[cena/solo] dark ambush

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[cena/solo] dark ambush
[cena/solo] dark ambush

Convidado

dark ambush

Algo que sempre me agradava era a discrição e a habilidade em “sorrateirismo” dos mensageiros do Quartel General. Sempre conseguiam me pegar desprevenido, sem chance de ver seus caminhos ou movimentos. Suspeito que ficassem observando até encontrar a oportunidade certa.

- Todas as instruções em escrito, não há necessidade de se dirigir ao Q.G. É importante que saia ainda hoje.

Se não houvesse a diferença nas vozes, talvez pensasse que os homens de aparência preservada fossem sempre os mesmos, grudados a pressa e falta de expressividade nas palavras. Não gastei energia acenando, apenas abri o rolo e ignorei o ninja enquanto avaliava o conteúdo, ambos parados na porta.

Inusitadamente o dia tinha começado fora dos padrões do cotidiano de um genin. Sem contar a recepção e missões na própria casa, fui designado a resolver problemas que andavam nos territórios da morte e coisas valiosas, no mínimo curiosas. Fora da vila para acrescentar a cereja. Arrumei rapidamente o que precisava ser arrumado, vesti a capa negra por cima dos panos habituais e deixei o assovio correr solto da garganta para o cômodo inteiro.

HP [375/375] | CH [725/725] | ST [0/4]

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Convidado

Dom 16 Fev - 19:29

dark ambush

Um dos desagrados da Nuvem era a quase inexistência de diversidade na vegetação, sem sombra de dúvidas. O caminho estendia-se por uma grande área de solo rochoso e relevos montanhosos, mas o clima agradava mais que em qualquer outro lugar que eu já estive. O vento não nos deixava sem sua presença um dia sequer, o que de certa forma compensava a falta de árvores.

Parte das informações no pergaminho incluía um mapa que descrevia a rota dos comerciantes, supostamente alvo de ataques de alguma criatura. Duas maiores possibilidades instalavam-se na minha mente, dadas as circunstâncias do cenário: talvez a criatura fosse algum animal selvagem em defesa do seu abrigo ou filhotes, sendo esperto o suficiente para unir a utilidade em espantar os caminhantes de uma rota próxima com a necessidade de comer, ou algo sob controle de alguém com conhecimento ou disposição o suficiente para montar vigilância sobre o percurso e assaltar as cargas de valor dependentes da estrada. Independentemente do que fosse, as suposições divertiam e distraíam.

Já estava próximo da marcação bem destacada no mapa, interrompi a correnteza de pensamentos e os mantive focados em correr apenas pelas informações que os sentidos colhiam e pela situação como um todo. Afastei os passos da estrada e deixei os músculos preparados para agir, se necessário.

HP [375/375] | CH [725/725] | ST [0/4]

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Dom 16 Fev - 22:56

dark ambush

Dez minutos vasculhando e nem sinal de um indício que indicasse a passagem de qualquer animal grande ou médio, incluindo humanos, e esses são peritos em deixar rastros. Coloquei a culpa da solidão que infestava o lugar na suposição de que os comerciantes e usuários da rota acovardaram-se o suficiente para percorrer o dobro de distância, mas sem problemas, supostamente.

A falta de diversidade animal facilmente observada, que talvez causasse certo incômodo, era consequência da pouca vegetação do bioma. Mudei o alvo das buscas e agora procurava qualquer ave nas redondezas. Vasculhar a pé, sozinho e sem qualquer pista poderia levar muito tempo nessas regiões montanhosas, principalmente em áreas vastas e afastadas. Dessa vez encontrei rápido e me aproximei do animal como um predador se aproxima da presa, contra o vento, silêncio nas patas e caminho fora do ângulo de visão da vítima. Porém, não havia qualquer intenção ceifadora.

Estava próximo o suficiente para assoviar com força e buscar a atenção do animal para o meu rosto. Seria essencial que ele me fitasse nos olhos, quando virou a cabeça para o lado e baixo repentinamente, não teve alternativa senão checar o perigo com a própria visão, e ele levava direto para mim. O sangue escorreu vivo e iluminado pelo sol, era presságio do dōjutsu que envolveu a mente da águia em um controle firme e preciso. A espécie da ave espalhava-se pelas montanhas de Kumo como pedras em Iwa, para ela eu era apenas mais uma, com as suas peculiaridades e tamanho exagerado, mas sem dúvida alguma em seu cérebro éramos a mesma coisa.

HP [375/375] | CH [706/725] | ST [0/4]

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Seg 17 Fev - 1:19

dark ambush

Com a ajuda das capacidades do pássaro não foi difícil encontrar o covil. Cinco minutos sobrevoando o terreno e o canto ecoou de longe, insistentemente contínuo. Estava avisada para fazer barulho caso identificasse locais com as características descritas através do genjutsu. Segui o barulho aos saltos sobre as rochas, ora pontudas e perigosas, ora planas e pisadas como uma estrada, sempre com o controle preciso do chakra entorno dos pés.

Cerca de cinquenta metros da entrada da caverna, daquele lugar e daquela posição identifiquei uma trilha batida que poderia muito bem levar à estrada principal, da rota dos comerciantes. Liberei o animal da ilusão, ciente de que poderia ter sido cedo demais, nada garantia que seria o buraco certo. Abandonei as possibilidades contrárias por um instante e larguei a rocha que me escondia, lentamente direcionado a toca.

Logo na entrada da caverna cruzei alguns dedos das mãos e fumaça explodiu ao meu lado. O clone adentrou a caverna com o mesmo sorriso curioso e arrogante no rosto, sem medo da pressa. Sete segundos depois e o bramir explodiu como trovão, olhos grandes furiosos na última memória do clone e passos pesados ecoavam cada vez mais alto. Não movi um músculo e nem fui visitado pelo medo, mais amigo que vergonha, permaneci rígido e preparado. Senti a lágrima morna e vermelha fazer um risco no percurso até o queixo. Os olhos brilhariam para o urso em contraste com a escuridão, como lâmpadas de rubi.

HP [375/375] | CH [668/725] | ST [0/4]

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Seg 17 Fev - 2:30

dark ambush

Os passos ficaram tão pesados e próximos que não consegui evitar desfazer o sorriso. O urso negro e enorme, camuflado na escuridão até o limite da luz, rugiu quando o pelo foi iluminado e os olhos encontraram-se com o corpo da sua presa.

ー EI! ー gritei firme, alto e grosso o suficiente para pelo menos chamar a atenção dos olhos redondos e pretos para os meus, vermelhos e sangrentos.

A fera não pôde evitar e mergulhou na profundidade rubra do meu rosto. Os movimentos cessaram repentinamente e o corpo arrastou até quase bater em mim, dando abertura o bastante para ela sentir e relembrar o cheiro e reconhecer a forma da velha mãe, a qual não via há tempos, mas ainda existia profundamente no cérebro da criatura, por mais distante da superfície que fosse. Naquele momento, porém, enquanto estivesse sob influência dos meus olhos eu seria sua progenitora e a mim ele deveria obediência incontestável.

Acariciei a cabeça do urso e o fiz afastar-se um pouco, me acompanhando aos passos lentos para o interior da caverna. Quando a escuridão caiu sobre a visão passei a ficar atrás, deixando o mais familiarizado com o território guiar.

ー Pelo poder que exerço sobre você, o nomeio Queen. Mesmo sendo macho ー sussurrei alto o suficiente para a voz percorrer a toca inteira.

HP [375/375] | CH [649/725] | ST [0/4]

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Convidado

Seg 17 Fev - 4:08

dark ambush

O animal revirou e trouxe para o centro do lugar todos os restos de caça ainda existentes. Aparentemente a caverna não era sua há muito tempo, poucos esqueletos amontoaram-se e longe de estarem expostos a mais de três meses. Misturado aos resquícios, trapos, ferramentas, uma bolsa pequena de armamentos e duas bandanas, uma delas de Kumo.

Não foi preciso vasculhar por muito mais tempo, o metal da caixa brilhou em meio aos entulhos de pedras e teias, quase como se pedisse para ser encontrado. Eu poderia facilmente matar a curiosidade abrindo e relatando acha-la desta forma, mas não só as capacidades de perícia da Nuvem eram desconhecidas para minha pessoa, como o desejo de impressionar com resultados excelentes nas missões foram motivos o suficiente para levá-la intacta.

Cabia a mim o destino do animal. Imagino que normalmente os shinobis incapazes de pensar além de um movimento certeiro e assassino acabariam com o problema sem sequer cogitar considerar duas vezes. Mas, por que?! Tirá-lo dali sobre meu controle e ter sua companhia durante a volta seria no mínimo interessante. Estava decidido, sairíamos juntos até encontrar um lugar adequado para soltá-lo. Algo já surgia na cabeça.

A volta se estenderia serena e silenciosa por todo seu comprimento, até à Nuvem. Porém, o conhecimento de que eu estaria naquela missão especificamente acabou caindo nos planos de algum bandido. Permiti Queen se distanciar até trinta metros de mim, sempre na máxima furtividade que um urso de quase dois metros fosse capaz de conseguir. Os lados da estrada foram cercados por rochas altas e largas, de onde o homem pulou e mirou-me com a ponta da espada.

ー Vamos ser espertos e reconhecer a situação. Você tá emboscado e bem no meio da minha armadilha, passa logo o que tem aí e todo mundo vai pra casa numa boa.

Junto com a compreensão das palavras meu cérebro também trabalhava em entender o cenário. A probabilidade de um bandido me abordar justamente ao transportar algo valioso, por uma rota pouco usada e conhecidamente atacada era muito baixa. Senti a ira borbulhar ao cogitar vazamento de informações, a piedade conquistada pela fera correu para longe de mim e do assaltante. Fitei-o com o sobrolho carregado, os olhos eram as únicas partes do corpo expostas, mas bastaria.

Os olhos já estavam com o dōjutsu em evidência antes mesmo da abordagem. Quando fui encarado, bastou um impulso e todos os cantos da mente à minha frente tornaram-se claros, nítidos e completamente legíveis. Deixei-o sendo espancado pelo pai durante a paralisia do corpo real, a espera do predador rapidamente se aproximando. Com um salto e uma abocanhada, Queen caiu sobre o inimigo como chuva e granizo. A cabeça coube inteira na boca e pariu um som de vácuo estourado e líquido vazando ao explodir.

Esperei o tempo para mastigar o crânio apenas, forcei-o a me acompanhar pelo restante do caminho até certo ponto. Identifiquei um lugar adequado na área de preservação alguns quilômetros distantes dos limites do vilarejo e o livrei da ilusão e controle, longe o bastante para não atrair ataques. O sorriso do superior durante o relatório das missões só não fora mais largo que o de quando a caixa resgatada enfeitou sua visão.

HP [375/375] | CH [499/725] | ST [1/4]

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Convidado

Seg 17 Fev - 14:42

Aprovo.

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