— Para onde devo ir, Hayabusa-baa? — indagou o rapaz, antes de descer da grande montanha.

— Para onde você jamais deveria ter saído, pequeno Meiko. — respondeu a mãe-falcão.

Coração e mente do rapaz o guiavam em direção ao dojo. Desceu o mais rápido que pôde daquela montanha, rumo ao vilarejo da maneira mais rápida que conseguiu, esquecendo-se completamente de que agora poderia tê-lo feito pelo ar, com a simples conjuração de um falcão. Meiko não corria, mas andava apressadamente até os portões do vilarejo, onde recebia olhares constantes, como se fosse alguém procurado pelo vilarejo; não era para menos, já que estava fora do vilarejo sem justificativa e num período chuvoso como aquele, despertar a atenção seria comum a qualquer um.

A vestimenta inadequada fez Meiko dar meia volta após cruzar mais da metade do caminho em direção ao local onde crescera na infância, forçando-o a desviar o caminho para poder ir até sua casa, onde poderia vestir algo apropriado para a remissão de seus erros com a própria família, uma roupa tradicional que usavam todos os anos em festivais promovidos pelo próprio velho Sho. O coração palpitante do genin da Folha o fez repensar e repetir diversas vezes um discurso pré-moldado à cabeça, além de traçar movimentos que poderiam ser feitos contra ele pelos órfãos, já que não esperava uma recepção amistosa, ainda que soubesse que tinha condições de enfrentá-los a todos sozinho.

Com o girar da maçaneta, as sandálias de madeira voaram com um movimento dos pés para um dos cantos da sala; a bolsa ninja e a Token para o outro com o desatar do cinto. Meiko correu até o quarto, ainda com a porta principal aberta, e despiu-se para secar o corpo molhado da chuva com uma toalha limpa, sequer importando-se em tomar um banho quente para quebrar a friagem do mau tempo. Com um cardigã tradicional negro contendo o símbolo do dojo de Sho nas costas, e um macacão ninja também preto, se dirigiu à porta, cheio de esperanças, para deparar-se com um corpo que mal foi capaz de identificar, uma vez que sumira em um amontoado de fumo branco, apesar de ter deixado uma clara mensagem.

Meiko tinha uma missão.

Novamente dividido entre o caminho shinobi e o caminho do guerreiro, o genin da Folha apoiou-se no batente da porta principal e deixou uma lágrima escorrer, olhando na direção onde daria início à sua proscição ao dojo de Sho. Deu meia volta, anexou o cinto que prendia a bolsa ninja em sua perna, e a Token à cintura, bem como a Tanto no lugar que pertencia.

— Parece que vou decepcioná-los... — balbuciou cruzando a porta, fechando-a. — De novo.

No local onde a mensagem o guiava, erguia-se uma presença imponente de uma ninja superior, que passava ordens ao transtornado shinobi, que após ouvir todo o briefing inicial da missão, despertou de sua melancolia para um interesse súbito no conteúdo da missão. Não tratava-se apenas de uma tarefa comum de um genin, mas uma provação para a vila e para o próprio rapaz, apesar de completamente arriscado. Tentado a dar meia volta, Meiko tomou o mapa nas mãos e observou-o com as mãos trêmulas para analisá-lo da melhor forma possível, de modo que pudesse abstrair todos os detalhes possíveis.

— Eu aceito a missão. — declarou enrolando o papel que lhe fora dado e guardando-o na bolsa ninja.

Dirigindo-se para além do portão norte, tornou-se atento aos arredores imediatamente, tanto para seguir o mapa, quanto para evitar quaisquer surpresas. Com a mão à empunhadura da espada, esperava quaisquer obstáculos para colocar a honra do dojo à prova.

Considerações:

Não era novidade que o caminho pela floresta tomaria grande tempo da jornada; o mapa marcava uma região que findaria em uma região ainda desconhecida pelo genin e, por isso, tomava todo o cuidado necessário para evitar que quaisquer contratempos pudessem impedi-lo de concluir a missão com sucesso. Analítico e cauteloso, observava sempre os traços deixados por animais selvagens, atento à presença de predadores, mas principalmente à presença de outros seres humanos nos arredores, mantendo-se calado durante todo o percurso, e quando precisava subir nas árvores, o fazia com chakra, de modo que o esforço fosse mínimo.

Desta maneira, intercalava o percurso por entre os galhos, arbustos e as clareiras que a floresta podia proporcioná-lo, vez ou outra alimentando-se de pequenas gomas doces que levava dentro da bolsa ninja para saciar seu vício por açúcar, além de auxiliar na concentração e afastar o sono. O fez até o terreno gradualmente começar a modificar a composição, indo de árvores ricas em folhagens para árvores frutíferas, um solo mais acidentado e menos traços de animais pelo ambiente. "Menos animais significa presença humana... Ou talvez um habitat diferente?", pensou o rapaz.

Ter notado os traços de animais o fez pensar sobre a maneira como avançava pelos galhos, porém foi o trio de homens à frente que o impediu de continuar o caminho. Com um baque, parou de saltar assim que viu o menor sinal dos homens, e os observou por algum tempo até que pudesse se movimentar novamente de maneira segura sem ser notado. "Merda, eles estão indo na mesma direção que eu preciso ir. Essas manchas... com certeza não tem nada de bom aí.", constatou ao observar as manchas de sangue presentes nas vestimentas.

— Certo, vamos lá. Eu consigo. — Convenceu a si mesmo, respirando fundo.

Meiko iniciou uma espécie de perseguição, mantendo uma distância segura para que pudesse ao menos ver até onde os sujeitos seguiriam. Parte de sua atenção também era voltada para o ambiente ao redor, buscando quaisquer outras ameaças para que não fosse pego de maneira desprevenida.

Considerações:

A cada galho que pulava com a maior cautela possível para minimizar o barulho, a ansiedade aumentava. A cada aumento da ansiedade, uma nova goma doce recheava as papilas gustativas do genin com o sabor adocicado misturado de alguma outra sensação, variando do cítrico ao azedo. Saboreava, por último, uma de morango; esta especial, já que era o sabor preferido de Meiko. Trazendo grandes lembranças, também trazia grande concentração ao rapaz, que saciava a necessidade do corpo por sacarose, e conseguia por fim prestar atenção o suficiente na missão.

Aos ouvidos, as vozes chegavam baixas e com a audição baixa, mas possíveis de serem decifrados por um cauteloso ninja como Meiko era. O assunto parecia ter sido o motivo das roupas dos homens estarem completamente manchadas em sangue; as vozes despertavam interesse no genin da Folha, principalmente pelo fato de ressaltarem três nomes que não lhe eram nem um pouco desconhecidos: Nara, Akimichi e Yamanaka, três dos clãs nobres do vilarejo. "Eles mataram? Sequestraram...?", pensou tentando buscar à mente algum reporte de sumiço nos últimos dias. "Droga, o que eu faço?"

Atento ao objetivo final, um portão se estendia no fim do caminho. No fim da última frase, a necessidade das batidas no portão impediu o terceiro de identificar o quarto nome procurado pela suposta gangue de bandidos, mas mesmo assim prestou atenção na sequência de batidas tão logo observou que tratava-se de um código. "Droga. Filho da mãe... fale logo o nome do clã!", exclamou mentalmente, mas incapaz de continuar o caminho pelo ar, a estratégia teve de se adaptar à situação, agora conhecendo um pouco mais do teor da missão que fora escalado.

— Tá bem... vamos lá. — cochichou sozinho, enquanto traçava um plano. — Se eles estão atrás dos clãs nobres, com certeza tem mais gente envolvida... E os Nara, Yamanaka e Akimichi não são os únicos. Agora, como eu vou entrar nessa fortaleza... bem...

Decidido a dar continuidade aos homens de mochila que seguiu, transformou-se pelo Henge no Jutsu em uma aparência que seria um amálgama dos capangas que seguira, incluindo as roupas ensanguentadas e a mochila no mesmo modelo. Meiko tomou alguma distância da floresta e retomou o caminho andado pela trilha até o portão, onde realizou a mesma sequência de batidas, e aguardou para ver o que conseguiria tirar daquele estratagema.

Considerações:

Jutsu:

Na primeira batida no portão, o coração de Meiko começou a acelerar. Na segunda sequência, engoliu em seco a saliva que lhe preenchia toda a boca; um nó se formava na garganta e o nervosismo tomava conta do corpo inteiro do rapaz. Não haveria doce qualquer que seria capaz de aliviar o stress que a mente do genin estava passando àquele momento, mas mesmo assim, insistiu em tomar uma última goma doce à boca antes de finalizar a sequência e dar de cara com uma mulher com uma aparência um tanto quanto peculiar, mas não tão inesperada a julgar pelo ambiente que estava entrando. Ela o recebia com intimações; com a transformação, a voz rouca e ríspida também vinha junto com a resposta.

— Ora, mulher. Não é tão fácil pegar a informação desses filhos da puta. Sabe como é, né... Enfim, eu vou indo nessa. — descontraiu, forçando uma personalidade completamente contrária a dele.

Não se assustou com o fato de conseguir ter entrado, já que as aparências dos bandidos era realmente parecida, principalmente no que se diz respeito a vestir trapos como roupa. A peculiaridade que notou inicialmente foi o fato de que todos carregavam cada qual um pergaminho em suas mãos; a estratégia seria transformar algo dentro da bolsa em um pergaminho, de modo que pudesse usá-lo como um salvo conduto para continuar naquele recinto. Assim, Meiko seguiu a comoção até a única estrutura de pé dentro daquela fortaleza mórbida e desconstruída, onde deparou-se com aquele que parecia ser o mandante daquela operação: o possível alvo final da missão.

Diante daquela presença, o genin estremeceu, engoliu em seco e cerrou o punho em nervosismo enquanto ouvia o discurso repugnante. A julgar pelas palavras daquele que parecia ser o líder, Meiko imaginou que teria algo a ver com os clãs nobres do vilarejo, embora citasse o clã Uzumaki, cujo papel na história de Konoha era essencial para o desenvolvimento daquele vilarejo, e imediatamente a palavra era direcionada ao capanga que o genin representava. O dedo apontado para si fez a alma do rapaz gelar, mas imediatamente se desdobrou para manter as aparências.

— Sim, senhor! — respondeu em alto som. — Os Uzumaki... Bem, os caras são casca grossa. — iniciou vasculhando a mochila, enquanto na verdade formava um pergaminho com o Henge no Jutsu, com a mesma aparência dos demais. — Eles tiveram dois Hokage desse clã, e parece que os caras são bem fortes, com predisposição pra todas as áreas ninja, olha só. Inclusive, eles podiam ter pacto de sangue com alguns animais, então acho que temos que ter muuuuito cuidado com esses putos. — falou abrindo o "pergaminho", que continha textos gerados imediatamente à transformação por Meiko, cujo objetivo era apenas gerar um viés de confirmação com informações completamente abertas.

Meio sem jeito, Meiko guardou o pergaminho e esperou que a menção dos Hokage anteriores pudesse salvar sua vida, além de confiar no grande blefe que tentava dar.

— É isso que eu consegui, chefe!

Considerações:

Jutsu:

Mesmo sem saber o objetivo final daquilo, Meiko safava-se com conhecimentos prévios e uma grande enrolação, num jogo de palavras que transmitia credibilidade para com os criminosos na hora de reportar a missão. Tudo parecia correr bem conforme os relatos eram apresentados, e nenhuma desconfiança acima do que o genin da Folha  disse parecia ter surtido algum efeito negativo naquela gangue; todos os dados que eram dados em excesso pelos criminosos eram anotados mentalmente por Meiko, cujo objetivo ali seria um relato para seus superiores dentro do vilarejo.

Tal qual foi a surpresa quando a mesma mulher que o recebera carregava um corpo consigo. Ela tomou uma posição de destaque, que por si só já demonstrava o papel dela naquele ambiente; surpresa mesmo foi o discurso dela, tomando também a revelação de quem pertencia o cadáver que levava nos ombros. Meiko arregalou os olhos e engoliu em seco. "Ela... matou alguém do clã Senju?!", exclamou mentalmente, temendo o poder da mulher como se fosse alguém que realmente despertava seus medos mais primitivos.

— Então é disso que ela falava. — murmurou consigo, relembrando o briefing que tivera na missão.

Logo mais, o processo de coleta dos pergaminhos aconteceu, e sem nenhum receio, Meiko adicionou o dele no pacote de invólucros. Desta maneira, até o último pergaminho ser coletado, houve um silêncio mortal, antes da gritaria e desespero instaurar-se no ambiente com a última frase do homem que aparentava ser o líder da gangue. A curiosidade de Meiko pelo pavor dos criminosos era grande, e foi uma única frase solta que ouviu no meio do pavor que o fez tomar uma ação imediata; de alguma forma, eles sabiam que o rapaz era um impostor..

— Eles sabem. — cochichou.

E era tarde demais para fugir dali. Os céus pareciam rugir com um estrondo que relembrava uma tempestade, e um feixe de luz atingiu o teto com poder brutal, desfazendo-o em grandes destroços. O ninja da Folha desfez sua transformação e imediatamente estendeu os dedos médio e indicador de ambas as mãos, cruzando-os em um selo de mão característico, criando em resposta a seu estímulo de chakra, uma duplicata que emergira de uma nuvem de fumaça branca, ao lado do corpo original. Enquanto Meiko sacava a Token que carregava consigo em postura de batalha, o clone tecia selos de mãos olhando para o alto, concentrando chakra.

— Futon: Daitoppa! — soavam em uníssono.

Vento fluiu pelo ambiente, buscando dilacerar e desacelerar os grandes destroços; sabia que somente isso não seria suficiente, e por isso, o corpo original estava ali. O chakra fluía pela espada, aumentando o alcance e o poder de corte ao fazer o chakra de vento transitar pela extensão do fio da lâmina. A técnica Hien entrava em ação, tornando a lâmina de Meiko não só mais mortal, como longa o suficiente para separar os destroços em vários pedaços que caíam aos poucos ao redor do trio idêntico, esmagando os membros da gangue como consequência.

Em algum período de tempo, a saraivada teve um fim, e um ofegante Meiko resultava da queda da sala. O clone se dissipava em chakra, e para a surpresa do ninja da Folha, lá estava a mulher musculosa esperando-o após o fim de tudo.

— Foi você que fez isso? Você vai pagar! — disse avançando contra a mulher, sem pensar.

Com chakra vertendo da lâmina, Meiko não precisava chegar perto demais da adversária. Lembrando-se dos ensinamentos que tivera com Sho, depositava na lâmina empunhada toda a fúria do guerreiro, e com a Token posicionada em um ângulo de quarenta e cinco graus, buscava um corte diagonal que levaria do ombro à região lombar da mulher, caso houvesse êxito.

Considerações:

Jutsu:

Os sermões do velho Sho costumavam ser demorados, mas com grande fundo de verdade e uma gigantesca reflexão no fim das contas. As frases que saíam da boca do velho atingiam os órfãos como agulhas, pois penetrava no âmago das crianças que sequer sabiam metade das palavras que o velho falava, que no final faziam algum sentido.


A frase ecoou na mente de Meiko, frente a frente com a assassina desarmada, Akamine, sua mais nova adversária. O golpe errado teria desestabilizado o rapaz, não fosse a frase advinda de seu subconsciente, que o controlava para não se perder durante toda aquela situação de tirar o fôlego. Embora não fosse possível tirar da cabeça o movimento que a mulher fizera, mais impressionante era a ambiciosidade do inimigo em contar os fins que aquela organização buscava: atacar a líder do vilarejo.

Atacar o vilarejo seria um ato que deveria deixar um ninja completamente furioso. Todavia, Meiko não dava tanta importância para a integridade do vilarejo em si, mas sim para aqueles que moram dentro: os órfãos do dojo Hanadō, seus irmãos, a maior motivação para ter buscado poder fora do caminho do guerreiro pregado pelo velho professor. Aquela intenção da mulher fez o coração de Meiko acelerar em raiva; os olhos tiveram as veias intensificadas, e o pescoço pulsava, enquanto os dentes cerrados eram mostrados como presas de um predador prestes a enfrentar sua presa. No acesso de fúria, a velocidade da mulher deixava de ser um problema com uma técnica básica da academia, cujo poder impulsionava o poder veloz do genin, que com certa dificuldade podia ainda observar a finta giratória que Akamine desferia no ar.

— Você! — Gritou saltando ao ar, para cima, buscando esquivar do golpe da mulher assim que ela estivesse próxima de desferir o golpe.

No meio do percurso aéreo, com a espada em mãos, uma aura tomou conta da lâmina por completo conforme o Meiko imbuía a extensão metálica da Token com o poder do vento. Ainda no ar, o rapaz giraria o próprio corpo em pleno ar com o braço dominante - portador da espada - estendido ao máximo, buscando decepar a perna da mulher, que à hora estaria na posição anterior de Meiko.

— Vocês não vão tocar um dedo na Hokage, e tampouco na Folha, seus filhos da puta!

Considerações:

Jutsu:

Nem um braço quebrado seria capaz de impedir a fúria implacável de Meiko. Abandonando toda a dor, depositando-a totalmente em um único ponto, a alma de todo guerreiro: sua própria lâmina, ainda que grosseiro, o balançar da espada imbuída em vento foi suficiente para decepar o membro da mulher por completo, a um custo que poderia colocar em jogo o sucesso da missão. O sangue mal foi capaz de se prender à espada, e jorrou pelo ambiente inteiro, assim como o fazia da ferida da assassina desarmada.

Agora distanciado da inimiga de uma só perna, o combate parecia chegar a um fim. Nem mesmo a mulher seria capaz de ferir o orgulho do guerreiro Meiko.

— Grite! — berrou. — Você já está morta, só não percebeu ainda!

Energia alguma disparada pelo corpo de Akamine desestabilizava o genin. A espada de aço vertendo energia de vento buscava seus inimigos, e ansiava por mais sangue, e somente um acontecimento inesperado foi capaz de mudar todo o curso do combate. Havia mais um ator dentro daquele teatro, o homem que anteriormente exigia dos bandidos os relatórios acerca das capturas dos clãs nobres do vilarejo, e o homem responsável pelo fim daquele primeiro combate.

Da maneira inesperada como ocorreu, Meiko ficou incapaz de reagir frente ao corpo desfalecido de sua inimiga, uma vez que entendia que todos naquele ambiente estariam juntos contra ele. Sem conceber o acontecido, apenas testemunhou a presença de Bofu no ambiente, agora sabendo o nome do mandante de toda aquela operação; mesmo assim, manteve-se resoluto e com o olhar profundo contra o homem de cabelos negros.

— Você... — iniciou o rapaz, mas tornou-se incapaz de responder quando a dor atingiu seu braço esquerdo.

"Merda... meu braço!", pensou, enquanto agonizava por alguns segundos; o ar parecia fugir dos pulmões, e a voz já não parecia mais querer sair pela garganta, enquanto um nó era formado no estômago e mil pedras pareciam esmagar o braço esquerdo. O coração de Meiko o mandava largar a lâmina e segurar o membro enfermo; o instinto mandava seguir as instruções do líder do bando, e atacá-lo de uma vez só, mas a mente emitia todas as vezes a mesma frase que o velho Sho havia dito durante anos de treinamento no dojo.


— Sim... Mestre Sho. — murmurou baixinho. — Mas se eu morrer aqui... saiba que morri por vocês.

Meiko encarou Bofu profundamente nos olhos, arqueando as sobrancelhas em um sinal ameaçador, ao passo que recompunha-se psicologicamente do abalo causado pela dor do membro quebrado.

— Eu vou ser bem claro, uma vez mais, filho da puta! Você não vai tocar um dedo em Konoha!! — anunciou, mantendo a postura de combate.

Considerações: