[Capítulo - Solo] Me dê uma dose de musica pra acalmar essa euforia.

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[Capítulo - Solo] Me dê uma dose de musica pra acalmar essa euforia.
[Capítulo - Solo] Me dê uma dose de musica pra acalmar essa euforia.

Netero

Tokubetsu Jonin

[Capítulo - Solo] Me dê uma dose de musica pra acalmar essa euforia. The-nuclear-weapon

Uma noite tipicamente nublada. O escarcéu das nuvens refletia o calor que mais cedo havia caído sobre os moradores daquela vila pacata. Trovoadas que cintilavam os céus negros, encobriam a melodia das ruas junto ao apagão que se estendia dos céus e se findava próximo aos postes que resistiam na tentativa de iluminar as passarelas dos bairros. A cidade começava a ficar vazia, pessoas indo pra casa, poucos saindo e muitos adentrando suas moradas e esconderijos. A destemida jornada do homem comum; era o que eu vivia. Recostado na janela de casa, frente a estrada de terra que cortava entre o pequeno bairro humilde. Um livro em mãos, aberto e lido quase até a metade. Os retumbantes raios serviam de sinfonia para uma atenção quase que infindável. Meus olhos vidrados quase que não piscavam diante das frases e da continuidade da história que era lida. Um livro, provavelmente, de ficção. Algo que não era muito fã mas, vez ou outra, acabava em minhas mãos.

O forte ímpeto de meu passatempo só terminou diante o som de batidas na porta frontal da casa que dava para o lado oposto das ruas, graças à posição do condomínio velhaco. Olhei sobre os ombros, mesmo sabendo que a porta estava fechada. Uma carta transpassou o vão inferior da porta, sendo deixada ali. Algo que por um bom tempo não acontecia. A primeira sensação diante àquilo não foi boa. Um dia tranquilo sendo interrompido por problemas externos. Bom, externos desde o momento que não haviam ocorrido propriamente para com minha pessoa. Fechei o livro respirando fundo e coçando a cabeça enquanto me virava em direção à carta. Deixei sobre a mesa de escrivaninha o objeto e me aproximei da folha jogada no chão do pequeno apartamento de dois cômodos. Me agachei devagar para pega-la, como se eu realmente não tivesse vontade de lê-la. Quando a abri e vi o conteúdo, um sentimento forte de angústia tomou meu peito, quase que como um arrebatamento. Respirei fundo, tentando desacelerar meu coração abalado, ainda tentando prestar atenção no que estava ali escrito.

Aquele antigo lugar onde fui criado, o velho mosteiro, havia sido atacado. Algo tão inesperado. Quem atacaria àqueles homens tão devotos à tranquilidade da paz cotidiana? Bem, talvez, as pessoas fossem piores do que eu realmente imaginava; pelo menos, foi o que pensei naquela hora. No fundo, agradecido por ter sido comunicado e convocado para resolver aquela questão. Havia anos que não visitava os velhos. A saudade pareceu ficar ainda mais forte naquele momento, tal que não contive um leve sorriso em minha face. Me levantei mais rápido do que havia me abaixado e dessa vez, a respiração profunda escondia um certo ânimo. Não podia deixar meus sentimentos tomarem conta. Os sentimentos poderiam custar a vida daquelas pessoas, tal como a minha e o sucesso da missão. Olhei todo o quarto por um ultimo momento, procurando lembrar tudo que precisaria. A leitura das assinaturas de energia voltaram a ganhar minha atenção que, anteriormente, ia totalmente para o livro. Era isso. Talvez, tivesse certo tempo para ler o livro durante a viagem ou a estadia no mosteiro. Não custava nada leva-lo.

Armado e devidamente portando aquele livro de ficção, deixei minha moradia. Não esperava que chovesse. Na verdade, não queria que chovesse. Estava descalço e com roupas finíssimas. A chuva só seria uma causa para conseguir uma gripe. O chão das ruas continuava quente do sol de outrora. Ainda era cedo para todo aquele calor simplesmente desaparecer. O caminho até os portões foi tranquilo, sem muitas pessoas nas ruas e nenhuma movimentação estranha. Provável que os responsáveis não soubessem da minha presença no lugar; isso era bom. Por um breve momento, tive que conversar com os guardas da portaria da vila. O problema foi rapidamente resolvido com uma conversa e a autorização marcada com o carimbo do alto escalão. Dali, o caminho me levaria até o antigo mosteiro.

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500 CH

ST: 00/05

Considerações:

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Netero

Tokubetsu Jonin

Ter 3 Mar - 23:34

Levado pelos trovões e nuvens negras que percorriam lentamente os céus, parti em direção ao mosteiro. Pode-se dizer que estava realmente feliz em voltar lá. Os anos fora haviam mudado completamente a realidade; não que fosse pra pior mas aquela sensação de nostalgia parecia afagar meu peito como se eu fosse um garoto indo ao parque. Não tinha esperanças que as coisas continuavam as mesmas mas seria bom saber como as coisas andavam por lá; mesmo sabendo que nada parecia tão bem assim. A sensação de felicidade era coberta por um sentimento de dever ou até mesmo raiva, não conseguia distinguir muito bem. Seja lá quem fosse o culpado, eu estava preparado para encontra-lo. Pelo menos, era o que eu esperava da minha própria pessoa.

Caminhei devagar e sem pressa alguma. Vez ou outra, minha mente teimava em puxar meu corpo para se adiantar mas nada acontecia propriamente. Os passos continuavam rítmicos, um atrás do outro, curtos e lentos. O mosteiro não ficava longe dali e, apesar disso, eu deveria ter um plano antes de agir. Inicialmente, forjar toda estratégia de chegada baseado no sensoriamento parecia algo óbvio, entretanto, possibilidades podiam ser deixadas de lado nesse caso. O caminho me deu tempo para pensar bem, o quê era melhor a se fazer. Adentrar o local pela porta da frente não parecia ser a melhor escolha, mesmo que, no fundo, eu não tivesse esperando que um novo ataque estivesse ocorrendo naquele exato momento. Talvez, uma desconfiança estava em minha mente. Essa mesma desconfiança trazia certo desconforto em pensar que alguém do próprio mosteiro poderia estar por trás daquilo. Não eram pessoas daquele tipo, entretanto, meu tempo naquele mundo paralelo havia aberto meus olhou ou, simplesmente, dado continuidade à minha vida. Por tal fato, inicialmente, seria melhor que eu fosse visto apenas por pessoas conhecidas e de minha confiança. Provável que, assim, eu evitaria qualquer informação vazada.

Próximo ao local, varias energias já haviam surgido. Entre elas a do velho roshi que havia conhecido quando morava ali. Ele e meu velho eram grandes amigos, tal como, o velho roshi havia participado de grande parte da minha vida no mosteiro. Me recordava dele como um homem gentil, reservado porém, carismático e inteligente. Provavelmente, comunica-lo seria o melhor modo de iniciar minha missão. A aproximação do mosteiro se deu de forma sorrateira. Logo quando me vi a cerca de um quilometro do lugar, decidi por me camuflar entre o relevo e vegetação, me aproximando de maneira fantasma. Os passos eram leves e o mais silenciosos possíveis, evitando que eu fosse visto por qualquer um que ali estivesse. Não havia, propriamente, guardas no mosteiro mas, uma parte do templo principal subia aos céus em certos andares mais elevados que a própria muralha. Lá era onde os roshis se reuniam a maior parte das vezes. Como havia decidido comunicar apenas um deles, por enquanto, a aproximação sorrateira seria imprescindível.

500 HP
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ST: 01/05

Considerações:

- Aparencia da ficha. Roupas: Camisa de manga curta de cor branca, com o simbolo de kumo no centro e calça negra de cetim.
- Kanchi passivamente ativo.
- Movimentos feitos o mais rápido possível durante a infiltração.
- Quest: Oto (02/10)
- Qualidade: Calmaria (02/08)
- Tempo de Espera: 4h

Qualidades e Buffs:

OUTROS:

Bolsa de armas 20/70:

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Netero

Tokubetsu Jonin

Sex 6 Mar - 12:31

Sobre o pico mais alto do templo principal, minha presença era ocultada pela escuridão que pairava a noite. O templo não parecia ter mudado muita coisa. Na realidade, não via nada de diferente do que eu me lembrava da infância. Fechei os olhos no intuito de me concentrar na leitura da movimentação do velho roshi. Apesar do horário, ele parecia caminhar entre os corredores principais do templo, com passos lentos, como sempre. Minhas mãos se uniram num selo e minha voz percorreu a mente do homem determinado. Apenas eu e ele poderíamos ouvir aquela conversa.

—— Ywachi-sama. Netero falando. —— Minha voz ecoou em sua mente através de minha habilidade telepática, surgindo de súbito aos ouvidos mentais do homem.

A reação do mesmo não pareceu demonstrar surpresa pelo fato de ouvir minha voz mentalmente, mas sim por causa da minha presença por ali. —— Oh, Remur-kun. Como vai? Faz tempo que não nos da o prazer de sua presença. —— Respondeu com a voz tão leve como a de costume.

Não contive um leve sorriso que ergueu-se em minha face. —— Peço perdão, por isso, Ywachi-sama. —— Falava de maneira sincera, quase que cabisbaixa.

—— Não se preocupe. Fiquei sabendo que virou um shinobi, provável que isso lhe tome bastante tempo. —— Compreendeu o velho roshi. Empático como sempre.

—— De qualquer modo, isso não é desculpa. —— Respondi e, numa pequena pausa, dei continuidade a conversa. —— Vim até aqui por causa do ataque que sofreram. Como é a pessoa que mais confio, decidi comunica-lo antes de agir. —— Expliquei à ele, esperando sua resposta.

—— Entendo. —— Respondeu, o velho Ywach. —— Em que posso ajuda-lo? —— Perguntou de modo compreensivo. Parecia querer ajudar o mais rápido possível.

—— Sei que isso vai contra meus princípios, mas nenhuma hipótese deve ser descartada, por enquanto. —— Mais uma vez, dizia como se murmurasse. —— Não temos certeza sobre os responsáveis, por isso, é necessário investigar qualquer um. Como conheço muitas pessoas por aqui, sei que nenhuma delas seriam capazes de tal ato. Entretanto, novas pessoas ou pessoas que tenham entrado em algum tipo de conflito interno, podem estar envolvidas. Novamente, é só uma hipótese. —— Busquei esclarece-lo o melhor possível.

—— Entendo. É seu dever, não se preocupe com isso. —— O roshi continuava sua caminhada enquanto conversava comigo, sem dar pistas que algo realmente acontecia em sua mente. —— Mas, acredito que seja melhor se unir à nós. Ninguém desconfiaria se um velho aluno voltasse de repente. Isso acontece constantemente. —— Foi seu conselho, visando ajudar.

—— Sim, imaginei isso. Por isso, preciso da sua ajuda. Amanhã, pela manhã, chegarei ao templo oficialmente pelo portão principal. Preciso que me receba como se tivéssemos combinado isso à algum tempo. ——

—— Tudo bem. A propósito, tenho um treinamento em mente que irá lhe agradar. Teria interesse? —— Sua resposta fora um tanto quanto interessante, afinal, não havia pensado que um treinamento estava me esperando. Além disso, era um ótimo disfarce.

—— Sim. Será um prazer, senhor. —— Respondi, respirando fundo e finalizando a conversa. —— Te vejo amanhã. Obrigado pela ajuda, Ywach-sama. Espero poder colocar os assuntos em dia com o senhor. ——

—— Eu também, meu jovem. —— Nos despedimos. Finalizando a comunicação telepática.

Voltei ao lado de fora do templo, novamente, de modo sorrateiro. A espera do nascer do sol, fiquei a cerca de um quilometro do mosteiro, deixando que o tempo passasse, enquanto meditava silenciosamente.

500 HP
482 CH

ST: 00/05

Considerações:

- Aparencia da ficha. Roupas: Camisa de manga curta de cor branca, com o simbolo de kumo no centro e calça negra de cetim.
- Kanchi passivamente ativo.
- Movimentos feitos o mais rápido possível durante a infiltração.
- Quest: Oto (03/10)
- Qualidade: Calmaria (03/08)
- Tempo de Espera: 4h

Qualidades e Buffs:

OUTROS:

Bolsa de armas 20/70:

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Netero

Tokubetsu Jonin

Sex 6 Mar - 17:00

O sol da manhã floresceu diante a neblina que emergia à volta das cadeias montanhosas dos arredores de Kumogakure. Antigamente, as pessoas do mosteiro se levantavam exatamente no primeiro raiar do sol e, isso, parecia continuar até os dias de então. As energias começavam a se mover vagarosamente, iniciando a rotina diária. O mosteiro em si era um lugar tranquilo. Observa-lo de fora sempre fora uma experiência fascinante. Tudo caminhava de maneira tranquila, sem muita pressa. Entretanto, quando imersos na vida cotidiana no mosteiro, era possível perceber o quão agitada era a vida de um monge daquele lugar. Os homens e mulheres dali, apesar de, aparentarem feições tranquilas e até mesmo atitudes que condiziam com isso, carregavam uma carga gigantesca de responsabilidades para cuidar. Uma das iniciações necessárias para adentrar o mosteiro era responder algumas perguntas que os roshis costumavam fazer e, dependendo de sua resposta, você era direcionado para um mestre ou monge que iria lhe adequar da melhor maneira.

Fiquei ali, de longe, por um bom tempo. A intenção era criar um intervalo entre minha possível saída da vila e minha chegada ao mosteiro. Quando senti que o tempo havia passado o suficiente, me ergui de onde estava sentado, reverenciando o local e, em seguida, reverenciando à paisagem a frente do posto assumido outrora. Iniciei a caminhada em direção ao mosteiro, devagar como sempre. Os portões ficavam abertos até o anoitecer, então, curiosos eram bem-vindos, apesar destes, geralmente, irem embora antes do fim da tarde. O templo e a nuvem não ficavam muito distantes, por isso, turistas eram comuns naquelas redondezas.

O caminho fora rapidamente percorrido, apesar da velocidade em que me deslocava. Revelei minha presença ao adentrar os portões, sendo recebido pelo olhar afetuoso de alguns conhecidos. Não era de costume as pessoas pararem para receber forasteiros, por isso, apenas reverenciamos uns aos outros, enquanto cada um voltava à sua rotina. Ywach apareceu após alguns segundos. Estava meditando. Havia anos que não via seu rosto, mas não parecia ter mudado muito desde que havia o encontrava. Um tanto quanto gordo e de barba espessa. Veio em minha direção com um largo sorriso no rosto, da qual, eu também nao contive. Abriu seus fartos braços numa recepção calorosa, me abraçando.

—— Remur-kun. Fico grato que tenha vindo. —— Recebeu-me com um forte abraço. O famoso abraço de urso.

Confesso que no inicio fiquei um pouco sem graça, mas a sensação logo sumiu diante a alegria de rever Ywach e os outros; dessa vez, com meus próprios olhos. —— Fico feliz de estar aqui também, Ywach-sama. —— Respondi, depois dele me soltar do forte abraço. —— Como vão as coisas? —— Perguntei. Realmente queria saber como as coisas estavam desde então.

—— Ah, as coisas andam bem. Não sei se soube mas, um ataque aconteceu logo depois que lhe enviei aquela carta. Mas não foi nada que acabasse com nossa determinação. —— O sorriso não saia do rosto do velho. Sabio, afinal, manter o assunto as escuras levantaria mais suspeitas do que falar abertamente sobre o mesmo.

Suspirei fundo, reação à descontração de Ywach diante de suas próprias palavras. Estava mais calmo do que o esperado da maioria das pessoas que acabava de passar por um problema daqueles, entretanto, era algo esperado dele. —— Sim, ouvi rumores. —— Respondi de maneira frigida, afinal, não era minha intenção fugir da minha personalidade verdadeira.

Ywach se colocou ao meu lado, levando seu braço em meus ombros. —— Vamos até o templo, irei lhe falar sobre aquele treinamento. —— Começamos a caminhar em direção ao templo principal. As pessoas ao redor pareciam não se importar com nossa conversa, nem mesmo dar ouvidos. Entretanto, vi de relance, alguns rostos desconhecidos. Não me contive àquilo, colocando alguns assuntos em dia com Ywach durante o caminho até o templo. O mosteiro era grande de extensão e o templo ficava à bons metros de distancia, dando um tempo consideravel para conversarmos propriamente; ainda mais, com passos lentos quanto os nossos. A todo momento, a calma era totalmente necessária para manter a postura e a interação, enquanto fazia a checagem das energias, dessa vez, de maneira mais explicita através dos olhos também.

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ST: 00/05

Considerações:

- Aparencia da ficha. Roupas: Camisa de manga curta de cor branca, com o simbolo de kumo no centro e calça negra de cetim.
- Kanchi passivamente ativo.
- Aparencia de Ywach: https://i.pinimg.com/564x/0f/c2/39/0fc23947ebb1647b5ce7b3ac9b05076e.jpg
- Quest: Oto (04/10)
- Qualidade: Calmaria (04/08)
- Tempo de Espera: 4h

Qualidades e Buffs:

OUTROS:

Bolsa de armas 20/70:

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Netero

Tokubetsu Jonin

Sáb 7 Mar - 18:08

Aos passos que íamos adentrando o templo, a conversa evoluía em varias direções, afinal, haviam muita coisa para compartilhar sobre aquele tempo distantes. Como citado anteriormente, Ywach era como um segundo pai para mim. Na verdade, pode se dizer que ele era um tio, daquele que prega peças e brincadeiras nos sobrinhos. Entretanto, nenhuma dessas peça era em vão. O método de treinamento de Ywach era um dos mais rígidos do mosteiro, perdendo apenas para o método de meu velho, Yamamoto. As peças de Ywach deixavam os monges novatos furiosos e, muita das vezes, essa era a intenção. Enquanto conversávamos, perguntei sobre seus métodos, se continuavam os mesmos e recebi um sorriso de volta. Naquele momento, senti uma sensação de desconfiança mas, nada falei. Chegamos ao salão principal após alguns minutos. Lá havia alguns instrumentos musicais dispostos sobre uma banca.

—— Esse é seu treinamento, Remur-kun. Musica. —— Esclareceu, apontando a mão em direção aos instrumentos.

Confesso que meus olhos brilharam no momento mas não cheguei a entender totalmente o principio daquilo. Caminhei até uma pequena flauta e a peguei. Pobre inocente. A flauta soltou uma descarga elétrica que fez meu corpo tremer e enrijecer quase que inteiro. Não houve dor mas, o susto fora intenso.

—— Droga. —— Praguejei. Ao fundo, as gargalhadas do velho roshi. Respirei fundo, tentando manter a calma. Olhei para trás, vendo o sorriso na face de Ywach e reagi com um olhar de quem falava algo como: você não mudou nada mesmo.

—— Vamos lá. Pode pega-la dessa vez, o mecanismo só funciona uma vez. —— Interrompeu, Ywach. Dessa vez, peguei a flauta e nada aconteceu. A observei em minhas mãos, um tanto quanto curioso acerca daquilo e questionei.

—— Pra que irei usar isso? —— Realmente não tinha ideia de como um instrumento musical poderia me ajudar, entretanto, anteriormente, havia aprendido como os desenhos poderiam ser uteis em batalha, então, dizer que a musica não teria utilidade era burrice das grandes.

—— Aprenderá a controlar o som ao seu favor. Irei lhe mostrar. —— Ywach caminhou até uma bancada e colocou um vaso cheio de areia sobre a mesma. Ele pegou a flauta de minhas mãos, educadamente e tocou uma única nota. O som disparou uma onda de pressão que arrebentou o vaso, fazendo a areia se espalhar para todos os cantos.

Mais uma vez, meus olhos brilharam. Entretanto, mantive o silêncio. Ywach estendeu a flauta para minha pessoa fazendo com que eu a pegasse. Ele não precisava dizer. Era minha vez de tentar.

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ST: 00/05

Considerações:

- Aparencia da ficha. Roupas: Camisa de manga curta de cor branca, com o simbolo de kumo no centro e calça negra de cetim.
- Kanchi passivamente ativo.
- Aparencia de Ywach: https://i.pinimg.com/564x/0f/c2/39/0fc23947ebb1647b5ce7b3ac9b05076e.jpg
- Quest: Oto (05/10)
- Qualidade: Calmaria (05/08)
- Tempo de Espera: 4h

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Netero

Tokubetsu Jonin

Dom 8 Mar - 1:22

Ver o acontecimento era algo que, de certo modo, fazia tudo aquilo parecer fácil. Entretanto, era algo que eu sabia ser ilusão. As coisas sempre costumam parecer mais fáceis quando vistas de fora. Entender a situação e coloca-la ao meu favor era a questão, naquele momento. Nunca fui o tipo de homem que era considerado o mais prodigioso de todos, ou o mais hábil, ou seja lá o que fosse; entretanto, havia algo que os homens ordinários, como eu, possuem e que nos tornam diferentes dos ditos mocinhos e vilões. A famosa paciência. Não que eu estivesse totalmente tranquilo com aquela situação. O fato de estar diante de Ywach, dentro de uma missão e frente à um treinamento de nível elevado, fazia meu coração palpitar. O velho parecia perceber isso, entretanto, ficou em silêncio.

A flauta em minhas mãos suadas e trêmulas, foi levada em direção à boca. Nunca fui propriamente um músico, talvez, um instrumentista comum e um escritos pífio; provavelmente, resultado do negativismo que minha mente constantemente me levava. O primeiro sopro fez a nota sair dos instrumento, seguida de alguns sons. Era uma musica antiga, cujo meu pai costumava tocar vez ou outra. Era tranquila e, pra falar a verdade, até mesmo triste. O som reconfortante e ao mesmo tempo avassalador, trazia lembranças de tempos antigos. A dor e a compaixão, entrelaçadas num misto de vontade de rever o passado. Talvez, tenha colocado mais minha alma na musica do que propriamente o chakra necessário pra fazer o vaso quebrar. De olhos fechados, senti que minha mente vagou tão longe que a musica conseguiu acalmar meu coração palpitante. Por algum motivo, lagrimas escorreram pela minha face durante a melodia e uma mistura estranha de tristeza e felicidade tomaram meu corpo.

Ywach manteve-se em silencio, até o fim do som. Quando meus olhos se abriram, tão sérios que parecia nem ter percebido as lagrimas em minha face, o olhei como quem tivesse falhado. Entretanto, estava calmo. Havia deixado para trás o treinamento, naquele instante em que a musica havia começado a ser tocada. Sabia que não seria capaz de tornar aquilo realidade sem que minha mente estivesse totalmente focada e silenciosa. Sacrifiquei então os primeiros minutos de treinamento, buscando me tranquilizar. Por incrível que pudesse parecer, senti que meu velho pai havia me abraçado uma ultima vez e, aquilo, fez as lagrimas escorrerem pela minha face. Senti a dor das mães que perdiam seus filhos; a dor de um irmão que se arrepende; o amor de uma criança de berço sendo acolhida. Tudo aquilo veio a minha mente, como um turbilhão. Provável que, no fundo, eu sempre estive errado. Não conhecia nada da mente humana. Nem da minha própria. Era apenas um homem vagando pela vida, tomando desesperadamente toda a dose de tranquilidade que me fosse entregue. Feliz ou infeliz, já nem fazia mais diferença e, o velho Ywach parecia ter visto isso em meus olhos. Através dos dele, vi a tristeza e ao mesmo tempo orgulho. Talvez, a compaixão transpassada havia tocado seu coração? Ou ele havia entendido minha intenção?

Não soube. Poderia ter perguntado ou, até mesmo, lido sua mente; mas, não era algo que eu faria. A voz do mesmo irrompeu no silencio agoniante.

—— Deixarei você sozinho. Quando terminar, me chame. —— Ywach tocou meu ombro e saiu em passos lentos que trovejavam no silencio. Provável que tivesse entendido algo que nem mesmo eu percebi.

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ST: 00/05

Considerações:

- Aparencia da ficha. Roupas: Camisa de manga curta de cor branca, com o simbolo de kumo no centro e calça negra de cetim.
- Kanchi passivamente ativo.
- Aparencia de Ywach: https://i.pinimg.com/564x/0f/c2/39/0fc23947ebb1647b5ce7b3ac9b05076e.jpg
- Quest: Oto (05/10)
- Qualidade: Calmaria (05/08)
- Tempo de Espera: 4h

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Netero

Tokubetsu Jonin

Qua 11 Mar - 19:55

A alvorada parecia cair do lado de fora do templo. A atenção, antes dada ao treinamento, virou-se às energias que agora se distanciavam e àquelas que ali ficavam. Aquele horário costumava ser o momento em que as pessoas iniciavam seus afazeres noturnos e, por isso, todos voltavam aos seus aposentos antes de iniciarem as tarefas. Entretanto, algo me chamou atenção. Uma chama em especifico moveu-se na direção do portão e uma segunda energia, ao seu lado, permaneceu por alguns instantes. Costumeiramente, os monges não entravam em contato direto com os forasteiros, na verdade, era o contrário. Os monges tinham regras explicitas quanto ao contato exterior e, isso, só acontecia com autorização direta dos roshis superiores. Ywach não havia me comunicado sobre algo assim e, conhecendo o velho, era algo que ele teria me falado. Permaneci parado, vislumbrando o momento em que a movimentação das energias encontrasse novos rumos.

Assim, alguns minutos se passaram. Quando a energia daquele que, supostamente, era um monge, retornou para dentro dos limites do mosteiro, eu pude agir. O instrumento musical, instintivamente foi guardado no coldre de armas e meus pés me impulsionaram por entre os portões, desvinculando meu corpo para o lado de fora do templo principal. Através do sensoriamento, me movi entre os corredores sem ser notado, enquanto minhas mãos unidas criavam um selo especifico.

—— Ywach! Acredito ter encontrado o responsável. Fique alerta! —— Comuniquei o velho roshi, telepaticamente e nem ao menos esperei sua resposta. O movimento inesperado da energia do suspeito aconteceu logo ao fim da ligação mental. Ele começou a se mover velozmente em direção ao templo principal. —— Merda. —— Praguejei à mim mesmo, mudando drasticamente o rumo de meu avanço, voltando em direção ao templo. Provável que o homem estivesse tentando cobrir as brechas de sua movimentação, entretanto, isso acabou por entrega-lo. Pareceu retornar para o que era seu aposento e rapidamente saiu, como se nada tivesse acontecido.

Não demorei muito para chegar próximo ao corredor que ele estava. Antes de encontra-lo, comecei a caminhar calmamente em sua direção. Era necessário manter a postura diante do acontecido, provável que aquelas informações fossem um trunfo em minha manga. O homem não reagiu em momento algum frente à minha presença, entretanto, era necessário que eu fizesse algo. Parei a sua frente, cumprimentando-o. —— Boa noite. —— Infelizmente, ou felizmente para ele, os monges não se cumprimentavam como as pessoas "comuns", por isso, uma simples reverencia fora feita. O homem à retribuiu e continuou a caminhar, entretanto, quando esse se virou, toquei-lhe o ombro como se não quisesse nada. —— Espere. —— Falei.

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ST: 01/05

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- Aparencia da ficha. Roupas: Camisa de manga curta de cor branca, com o simbolo de kumo no centro e calça negra de cetim.
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- Aparencia de Ywach: https://i.pinimg.com/564x/0f/c2/39/0fc23947ebb1647b5ce7b3ac9b05076e.jpg
- Quest: Oto (07/10)
- Qualidade: Calmaria (07/08)
- Tempo de Espera: 4h

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Netero

Tokubetsu Jonin

Sex 13 Mar - 21:26

O toque no homem o fez virar, deixando sua cabeça desamparada para o toque que capturou todas memórias que o mesmo possuía. Desde sua infância à sua fase adulta. No fim, fora revelado todos seus segredos. Logicamente, se aquilo tivesse dado errado, eu ficaria totalmente constrangido e pediria mil perdões, porém, algo chamou minha atenção. O homem sentado em uma mesa, escrevendo uma carta que trazia consigo todas informações necessárias para que um ataque fosse executado no mosteiro. Depois disso, sua conversa com um dos homens no dia do ataque e a conversa com este mesmo homem naquele dia atual. Tudo se encaixava e não havia nada que fugisse da leitura feita em sua mente. O acontecimento fora tão rápido que, quando o homem percebeu que eu havia lido sua mente, já era tarde. Ele tentou me atingir virando-se com um golpe, entretanto, era lento demais. Não era um lutador e isso era nítido por toda sua vida, tanto no passado quanto no presente. O golpe foi evitado ao agachar, dando brecha para que um selo especifico fosse executado, enviando minha energia em seu cérebro, fazendo com que sua mente e corpo ficassem a mercê de meu controle.

Com o homem em meu controle, caminhei ao seu lado até o salão principal. De acordo com suas memórias, o homem não voltariam nem tão cedo, afinal, já haviam conseguido aquilo que queriam. Entretanto, aquele homem arcaria com as consequências e, as informações que possuía, seriam passadas para o alto escalão. No salão principal, o amarrei com uma grossa corda que era encontrada ali e o deixei agarrado em uma das pilastras. Desse modo, poderia comunicar Ywach do ocorrido.

—— Ywach-sama! Venha até o salão principal, por favor. Encontrei o meliante. —— Comuniquei, ouvindo um concordar sonoro ecoar pela mente do velho.

Era difícil me manter frente aquele homem sem tentar retirar algum resquício de humanidade de sua mente. Porém, eu deveria manter a calma. Em silencio, tentei meditar enquanto ficava ali a espera do velho roshi. A paciência era algo importante e eu precisava saber usar aquele momento ao meu favor. Na realidade, não ganharia nada além da sensação de cumprir a justiça. Esperar Ywach poderia ser mais demorado do que o esperado, afinal, certo ódio borbulhava em minha mente enquanto pensava no que àquele homem havia feito. Usar daqueles homens, indefesos e humildes, para o propósito que escondia em sua mente. Um propósito que me deixava enojado e que, sequer, chegaria a imaginar.

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ST: 01/05

Considerações:

- Aparencia da ficha. Roupas: Camisa de manga curta de cor branca, com o simbolo de kumo no centro e calça negra de cetim.
- Kanchi passivamente ativo.
- Aparencia de Ywach: https://i.pinimg.com/564x/0f/c2/39/0fc23947ebb1647b5ce7b3ac9b05076e.jpg
- Quest: Oto (08/10)
- Qualidade: Calmaria (08/08)
- Tempo de Espera: 4h

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Netero

Tokubetsu Jonin

Ter 17 Mar - 20:12

Aquilo realmente poderia me consumir mas, a calma parecia estar ainda maior que antes. Aquela face não me incomodava mais. O homem a minha frente, totalmente indefeso teria de enfrentar a justiça. Quieto, esperei a chegada de Ywach. Não queria fazer nada que me arrependesse depois. Matar aquele homem não me parecia uma opção. Não, aquilo não era minha intenção. Não me tornaria alguém que tanto desprezava. Eu não era nada além de um jovem, neutro, solitário, vivendo a vida com a naturalidade que me fora dada. Talvez, um fardo ou um dom. Viver daquele modo me trazia felicidade. Apesar de, eu saber que nunca seria um herói ou um homem aclamado pelas vozes e sussurros que percorriam o mundo, eu sabia que viveria bem. Ou, era o que esperava até aquele momento. Provavel que me tornar ninja havia mudado tudo.

—— Então Merin é o culpado. Que pena. —— A voz de Ywach ecoou pelo salão, chegando aos meus ouvidos e me despertando daquele mar de epifanias.

Só pude olha-lo para confirmar, sem dizer palavra alguma. Aquilo havia terminado e, infelizmente, era hora de eu para a vila de Kumogakure. Mais uma vez, voltaria para a solidão diária que, preenchida pela vida monótona, me tornava alguém ou melhor, me fazia pensar ser alguém.

500 HP
482 CH

ST: 01/05

Considerações:

- Aparencia da ficha. Roupas: Camisa de manga curta de cor branca, com o simbolo de kumo no centro e calça negra de cetim.
- Kanchi passivamente ativo.
- Aparencia de Ywach: https://i.pinimg.com/564x/0f/c2/39/0fc23947ebb1647b5ce7b3ac9b05076e.jpg
- Quest: Oto (09/10)
- Qualidade: Calmaria (08/08)
- Tempo de Espera: 2h (Mês do Up)

Qualidades e Buffs:

OUTROS:

Bolsa de armas 20/70:

Ficha de Personagem :

Gestão de Fichas :

Netero

Tokubetsu Jonin

Ter 17 Mar - 22:51

Por fim, ia entregar a flauta à Ywach antes de ir, mas ele pediu para que eu demonstrasse meu avanço. Ainda sem tentar e ter sucesso, mantive a calma, dessa vez, de modo realmente nitido. Num aglomerado de notas sendo tocadas, o chakra começou a se dispersar pela flauta, até tocar um vaso cheio de areia e destrui-lo completamente. Ywach me olhava com um sorriso no rosto.

—— Você sempre foi um prodígio, não é? —— Perguntou retoricamente, aceitando a flauta de volta às mãos.

—— As coisa só se desencadearam de modo facilitador, nada além disso. —— Respondi, caminhando em direção ao lado de fora do portão.

—— Já vai? —— Questionou, Ywach.

—— Sim, tenho que enviar um grupo de busca para prender este homem. Minha missão era apenas de coleta de informações. —— Ergui as mãos em sinal de despedida e finalizei formalmente. —— Até mais, Ywach-sama. Foi um prazer reve-lo. —— Diante à despedida, sumi em velocidade máxima.

A intenção era chegar o mais rápido possível em Kumogakure e, assim, entregar as informações necessárias. Ainda pela madrugada cheguei ao vilarejo, entregando aos guardas do portão os dados da missão. Avisado sobre as mudanças, mantive a indiferença do momento, indo na direção de casa para que pudesse deitar e descansar um pouco.

500 HP
482 CH

ST: 02/05

Considerações:

- Aparencia da ficha. Roupas: Camisa de manga curta de cor branca, com o simbolo de kumo no centro e calça negra de cetim.
- Kanchi passivamente ativo.
- Aparencia de Ywach: https://i.pinimg.com/564x/0f/c2/39/0fc23947ebb1647b5ce7b3ac9b05076e.jpg
- Quest: Oto (10/10)
- Qualidade: Calmaria (08/08)
- Tempo de Espera: 2h (Mês do Up)