baixo da máscara. –
Um grão de arroz pode virar a balança. Um homem pode ser a diferença entre a vitória e a derrota. Por isso não podemos deixar pontas soltas. – Eles entenderam o que aquilo queria dizer.
[...]
Era tarde da noite quando o segundo time avisou pelo comunicador em posição, olhei para o Macaco balancei a cabeça com sinal de positivo e ele fez o mesmo gesto. –
Começar. – O silencio da noite foi cortado pelo som do ar reagindo com duas Shuriken voando em alta velocidade acertando o chão próximo dos homens que estavam de guarda, com as Shuriken ficando o chão eles em um pequeno momento abaixaram a guarda para ver o que foi o som baixo do metal perfurando a terra próximo a seus pés, nesta rápida abaixada tanto eu quanto o Macaco agarramos nossos primeiros alvos, com as mãos em suas bocas e passando nossas katanas em suas gargantas, seguramos os homens de joelhos no chão enquanto ainda agonizavam com o sangue jorrando se sua jugular. Quando enfim pararam de se debaterem do golpe, largamos eles com cuidado no chão.
Segundos depois recebi a confirmação no radio que o outro lado também teve êxito na execução dos guardas do lado oposto. Macaco subiu em uma arvore ao lado dos muros, e observou a quantidade de guardas, com uma das mãos ele fez gestos, eram 5 homens, 2 parados na entrada da casa e 3 fazendo ronda, autorizei ele e ele usou sua transferência de mente, rapidamente subir na arvore segurando o corpo do Macaco enquanto sua mente assumia um dos guardas fazendo ronda. Em um rápido retorno ele voltou com as informações, e o guarda que teve seu corpo tomado nem percebeu o que aconteceu.
O Macaco me repassou o que ele retirou, disse algo sobre as mercadorias estarem no quarto vermelho, era o obvio o que era essa mercadoria, as crianças, já sabíamos onde estavam, era o momento de atacar. Eu e o Macaco saltamos para dentro do local, lancei 5 Shurikens sendo que 4 tiveram toques para redirecionar para o pescoço dos guardas da porta, e a outra acertou a nuca do guarda que o Macaco tinha arrancado informações. Sobraram dois homens que obviamente perceberam o ataque, sacamos nossas Katanas, os pobres mercenários vieram com lanças, minha percepção de combate e o suporte do Macaco foram perfeitas para finalizar aqueles dois homens com golpes rápidos e certeiros no peito de cada um. –
Aqui está concluído. – Avisei meus homens
Entramos naquele grande casarão e ao chegarmos a primeira coisa que ouvi foi um silencio absurdo, chegava ser incomodado o som dos nossos paços sobre a madeira que rangia quando pisávamos. Ordenei ao Macaco para ir pela esquerda e fui pela direita em busca do tal quarto vermelho. O local tinha um certo cheiro forte álcool misturado com algo salgado como lagrimas, aquilo me irritava, eu sabia de quem eram as lagrimas.
Eu vi um corredor a frente com uma curva para direita e uma pequena luz que ia ficando mais forte, sons de passos vindo, provavelmente algum guarda fazendo ronda pela noite. Encostei bem no canto da parede quando ele se aproximou acertei um soco no rim direito dele, o rendi e coloquei a lâmina da katana próxima a garganta dele e minha mão enrolada em sua cabeça tampando sua boca com força, o homem tentou lutar, tentou reagir, mas eu tinha mais força. Aproximei meu rosto próximo ao ouvido dele, mas mesmo de máscara eu conseguia sentir quando um homem se borrava ao ter uma lâmina em sua garganta, era disso que eu precisava naquele momento, o medo dele para retirar o que preciso, e com sussurros eu disse para ele. –
Vou fazer algumas perguntas simples, você apenas balança a cabeça com sim ou não, se entendeu balança a cabeça. – Grunhindo bem abafado com minha mão em sua boca, ele fez um gesto leve balançando a cabeça positivamente, agora que ele entendeu bastava apenas retirar o que preciso. –
As crianças estão vivas? – O homem balançou a cabeça positivamente. –
Seu senhor estar na casa? – Novamente ele balançou positivamente, recebi as informações que eu queria, porém eu precisava dele falando naquele momento. –
Vai ser o seguinte agora, eu vou retirar minha mão da sua boca bem devagar, se você gritar eu te mato, se você se comportar talvez eu deixe você viver mais um dia. – O homem com sua voz chorosa balançou a cabeça positivamente. –
Quantos homens ainda tem na casa? - -
São mais seis, dois estão na porta do meu senhor. - -
Muito bem. – Atravessando o coração dele com minha Katana, era obvio o olhar de espanto dele enquanto o sangue escorria da sua boca. –
Mas... você disse. - -
Eu disse talvez. –
Baixinho eu confirmei no radio as informações que eu adquirir, meus homens cuidaram de limpar o lugar com os guardas que ainda restaram, restava agora achar as crianças e o nosso alvo. Rodei aquela casa por todos os quartos, não encontrei nada, mas um tinha algo esquisito, achei uma pequena luz que saia do chão, chamei os homens. –
Acho que é uma porta secreta. – Passei minha mão perto da luz até perceber que uma das partes da madeira tinha um pequeno vão que dava para encaixar a mão e ao encaixar eu percebi que ele se soltava, era algo preso a uma corrente, puxei e achamos a porta secreta, sinalizei com a mão para se posicionarem, poderia ser uma armadilha.
Entramos pela escada com passos lentos e bem leve para não gerar barulho, até acharmos um grande corredor cercado de celas, e uma mais a frente estava um homem de frente para ela como se provocasse o que estava dentro, dei sinal para os homens e nos espalhamos, eu prendi meus acessórios de braços no teto e vim andando por cima com calma até ficar acima do homem onde eu poderia ouvir perfeitamente a conversa e o que estava dentro, eram as crianças, o homem as assustava e se aproveitava que a cela era de metal para da pequenos choques nas barras para atingir todas as crianças, quando eu ouvir o primeiro grito delas, eu não tinha como aguentar, saltei por cima atravessando a katana na cabeça no homem o eliminando ali mesmo.
Retirei a lâmina da cabeça dele, usei um pé de apoio para facilitar, mas a minha aparição apenas deixou as crianças mais assustadas. Abrir a cela com as chaves do bolso de trás do guarda que acabei de matar, porém as crianças não quiseram sair, ficaram ainda mais assustados quando estendi a mão para ajudá-las, foi quando eu percebi no reflexo em uma bandeja de água que tinha na cela, minha roupa e máscara estava coberta de sangue, isso assustava as crianças, não tive escolha retirei a máscara. –
Estão vendo, só sou um cara normal. – Um dos garotos me olhava, eu vi que ele utilizava um uniforme escolar com a identificação do seu nome nele. –
Jack, não é? Vem cá você não que sair daqui? Ninguém vai mais machucar ou assustar vocês. – La fora os meus homens também retiraram suas máscaras, sabiam que aquilo assustaria as crianças, eu continuei tentando convencê-las a vim com a gente. –
Vamos lá. – Jack foi o primeiro a caminhar na minha direção, isso incentivou os demais que vieram também um por um.
Aos poucos as crianças foram saindo da cela, eles tinham idades entre 9 e 13 anos, coordenei coelho e raposa para retirar as crianças da casa, quando eles começaram a se mover senti algo pequeno puxando meu colete, olhei e era o pequeno Jack. –
O que foi Jack? – Meio tímido e com medo ele disse algo importante. –
Minha irmã, o homem malvado a pegou, disse que as puras são as favoritas dele e a levou para algum lugar, salva minha irmã. – Me abaixei e olhei nos olhos de Jack. –
Eu prometo Jack, eu vou salvar a sua irmã. – Com um sorriso ele acompanhou meus homens junto ao grupo para fora da casa.
Eu e o Macaco continuamos seguindo por aquele lugar, quando aos poucos ouvimos uma música baixa que ia aumentando a cada passo em frente que dávamos, era um som romântico de meditação. Mais na frente um corredor com uma curva a esquerda com uma grande iluminação, nos aproximamos e olhei rapidamente, tinha apenas um homem parado fumando. O Macaco fez o selo de mão e transferiu sua mente para a do homem, deixei o corpo do Macaco repousando no canto do corredor, o homem agora sobe o nosso controle veio caminhando em direção ao local onde estávamos, quando ele se afastou 15 metros da porta que ele mantinha guarda, eu apareci no corredor sacando minha arma, mesmo com a mente dominada, eu conseguir ver o medo crescer no rosto do homem, ele tentava lutar, eu via seu corpo tentando reagir, mas o controle Yamanaka era forte demais para mentes fracas. A cada passo mais perto de mim eu via o suor escorrer no rosto dele, quando agarrei o homem o rendendo de joelhos e de costas para mim, Macaco saiu do corpo dele, coloquei a mão na boca do homem e rasguei sua jugular, segurei sua boca para abafar os sons de engasgo com o sangue, e mantive a cabeça dele bem puxada para trás para acabar logo aquela execução.
Com todos os guardas eliminados restava apenas o nosso salvo, olhei por uma pequena abertura da porta e vi a garota sentada de joelhos de frente a uma pequena mesa, ela estava maquiada e de vestidinho bem arrumada, porém era bem visível a maquiagem desfeita pelas lagrimas derramada. Atrás dela nosso alvo, era um senhor alto e forte de cabelos negros, ele estava com um roupão de banho e completamente nu por baixo. Ele começou a encostar lentamente suas mãos enormes pelo ombro da garotinha, ela voltou a chorar mais ainda, eu não aguentei abrir a porta com tudo invadindo o local, mas a próxima ação do homem nos fez parar, ele retirou do pulso do seu roupão uma pequena lâmina e colocou próximo a garganta da garota a fazendo de refém. –
QUEM SÃO VOCÊS? – Meu gesto para o Macaco foi apenas para ele manter a calma. –
Somos os homens encarregados de levá-lo a justiça. - -
O que? Como se atrevem, FAZEM IDEIA DE QUEM EU SOU? - Cheguei a movimentar meu pé, mas o homem reagiu. –
PARA TRÁS OU EU MATO ESSA GAROTA. – Novamente eu apenas tentei conversar. –
Senhor, se acalme, somos da folha e estamos aqui para prendê-lo. Solte a garota e poderemos resolve isso de forma pacifica - O Homem não reagiu bem. –
A folha do País do fogo? Então aquele velho desgraçado me traiu e mandou seus cachorros. – Foi nesse momento que percebi que tinha algo mais aí que não foi nos contado. O homem foi se irritando e começou a sorrir enlouquecidamente. –
Avisa a seu Senhor que ele jamais vai ter as informações que ele queria. –
Eu olhei pra aquela garotinha e disse para ela. –
Vai ficar tudo bem, só fecha os olhos está bem? – Aconteceu rápido demais, no meu movimento rápido sacando uma kunai, o homem rasgou a garganta da garota tão profundo e com uma facilidade naquele pescoço fino, eu lancei a Kunai na testa dele acertando em cheio, o desgraçado maldito caiu para trás de braços abertos e com um sorriso no rosto, corri colocando minha mão sobre o pescoço da menina tentando conter o sangramento, mas o corte foi profundo demais, eu e o Macacos tentamos fazer o possível, mas a menina morreu agonizando ali, com seus pequenos olhinhos verdes olhando para mim, eu conseguir ver no olhar dela, vi a decepção, vi ela dizendo. –
Você mentiu pra mim. – Eu olhei nos olhos daquela garota e disse que ia ficar tudo bem, sabendo que não iria.
Meus homens chegaram logo em seguida, viram a cena e até tentaram me confortar, salvamos 10 crianças, mas a perda de uma me fez sentir como um fracasso total. Sentei em um canto da sala um momento, retirei a máscara, estiquei as pernas e fiquei ali olhando para o rosto da garotinha, o Macaco viu que eu não parava de olhar para os olhos dela e fechou os olhos da garotinha, se aproximou de mim colocando a mão no meu ombro. –
Preciso de um tempo só. – Eu disse a ele.
Cara, eu já vi muita merda acontecer nessa vida, vi tantos homens morrerem das piores formas possíveis, mas a morte daquela garota, a promessa que fiz para o irmão dela, aquilo acabou comigo.
Após um tempo enfim me levantei, não podia ser fraco diante dos meus homens, coloquei a máscara, me mantive firme. –
Revistem essa casa, vamos descobrir quem é esse cara, ele disse algo sobre o nosso Senhor Feudal. – Começamos a olhar cada detalhe da casa, até que eu percebi algo no corpo do homem, abaixo da língua dele uma tatuagem, era o símbolo do país do fogo, continuamos procurando e achamos vários pergaminhos selados várias e várias informações militar sobre Kumo e algo falando sobre Otogakure, algo que foi achado por lá, nesses pergaminhos existia vários pontos estratégicos para uma invasão a Kumo, inclusive algo detalhado sobre as forças das autoridades. –
Senhor, devemos reportar isso ao Hokage? – Fechei o pergaminho e o lancei no chão. –
O Grande Hokage já tem problemas demais para resolver, isso aqui se caísse em mãos erradas seriam uma declaração de guerra do Fogo contra o Raio, provavelmente esse cara aí fez várias exigências e começou a chantagear o Senhor Feudal do fogo e mandou o grupo de idiotas aqui para eliminar as pontas soltas. – Era obvio que algo grande está sendo planejado, minha preocupação era de quem mais sabia do que vimos aqui, mas de algo eu estava convicto, não precisamos de uma nova guerra. –
Tirem uma foto do alvo para relatório, queimem tudo, descubra as famílias das crianças, Macaco apague a memória delas, missão concluída homens. –
Uma grande queima de arquivos foi feita graças a nós, muita coisa naquela casa ali poderia atrapalhar o equilíbrio que o mundo ninja se encontra, embora a decisão de queimar tudo não poderia ser minha eu preferir fazer esse favor ao Hokage, a folha já encara problemas demais desde esse lance dos Yamanaka, é melhor deixar tudo isso para trás e seguir em frente.
Olhamos uma última vez para aquela casa sendo consumida pelo fogo e resolvemos retornar para a folha.
To be continued...
- Considerações:
>Finalização da Missão
氷 Clique aqui para ver a aparência.