Christina havia acabado de formar-se na academia ninja quando solicitou sua primeira missão. O responsável pela distribuição de missões não demorou em atendê-la, designando a ela o que provavelmente seria considerado como uma das missões mais fáceis disponíveis naquele momento. A kunoichi não se abalou com isso, visto que já era esperado que uma ninja inexperiente recebesse missões simplórias. Apenas participar nas atividades cotidianas da vila já satisfazia a jovem, uma vez que por boa parte de sua vida foi impedida de fazê-lo por não ter sido capaz de controlar suficientemente sua insanidade genética. Sua tarefa de hoje, contudo, não demonstrava qualquer nível de perigo ou capacidade de irritá-la: ela deveria cuidar da floricultura da vila.

Por absorver passivamente chakra natural, a menina já possuía uma maior afinidade com tarefas envolvendo a natureza. De fato, ela possuía gosto em lidar com plantas e animais, tendo até mesmo a capacidade de se comunicar com os últimos. Não foi nenhum sacrifício completar a missão. Christina assim que chegou se propôs a checar a umidade de casa vaso de planta, regando aqueles que se mostravam secos. Em seguida, verificou quais plantas já estavam muito crescidas para os seus atuais vasos e realizou as mudanças devidas. Por fim, entre os atendimentos a clientes, a kunoichi aproveitou o tempo para limpar a poeira que se acumulava em algumas folhagens. Afinal, ela não queria que a fotossíntese de nenhuma fosse prejudicada!  

No meio da tarde, a médica responsável pela loja voltou à vila, liberando Christina de seu afazer. Contudo, concluída a missão, a jovem shinobi ainda ansiava por mais ação, então resolveu direcionar-se ao centro de missões para pedir mais uma ao responsável. Dessa vez, ela seria encarregada de limpar a biblioteca local. Verdadeiramente, esse não era o tipo de ação que a maior parte dos ninjas deseja, mas Christina estava mais que satisfeita em aceitar a tarefa. No final, participar de qualquer coisa já era importante para a menina. Ela ansiava por se sentir incluída em sua vila.

Ao chegar na biblioteca, ficou boquiaberta com a quantidade de pergaminhos que encontrara. Como uma boa leitora ávida, a jovem ficou entusiasmada com aquela visão. Entretanto, infelizmente, ela não estava ali para desfrutar daquela instalação. Passou a tirar o pó de cada pergaminho, cuidando de todos como se fossem parte de sua pequena coleção pessoal que guardava na caverna de sua família. Claro, não deixou de dar uma breve lida em um ou dois pergaminhos, mas de forma alguma se desviou daquilo que se prestou a fazer. Ao anoitecer, a biblioteca estava limpa. Mais uma missão estava cumprida. A jovem kunoichi retornara para sua caverna com a sensação de dever cumprido.

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ST: 00/02