Deveres Alheios ( Kage Bunshin )

| Uchiha Obanai |

Eu podia ser só um clone, mas pelo menos não tava parado. De fato, não havia nada a se fazer nesta madrugada a não ser perambular pela cidade pelo tempo que me restava. Sem muito a perder, decidi ir até o gabinete do Raikage e verificar as missões de nível D que estavam disponíveis, me voluntariando a participar de duas as quais considerei interessantes. Uma delas resumia-se a basicamente dar cabo de um pequeno grupo de criminosos infantes que estavam assombrando algumas ruas da cidade pelo período da noite, enquanto a outra era resgatar um cachorro que havia sido levado por alguns meliantes. Presumindo que o conceito das missões era bem parecido, decidi que seria bom cumprí-las rapidamente, além de que o nível era extremamente baixo, sendo ambas Rank D. Após confirmar as escolhas e relatar a atendente, fui dispensado do local e enviado a procura do grupo. Não fora muito difícil encontrá-los, uma vez que faziam bastante barulho por conta de suas conversas paralelas. Chegando próximo aos mesmos, pude perceber a presença de ao menos cinco adolescentes com roupas rebeldes e pequenas armas brancas, inclusive uma delas manchada com sangue. Por mais que possuísse os mesmos defeitos que o original, eu ainda mantinha suas qualidades e ideais. Eles haviam ferido - Se não matado um inocente. Isso não sairia impune. Aquele que mostra suas presas a um inocente pagaria com sua própria vida, e eu estava disposto a dar esta lição em nome de meu originário. Pulando dentre as sombras, realizei selos manuais, pronto para lançar um poderoso jutsu da natureza elemental do fogo, mas logo cessei minhas ações ao perceber a presença do cachorro descrito pela missão, imediatamente mudando o rumo de meus ataques para uma investida direta que prezasse pela vida do animal. Com velocidade incapaz de ser acompanhada pelos olhos daqueles malfeitores, fui capaz de segurar o cachorro nos braços e levá-lo para alguns metros de distância antes de realizar a sequência por mais uma vez e amassar uma enorme quantidade de chakra no estômago, expelindo-a como um vórtice espiral de potência capaz de reduzir um corpo humano a cinzas. — "Katon: Bakufu Ranbu!" — A técnica foi feita, e os homens mal tiveram tempo de reagir. Antes mesmo da explosão ígnea ocorrer, segurei o animal de quatro patas por mais uma vez e disparei contra o gabinete do Raikage, temendo que meu tempo útil de vida estava chegando ao fim. A fumaça subia e os corpos sem vida pairavam ao chão, mas eu não me importava em ter matado tais. Eram nada mais do que vagabundos desorientados, os quais mereceram tal punição. Chegando no gabinete, relatei todos os acontecidos e então entreguei o animal a recepcionista, antes de me retirar do local e esconder-me dentre as sombras, finalmente desaparecendo em uma pequena nuvem de fumaça. Por mais que o tempo tivesse sido curto, Ao menos sabia que minhas ações haviam rendido frutos a Kumogakure.

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