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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Convidado
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Sequestros Suspeitos
O sol já estava se pondo quando o jovem Jyu Viole Grace chegou ao gabinete do Kage, poucos minutos depois de receber o chamado. Os arranha-céus estavam alaranjados devido ao reflexo do céu no longo rio que cortava a vila, o movimento de pessoas era grande nas proximidades e os restaurantes e bares já começavam a abrir. Ao adentrar no prédio, não precisou andar muito para encontrar o que procurava. No fim do corredor, uma das portas estava entreaberta, estampando um enorme número 11.

– Estou te falando, você não conseguiria. – Era possível ouvir algumas vozes vindas daquela sala, aparentemente de uma senhora de idade mais avançada.

– Você sempre me subestima, Oji-chan. – Respondeu uma outra mulher, com uma voz bem doce e calma.

Neste momento, o garoto apareceu na porta. A sala era enorme, todas as paredes estavam repletas de prateleiras com livros. Eram tantos que acabavam exalando um odor de folhas velhas. No centro dela, havia uma escrivaninha, também com pilhas de livros. Sentada nessa escrivaninha estava uma moça e, sobre uma dessas pilhas, um gato de pelos azulados.

– Ora... para estar parado ai, você deve ser Jyu, certo? – Disse a mulher, percebendo a presença do Genin. Ao se aproximar ele pode notar com mais clareza a beleza dela. Pele clara, longos cabelos negros, preso do lado esquerdo com uma borboleta e deixando duas franjas caindo pelo rosto, e seus olhos eram azuis. Vestia uma blusa branca com flores azuis e sem alças e uma saia alta preta. – Aqui... pegue! – Tornou a falar, estendo um pergaminho à Jyu. Ao pegá-lo o garoto pode ler:

Sequestros Suspeitos
Descrição: As mulheres da nossa vila estão sendo raptadas por um homem estranho. No depoimento de uma das seqüestradas, ela disse que nada aconteceu, que o homem só ficava com uma pose entranha. Temos suspeitas que seja, “Koru”. Ache ele e de um fim nesses seqüestros estranhos.

1

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OFF:


Última edição por Gabz em 16/07/20, 07:34 pm, editado 2 vez(es)
Anonymous
Hikaro
Jōnin
Hey There!
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jyu viole grace

Uma nova missão!

⌠CH⌡ 1000/1000 ⌠HP⌡ 650/650⌠Stamina⌡ 000/004 Palavras:697



O inverno havia chego. Apesar de ainda estar em seu começo, era perceptível o frio que envolvia o ambiente. Aquele dia, em específico, o frio havia dado certa trégua. Não havia nuvens carregadas de neve, nem aquelas famosas tempestades que cobriam de branco a região.

Aquele dia, especialmente, estava incrivelmente bonito. O sol se pondo tingia de laranja a vila, enquanto o jovem Jyu caminhava pensativo na direção do gabinete do Mizukage. Aquela seria a sua segunda chamada para uma missão, o que o deixava apreensivo. Em que tipo de loucura se meteria agora?

Passou por uma pequena multidão de amigos, se dirigindo para um dos bares mais badalados da vila, pensando amargamente o quanto eles tinham sorte de ter amigos de verdade. Balançou a cabeça, tentando tirar aqueles pensamentos de sua mente. Ele não precisava disso, pelo menos, não por hora.

Apressou o passar, chegando rapidamente no prédio imponente, no meio da vila. Parecia que toda vez que ele ia para lá, mais ansioso ele ficava quanto ao que seria passado para ele. Apesar da primeira missão ter sido um sucesso, ele sentia que talvez as coisas não iriam tão bem assim nesta.

Deu os primeiros passos dentro do prédio, tentando se lembrar onde deveria ir. Sala 11, não deveria estar tão longe assim...

Caminhou com uma certa tranquilidade, quase sem emitir sons. Olhava para as portas com certa monotonia no olhar. Sala 6... Sala 7... Estava quase chegando.

– Estou te falando, você não conseguiria. – ouvia, ao longe, uma voz mais idosa, vinda de uma das salas a frente. Instigado pela curiosidade, apenas continuou a se aproximar, agora com mais calma.

– Você sempre me subestima, Oji-chan. – dizia a voz de uma mulher, agora mais nova que a anterior, enquanto o garoto se aproximava da porta.

Sala 11. Havia chego.

Parou em frente a porta, correndo seus olhos pela sala. Se surpreendeu com o tamanho da mesma, sendo maior do que o esperado. Suas paredes eram recheadas de livros e prateleiras, com uma pequena mesa no centro, coberta de papéis, livros e um gato. Ah, sim, e havia uma mulher também.

Seu olhar se direcionou para ela, como que sem saber o que fazer para chamar a atenção ao fato de que havia chego. O que, de fato, não precisou.

– Ora... para estar parado ai, você deve ser Jyu, certo? – ela perguntou, se aproximando do garoto, que ficou vermelho a mera menção de seu nome. Sem conseguir responder, apenas balançou a cabeça, confirmando, enquanto a mesma se aproximava dele.

Conforme se aproximava do gennin, o mesmo sentiu sua face aquecer o suficiente para que achasse que estava pegando fogo. Mesmo sem ver, sabia que sua face estava envergonhada e o motivo disso era simplesmente a presença daquela mulher.

Sua pele clara lhe dava uma sensação gostosa de olhar, parecia ser extremamente macia. Seus longos cabelos negros, presos por uma pequena e delicada borboleta, pareciam exalar um perfume delicado. Em sua franja, duas pequenas mechas emolduravam a sua face, destacando os olhos azuis brilhosos, como uma leve e suave onda que invadia o seu corpo e parecia penetrar em sua alma.

– Aqui... pegue! – disse a mulher, estendendo-lhe um pergaminho. Sentindo o seu coração bater mais forte, o garoto pegou o mesmo, tocando levemente seus dedos no da mulher, o que lhe fez ter um grande arrepio.

Tentando disfarçar, leu o conteúdo do pergaminho, tendo ciência, pela primeira vez, sobre o que se tratava da missão. Arqueou as sobrancelhas, tentando compreender aquilo. Quem diabos era Koru?

Respirou fundo, até se virar para a mulher. Aquela, talvez, fosse a pergunta que transformaria a missão em um sucesso ou não.

-D-d-descul-pe... – gaguejou, tentando ultrapassar a sua timidez em frente a uma mulher tão formosa. – Q-quem é... Koru?

Após ouvir a resposta, faria mais uma pergunta, que talvez o ajudaria a pensar.

-O-onde ocorr-rreu os sequ-questros? E com que... com que frequência?

Aguardaria a sua resposta, e, fosse qual fosse a resposta dada, apenas agradeceria, se dirigindo para a saída do prédio. Assim que saísse, usaria o Kinobori para subir até o teto do prédio, para ter uma visão perfeita da cidade e analisar, talvez, os pontos que havia perguntado para ela.

((Considerações Finais)):

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Obtenha a evolução do Iryō Ninjutsu: Angell no Hōhō.
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Tenha cinco jutsus classificados como "genjutsu" de rank B ou superior.
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Adquira uma qualidade de perícia (elemental, armamentista, etc.).
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Compre/treine um jutsu classificado como "elemental" de rank B ou superior.
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Torne-se um mestre elemental.
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Protagonista
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Seja o suporte (curandeiro, sensor, etc.) do grupo durante um evento mundial.
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Com um personagem consolidado (ou seja, que não tenha sido resetado totalmente por um período mínimo de 12 meses reais [em OFFgame]), que respeita o nome de seu clã (isto é, que luta e que até morreria para perseverar a honra e a glória de sua linhagem de
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Sequestros Suspeitos
O garoto parecia um pouco assustado com a presença daquela mulher ali, ainda mais quando ela se aproximou. Apesar de tentar disfarçar, o seu rosto levemente corado e sua dificuldade ao falar acabavam entregando o nervosismo dele.

– O Mizukage só pode estar brincando, essa criança mal consegue falar. – Enfim o garoto pode ver de quem era a voz velha. Sim, justamente da gata, que estava se ajeitando novamente sobre os livros da escrivaninha.

– Oji-chan, já disse que você tem que parar de falar essas coisas para as pessoas. – A mulher se curvou um pouco, tentando se aproximar do ouvido do garoto. Colocou uma das mãos ao lado da boca, como se estivesse escondendo da gata. – Não liga para ela, a idade já está afetando, sabe? – Deu um leve sorriso e virou-se, indo se sentar novamente. – Bem, vamos lá... Kuro costumava a ser um shinobi da nossa vila. Quando ele ainda era um chuunin, ele atacou sua colega de equipe e acabou a matando, os motivos ainda não sabemos, e foi preso por 10 anos. Recentemente ele foi solto e os sequestros começaram, então temos ele como principal suspeito.

– Algumas das vítimas conseguiram escapar, mas ainda há desaparecidas. – A gata começou a falar, complementando a fala da moça. – Os casos não costumam ocorrer em um período de tempo exato, então não podemos afirmar quando o vai ser o próximo, mas creio que logo, já faz alguns dias do último. Todos eles, pelo que temos de informação, ocorreram em locais com pouco movimento e com baixa iluminação. Talvez vigiar os bares e restaurantes seja um bom começo.

Após agradecer e se despedir, Jyu rapidamente subiu no topo do prédio, tendo uma visão perfeita do arredor da vila. Dali podia ver uma quantidade volumosa de restaurantes e bares a sua esquerda, bem próximo ao prédio, assim como uma grande aglomeração de luzes à direita, porém um pouco mais afastado de onde estava.

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Uma nova missão!

⌠CH⌡ 273/1000 ⌠HP⌡ 650/650⌠Stamina⌡ 000/004 Palavras:637



– O Mizukage só pode estar brincando, essa criança mal consegue falar.

Essa simples frase fez o garoto ficar ainda mais vermelho. A vergonha que passou com essa mera frase foi ainda maior do que a surpresa em descobrir que quem havia dito era a gata em cima da mesa. Aquilo, definitivamente, era algo fora do normal... Mas, quem era ele para julgar, já que ele vivia falando com as borboletas?

– Oji-chan, já disse que você tem que parar de falar essas coisas para as pessoas. – viera a mulher bonita em sua defesa, fazendo o menino corar um pouco mais, se é que aquilo era possível. Ao que parecia, aquele não era um bom dia para ele...

– Não liga para ela, a idade já está afetando, sabe? – disse, sorrindo para o gennin, o que o fez retribuir o sorriso. Aos poucos, sentia seu rosto esfriando. Estava se acostumando, aos poucos, a estar na presença daquelas duas, apesar de ainda se sentir sem jeito e se perdendo no olhar da mulher que agora se sentava em sua cadeira...

– Bem, vamos lá... Kuro costumava a ser um shinobi da nossa vila. Quando ele ainda era um chuunin, ele atacou sua colega de equipe e acabou a matando, os motivos ainda não sabemos, e foi preso por 10 anos. Recentemente ele foi solto e os sequestros começaram, então temos ele como principal suspeito. – começava, fazendo Jyu arquear as sobrancelhas.

10 anos preso e eles nunca descobriram os motivos dele ser atacado? Alguma coisa ali não estava cheirando bem para o jovem gennin...

– Algumas das vítimas conseguiram escapar, mas ainda há desaparecidas. – emendou a gata, fazendo com que o shinobi ficasse encucado. Se as vítimas escaparam e não conseguiram localizar as restantes, isso significava que ele estava em um beco sem saída. Deveria existir, pelo menos, mais de um esconderijo em que ele poderia estar. Como queriam que ele resolvesse aquilo? E o pior... Sozinho?

– Os casos não costumam ocorrer em um período de tempo exato, então não podemos afirmar quando o vai ser o próximo, mas creio que logo, já faz alguns dias do último. Todos eles, pelo que temos de informação, ocorreram em locais com pouco movimento e com baixa iluminação. Talvez vigiar os bares e restaurantes seja um bom começo.

O gennin sorriu com aquela nova resposta. Bares e restaurantes significavam bebidas e, consequentemente, mulheres bêbadas. Talvez, ali, fosse realmente uma dica valiosa. Fez uma reverência e saiu, se dirigindo ao topo do prédio mais alto da vila. Podia ver o contraste do lado oriental com o ocidental.

Enquanto o lado direito refletia vida e luz, a esquerda tinha a maior movimentação, como era típica dos bares e restaurantes. Olhou para o horizonte, vendo finalmente o sol sumir por entre as luzes da vila.

“Se for hoje que o Kuro vai tentar alguma coisa, vai ser agora a noite... Alguma vítima vindo ao bar? Ou somente uma mulher após a vinda ao bar?”

Fosse qual fosse a resposta aquela situação, o rapaz não podia dar conta daquilo sozinho. E ele tinha a técnica perfeita para aquilo.

- Kage Bushin no Jutsu! – e, ao seu lado, apareceram mais duas cópias de si mesmo. Com um sorriso, fez com que um dos clones utilizasse o Henge no Jutsu, transformando a sua aparência na de uma mulher parecida com a mulher mais nova do escritório, com a diferença que os olhos ainda eram os do jovem gennin.

Descendo do prédio, o clone transformado andou por entre as ruas, mantendo um andar simulando a de uma pessoa levemente embriagada. Passou pelos bares, se afastando da balbúrdia. Ao mesmo tempo, o gennin e o clone que sobraram andavam cada qual em uma rua diferente, utilizando o jutsu Kekkai: Tengai Hōjin, de forma a poder monitorar o movimento do clone e qualquer outro movimento suspeito...

((Considerações Finais)):


Última edição por Hikaro em 15/07/20, 12:52 pm, editado 2 vez(es) (Motivo da edição : edição dos códigos)

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Sequestros Suspeitos
O jovem genin agiu rápido, criando dois clones e transformando um deles em uma mulher. A aparência dela era cordial e quase impossível de se passar despercebida, afinal, inspirou-se na mulher que conhecera minutos atrás. Os três desceram do prédio e seguiram cada um por um caminho diferente. O original e o clone masculino mantiveram-se andando pelas vielas a poucos metros de onde o clone transformado estava, de modo que conseguissem monitorá-lo com sua barreira de detecção.

Os bares e restaurantes mais movimentados ficavam todos em uma grande avenida as margens do rio que cortava a vila. Era o melhor lugar para um comércio desse tipo, visto que ele era uma das características principais da vila. A avenida era cortava por várias vielas que, em dado momento, acabavam se conectando umas com as outras.

Jyu, o clone, adentrou a primeira viela que separava dois restaurantes de lámen. Logo a esquerda, virou em uma rua totalmente sem iluminação, que dava pros fundos de um dos restaurantes. O odor era desagradável, uma mistura de diferentes comidas estragadas. Ratos corriam por toda a parte. Vez ou outra, por cima dos muros, aparecia um gato faminto. Em meio as trevas, pode perceber o que parecia uma garotinha, pouco maior que ele, com as roupas rasgadas e revirando os lixos, desesperada.

[...]

Enquanto isso, Jyu, o original, foi um pouco além, andando pelas vielas atrás de bar relativamente cheio. O frio parecia não surgir efeito naquelas pessoas ou, pelo menos, o calor humano acaba aquecendo a elas. A música estava alta e a conversa mais ainda. Mas não o impediu de ouvir, a alguns metros dali, o grito de uma mulher, pedindo por socorro, em tons de desespero e angústia.

Se o genin fosse até o local, iria reparar em dois rapazes, já muito machucados, brigando. Um deles, um moreno de 1,80m de altura armado com uma faca. O outro, um pouco mais baixinho e com a pele clara, porém com músculos bem definidos. Naquele instante, o moreno, aparentemente fora de si, estava por cima do menor e com a faca em seu pescoço. A mulher, loira e usando um vestido vermelho, chorava olhando a cena.

[...]

Entre eles, havia um bar com uma aparência bem diferente dos demais estabelecimentos. Era velho, os muros estavam com sinais de remendo a cada rachadura que aparecia. Os letreiros, que deveriam informar o nome do bar, estavam faltando algumas letras. Mas, curiosamente, era o local mais lotado da região. A frente dele, sentados em algumas mesas, vários homens, entre civis e shinobis, bebiam e conversavam normalmente. Até uma mulher, aparentemente embriagada, chamou a atenção deles. Não teve um que não fintou seus olhos nela. Alguns até tentaram lançar algum elogio. Jyu não disse uma palavra, não queria se entregar, apenas continuou andando. Ficaram assim, até ela sumir no final da rua, virando em um dos becos.

O beco em que o clone transformado virou tinha uma iluminação bem ruim, devido as lâmpadas queimadas. Após andar alguns metros, logo abaixo de um poste, pode perceber uma silhueta um tanto quanto estranha. Não conseguiu definir se aquilo era uma pessoa, um animal ou qualquer outro objeto, devido à falta de luz. A medida que se aproximava, ficava mais claro o desenho. Era um homem, com o cabelo bem penteado, vestido com um terno roxo com alguns broxes de ouro. Ele estava em uma posição bizarra, com as costas um pouco inclinada. Uma mão estava apoiada sobre o joelho enquanto a outra segurava a cintura. Ele encarava, fixamente, a mulher que caminhava em sua direção, sem dizer uma palavra.

Quando menos percebeu, o clone do genin já não conseguia mais se movimentar. Apenas permaneceu parado, encarando o homem. Por mais que ele quisesse sair dali, por algum motivo, não conseguia. A estranha figura, então, começou a mover-se em sua direção e a falar, com uma voz fina.

— Ora, o que uma moça tão bela quanto você faz em um lugar como esse a essa hora da noite? O que acha, minha dama, de eu te acompanhar até sua casa. Pode ser perigoso ir sozinha. — Cada vez ele ia se aproximando mais.

Jyu e seu outro eu conseguiam sentir tanto o clone transformado parado quanto o ser se movimentando até ela.

3

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Uma nova missão!

⌠CH⌡ 258/1000 ⌠HP⌡ 650/650⌠Stamina⌡ 001/004 Palavras:1816



Os passos dados nos tortuosos e escuros becos das ruas de Uzushiogakure deixavam o jovem gennin tenso, mesmo ele sendo um mero clone das sombras. Por trás da cena de alegria e conversas altas provindas dos bares há poucos metros de distância, ficava aquela cena desolada, que inspirava o terror e, de certa forma, o nojo pela sujeira que parecia brotar de todo o lado.

Tentando segurar o nojo e a vontade de vomitar, tentou se adaptar aos poucos ao odor que exalava daqueles becos. Aos poucos, começava a perceber que mesmo naquele fedor e nas trevas, havia vida se movendo em cada pequeno ponto negro daquele ambiente desolado. Com um sorriso, via as sombras de ratos em alguns pontos próximos ao que parecia sacos de lixo e comida estragada.

Tentando deixar de lado esses pensamentos, seguiu em frente, desbravando um mundo totalmente desconhecido daquele que estava acostumado em sua própria vila. Tentou não prestar atenção nos vultos de gatos magros e famintos, que pareciam querer seguir com a cadeia alimentar a cada leve demonstração de corrida dos ratos.

Se concentrou apenas na missão de sua existência. Apenas queria garantir a segurança das mulheres e cuidar do vilão, Kuro. E com a menina mexendo no lixo, praticamente a sua frente.

“Espera...O que?” – se perguntou, sem expressar uma mísera palavra, observando melhor a situação que encontrava na sua frente.

Remexendo no lixo, uma garota pouco maior que ele. Apesar de já ter visto antes pessoas em necessidades de rua, a maneira com que ela se movia era diferente. Havia uma certa urgência no ar em cada movimento da menina. Era muito mais do que apenas fome. Parecia um desespero muito mais profundo, desesperador.

Quase ao mesmo tempo, sua barreira fez com que sentisse um leve arrepio em seu corpo. Seu clone feminino havia parado, enquanto outro vulto se aproximava dele, deixando-o indeciso sobre seu próximo passo. O que era mais importante naquele momento?

Ajudar uma menina apavorada? Ou tentar salvar seu “clone irmão” de algo aparentemente perigoso?

[...]

Do outro lado, Jyu andava por entre as ruas bem iluminadas dos bares. A temperatura fria que começava a tomar conta de toda a vila pelo começo do inverno parecia não diminuir o calor humano que emanava daquele lugar. Os risos estavam extremamente agudos para o gosto de Jyu, mas o mesmo sentia uma leve inveja daquela cena.

Por um instante, diminuiu o seu passo, apenas para aproveitar brevemente aquele ambiente que lhe dava uma sensação de ardor. Sentia a vibração da música alta que rodeava o lugar, competindo com as risadas e as conversas. Talvez, ter amigos de verdade fosse exatamente aquele tipo de coisa: algo caloroso e harmonioso. Quem sabe, futuramente, ele não tivesse uma experiência similar?

Se concentrou novamente em sua missão, mas deixou guardado aquela estranha sensação que sentira no fundo de seu coração. Talvez, ele voltaria para aquela rua, um dia.

Afastando estes pensamentos, voltou a andar, parando por alguns segundos quando um grito se sobrepôs levemente ao som das músicas e das risadas. O terror estava nítido na voz, aguda, provavelmente de mulher. Aquilo, definitivamente, não era algo comum.

Olhou a volta, na esperança que algum outro shinobi pudesse ter ouvido aquele pedido de socorro. Se concentrou por um pequeno momento, sentindo o seu clone. Até o momento, não havia nenhum tipo de perigo, além de ainda ter outro clone vistoriando o lugar para poder proteger o outro.

Se xingando por dentro, saiu correndo na direção do grito, andando por alguns metros em um outro beco. Entretanto, o que quer que esperasse não era nem de perto o que chegou a ver.

O cenário era de uma briga. Uma briga bem feia, diga-se de passagem. Um homem alto, moreno, já bastante machucado da luta que tivera, segurava outro, mais baixo mas aparentemente mais forte, com uma faca em seu pescoço. Ao fundo, o choro de uma mulher deixava a cena ainda mais impactante para o jovem gennin.

No mesmo instante, sentia o seu clone paralisado, enquanto outro indivíduo se aproximava dele, o deixando paralisado por um instante. O que fazer? Ajudar e impedir aquela cena a sua frente? Ou ajudar o seu clone?

[...]

Para o clone mulher, as coisas estavam bem mais diferentes, a começar pela aparência de onde estava passando. Naquela rua, ganhava o destaque um bar com uma aparência um tanto quanto degradada e velha. No letreiro, que indicaria o nome, parecia faltar letras, o que deixou o jovem gennin-clone confuso. Seria aquilo proposital?

Entretanto, fosse proposital ou não, era o local mais animado daquela região. O tanto de gente, assim como a iluminação e as conversas e risadas animadas, deixavam claro como era popular aquele bar, mesmo que fosse, aparentemente, mal cuidado. Fosse qual fosse o motivo, Jyu continuou focado no seu papel.

Caminhou trançando levemente as pernas, dando a impressão de embriaguez, para evitar que seu caminhar de garoto se tornasse tão evidente. Seus cabelos negros, embora presos da mesma forma que da mulher do escritório, parecia levemente desleixados, o que lhe deu um certo ar suave e sexy.

Quem quer que observasse com calma, veria os olhos atentos daquela mulher, totalmente diferente de alguém embriagada, o que refletia muito a inexperiência de Jyu neste tipo de caso. Mas mesmo com este pequeno deslize, sua atuação chamou atenção dos homens no bar. Recebera até alguns elogios, o que o fez ficar extremamente envergonhado.

Apesar de saber que estes elogios não eram, especificamente, dirigidos a sua pessoa, ainda assim não era comum o menino receber qualquer tipo de elogio ou de atenção das pessoas a sua volta. Por algum motivo, era normal ele ser “esquecido” pelas pessoas que o rodeavam.

Tentando evitar este tipo de situação por mais tempo, virou no primeiro beco que apareceu. Apesar da iluminação ser ruim devido a algumas lâmpadas queimadas, o garoto continuou em frente. Sabia pelas reações dos homens do bar que deveria ser tentador o suficiente para se tornar uma vítima do homem que estava procurando.

Andou por alguns metros, vendo, sob a luz de um poste a alguns metros de distância, algo um tanto quanto estranho. Forçou seus olhos, mas a iluminação não ajudava a definir o que estava a sua frente. Engolindo em seco, reduziu a sua velocidade, mas continuou com a sua interpretação, enquanto chegava cada vez mais próximo do estranho vulto a sua frente.

Aos poucos, conseguiu perceber que, de fato, era um homem à sua frente, em uma pose extremamente ridícula. Apesar de estar bem vestido com um terno, as corres berrantes do roxo da vestimenta e dos adornos dourados deixavam o garoto um tanto quanto abismado com tanta falta de bom gosto.

A pose que ele usava para encarar o gennin o deixava ainda mais com calafrios pelo corpo. A inclinação de suas costas, assim como as posições dos braços, parecia algo totalmente irreal, sobrenatural até. Engoliu em seco vendo aquela cena e tentou seguir em frente, continuar a sua atuação.

“Mas que m...” – pensava, assustado, enquanto sentia o seu corpo parar no lugar. Levando em consideração que o homem à sua frente era um chunnin, ele provavelmente deveria ter caído em um genjutsu de paralisia. Ou algo tão surreal quanto a posição que ele ainda observava a sua presa.

Respirou fundo, enquanto ele pensava no que fazer. Se ele se desfizesse naquele momento, ele acabaria dando na cara que era uma armadilha. Talvez, ele teria que continuar com aquela situação.

Quando o homem começou a caminhar em sua direção, um arrepio percorreu o seu corpo. Mas foi somente quando ele começou a falar que o gennin percebeu que ali havia uma verdadeira oportunidade. Talvez, até mesmo de salvar as mulheres desaparecidas.

[Kuro]— Ora, o que uma moça tão bela quanto você faz em um lugar como esse a essa hora da noite? O que acha, minha dama, de eu te acompanhar até sua casa. Pode ser perigoso ir sozinha.

Deixando seu rosto enrubescer, o garoto simplesmente ficou parado, sem falar nada. Deu um leve gemido, indicando estar estranhando a situação, mas nada mais que isso. Só esperava que nenhum dos seus parceiros atrapalhasse o seu plano.

[...]

Jyu-clone parou, tentando imaginar o que fazer a seguir. Respirou profundamente, antes de fazer o selo necessário e criar outro clone com o Kage Bushin no Jutsu. Tão logo realizou o clone, colocou a Máscara de Afrodite, para parecer um homem um pouco mais velho. Enquanto o clone sumia por entre as sombras, o Jyu levemente mais velho se aproximava da garota a sua frente.

[Jyu-clone-1] – Com licença, moça... – criou coragem para se aproximar lentamente dela, tentando vencer a timidez para falar sem gaguejar. – Sou um shinobi... Pre-precisa de ajuda?

Se aproximaria devagar dela, a ponto de evitar qualquer susto da garota ou de cair em uma armadilha. Nunca sabia o que esperar daquelas estranhas missões que o mandavam...

[...]

O clone criado pelo Jyu-clone logo subiu a parede, alcançando o telhado. Com cuidado, caminhou lentamente, evitando fazer qualquer barulho. Sabia que o que quer que fosse fazer naquele instante, teria que agir com cautela. Não poderia arriscar acabar em um fracasso aquela missão.

Parou os seus movimentos no instante em que viu a cena do clone-mulher. Ficaria em alerta, esperando pelos movimentos do seu inimigo. Se o clone-mulher desaparecesse, ele utilizaria o jutsu mais rápido que ele tinha no momento, e o que menos precisava de selos: o Wind Release: Air Bullets.

[...]

O Jyu-original ficou estático por dois segundos, antes de tomar uma decisão. Ele sabia que nunca ficaria em paz consigo mesmo se deixasse aquela cena prosseguir, por mais que a missão ainda continuasse. Por precaução, ficou a distância, certo de que ainda tinha que salvar o homem menor, mesmo sem entender aquela situação.

Afinal, ninguém morreria em sua presença. Pelo menos, não aquele dia.

Usando a sua máscara, transformou-se em um garoto mais velho, com feição mais dura e olhos negros. Apesar de manter seus cabelos longos, o gennin ficou levemente mais confiante naquele instante. Apesar de não ser a sua especialidade, pegou uma kunai e a arremessou na direção do braço do homem com a faca.

[Jyu]- Parem agora mesmo!! – gritou, com força, de forma a chamar a atenção dos três à sua frente. -  O que diabos está acontecendo aqui?

Sabia que aquilo não era algo muito inteligente de se fazer, mas esperava que a dor e o susto parasse os homens por um pequeno instante. Caso por algum motivo quisessem continuar a lutar, ele usaria dois jutsus seguidos: o seu único genjutsu, o Kasumi Jūsha no Jutsu , seguido pelo Fūton: Hanachiri Mai, nem que precisasse se usar do chakra do colar para tal.

Caso precisasse usar a força bruta, usaria poder o suficiente no jutsu elemental para jogar ambos os homens contra a parede, de forma a desmaia-los, o que não deveria ser difícil, a julgar pelos machucados em seus corpos...
((Considerações Finais)):

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Sequestros suspeitos
— P-por favor... Me-me ajude! — Ela se virou para o garoto e sua imagem se tornou mais nítida. Seu corpo era tão magro que até os ossos de sua face eram visíveis. Estava suja. Seus olhos estavam forrados por lágrimas de desespero. — Tem três dias que não como... E-eu não tenho ninguém. — Ela tremia. Não parecia com alguém que causaria algum mal ao garoto, muito pelo contrário, precisava muito dele.

[...]

O genin original, por sua vez, agiu rápido. Sacou uma kunai e com um arremesso preciso, cravou-a no antebraço do homem que estava armado. Este, rapidamente se virou para o garoto.

— NÃO SE INTROMETA NOS MEUS ASSUNTOS! — Gritou, partindo para cima do jovem. Jyu então colocou-o em um genjutsu, entretanto não foi o suficiente para pará-lo. Apesar de ser apenas um civil, o rapaz tinha a virilidade de um shinobi e desferia golpes precisos nas figuras. Ele só parou depois que foi atingido por um ciclone de pétalas que o arremessou em direção ao muro de um dos estabelecimentos. A última técnica utilizada pelo genin, no entanto, foi forte o suficiente para causar sérios ferimentos no civil que agora precisava de cuidados médicos urgentes.

— O que você pensa que está fazendo, ele é meu marido. — A mulher corria em direção ao homem para ver como ele estava.

— Valeu, salvou minha vida cara, te devo uma. — O outro rapaz, mais baixo, acenou com a mão e correu dali.

Neste momento tanto ele quanto o clone que estava com a garotinha faminta puderam perceber que o homem e os outros dois clones deixaram o beco escuro e saíram do raio de detecção da sua barreira.            

[...]

Diante dos olhos do novo clone, a estranha figura do homem se aproximou do clone-mulher. Então, com um rápido lance de pés, girou seu corpo, ficando ereto e apoiou seus braços sobre ombros e pescoço dela. Ainda sem entender nada, ambos começaram a andar. Quem quer que passasse pelo local pensaria que aquele era um comum casal de namorados que recém saíram de alguma festa.

— Então, bela moça, o que te trás a um local tão perigoso como esse? Ah, entendi, mas é melhor que alguém te acompanhe, certo? Nunca se sabe que tipo de perigo essas ruas escuras podem trazer. Mas não se preocupe, eu irei protege-la... Não, não precisa agradecer, é uma honra para mim. — O homem conversava, como se a mulher estivesse o respondendo, mesmo não mexendo os lábios.

O “casal” andou por alguns segundos, até chegarem a uma pequena casa. Ela era bem padrão, não se diferenciava nem um pouco das outras presentes na vila. Aparentemente nada que levantasse alguma suspeita. O clone de Jyu seguiu-os até o local.

— Nossa, me desculpa, acabei te guiando até minha casa. Costume sabe? Aproveitando que está aqui, não gostaria de entrar para tomar uma xícara de café? Não, não será nenhum incomodo... Deixa-me só achar minhas chaves. — O homem começou a revirar seus bolsos à procura da chave.  

_____

Considerações:

4
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Uma nova missão!

⌠CH⌡ 197/1000 ⌠HP⌡ 650/650⌠Stamina⌡ 003/004 Palavras:949


A mulher a sua frente, estava, de fato, desesperada. Sua voz transmitia tamanha dor e sofrimento que o deixou paralisado por um pequeno instante. Seu corpo era nada mais que um saco de ossos ambulantes, tamanha magreza que tomava conta da mulher. Seus olhos, fundos pela falta de alimentação, expressavam sua dor através das lágrimas.

Olhando para a mulher a sua frente, o garoto lembrou, por um instante, de Hama. Apesar de sua mestra não ter passado fome, sua dieta restrita, assim como o seu treinamento um tanto quanto meticuloso a deixaram com a pele tão ressecada quanto a musculatura da mulher a sua frente. Balançou a sua cabeça, tentando apagar a comparação em sua mente e se focar na situação bem a sua frente.

Suspirou, enquanto apontava para voltar na direção da rua dos bares. Mal conseguiu balbuciar algumas palavras, sentindo as lágrimas embargarem a sua voz. Até onde ia a injustiça desse mundo?

[Jyu-clone-1] – Vamos, eu pago algo... – dizia, enquanto esperava a mulher seguir a sua frente. Apesar de querer ajudar, sabia que o desespero deixava as pessoas um tanto quanto perigosas. Esperaria ela seguir em frente, para perguntar:

[Jyu-clone-1] – Q-qual seu no-nome? – não conseguiu deixar a sua timidez de lado desta vez, apesar de ter se enchido de coragem para falar suas últimas frases, mas mesmo assim, por um pequeno instante, gostaria de aprender um pouco sobre o lado obscuro da vila...

[...]

A primeira coisa que passou em sua mente foi merda! Não esperava que uma mera pergunta fosse o suficiente para que a situação ficasse totalmente fora de controle. A raiva e o descontrole do homem à sua frente fez com que se utilizasse de um genjutsu para acalmá-lo. Entretanto, isso não foi o suficiente.

Vendo a habilidade do homem com a faca ao atacar suas ilusões, o garoto decidiu deixa-lo fora de combate o quanto antes. Mesmo reduzindo a força de seu pequeno furacão de pétalas, foi o suficiente para que o homem ficasse fora de combate. Entretanto, ele havia levado um dano considerável, precisando de cuidados médicos o quanto antes.

Vendo a mulher correr na direção do homem, chamando-o de marido, e o outro homem aparentemente correndo dali, ele se viu, de repente, sem tantas opções assim. Apesar de tudo, ele ainda havia atacado um civil, mesmo que por pura defesa. Ele precisaria, pelo menos, reverter a situação do homem à sua frente.

[Jyu] – Se me deve algo, venha aqui. Agora! – disse, usando novamente o jutsu anterior, desta vez no homem que tentava, desesperadamente, fugir.

Apesar de usar o tornado de pétalas, reduziu o máximo possível o seu poder, apenas para trazer o homem que havia libertado até a sua frente. Assim que o mesmo parasse, o pegaria pelos ombros e perguntaria, irritado, sentindo os seus clones se afastarem aos poucos. Por que ele ainda perdia tempo com aquela situação?

[Jyu] – Me diga, com todas as letras, o que diabos estava acontecendo aqui. E não tente mentir. – disse, olhando irritado para o rosto do homem à sua frente. Ele deixaria o clone cuidar da situação. Em qualquer caso, sabia que conseguiria a informação de onde eles estivessem se um deles desaparecesse.

Após a resposta do homem (se ele respondesse a pergunta), daria a ordem para que ele chamasse ajuda médica caso fosse um mero desentendimento. Caso o homem também desmaiasse, ordenaria a mulher correr atrás de ajuda, enquanto saltava em direção ao telhado e seguindo na direção de onde seus clones seguiram, mas devagar, em uma tentativa de descansar.

Quando encontrasse o clone que seguia o casal, desativaria o jutsu Kekkai, parando para descansar. Deixaria para ver como a situação iria seguir antes de tentar efetuar qualquer ação.

[...]
Enquanto isso, o clone mulher e o segundo clone criado apenas seguiam, ouvindo as esquisitices que Kuro dizia. Irritado, o segundo clone se segurou, aguardando o momento perfeito para livrar o seu outro eu das mão daquele cara um tanto quanto estranho.

Já ao lado de Kuro, o clone mulher apenas esperou pacientemente. Sabia, instintivamente, que ele não se deixaria sozinho naquela situação. No mínimo, o seu original ou o outro clone que foi criado com ele os estavam seguindo. Continuou com a sua interpretação de mulher tímida, apesar de sentir uma certa vergonha de ter que passar por aquilo naturalmente, o que reforçou ainda mais a sua atuação.

Os segundos se arrastavam, deixando os clones apreensivos por quanto tempo aquilo iria durar. Somente quando pararam em frente a uma casa, que finalmente perceberam que haviam conseguido encontrar o que tanto procuravam. Não apenas uma abertura quando fora procurar a chave como também o local em que, possivelmente, estava se escondendo por todo este tempo.

Havia chego, finalmente, o momento de agir. Sem esperar que seu inimigo conseguisse encontrar as chaves, o clone masculino realizou selos o mais rápido possível, fazendo o que parece ter se tornado o jutsu preferido de Jyu: o Fuuton Hanachiri Mai, enquanto saltava, na direção da rua.

Sua intenção era jogá-lo na direção da parede e deixa-o prensado, enquanto, ao cair, se utilizava de mais uma técnica: o Wind Release – Bullets, mirando especialmente em suas costas. Esperaria ali, segurando uma kunai, pronto para arremessa-la em suas pernas caso ele ainda resistisse.

Já o clone mulher, se assustaria e daria um passo para trás, caso pudesse se mover. Se, por qualquer motivo que fosse, Kuro resistisse e se dirigisse na direção do clone masculino, utilizaria um Rasengan diretamente em seu ponto cego. Caso o procurado desmaiasse com a sequência de ataques, o clone mulher procuraria a chave em seus bolsos para abrir a porta de sua casa, na esperança de libertar as mulheres que ainda não haviam sido encontradas...
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Sequestros Suspeitos
Sem saber os reais riscos da situação, Jyu adotou uma posição de cautela. Ao convidar a garota para comer algo, os olhos dela se encheram de lágrimas, ainda incrédula. Sem pestanejar, caminhou em direção aos bares, não poupando agradecimentos ao genin. Entraram no restaurante o qual ela revirava o lixo momentos atrás. Um homem gordo, com cabelos e barbas pretas, olhou para a dupla, primeiramente com uma expressão de raiva. Mas, ao notar que o garoto era um shinobi, mudou para um semblante mais calmo e atencioso.

— Ora grande Ninja, sentem-se. Hoje é por conta da casa. — Ao se sentarem à uma das mesas, o homem serviu duas tigelas de lámen, uma para cada, e complementou. — Quando ver o Mizukage, fala que mandei um abraço.

— Obrigada! Obrigada, mesmo! — A garota tremia e chorava enquanto comia desesperadamente.

O primeiro impasse estava resolvido.

[...]

A poucos metros dali a situação estava estranha. O jovem não fazia ideia do que estava acontecendo, mas não tinha muito tempo a perder. Vendo a reação da mulher, utilizou novamente o tornado de pétalas, de forma mais consciente, para trazer o rapaz que ele avia liberado para sua frente. Assustado com tudo aquilo, o rapaz não ousou desobedecer ao shinobi e correu imediatamente atrás de ajuda médica.

Segunda situação controlada. Só faltava mais uma.

[...]

Percebendo a brecha de Kuro que procurava pelas suas chaves. O clone agiu rápido. Novamente, utilizou o Fuuton: Hanachiri Mai, lançando o homem contra a parede. Não querendo dar chances de reação, assim que pulou os muros, utilizou um novo jutsu atirando balas de ar em direção ao alvo que habilmente conseguiu escapar e ao mesmo tempo se lançar contra o clone. O que ele não contava era com a kunai que veio logo na sequência, atingindo sua perna de apoio. O sequestrador deslizou sobre o chão e foi atingido por um Rasengan em sua costa. Ele jamais imaginaria que a mulher que levara para sua casa àquela noite, estava à sua caça.

Com Kuro desacordo, Jyu fuçou em suas roupas até encontrar às chaves da casa. No momento que a abriu a porta e acendeu as luzes viu meia dúzia de mulheres amarradas pelos braços às paredes. Utilizando uma kunai, cortou as cordas e as liberou, tentando acalmá-las e informar que todo àquele pesadelo havia terminado. Enquanto isso, um dos clones buscou por reforços que não tardaram a chegar.

Enfim a terceira situação estava controlada.

5

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