Katsushiro aproveita a aparição do sol, raridade do inverno, para se dirigir enfim ao escritório onde aceitava as missões, hoje, tinha dormido muito e acordou quase na hora do almoço, esperançosamente teria ainda algumas missões para pegar, precisava do dinheiro, ao sair do escritório o garoto estava sorridente, pelo visto, seria um dia atarefado, tinha que primeiro cuidar de uma floricultura, e depois ficou de ir até o laboratório da vila servir de garoto de entregas, estaria sendo útil para várias pessoas hoje.

Teve alguma dificuldade para encontrar o caminho da floricultura, ficava numa parte da cidade distante do orfanato em que morou toda sua vida, teve que pedir indicações para os bairristas que o ajudaram solicitamente. A floricultura propriamente se tratava de uma estrutura rosa, acoplada na rocha de uma montanha, tinha recebido já a chave para entrar, devia apenas cuidar das plantas e as instruções receberia lá dentro. De fora não parecia muito grande, dava para ver pela arrumação da vitrine que dentro havia uma recepção pequena, com pequeninas e mimosas plantinhas para serem cuidadas, Katsushiro estava tranquilo, daria tempo para completar ainda a outra missão do dia.

O pequeno abre a porta e se depara com um bilhetinho e um pergaminho do lado, o bilhete continha uma seta para o pergaminho e estava escrito com uma caligrafia horrorosa “instruções”. O pergaminho não era diferente, parecia mais símbolos de um alfabeto desconhecido do que os caracteres da língua que falava, além do fato de que o pergaminho continha tantas instruções que o garoto não conseguiria contar sua quantidade de imediato. Teve muita dificuldade para ler, mas as instruções dizia expressamente para não tocar nas plantas da vitrine, ele deveria entrar na porta do fundo e seguir os corredores. O Genin então tranca a porta que entrou e entra na porta dos fundos, seguindo as instruções, acaba em um Hall que dava para outros corredores, cada um com indicações por cima da passagem, nomeando cada Setor, deveria seguir para o Setor C, achar o corredor da seção 15, e regar todas as plantas ali, aquelas eram as plantas que necessitavam de água todo dia, se não certamente morreriam. O Genin ficou assustado com a estrutura colossal da floricultura dentro da montanha, tinha vários setores e várias seções, cada qual com várias salas, e cada sala parecia ser uma estufa com milhares de planta. Deu muita sorte que só devia regar as plantas de uma só seção, tinha 7 portas nesse corredor, 3 de um lado, 3 do outro, e uma na ponta.

Continuou lendo as instruções, dentro de cada sala tinha uma mangueira, que devia sua potência e vazão devia ser regulada com os valores indicados no pergaminho, esses tinham de ser precisos e por isso Katsushiro levou vários tempos para conseguir decifrá-los. Além disso, tinha de correr com o trabalho, caso contrário, não teria tempo para cumprir a outra missão, o garoto não queria falhar no seu segundo dia de trabalho.

Sorte que cada estufa continha apenas uma espécie de planta, e todas eram bem pequenas, era fácil de jorrar água nelas com a mangueira, e que as estufas em que estava trabalhando não eram grandes, conseguia cobri-las com a mangueira sem ter de se mover muito. Mesmo assim, já anoitecia quando saía da floricultura, não teve tempo de comer nada nem pausas, e ainda tinha que correr para chegar ao laboratório da vila antes que acabasse seu horário de funcionamento.

Exausto, o Genin corria por entre as casas acopladas às montanhas, dentro de seu vilarejo natal, pelo menos dessa vez sabia onde ficava o laboratório, e não teve dificuldades de achar o caminho de volta para o centro da vila, e se guiou a partir de lá. Chegou ofegante e suado, não ligava pro frio cortante que clamava pela noite invernal, seu corpo estava quentíssimo, e os recepcionistas do laboratório confundiram-no num primeiro momento com um enfermo. Logo a confusão se dissipou, assim que Katsushiro se apresentou e mostrou alguma documentação, e prontamente entregaram uma pequena caixinha de vidro que continha incontáveis pílulas, o Gennin agradece pela prontidão deles, se despede, e sai em direção ao quartel general de Kumogakure.

O quartel funcionava 24 horas, era um quartel afinal, o garoto não precisava mais correr, e caminhando pelas vielas sentia a sinfonia de dores que seu corpo produzia, não tinha parado desde que entrou na floricultura, estava exausto, todo seu corpo latejava, não havia comido nada também, estava faminto, tinha que adquirir o hábito de levar comida consigo urgentemente. O quartel general ficava longe do laboratório, se não não seria necessário uma missão para realizar o transporte das pílulas, mesmo que ao mesmo tempo, todo o caminho podia ser feito por dentro da vila, então os riscos eram quase nulos. Katsushiro estava muito cansado para prestar atenção em qualquer outra coisa que não comandar seus pés a se moverem apesar da dor, a corrida em direção ao laboratório o fatigou demais, e percebia isso na medida em que seu corpo esfriava.

Chegou depois de uma boa caminhada ao quartel general, foi muito bem recebido, aguardavam ansiosamente pelo conteúdo que o Genin levava consigo, até mesmo ofereceram uma refeição para o garoto, perceberam o seu estado deplorável de cansaço, os ninjas eram solidários também, ainda mais com crianças ninjas, recém graduadas, todos eram capazes de sentirem empatia porque também passaram pelas mesmas tribulações. Katsushiro assinou e recebeu a assinatura dos devidos documentos e foi diretamente para o orfanato, sua casa, e mais propriemente, foi diretamente para sua cama, enfim dormir.

Considerações:

Jutsus utilizados e ativos:

Databook:

Ok. Leia o Sistema de Databook onde explica que caso você faça alguma ação com força/velocidade máxima irá custar 1 ponto de stamina para não causar problemas em narrações futuras.