Era mais uma manhã em Kumo, quando fui informado da minha nova missão. A missão tratava-se de uma escolta de um construtor de pontes até sua cidade de origem.

No inicio do dia fui me dirigi ao centro de missões para receber as últimas instruções. Chegando no local me deparo que essa missão seria feita em dupla, achei estranho por sinal pois nunca tinha feito isso, logo Chunnin responsável ia me apresentando minha parceira, que se tratava de uma Gennin de kumo que havia estudado comigo na academia ninja.

- Izanadi, essa é a Katerine, elá também irá escoltar o nobre construtor da ponte juntamente com você, espero que se dêem bem. - Diria o Chunnin.

Depois da apresentação do Chunnin trocamos algumas palavras sobre nossas missões e experiências como Gennin's e até acontecimentos que viviamos na academia, foi algo bem divertido por sinal, e acabou que dali eu e Katerine nos tornamos bons amigos.

O Chunnin diria que deveriamos aguardar o construtor da ponte chegar para assim darmos inicio a missão. Katerine olhou diretamente para mim, parecendo que queria me contar ou mostrar algo, e logo ela disse:

- Izanadi, antes de vir até aqui eu me encontrei com nosso antigo professor da academia e ele me deu isso – mostrou os papéis – são um tipo de papel especial que reage ao chakra. Ele mostra suas naturezas elementais.

O bloco era composto por algo em torno de 20 folhas. Ela me deu metade delas e continuou a explicação:

- Se você tiver a natureza Katon, como sabemos que você já tem por ser Uchiha, o papel vai se inflamar e virar cinzas. Caso seja Futon, o papel será dividido em dois pedaços. Raiton irá deixar o papel amassado. O  Doton vai transformar o papel em sujeira e esfarelar. E, o último caso é Suiton, que o papel vai ficar úmido.

Balancei a cabeça como uma forma de mostrar minha compreensão e fui examinando os papéis enquanto Katerine continuava sua explicação:

- O sensei disse que basta infundir um pouco de chakra que o papel vai reagir. Talvez ele reaja de acordo com seu chakra de Katon, mas é preciso que você procure outras formas de expressar seu chakra pra que alguma outra natureza elemental apareça. Assim ó.

Katerine começou sua demonstração. Primeiro ele respirou fundo e tomou uma folhinha de papel em suas mãos. Respirou fundo e fui capaz de sentir o chakra que ela estava depositando no pedaço de papel. Em poucos segundos o papel cortou-se ao meio. Ela sorriu.

- Viu só?! Meu elemento é o Futon.

Mantive meu semblante imutável esperando ela continuar. Ele tomou mais uma folha em suas mãos e repetiu o processo. Dessa vez, após os poucos segundos, o papel começou a se amassar. E rapidamente eu olhei surpreso pra ela.

- Consegue ver?! Raiton! Tá vendo. - Diria ela sorrindo para mim. - Agora é sua vez, tente! Estou curiosa para saber seu outro elemento.

Tomei em minhas mãos o bloco de papéis. Suspirei e deixei o chakra do meu corpo fluir com tranquilidade. Direcionei a energia ao papel com cuidado e, logo em seguida, aconteceu. O papel se inflamou e virou cinzas em poucos segundos.

- Esse é o seu Katon, que você, como Uchiha, já tem naturalidade em expressar. Agora você tem que buscar uma outra forma de exercer os elementos do seu chakra.

Peguei novamente outro papel, limpei a minha mente, e comecei a concentrar meu chakra nele. Ele se retorceu. Se retorceu, mais e mais, até que ficou completamente amaçado, igual o de Katerine. Olhei pra ela, tentando lembrar o que aquilo significava.

- Raiton. – disse ela – Sua outra natureza elemental é Raiton assim como eu.

- Entendi... – respondi extremamente satisfeito, por ter conseguido descobrir minha mais nova natureza elemental.

Depois disso, o Chunnin chega novamente acompanhado de um homem, não muito jovem mas também não muito velho, parecia ter seus 48 anos por ai, era o construtor da ponte, que deveriámos escoltar até sua cidade de origem. Eu e Katerine nos apresentamos, pegamos todos nossos equipamentos ninjas e saimos assim de Kumo em direção a esse pais vizinho.

Informações:

Seguindo nosso caminho, não demoro muito até que adentrássemos a floresta mais próxima para darmos uma pequena descansada, onde ficamos na sombra. Perto da sombra havia um pequeno riacho, aonde Katerine se dirigiu para lavar o rosto e beber um pouco da água daquele rio, o contrutor de pontes também estava exausto por isso sentou se no chão ali mesmo na sombra e começou a dar um pequeno cochilo. Me Aproximei de Katerine e ela logo puxou assunto comigo.

- Izandi-kun?! Você tem aquilo que os Uchiha chamam de Sharingan? - Perguntou curiosa olhando para meus olhos.

- Ah... o Sharingan, sim! Eu o despertei tem pouco tempo, com a ajuda de meu tio. - responderia um pouco tímido por ela estar olhando fixamente para mim.

- Como assim? Com a ajuda do seu tio?

- Bem é uma longa história, mas digamos que o Sharingan é despertado quanto um membro do clã Uchiha é colocado em situações com uma circunstância difícil ou quando colocado sob estresse emocional.

- Ah... e como seu tio fez isso? Ah vai, vamos lá me conta, por favorzinho rsrs - Ela Perguntava com a voz super fofa que ela tinha rs.

- Hm... ele me colocou é um Genjutsu, no qual me forçou ver e viver coisas horríveis, isso fez com que eu despertasse meu Sharingan, bem... resumindo é isso rsrs - Responderia.

- Entendi... é eu imagino tenha sido bem dificil pra voce passar por isso tudo.

- É ele me vez rever o meu pai... Sabe... eu ate me sinto mais confiante em cumprir meus objetivos.

- Voce diz vingar seu pai né?

- Como sabe? - Ficaria surpreso.

-Bem é aqui, o sensei me contou quando encontrei com ele hoje mais cedo, eu já sabia que era você quem eu iria fazer a missão em dupla e acabei perguntando pra ele sobre voce.

-Entendo... tudo bem, primeiro eu preciso ficar forte, esse é o meu objetivo principal, e só depois ir atrás do cara que fez isso.

-E voce sabe quem fez isso?

-Não, mas um dia eu irei descobrir e esse cara irá pagar, vou olhar nos olhos deles da mesma forma que olhou para meu pai quando o matou, e vou destrui-lo.

-a vingança né... bem eu não acho que a vingança é o caminho correto a se seguir, porque você não ganha nada com isso, por mais que se vingue voce não vai a nenhum lugar com isso, apenas carrega na consciência. - Katerine diria ao tentar me convencer do meu objetivo.

-Eu sou um vingador... esse é o meu objetivo, eu nasci pra isso, e eu preciso obter poder a qual quer preço, não importa se eu tenha que me destruir nesse processo, eu apenas preciso alcançar esse objetivo, só assim eu conseguirei viver em paz comigo mesmo. - Diria a ela um pouco alterado.

- Ei crianças, voces vao continuar ai brigando ou vamos continuar nossa jornada? - Diria o construtor de ponte ao acordar. - Temos que chegar a minha cidade o quanto antes, eu não estou pagando vocês para ficarem ai brigando entre si, e olhem só, acabaram me acordando do ótimo.

"Se realmente fosse importante levarmos ele rápido ele não iria estar cochilando" Pensaria rapidamente após o construtor falar.

- Concordo, enfim Izanadi, vamos deixar o papo da vingança pra outra outra, me desculpe se eu fui um pouco rude e indelicada com você, eu só queria ajudar tudo bem?

Antes que pudesse responder ela, ouvi um barulho vindo da floresta ao nosso redor. Imediatamente, mudei de postura e assoviei para o construtor que rapidamente veio a se se aproximar de nós se colocando atrás. Katerine eu ficamos  observando ao redor e tentando analisar todo o local. Ouvimos um galho quebrar, provavelmente com uma pisada. Algumas folhas se movimentaram no mato. Me aproximei pra ver o que era. E essa foi a deixa que eles precisavam.

Informações:

No momento em que me afastei do construtou pra checar se havia algo nos arbustos, quem estava se esgueirando agiu. Foi uma mínima brecha, mas o suficiente para que dois homens com panos cobrindo a face descessem das arvores e procurassem render o construtor.

Katerine que trocava olhares com o criminoso que visava sequestrar o construtor. Alguns momentos de indecisão se sucederam. Eu não sabia se devia ou não agir, pois poderia arriscar a vida do nobre. E se agisse, qual seria a melhor abordagem. O fato é que depois de alguns segundos pensei em um plano e botei em prática o mais rápido possível. Sem que pudessem acompanhar, usei o Bunshin no Jutsu e deixei uma cópia minha, me jogando para dentro dos arbustos como forma de me esconder. Escalei as árvores com o maior silêncio possível, num ponto cego dos sequestradores e me direcionei para aquele que estava rendendo o construtor.

- Ei irmão, vamos sair daqui! – disse o que rendia o cliente

- Sim, não vale a pena ficar aqui brincando com esses pirralhos! – contestou o outro criminoso

- Já pegamos ele,  A gente vai ser pego se ficar aqui! – falou energético

E num rosnado o criminoso que estava num impasse com Katerine recuou. Essa era minha última chance. Saltei  da árvore que estava tentando alcançar e surpreender o criminoso, mas quando pousei, os dois já tinham se retirado, por pouco não consigo pegar o sequestrador.

Eles nocautearam o construtor e jogaram sobre o ombro, correndo com algum vigor. Eles não eram homens fracos. Muito pelo contrário, eram homens razoalmente fortes e surgia uma enorme dúvida se eu e Katerine seriamos capazes de derrota-los.

Katerine então assustada me disse:

-Izanadi-kun?! Precisamos voltar pra Kumo e reportar isso que aconteceu.

- Não! - Responderia discordando dela. - O construtor de pontes era a nossa responsabilidade, nós precisamos encontrar esses 2 sequestradores derrota-los e resgatar o construtor. Essa é a nossa prioridade agora.

- Mas Izanadi, somos apenas Gennins, não seremos capazes de lutar contra eles sozinhos. - Diria Katerine com medo de toda aquela situiação.

- Eu sei que somos apenas Gennins e tudo mais, mas se voltarmos pra Kumo, não sabemos o que eles podem fazer com o construtor, não sabemos seus objetivos e nem se o contrutor estará vivo ou não. - Diria a ela porém também estava sentindo um pouco de medo


- Eu entendo... Tudo bem! Vamos tentar resgatar o construtor de pontes então, mas precisamos informar Kumo do que realmente está acontecendo.

- Ok... mas como?!

- Observe e verá - Diria ela confiante em suas palavras.


- Kuchiyose no jutsu! - Katerine dizia essas palavras enquanto fazia os selos de mão.

Surgiria então um  pássaro que se pareceria bastante com um falcão, Katerine então tiraria de seus arsenais ninja um papel e um caneta, aonde escreveu um recado para kumo, dizendo do acontecimento da missão, e que ela e eu iriamos tentar resgatar o construtor o quanto antes.

-Prontinho, já podemos ir, na verdade, pra que direção eles foram?. - Diria Katerine

-Se meus calculos estiverem corretos, quando tentei segui-los eles foram para o norte! Acredito que se formos rapidamente conseguiremos alcançar eles. - Responderia um pouco pensativo na real direção deles.

- Tá, eu tenho uma ideia. - Katerine diria isso ao fazer os selos novamente do Kuchiyose no jutsu, e invocaria outro pássaro, dessa vez era um pássaro bem pequeno, que se pareceria mais com um pardal.

- Isso ai?! -Responderia um pouco debochado.

- Ele pode ser pequeno, mas não subestime ele, ele é um pássaro muito rápido, e é usado para rastreamento, imagina que é como se fosse um cão de caça resumindo rs.

- Entendi, então vamos lá, mostre me o que esse pássaro pode fazer.

Rapidamente então o pássaro começaria a voar e ir em direção ao norte.

- Vem! Vamos. - Diria Katerine quando começaria a correr atrás do pássaro.

- Espera eu não entendi, porque estamos seguindo ele. - Responderia enquanto iria atrás dela.

- Esse pássaro consegue sentir o chakra e rastrear de onde estão vindo os mesmos, vamos continuar o seguindo que encontraremos os sequestradores.

- Certo!

Informações:

Seguindo então o pássaro, nós procurávamos pelos dois sequestradores. A missão deles era clara e, mais do que prendê-los, seria importante saber quem era o mandante da situação. Depois de alguns minutos trotando enquanto procurávamos os fugitivos, antes que o cansaço chegasse, o outro pássaro  de Katerine voltou a toda velocidade até nós. Assim que ele chegou, com um outro papel amarrado em seus pés. Logo eu e Katerine paramos para conferir o que estava escrito.

- Katerine e Izanadi, Entendo a preocupação com o nobre construtor de pontes e com o sucesso de sua missão, mas a ordem é para que voces recuem até que Chunnins cheguem, não sabemos a força do inimigo e não queremos ter mortes desnecessárias. - Katerine leria a carta

- Não iremos abandonar a missão agora. – Respondi decisivo. – Os Chunnins não tem condição de começar a busca, e nós já estamos no meio dela. Não iremos recuar agora.

Katerine me olhou com algum espanto pela minha firmeza e acenou depois de alguns instantes concordando comigo. logo o pássaro havia se desfeito e continuamos a seguir o outro que estava rastreando os sequestradores

Seguindo o pássaro ele já estava um pouco distante e logo ele retornou até nós parecendo que queria avisar algo.

- O que deu nele? - Perguntaria a Katerine

- Bem eu não sei, o que foi? - Perguntaria a Katerine ao pássaro como se ele fosse falar algo.

- Katerine-chan, Eles estão a cinquenta metros de distância mais ou menos. - Diria o pequeno pássaro com uma voz bem fina.

- Caramba! Ele fala! Mais que Loucura - Diria surpreso a Katerine.

- Sim sim, não todas as minhas invocações falam mas ele sim. - Ela diria enquanto fazia um carinho nele. - Obrigada, você fez um ótimo trabalho. E neste instante o pássaro era desfeito.

Eu e Katerine então fomos caminhando com passos leves até chegar mais próximo à localização dos inimigos com o refém.

A uma distância segura, de uns oito metros, nós combinamos um plano e nos preparamos para agir. Como eu havia despertado o Sharingan, eu tinha alguma facilidade em lidar com os movimentos inimigos e iríamos usar isso a nosso favor.

Da perspectiva dos criminosos, saímos do mais absoluto nada. Katerine correu na frente gritando como forma de chamar a atenção e estremecer, mesmo que minimamente, a confiança dos sequestradores. Ela usou o Shunshin no Jutsu como maneira de mostrar mais agilidade. Isso foi o suficiente pra que eles ignorassem que eu corria logo atrás de minha aliada. A uma distância de apenas um metro, Katerine usou um último Shunshin evasivo, movimentando-se na diagonal esquerda para trás. No momento em que esse último movimento foi feito, eu permiti que meu chakra inundasse meus globos oculares. Quando ficaram cheios, meus olhos mudaram de  cor e surgiu um tomoe negro. Meu Sharingan foi ativado.  Depois disso, mantive apenas um leve fluxo de chakra, naturalmente, para me manter com aquela forma.

O Sharingan foi o recurso ideal para poder enxergar toda essa movimentação da Katerine e passar por entre os criminosos, tomando de volta o construtor que estava como refém dos dois. Atravessamos o pequeno campo de batalha em alguns segundos. Logo que senti que estávamos numa distância segura, deixei o construtor atrás de mim e encarei os meus inimigos. Eles pareciam surpresos e muito irritados com a situação. Queriam brigar entre si, mas sabiam que aquilo significaria a total falha em sua missão.

Esse momento de abertura permitiu que Katerine tomasse a dianteira. Eu a observei e com o Sharingan fui capaz de perceber, curiosamente, sua intenção. Ele iria usar um Futon. Como eu adquiri aquela informação? Tão precisa. Minha companheira começou a executar seus selos e eu também executei alguns. Ela então inflou o peito, puxando ar. Eu fiz um movimento similar. Parecíamos espelhados, mas a diferença foi manifestada quando ambos anunciaram:

- Fuuton! Toppa! – Katon! Goukakyu no Jutsu!

Informações:

Quando as duas ondas de chakra elemental se cruzaram sobre os ninjas, uma explosão ocorreu. A força da dispersão de chakra levantou bastante poeira e encobriu a área que atacamos. Embora ainda fossemos inexperientes, Katerine e eu não deixamos a guarda baixar. Mantivemos nossa postura de batalha e permanecemos atentos. Meu Sharingan estaria pronto pra reagir a qualquer momento.

Poucos segundos depois da execução dos jutsus a poeira baixou e não pudemos ver os criminosos. No lugar deles, haviam apenas dois troncos. Kawarimi no Jutsu. No instante seguinte uma kunai surgiu a milímetros do meu olho esquerdo. Ainda bem que estava com o Sharingan ativo. Um reflexo me permitiu escapar do golpe do sequestrador me abaixando. Girei o corpo no centro de gravidade, dando uma rasteira no sequestrador que gritou desajeitado. Isso foi o bastante pra que o outro viesse em seu socorro. Ele era o líder, aparentemente mais forte. Veio num ataque frontal com uma kunai também e, repentinamente, apareceu atrás de mim – usando Shunshin no Jutsu. Minha sorte foi o cálculo ruim do infeliz que o fez acertar o antebraço em vez da kunai na minha nuca. No entanto, a força foi grande o bastante pra me jogar alguns metros à direita.

Katerine não ficou inerte frente àquela situação e assumiu o combate. Sacou sua kunai e veio correndo em velocidade máxima. Usou o criminoso mais fraco como escada e saltou, lançando um golpe descendente do ar no líder. A kunai não acertou em cheio, mas passou perto o bastante para abrir um corte na face e no tórax do inimigo. Enquanto essa ação ocorria, eu me recompus e me levantei e sem demora fui pra cima dos inimigos. Corri com tudo que tinha e repeti o movimento de Katerine, pisando no inimigo mais fraco – o que o levou ao demaio – e atacando o mais forte. Por um instante foi possível ver a face de Katerine, intrigado com a similaridade tão precisa dos movimentos.

Golpeei usando uma Kunai que serviu apenas pra aprofundar o corte do meu aliado. O líder dos criminosos ficou surpreso com minha movimentação, procurando entender como ele tinha recebido dois golpes iguais.

Embora nossas movimentações tivessem sido similares, eu finalizei de forma diferente. Aproveitando-me do final do impulso gerado pelo golpe, lancei um pé sobre a ferida aberta por Katerine e me empurrei para trás, como forma de me reposicionar. Montei uma guarda sólida, com a Kunai em frente a meu rosto. O fluxo de chakra em meus olhos estava mais intenso, provavelmente era efeito da adrenalina. O Sharingan parecia procurar se expandir, mas não sabia como.

Me foquei no meu inimigo. Dei um suspiro profundo e deixei meu corpo o mais relaxado possível. O líder assumiu uma postura diferente de luta diferente, como se fosse me levar à sério. O intrigante é que, naturalmente, eu imitei a postura dele. Eu parecia tomado por algo que estava além de mim. Um instinto, talvez? Não sei dizer com certeza. Mas essas questões não tinham espaço enquanto eu via o sequestrador avançar sobre mim para atacar. Meu corpo imitava as nuances mais específicas do comportamento dele e, vez ou outra, era como se eu soubesse o que ele estava pensando. Ele me golpeou com um soco, ao qual tive um pouco de reflexo para desviar, mas ainda fui pego. Cai novamente. Aquele cara era realmente muito forte. E agora parecia ainda mais forte.

Katerine aproveitou esse momento e se lançou na luta novamente. Golpeou os braços do inimigo com sua espada, mas pareciam não fazer efeito. Entre alguns golpes com a lâmina, o criminoso achou uma brecha que o permitiu socar o estomago dela que teve a sua oportunidade de ser jogada por metros a fio. E agora era minha vez de tentar usar essa abertura.

Corri e saltei com força, procurando acertar um chute na cabeça do líder. Ele aparou meu golpe com a mão e tentou agarrar minha perna pra me atirar pelos ares. Porém, pude prever isso e chutei, novamente, seu machucado no peito para me reposicionar. Ele parecia irritado com esse comportamento meu. Ele assumiu a mesma postura de antes, o que me deixou alerta. Não podia levar outro golpe. Não machucava em si, mas a chance de ele me nocautear era grande. Se isso acontecesse, seria o fim.

Propositalmente, adicionei mais e mais chakra ao fluxo que corria aos meus olhos. Pensei que poderia fazê-los explodir. Mas consegui me convencer de que, se o Sharingan funciona a base de chakra naquela região, talvez mais chakra resolvesse a situação. Conforme eu aumentava milimetricamente a quantidade de chakra nos olhos, o inimigo começou a se movimentar. Dessa vez, não mimetizei os movimentos dele. Até porque ele não estava vindo me atacar, ele buscou terminar sua missão – indo em direção ao construtor outra vez.

Katerine que já estava de pé correu para ficar entre o inimigo e o nosso cliente. Mas o criminoso a ignorou. O socou com o lado posterior do braço, para jogá-la para longe. O que não foi possível, já que ela se manteve no mesmo lugar, mesmo completamente abalada pelo golpe.

Tomado pela adrenalina, corri em direção ao sequestrador e saltei sobre suas costas, colocando a Kunai rente à sua jugular. Eu estava tomado por um instinto de batalha que era novo pra mim. Ele paralisou por alguns segundos, assustado com a situação. Mas decidiu agir. Buscou me alcançar com as mãos e eu passei a guarda pelo corpo dele e agarrei seu braço, numa tentativa de quebra-lo. O fluxo de chakra em meus olhos estava tão intenso que pareciam prestes a explodir.

Minha força não era o bastante pra rende-lo. Por isso, ele me procurou com o outro braço e me pegou pela gola da minha camisa. Me puxou com força e me trouxe próximo a seu rosto. Quando estávamos a centímetros de distância eu pude ver toda sua fúria. Porém, minha expressão era de igual força. Talvez ainda maior, já que, por poucos segundos, ele pareceu se perder nos meus olhos. O Sharingan estava diferente, eu podia sentir. Na sua pupila, percebi meu reflexo. Eram dois tomoes em cada um dos meus olhos. Com minha mente, eu dizia: “me larga”. E sua mão afrouxou. Cai no chão e, daí, tudo aconteceu muito rapidamente.

No próximo instante, vi o sequestrador sendo segurado por dois ninjas mais graduados, se debatendo. Ele urrava de ódio e disse:

- Maldito pirralho do clã Uchhha... Por isso vocês mereciam ter sido exterminados...

Eu provavelmente estava com uma expressão de confusão. Assim que compreendi o que estava acontecendo, minha face foi à placidez comum. Deixei o chakra do meu olho se dissipar. Bati a poeira da roupa e suspirei. Olhei para os lados, Katerine estava bem. O construtor de pontes estava bem. Os dois criminosos estavam rendidos e sendo carregados. Tudo parecia sob controle. Senti um peso nas pálpebras. O sono me atacou. Não sei nada do que aconteceu entre aquele momento e a manhã seguinte, em que acordei na minha cama com Katerine do lado me esperando acordar com um pergaminho na mão, que dizia:

“Parabéns, Izanadi e Katerine"

Vocês cumpriram sua missão com sucesso e ajudou a prender os bandidos rank C+. Eis aqui sua recompensa pela sua missão.

Continue com o bom trabalho.”

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