Finalmente consegue tomar aquela ducha quente, relaxando os seus músculos e principalmente alivio mental, após vinte minutos se banhando, quase não podia se notar os arredores do banheiro devido a tensa nevoa formado ao redor, o box embaçado escorria gotículas água, assim também encontra-se o espelho, o garoto aproveita para desenhar com a ponta do dedo, dois círculos preenchidos um ao lado do outro, no centro um triângulo sem a sua base, apenas a ponta superior, como uma seta e uma linha curva para cima, abaixo deste triângulo, formando assim um rostinho sorridente, aproveita para fazer dois riscos acima, indo de encontro ao outro, onde seriam os olhos, agora a expressão do desenho esta com raiva. Isirus sorria com a arte realizada no banheiro, em seguida nota as pontas de seus dedos das mãos e logo em seguida dos pés, todo enrugado, por causa do contato prolongado com a água, começa a se enxugar e logo em seguida abre a porta, liberando aquela nevoa para fora. Segue em direção ao guarda roupa, traja uma camisa preta uma bermuda bege, ao lado da cama esta sua sandália preta, aproveita para se sentar no colchão para calçar a sandália, e por último, amarra sua bandana preta, com a parte prateada com o símbolo de konoha sobre sua testa.

- Agora estou novinho e cheiroso, da até para conquistar umas gatinhas. - dizia em um monólogo, em seguida deitando-se sobre a cama, apreciando a vista da janela do lado direito da cama, a paisagem dos telhados das casas, árvores, algumas pessoas distantes e o céu azul claro, agora coberto por nuvens brancas quanto a neve. "O que será que faço?", permaneceu refletindo neste pensamento por alguns segundos, quando tem o insight do combate contra o ladrão, de sua ultima missão, lembrou do primeiro chute realizado, mesmo com jutsu para aumentar sua velocidade e ter saído do chão, sendo o seu elemento surpresa, o seu oponente resistiu facilmente, sendo derrotado depois, "poderia ter acabado com ele naquele único momento, se tivesse mais habilidade em taijutsu e até mesmo aumentar minha força", de repente salta da cama, permanecendo em pé ao lado.

- Já sei! Vou ir ao campo de treinamento, naquela área onde poucos frequentam. - lembrou do espaço aberto, próximo ao lago, onde desenvolveu suas habilidades de genjutusu, na noite passada. - Vou lá fazer um funcional, já sei posso usar as rochas como peso! - enquanto conversa consigo, salta até a janela e segue pulando pelos telhados em direção ao local desejado.

No caminho, olhando de cima para baixo, pois pegava impulso ao pisar nas telhas, muros e lajes das casas, para saltar por alguns metros de distância, avista a seguinte cena: um rapaz franzino, com camisa branca com alguns rasgos, shorts verde, pés descalços, não dava para identificar a cor de seu cabelo, devido a toca preta sobre sua cabeça, ele pegando a bolsa de uma senhora gorda, com uma vestido rosa florido e alguns adornos dourados em seu corpo, como brincos, pulseiras, correntes.

- Ladrão, ladrão, ladrão! Socorro! - gritava a senhora.

Isirus aproveita o embalo que acaba de pegar, mudando sua direção ao fugitivo, alcançando-o facilmente, parando a sua frente, este que consegue desviar do menino, porem cambaleando, em seguida rolando até bater o corpo contra a parede de um dos estabelecimentos.

- Qual seu problema criança! - levantando lentamente e olhando para Isirus,

- Eu tenho diversos problemas, mas o que esta perceptível é o seu neste momento. Sério? Tanta local para realizar furtos e tu me vem assaltar em lugar como este? - questiona o rapaz e movimenta apenas o tronco, de um lado para o outro, em movimento circular até o limite de sua elasticidade, com os braços erguidos até a altura do bico dos peitos e as mãos abertas, sinalizando o local, que devido ao grande número de pessoas, começa a formar uma roda em volta do jovem genin e o ladrão.

- E o que você entende de furto? Tu tem cara de pirralho mimado. - apesar da afronta, preocupa-se com a situação em que se meteu, pois não conseguiria escapar, com as pessoas em volta, umas apenas observando outras agitando o combate, "da uma surra nesse ladrão", "ei assaltante, vai apanhar pra uma criança?" - Calem a boca todos vocês.

- Não entendo de furto, mas estou desenvolvendo a ser furtivo, sinceramente você é péssimo nisso, alias, me devolve a bolsa, preciso entregar para a dona, que esta desesperada. - caminha tranquilamente em direção ao assaltante.

- Ei, o que esta fazendo? Não se aproxima, eu tenho uma faca. - largava a bolsa no chão e retirava uma faca de dentro de sua jaqueta. - To falando moleque, já matei antes e você não será o primeiro. Não posso ser bom em furtividade, mas sei muito bem com me portar em uma briga.

- Será? É o que iremos descobrir.

Isirus continua a avançar em direção ao gatuno, quando chega a um metro de distância, desvia-se para o seu lado direito, de um ataque direto realizado com a faca, que esta sendo segurada pela mão direita de seu oponente. Isirus, logo em seguida, agarra com a mão esquerda o punho do ladrão, posiciona o seu pé direito ao pé direito do adversário, posicionando o tendão do seu braço direito abaixo da axila exposta do inimigo, puxando-o com o braço que esta agarrado e, realizando o giro com o quadril, que se encaixa ao quadril do ladro, pegando impulso de baixo para cima, fazendo com que o maltrapilho seja erguido contra sua vontade e sendo jogado ao chão para frente, cravando as costas inteira no chão cimentado, ali permaneceu com falta de ar, devido ao impacto. Todas pessoas ao redor, agitam-se com a o movimento preciso realizado pelo jovem genin.

- Não roube por estas redondezas rapaz! - engrossava a voz enquanto apontava o dedo para o rapaz desmaiado. - Calma, é só erro de principiante. - em seguida pensou "bando de babacas". Não iria sair dali, sem antes brincar com seu adversário, pega a bolsa e salta para os telhados, voltando três quarteirões, parado dentro uma sacada de uma casa aleatória, observa o local onde acontece o furto, mas nada de encontra a senhora gorda, "que droga, o objetivo era apenas treinar e acabei me metendo nessa enrascada", ali permanece pensativo, com a bolsa pendurada pela alça, sobre o seu ombro, os braços apoiados no para peito de vidro, apoiando sobre eles seu queijo, observando o movimento das pessoas, estabelecimentos, casas, animais, tudo que se movia ou não se movia, buscando alguma ideia de como iria realizar a busca.

- Lembrei! -  de repente lembra-se de algo que já tinha realizado em missão, salta para baixo. - Posso usar a técnica Moguragakure no Jutsu, para sentir a sua presença, nossa como não havia pensando nisso antes. - em seguida fecha os olhos, respira e inspira por dez segundos, canaliza o seu chakra para os seus pés, levantando um deste e pisando forte no chão, sente uma energia percorrendo seu corpo, em seguida consegue sentir, através das forças magnéticas, a movimentações de pessoas, animais, insetos, tudo que esta em contato com o solo ao redor, ainda com os olhos fechados, consegue enxergar e identificar a localização da senhora, através das vibrações da terra. - Te achei, sua vagabu .... ops! - ria em seguida. - Ela esta naquela loja de flores, realmente seria difícil de enxerga-la até de perto, vou ir lá. - terminando o monologo, segue em direção a floricultura. Ao abrir a porta, o sino acima toca, indicando sua presença.

- Olá, em que posso ajudar? - um senhor careca, barba grisalha por fazer, utilizando um macacão jeans escuro sobre uma camisa vermelha, atrás do balcão, com um sorriso e os olhos fechados.

- Estou procurando uma senhora de vestido florido.

- Ah, a madame Hujung!?

- Quem me chama. - a mulher surge de trás de umas das prateleiras a esquerdar.

- Eu, recuperei a bolsa do pilantra que te roubou agora a pouco.

- Olha só madame, sua bolsa. Graças a pessoas como este garoto, que deposito minha fé no futuro, nessa juventude.

- Também não é pra tanto querido, me dê aqui menino. - estendia a mão inchada.

- Deveria ter deixado com ele, esta bolsa velha, pela sua falta de educação, mas enfim, toma aqui coroa. - arremessa a bolsa para cima da mulher, que se atrapalha a pegar.

- Que rapaz mal educado, como trata uma layde como eu, desta forma.

- Não exagere madame, ele esta sendo ríspido com a senhora, pois foi da mesma forma com ele. Garoto, muito obrigado por sua ajuda. - o senhor piscava o olho.

- Ah sim, de nada, precisando estamos aí. - respondia entendendo o sinal, para se retirar.

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