A chuva fina da primavera caía sobre Kumogakure enquanto eu terminava meu treino. Os pingos d'água escorriam pelo meu rosto quando um mensageiro do QG se aproximou, ofegante. "Arashi Sasakibe, você foi convocado para uma missão urgente!" ele disse, a voz carregada de seriedade.ESTALO.

Rapidamente ajeitei minhas roupas e chequei meu equipamento. Minhas novas espadas, que eu havia adquirido recentemente, brilhavam sob a luz pálida do dia. "Parece que finalmente terei a chance de usá-las em ação", pensei enquanto as prendia as costas. Segui até o QG com uma mistura de curiosidade e determinação, imaginando o que estava por vir.

Ao chegar, um Chunin já me esperava com o pergaminho da missão em mãos. "Sua missão é proteger uma caravana de comerciantes que está vindo para Kumogakure. Eles transportam bens valiosos, e há informações de que bandidos planejam emboscá-los antes de chegarem à vila", ele explicou.

Senti a gravidade da situação e respondi com um aceno firme. "Entendido. Não deixarei que nada aconteça à caravana", falei com confiança. A ideia de enfrentar bandidos com as novas espadas me animava, mas eu sabia que precisaria de mais do que força bruta. Era hora de mostrar minha habilidade em combate e estratégia.

Após sair do QG, segui rapidamente para o ponto de encontro com a caravana. O clima continuava chuvoso, o que poderia ser um fator tanto a meu favor quanto contra. "Com a chuva, os bandidos podem se sentir mais ousados, mas isso também me dá a chance de usá-la ao meu favor", pensei, ajustando o capuz para evitar que a água escorresse para os olhos.

Quando cheguei ao local combinado, os comerciantes já estavam reunidos. Havia três carroças grandes, cheias de mercadorias, e um pequeno grupo de mercadores que pareciam nervosos. Um deles, provavelmente o líder, me cumprimentou com um aperto de mão firme. "Você deve ser o shinobi designado para nos proteger. Meu nome é Kaito, e essa é minha caravana", disse ele, com a voz séria.

Analisei o grupo. Não pareciam ter qualquer habilidade de combate, o que tornava minha presença ainda mais crucial. Olhei ao redor, mapeando mentalmente o terreno. "Com esse caminho estreito e a floresta densa ao lado, o local perfeito para emboscadas seria alguns quilômetros adiante", calculei. Decidi manter uma postura defensiva e caminhar ao lado da caravana, sempre atento ao menor sinal de movimentação estranha.

"Se vierem, estarei pronto para lutar e proteger", pensei, sentindo o peso das espadas em minhas costas.

Com a caravana finalmente em movimento, segui ao lado das carroças, atento a cada detalhe ao redor. O som da chuva suave batendo nas folhas era quase relaxante, mas eu sabia que o perigo podia surgir a qualquer momento. Os mercadores conversavam em voz baixa, trocando olhares nervosos de vez em quando. Era evidente que todos estavam cientes da vulnerabilidade da situação.

"Estamos muito próximos daquele ponto da estrada que imaginei ser perfeito para uma emboscada", pensei, com os olhos fixos no terreno ao nosso redor. ESTALO. À medida que nos aproximávamos de uma curva em que a estrada estreitava ainda mais, fiquei em alerta máximo. A floresta ao lado parecia densa e escura, um local ideal para qualquer ataque surpresa.

Tirei uma das espadas da bainha discretamente, apenas para estar preparado. O aço frio em minhas mãos me deu uma sensação de segurança. "Se algo acontecer, precisarei agir rápido e com precisão", lembrei-me, controlando a respiração para manter a calma.

Foi então que ouvi um ruído vindo dos arbustos à frente. "Aqui vamos nós", pensei, apertando o cabo da espada. Estava preparado para qualquer eventualidade, e logo veria se minha intuição estava certa. "Será agora que o ataque virá?" me perguntei, olhando para os lados.

De repente, o silêncio foi quebrado por um som estridente de aço se chocando. Bandos de homens mascarados surgiram das árvores, correndo em nossa direção com espadas e kunais nas mãos. "Emboscada!" gritei, já saltando para frente para enfrentar o primeiro atacante que se aproximava.

Um dos bandidos tentou atacar com uma lâmina na vertical, mas desviei habilmente para o lado, sentindo o peso da espada passar rente ao meu corpo. Com um giro rápido, empunhei uma das minhas espadas e desferi um golpe diagonal que o atingiu na lateral, derrubando-o no chão. "Um já foi", pensei, concentrado no próximo oponente.

Os mercadores começaram a gritar, tentando se proteger nas carroças enquanto eu avançava. Outro bandido veio em minha direção com uma kunai levantada, seus olhos cheios de malícia. Ativei meu controle de chakra nas pernas para aumentar minha velocidade, esquivando de seu ataque e desferindo um corte em seu braço, forçando-o a recuar.

A cada movimento, meus sentidos estavam completamente aguçados. Os bandidos eram numerosos e coordenados, tentando me cercar. "Não posso deixá-los alcançar as carroças", pensei, estalando os dedos em um reflexo nervoso. Mantive uma das espadas à frente enquanto girava o corpo para defender outro ataque. A batalha estava longe de terminar.

A batalha parecia interminável. O som das espadas se chocando ecoava ao meu redor, enquanto meu corpo começava a dar sinais de cansaço. Meu fôlego estava cada vez mais pesado, e meus braços já sentiam o peso das espadas que empunhava. “Preciso terminar isso logo,” pensei, estalando os dedos involuntariamente. Olhei ao redor e vi mais dois bandidos vindo na minha direção, com espadas em mãos e um olhar determinado de quem não vai desistir fácil.

Segurei as espadas com mais firmeza, forçando meu corpo a continuar. Um dos bandidos avançou, tentando me atingir com um golpe direto. Eu desviei por pouco, usando o impulso para contra-atacar com uma das espadas, cortando seu braço. Ele gritou de dor e caiu no chão. Antes que o outro pudesse reagir, eu fiz os selos rapidamente. “Raiton: Raijū Tsuiga!” invoquei, e um relâmpago em forma de lobo avançou, atingindo o segundo bandido em cheio.

Minha respiração estava irregular, mas antes que eu pudesse relaxar, senti uma presença forte atrás de mim. O líder dos bandidos finalmente apareceu, carregando uma lâmina enorme, muito maior que a dos outros. Ele parecia confiante, e eu sabia que isso não seria fácil. “Você já está acabado,” ele disse com um sorriso malicioso. “Está ofegante, suas mãos tremem. Como acha que vai me derrotar assim?”

Estalei os dedos novamente, irritado. “Ainda não acabei...”, respondi, preparando-me para o próximo embate. Ele avançou com uma força brutal, atacando diretamente com sua espada. Usei minhas espadas para bloquear, mas o impacto me fez recuar alguns passos. “Ele é forte... não posso ficar muito tempo em um combate direto,” pensei, sentindo o suor escorrer pela testa.

Mantendo a calma, comecei a observar seus movimentos. Ele era rápido, mas previsível. A cada golpe, ele abria pequenas brechas. Aproveitei uma dessas falhas, abaixando rapidamente enquanto sua espada passava por cima da minha cabeça, e com uma rotação rápida, cravei uma das minhas espadas em sua lateral. O golpe o fez cambalear para trás.

Ele ainda tentou atacar de novo, mas agora estava mais lento. Era minha chance. Com um salto ágil, desferi o golpe final, atingindo seu ombro e o derrubando de vez. O líder caiu de joelhos, exausto e derrotado.

“Como... você... conseguiu?” ele murmurou, com dificuldade.

Ofegante, me aproximei, mantendo a espada apontada para ele. “Eu nunca desisto,” respondi, finalmente vendo o fim daquela batalha.

Com o líder caído, os outros bandidos fugiram, e eu, apesar do cansaço, havia vencido. Me virei aos comerciantes, dizendo "Preciso recuperar o fôlego, vamos descansar um pouco".

Após a batalha intensa, a caravana fez uma pausa necessária para que eu pudesse recuperar o fôlego. Estava exausto, o cansaço pesando em cada músculo do meu corpo, mas a sensação de vitória era satisfatória. Os comerciantes, aliviados por termos repelido os bandidos, me ofereceram água e um lugar para descansar enquanto ajeitavam os mantimentos danificados.

"Você salvou todos nós, Arashi. Não sei como agradecer," disse o líder da caravana, um homem de aparência robusta, mas de olhos gentis.

“Só fiz meu trabalho,” respondi, aceitando a água e respirando fundo. Eu sabia que ainda tinha que garantir que chegássemos com segurança a Kumogakure, mas essa breve pausa era mais do que necessária. Estalei os dedos, um reflexo nervoso, enquanto pensava em como o combate havia sido difícil. Ainda assim, vencer me deu uma sensação de realização.

Após alguns minutos de descanso, a caravana estava pronta para seguir viagem. O caminho até a vila foi tranquilo, com todos ainda atentos a qualquer sinal de perigo, mas sabíamos que o pior já havia passado. Quando finalmente avistamos as muralhas de Kumogakure, senti um alívio. Missão cumprida.

Ao chegarmos, fui recebido pelos guardas da vila, e os comerciantes me agradeceram novamente antes de seguirem para seus destinos. O fim da missão havia chegado, e eu podia finalmente descansar em paz.