O ar frio predominava o pico daquelas montanhas tão distantes, distantes o suficiente para as nuvens estarem mais próximas, próximas o suficiente para formar uma névoa que se alastrava pelos grandes becos da vila, os ventos jogam as folhas das árvores que predomina o bioma terrestre levando-as para os mais longínquos lugares.
- O moleque, chegou uma carta pra você. - Dizia minha mãe em alto e bom som, eu estava no meu quarto deitado na cama após ler alguns livros sobre lírios, lembrando sobre a história do meu clã de que meu pai havia falado enquanto estávamos treinando naquele campo, utilizar de jutsus para a captura de cervos era algo que eu não esperava como a função básica, mas também percebo como a minha criatividade era limitada para estas coisas. Abro a porta do meu quarto e vou até a cozinha, minha mãe está com uma carta na mão com um papel que reconheci como o da Academia Ninja - É uma carta da Academia, vê ai - E em seguida ela entrega ela em minhas mãos, estava um pouco tenso, tirando a carta da minha graduação, eles nunca tinham me enviado nada além disso. Abro a carta e vejo que se trata sobre uma missão, duas em específico, uma de ficar na ausência de uma florista em sua loja e a outra para buscar um lírio púrpuro para a fabricação de um remédio que os ninjas iriam precisar - É mãe, pelo visto eu fui expulso como ninja - Quando eu falo isso a cara dela muda drasticamente para uma de preocupação e eu só dou uma risadinha  -To zuando com você, vou ter que dar uma saída, tô com o dia cheio hoje, duas missões - Ela volta ao seu semblante normal, mas com a cara um pouco mais irritada do que o normal. Me arrumo com o casaco desta vez e faço a higiene básica, tomo o café da manhã que minha mãe tinha preparado e saio de casa, pelo o que vi da posição do Sol, eram mais ou menos dez horas da manhã, não pretendia voltar tarde mas provavelmente meu dia estaria cheio com estas missões que eu teria que fazer.

Detalhes:

Não estava esperançoso de que minha missão fosse algo incrível, afinal, eu queria mesmo algo mais tranquilo do que “caçar futuros nukenins que invadiram os países e suas respectivas vilas”, até porque, eu sou um gennin ainda. Minha casa ficava distante do centro, então foi alguns minutos de caminhada pelas pontes da vila que eu precisava percorrer, chegando lá, era uma floricultura normal que qualquer pessoa poderia esperar de uma vila, era bem iluminada pela alta quantia de janelas além de que todas aquelas flores com a luz natural do Sol davam um clima verde para o estabelecimento. Quando entrei no local, fui cumprimentar a florista, seu rosto estava esboçando leves sinais de impaciência, provavelmente estava me esperando pois cheguei alguns minutos atrasado da data marcada no pergaminho - Opa senhora, você que é a dona dessa floricultura? Eu vim cumprir a missão de cobrir seu trabalho na sua ausência - E logo em seguida eu puxo o pergaminho que me foi entregue relatando as missões de que eu teria de fazer Bom dia! Que bom que você chegou, eu vou voltar da minha saída rápida assim quando for possível, lembre-se de regar as plantas por volta das 13 horas. - Ela começa a juntar suas coisas, pega sua bolsa e sai do recinto. Com a breve estudada que eu tinha feito de plantas, reconheci algumas do ambiente, mas outras não, então comecei a desenhar sua aparência e escrever algumas características que eu via nelas como sua cor predominante, sua pétalas, entre outras informações que poderiam ser úteis no futuro, quando dei por mim já era a hora de regar as plantas então comecei o serviço. O resto do tempo até ela chegar foi bem tranquilo, não teve clientes provavelmente por causa do clima que estava lá fora, já tinha feito as anotações que precisava então passei o resto do tempo lendo um dos livros que eu trouxe de casai, não sabia se eu podia fazer isto em horário de “trabalho” mas eu fiz por causa do trabalho adicional de regar as flores. Depois de alguma horas ouço o sino da porta tocando, eu já tinha acabado de ler o livro então não precisava me preocupar com nada - Opa, voltei menino, foi tudo tranquilo durante a minha ausência? Venha cá, deixe-me assinar o seu pergaminho e lhe pagar a recompensa - Não sabia o motivo dela ter saído e contratar alguém para fazer isso, mas eu não me importava porque era dinheiro fácil, fui e entreguei o pergaminho a ela - Valeu, foi tudo tranquilo por aqui, já reguei as plantas que precisava. - Respondo a pergunta dela e me despeço, saindo assim do estabelecimento.

Detalhes:

A primeira missão do pergaminho foi concluída, agora faltava a próxima, dou uma lida novamente no que estava escrito “Um Esquadrão Médico de Kumogakure no Sato está desenvolvendo um novo remédio para uma doença e precisa de uma flor rara só encontrada em uma montanha das várias do país muito distante, sua tarefa é buscar esta flor e entregá-la a equipe médica”, As coordenadas da possível localização da flor e do esquadrão médico estavam constatadas no final das linhas, então comecei a missão, apresentei o pergaminho aos guardas do portão da vila, e ao ler a escrita com a assinatura visível em baixo da folha eles liberam minha passagem e em seguida abrem o portão, nunca sai da vila pelo o que eu me lembro, principalmente indo a um lugar um pouco distante do comum, estava ansioso mas não pela tensão do mundo a fora e sim pelo o conhecimento que habita o mundo a fora, eu queria conhecer mais, então sair da vila era algo muito importante para mim, e por causa disso observei cada detalhe da fauna e flora regida por aquelas montanhas, era possível ver as árvores que começaram a se formam além das que já eram bem velhas, anotei pontos chaves no meu caderno e cheguei até a desenhar alguns, pegando algumas flores que não constavam nos livros que eu já tinha lido para levar para casa, mesmo a vila ficando em uma cadeia de montanhas, tinha lugares mais baixos que davam caminho para fora da vila e para a montanha onde eu deveria ir, ver todo aquele ambiente era muito inspirador e principalmente bonito, a cor azul dos rios e o verde das folhas eram as cores da real natureza. Andando um pouco pelo o mapa contido com as coordenadas, me vejo em frente a montanha que eu precisava escalar com o lírio púrpuro no topo dela, quase como uma cena dramática de livros disponíveis na biblioteca, era hora de praticar o que eu tanto temia, exercício físico, fiz o selo de mão “Javali” para preparar o meu chakra um pouco melhor, preparando assim um jutsu que eu havia aprendido na Academia Ninja, o Gake Nobori no Gyō e iniciei a escalada por aquela montanha íngreme até chegar em seu topo, escalando pedra por pedra até chegar em meu destino final. Após alguns minutos eu finalmente chego ao cume, um feixe de luz do Sol consegue escapar da barreira de nuvens que se alastraram por todo o céu, iluminando as pétalas daquele belo lírio que estava plantado na pouca grama presente no pico da montanha, caminho em direção a flor reluzindo um pouco daquele feixe pelas pétalas - E aí, flor da ciência - Digo isso praticamente falando com a flor, a mesma que irá curar a vida das pessoas afetadas por aquela doença.

Detalhes:

Enfim a retiro da base, colocando a mesma em minha bolsa e descendo da montanha para levar a flor para a equipe médica, começo a caminhar de volta para a vila pelo o mesmo caminho que fiz para chegar lá, em alguns momentos eu paro e analiso um pouco aquele lírio que havia coletado como amostra, ele realmente parecia mais especial do que os lírios comuns, emanava tranquilidade quase me confortando, acho que era isso que eles queriam dizer com uma “flor rara”, então faço mais anotações em meu caderno e começo a desenhar ele em uma breve pausa, devia ser umas 16 horas pelo o que aquele feixe do Sol mostrava e os cálculos que fiz em minha cabeça, ando um pouco por aquela estrada e coleto mais algumas flores para tentar chegar algo próximo daquela cor púrpura que continha no lírio. Enfim, volto para a Kumogakure, vou até ao hospital da vila e falo com a recepcionista apresentando o pergaminho contido com a missão, ela permite minha passagem e me informa de qual sala eu deveria entregar aquela flor, os médicos estavam a minha espera, provavelmente devido às várias anotações que fiz durante a jornada, pego minha bolsa e retiro a flor entregando para aqueles médicos introvertidos que pegam a flor e me expulsam da sala, ainda por cima pedindo para a recepcionista assinar o pergaminho. Depois de alguns minutos falando com a recepcionista ela assina o pergaminho e se despede, agora com a frente e o verso da carta assinada, vou até o correio e coloco para o destino o gabinete do Raikage, meu dia teria acabado teoricamente mas depois dessas missões a minha curiosidade sobre as plantas foi testada várias vezes, então passei na biblioteca da vila e aluguei alguns livros com o dinheiro que a minha mãe me emprestou, eu encontrei diversos livros sobre botânica, determinados livros falavam de flores no geral e outros falavam de uma família de flores específicas, então peguei alguns temas de lá para levar para casa e estudar um pouco no meu quarto.

Detalhes:

Na calada da noite, a Lua estava crescendo perante aquele céu iluminado pelas grandes quantidades de estrelas que espalham sua luz pelo universo, a temperatura frígida ainda dominava o ar rarefeito das montanhas do país, os mesmos ventos das mesmas correntes vagavam por diversos cantos do mundo trazendo a umidez de folhas das florestas até as áreas próximas.
Acordo com o barulho da janela batendo com o vento a empurrando, estava deitado com a cabeça apoiada nos meus próprios braços que estavam sobre a mesa, os livros que havia alugado na biblioteca estavam bem espalhados pela escrivaninha, seus temas eram diversificados como ervas medicinais, plantas encontradas em determinadas regiões, entre outros tópicos disponíveis nas prateleiras de lá. Levanto da cadeira que eu estava sentado e me espreguiço rapidamente esticando os braços para cima, minha bolsa ninja continha algumas flores que eu coletei durante a caminhada até a montanha da missão, então separei algumas que nos livros constam como ervas medicinais e levei até o quintal com algumas vasilhas que estavam disponíveis na cozinha e testei algumas combinações para as plantas como remédios para queimaduras, cortes e inflamações para a pele e utilizei do amassador que estava em cima do balcão e comecei os testes práticos, após seguir algumas instruções dos livros a erva parecia pronta mas não tinha como eu saber se estava realmente funcional então eu fiz dois cortes pequenos na minha mão e em um dos cortes eu apliquei o remédio e no outro que estava mais afastado deixei como estava após o corte e fui dormir. No dia seguinte, estava mais iluminado do que aquela semana de tempos fechados, o Sol era mais presente para a vila, trazendo talvez as temperaturas mais quentes que aquela estação poderia oferecer no país, acordo com o canto dos pássaros em uma árvore que fica próxima de casa, já senti a minha mão melhor, não sei se era a vontade de ter dado certo o experimento ou se era uma mudança real do efeito das ervas em meu corpo, mas presumi que pelo os meus estudos nos livros e sobre o que eles relataram com experiências e sentimentos possíveis como um sucesso do pequeno experimento das plantas medicinais, 10 bilhões de pontos para a ciência.

Detalhes: