Novamente sozinho, Rá tinha seus cantos de mundo para descobrir, dessa vez busquei cenários menos verdes e palcos de menos vidas. Kumogakure abrigava lugares assim de sobra, pouca variedade de vida se adapta as condições que circulam regiões montanhosas, muito se dá pela temperatura, solo e pressão atmosférica, dependendo do quão alto estamos falando aqui. Nesse dia não fui tão alto, achei um relevo plano e escondido pela junção de algumas montanhas, era ideal para os experimentos e treinamento adiados há um tempo.

Uma das principais ferramentas de um shinobi, se não a principal, é o chakra que corre em seu corpo. Naturalmente sempre tive uma ligação íntima com essa energia, havia abundância dela no meu organismo e o corpo exercia controle cirurgicamente preciso quando necessário. Ainda mais próximo, os últimos aprimoramentos do meu ser acordaram a capacidade de recuperação passiva e constante do chakra. Inevitavelmente me encontrei completamente fisgado e interessado pela nova habilidade, em meio ao nada e prestes a explorá-la até onde meus limites físicos aguentassem.

Não seria difícil, considerando todos os fatores que rodeavam meu ser. O entendimento de como a recuperação constante de chakra funcionava já estava sob abrigo da minha mente e corria livremente pelo corpo, porém, a eficiência ao recuperar energia não era tão grande. Basicamente eu iria gastar chakra e dar atenção ao que é recuperado de forma passiva, me aprofundando no funcionamento e, como tudo na vida, repetindo a prática até resultar em algo.

Somei o treinamento a outras necessidades que me levariam ao gasto de chakra, medidas de precauções defensivas que já deveriam estar comigo. Juntei as mãos, manipulei a energia e os selos rápidos trouxeram transcrições negras e velozes pela pele, senti-as raspando por todo o percurso que descreviam em torno do umbigo. Deixar a marca ali, escondida das vistas de qualquer um traria mais alternativas em situações complicadas, embora o cuidado adotado fosse severamente o mesmo em todas as situações.  

A energia foi gasta e no momento seguinte conectei minha atenção com a circulação e reserva de chakra que trabalhavam em recuperar o que foi perdido. Não era suficiente, novamente juntei as mãos e um único selo fez uma pequena explosão de fumaça ao meu lado e uma réplica perfeita.

– Talvez você fique no escuro um tempo, sinto muito por isso – desculpei-me e puxei um pergaminho de dentro da capa, já abrindo-o no ar.

O papel estava preparado para aquela situação desde que saí de casa mais cedo, com escritas e chakra já sobre a superfície. Assim que o abri uma sucção tomou conta do clone e o roubou para dentro do pergaminho, levando também metade do meu chakra e desafiando as capacidades regenerativas do mesmo.

Com o fim do dia eu esperava um meio diferente e mais eficiente em recuperar chakra, mas a prática e observação apenas aumentaram a quantia a absorver. Não estava estacionado nem regredindo, mas ainda parecia insuficiente.

Considerações:

Equipamentos:

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