[treinamento] paranoia

A primeira luz do dia sequer tinha nascido e eu já estava a procura de um lugar isolado dos arredores urbanos da Nuvem, acompanhado de Puri entretida com a leitura de um pergaminho misterioso mesmo enquanto andava e Rá, sempre pensativo e observador. Havia algo que eu queria testar nesse dia, além da velha necessidade procrastinada – por ótimos e produtivos motivos – de treinar a resistência do corpo e uso do chakra, por isso os requisitos do palco que estávamos atrás incluíam a completa falta de observadores que não fossem os convidados, afinal, mostraria boa parte das minhas habilidades ali.

– Por que temos que ir tão longe assim? – perguntou Puri no limite da distração que o pergaminho poderia disponibilizar.

– Sabe o Fūnyū no Jutsu?! – Dessa vez eu perguntei, desconfiado de que já sabia do que se tratava. Ela acenou confirmando.

– Quero e preciso selar certas coisas úteis em alguns pergaminhos, nunca se sabe quando vou precisar.

– Paranoia – disse o lobo sem se preocupar se estava ou não participando da conversa.

– Não é paranoia. Tenho muitas técnicas que têm o custo exagerado de chakra, enquanto ainda não as aperfeiçoo. Isso pode amenizar o gasto.

Finalmente encontramos um lugar de chão plano e grande altitude, rodeado de uma subida quase vertical que certamente roubaria algum som de quem tentasse se aproximar, o bastante para chamar minha atenção. Era quase uma montanha com a ponta cortada.

– Vou deixar o pergaminho aberto aqui – apontei com o dedo – e usar os jutsus dali – apontei novamente.

– Tenho dez pergaminhos, cinco pequenos e cinco médios. Imagino que eu consiga selar uma técnica em cada pequeno e duas nos médios, mas não quero arriscar selar duas diferentes. – Expliquei para a plateia curiosa e atenta.

Gastei um tempinho fazendo as inscrições do fūin nos pergaminhos em branco e já os posicionando estrategicamente pelo lugar.

– Não vou começar pegando leve – sussurrei.

As mãos se juntaram em rato, cachorro e tigre ao mesmo tempo que o pulmão inflava. Fui estrondoso ao soltar o ar, sentia a sensação revigorante de produzir ninjutsu espalhando-se por cada célula, o calor das chamas intensas cuspidas e a galope em direção aos makimonos. Uma espécie de barreira invisível se colocou entre o fogo e o papel, sugando o calor e a técnica inteira para dentro das escritas.

– Não é tão difícil. - Comentei com ambos os impressionados.

– Uau, é muito fogo. – A voz de Puri não continha sua admiração, encenada ou não.

– Realmente. Sempre me admiro com a capacidade desse fūin, parece tão simples... – Respondi.

Permaneci a testar as capacidades do Fūnyū no Jutsu por severos minutos; Katon: Gōenka, Katon: Haijingakure no Jutsu, Amenomihashira, continuei expelindo e selando as técnicas conforme meu chakra e corpo aguentava, usando-as novamente quando descansado. Tínhamos levado os equipamentos para um bom e confortável – mesmo para o lobo – acampamento, o qual acolheu e me livrou do cansaço até a manhã do outro dia.

HP [650/650] | CH [300/1300] | ST [0/5]

Considerações:

Equipamentos:

Descrições:

Convidado

Seg 9 Mar - 1:19

Acredito que dê pra selar apenas uma, aprovo.