[Solo - Capítulo] Árvores Cinzas

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[Solo - Capítulo] Árvores Cinzas
[Solo - Capítulo] Árvores Cinzas

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Qui 6 Fev 2020 - 23:46

[Solo - Capítulo] Árvores Cinzas IQGwvpj

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HP: 250/250 - CH: 250/250 - ST: 00/04

Era uma manha cinza no vilarejo. Ainda que o céu não pudesse estar nublado, visto que as nuvens estão na altura do solo, o dia, ainda assim, parecia cinza. Um típico dia chato, ordinário, daqueles que estão fadados a cair no esquecimento na semana seguinte.

Bom, seria este o pensamento da maior parte das pessoas, mas para Suuichi era um pouco diferente disso. Os dias para ele sempre foram cinzas, nunca se sentiu genuinamente animado para nada. Era como se o mundo em que vivesse fosse... desinteressante. Um livro sem graça, que já cansara de ler. Por isso, nessa manhã, como em todas as outras, caminhava grudado em seu pequeno caderno de bolso. Nele fazia diversas anotações, gravava seus pensamentos, suas ideias. Ironicamente, aquelas folhas de papel eram o local mais intrigante na vila inteira para ele.

"...Estes números... São peculiares." - Dizia para si mesmo, riscando algumas linhas e remendando outras. "...Me pergunto se alguma das crianças gostaria de ouvir sobre isso." - Indagou, dando um riso desesperançoso. Era óbvio que não. Não eram muitos os que se interessavam por números. A maioria das pessoas apenas se importa com o que podem ver à sua frente, com o que podem tocar, sentir. ...Algo tão abstrato como um número, é mais do que natural passar batido na mente dessas pessoas.

Parou de caminhar ao chegar na entrada de um certo prédio. Um prédio que o trazia certas lembranças, mas dentre elas, poucas realmente boas. "...Bom, agora é só esperar o meu parceiro de equipe de hoje. ...E o sensei, presumo." - Disse, guardando seu caderno no bolso e apoiando os braços na grade, olhando para trás. Chegara cedo, por isso tenha algum tempo para contemplar a vista. "A Academia, huh... Faz alguns meses que não chego perto desse prédio."

Suspirando, pôs-se a refletir. "...Espero que a Ichigo esteja bem."

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Sex 7 Fev 2020 - 1:34

árvores cinzas

Custei a me familiarizar com as características da Nuvem nas duas semanas iniciais. Por mais que o palco da minha infância fosse os arredores da própria vila e uns cantos mais distantes, a altitude nas ruas de Kumo trazia uma perspectiva completamente diferente da altura. As nuvens próximas pareciam constituir as próprias montanhas que serviam de território para a população, como se as formações gigantescas pusessem o ar quente pra fora em um dia bastante frio. O ar se mostrou bem resistente aos pulmões, em alguns locais mais que outros, o que ajudou no rendimento dos treinamentos. Pelo menos até o corpo se adaptar e não fazer mais diferença. Agora os declives e aclives exagerados não incomodavam mais, a personalidade de uma parcela dos habitantes da vila, um pouco diferente do que estou acostumado, diga-se de passagem, já era habitual e pouco irritante. As partes de mim cultivadas em meio a injustiça, ódio e vingança já começavam a absorver os nutrientes de um solo mais fértil.

Deixei de lado com relutância a fagulha de incômodo trazida com a missão de auxílio em academia. Por mais que o ambiente fosse acolhedor e a familiaridade crescesse rapidamente, o sentimento poderia não ser recíproco por parte da elite militar da vila e, no mínimo, ainda seria observado por uma boa quantia de tempo até considerarem-me integrante daquela cultura, se algum dia chegar a isso, é claro. Levei os armamentos comigo antes de sair de casa, certamente não usaria meu próprio material para ensinar em nome da vila, não sabia qual seria meu rumo depois das aulas e os equipamentos poderiam acabar sendo úteis.

Por mais que os olhos geralmente percorressem os lugares como moscas em busca de carne, rápidos, precisos e cuidadosos, atravessei os arredores da academia mantendo postura na caminhada e a cabeça fixa e reta, sem desperdiçar qualquer olhadela com as crianças vez ou outra vagando pela entrada. Sempre sem abandonar o sorriso pouco acentuado, mas escandalosamente irônico e arrogante, tão bem encaixado em meu rosto e pouco apreciado por espectadores alheios na mesma proporção. Talvez fosse a aura que o escuro no entorno dos olhos do rapaz trazia e o diferenciava das crianças correndo, ou a forma como seus olhos moviam-se curiosos pelo lugar, mas soube que era ele a me acompanhar na tediosa tarefa. - Seria bom pensar em uma forma de nos livrarmos do incômodo que o sensei pode acabar sendo. Imagino que ser a babá seja melhor que ser sua assistente. Estendi a mão ainda me aproximando, já há pouquíssima distância.

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Sex 7 Fev 2020 - 15:59

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Algum tempo havia se passado. No fim acabara chegando cedo demais. "...Acho que sou precavido demais com as coisas." - Por causa do tédio, acabou retomando suas anotações de onde tinha parado, e acabou apenas notando seu companheiro chegando quando o mesmo estava a poucos metros de distância. "...Ah, você chegou." - Disse, fechando o caderno. "Já estava na hora, as crianças já estão entrando." - Disse, estendendo a mão para cumprimentar o rapaz.

"...Meu nome é Nara Suuichi." - Começou, claramente tentando forçar um interesse nesse tipo de apresentação. "...Devo dizer que, mesmo morando aqui a minha vida inteira, nunca o vi antes. Não vive no vilarejo?"

Em um tom de impaciência, o menino falou: "...Já está quase no horário das aulas e não vejo o Sensei em lugar algum. Por mais que eu goste da ideia de ficar aqui parado sem fazer nada, acho melhor tomarmos alguma iniciativa." - Terminou, dando um suspiro. Normalmente ninjas comuns ficariam extremamente animados com a sua primeira missão, mas para Suuichi não passava de uma perda de tempo. Podia-se ver em seus olhos que ele preferia estar em casa nesse momento.

O portão da Academia era grande, dando lugar a um salão principal com vários corredores, todos adornados de símbolos tradicionais da aldeia e repletos de portas dando para salas de aula. Um ar nostálgico era inevitável para qualquer um que tivesse estudado ali.

No entanto, ainda que tivessem sido chamados para auxiliar na entrada, tudo parecia na mais perfeita ordem. Os alunos seguiam para as suas salas e alguns professores se organizavam em setores para guiá-los até os lugares certos. Ao menos, fora isso que viram na primeira vista, até escutarem um estrondo vindo do segundo andar do prédio.

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Sex 7 Fev 2020 - 18:59

árvores cinzas

Refleti a mesma força no aperto de mão e matei o sorriso. Percebi um tom de desconforto beirando o imperceptível, talvez um desfalque de naturalidade quase inexistente na fala em companhia do corpo. Uma observação que geralmente causaria desconforto, mas eu me identificava com o rapaz na possível falta de tato e gosto para as coisas forçadas da sociedade. Bastaria a comunicação voluntária e confortável, limitada ao alcance dos nossos interesses. Tentei transpassar esse sentimento e perspectiva respondendo apenas suas perguntas e perguntando-as novamente com uma simpatia igualmente deslocada, um pouco mais orgulhosa, mas sem qualquer indício de rejeição; Sou Artemo. Sim, sou de fora. Concordo, vamos entrar e entramos depois do período de entrada. Havia comigo um pacote e meio de amendoins, esquecidos em algum bolso das vestes. Ofereci ao companheiro enquanto vigiei os alunos entrando, não me afastei muito da sua pessoa ao permanecemos lá fora.

Na altura do corredor meu ânimo já acompanhava o do Nara e deixei escapar um suspiro automático quando a explosão no segundo andar ecoou e vibrou pelas paredes. Encarei-o com um conformismo coitado no rosto e corri na direção do barulho, calmo e pouco estimulado. Os corredores eram extensos e lisos, quando cheguei a fumaça já se assentava na sala e algumas crianças levantavam trôpegas aos poucos, outras permaneciam apenas deitadas. Mirei cada elemento da situação e procurei os olhos de Suuichi. - Provavelmente vão precisar de cuidados médicos. Pode providenciar? Falei um pouco mais depressa para não aparentar uma calma indelicada, pronto para ir buscar ajuda médica por conta se ele mesmo não fosse. Em volta o murmúrio baixinho de uma criança culpada e arrependida, pouco machucada, alcançou meus ouvidos. - Era só para... olharmos. Ela ativou do... nada...

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Sáb 8 Fev 2020 - 21:27

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O rapaz logo percebera que sua falta de entusiasmo era mútua. Ainda que não tivessem trocado muitas palavras, tinha a sensação de que esse garoto era um pouco diferentes das pessoas medíocres com quem foi obrigado a conviver. "...Ah, não. Não gosto de amendoins." - Respondeu.

[...]

Alguns momentos após adentrarem o prédio a explosão tomou conta do ambiente. Foi repentino, e inegavelmente inesperado. Suuichi por alguns instantes perdeu a sua compostura. Um barulho como esse significava perigo, e perigo em meio a crianças apenas o fazia lembrar de sua irmã. Por isso, forçou-se a ficar alerta. "...Vamos." - Correu até a origem do estrondo e se deparou com uma sala envolta em fumaça. Crianças tossindo, algumas machucadas. Um ambiente completamente diferente do que se imagina de uma sala de aula.

O rapaz acenou com a cabeça ao ouvir o sobre ajuda médica. Foi quando ouviu o murmúrio do pequeno confessando seus atos. "...Ei, se acalma." - Falou, tentando confortá-la, mas sem muito sucesso, visto que não tinha muita experiência com crianças, o com pessoas no geral. "...O que foi que ativou? Do que está falando?" - Perguntou. O garoto estava nervoso, não sabia se mostrar o objeto seria uma boa ação, ou iria apenas metê-lo em mais encrenca. Suuichi, sem paciência para devaneios infantis, revistou o menino e logo encontrou um artefato.

"...Ei, Artemo. Olhe só para isto." - Chamou o companheiro, mostrando o objeto. "...Pelo visto, não foi um papel-bomba." - Era uma espécie de esfera com o símbolo "火" incrustado no meio.

Alguns segundos depois um dos professores apareceu na sala correndo. Era uma mulher, com longos cabelos brancos e uma jaqueta bege. "...O que aconteceu aqui?!" - Perguntou, eufórica.

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Sáb 8 Fev 2020 - 23:07

árvores cinzas

Ignorei a distração do Nara a respeito da ajuda médica, pois ele perguntava ao garoto exatamente o que eu queria saber. Ainda prestando atenção nos dois, dei poucos passos para trás e coloquei a cabeça para fora dos limites da porta. Algumas pessoas já corriam em direções contrárias a sala que estávamos, sem qualquer indício de perigo iminente. Presumi que iriam atrás de ajuda, esperei que fosse médica. Voltei para perto dos dois a tempo de vê-los manusear um objeto. - Imaginei um selo explosivo também. Respondi ao aproximar os olhos da esfera que me mostrava. Havia semelhança com o design de bombas de fumaça e luz, mas pouca relação na estrutura e principalmente no símbolo. - Talvez seja tecnologia nova. Concluí de longe, sem desejar ou ceder a qualquer contato.

De longe os passos explodiram através do salão, cada vez mais próximos a mais altos. Da porta irrompeu uma senhora na altura da idade, mas a energia ainda era visível e irradiante em seu corpo, tão preocupada quanto qualquer responsável pelas pequenas pestes ficaria. Apontei para a criança com o rosto mirando para qualquer lugar que não fosse a mulher e em seguida para o objeto, tão explícito quanto uma resposta verbal a sua pergunta poderia ser. - Sabe o que é?! Ela me ignorou analisando o possível causador e se certificou de que não explodiria novamente, correndo para ajudar seus alunos. A preocupação e o cuidado com as crianças eram palpáveis, certamente seria a sensei.

A atenção da mulher alcançava primeiramente os caídos. Ela não deixava de olhar os menos aturdidos e rapidamente recuperados, claro, mas os descartava depressa aos cuidados dos dois iryō-nin rapidamente presentes. Bastou uma olhadela dos dois ninjas experientes por toda a sala para que eles acenassem em sinal de que estava tudo bem, arrancando um suspiro aliviado da professora, mas sem diminuir a energia dos seus cuidados. De forma geral, uma criança machucou o braço na queda e todas as outras apenas sofreram com o zumbido no ouvido que resistiu durante alguns minutos. - Você, precisamos conversar em particular. Não se preocupe, quero esclarecer as coisas apenas. Apontou para o garoto. Senti a mentira exalar do tom da sensei e ambos caminharam até a porta. - Vocês dois façam o que vieram fazer e me ajudem. Tomem conta da sala até eu voltar. Confirmei com a cabeça, prendendo um sorriso complacente e inconveniente para a situação.

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Dom 9 Fev 2020 - 0:23

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HP: 250/250 - CH: 250/250 - ST: 00/04

A moça que havia entrado logo tomou controle da situação. Coordenando os dois ninjas médicos, inspecionou cada um dos alunos da turma e prestou os devidos cuidados. Felizmente, no fim, não houve grandes danos. Com exceção de uma criança que machucou o braço, as outras apenas se sentiram tontas com o zumbido e a falta de ar. A cena lentamente voltava a normalidade.

A professora convocou o delinquente para uma conversa em particular. Quando ambos estavam saindo da sala, deu a Suuichi e Artemo o dever de vigiar a sala até o seu retorno. Nada menos do que o esperado deles em meio a uma missão, ainda que vigiar uma turma de pirralhos seja uma atividade bem longe do que se pode considerar interessante. Suuichi apenas acenou com a cabeça, concordando com a tarefa que acabara de receber.

Mesmo que não quisesse se esforçar muito, crianças eram o seu ponto fraco. Por isso, acabou dando atenção até que demais para os pequenos, limpando a fuligem dos seus rostos com um pano e fazendo o máximo para acalmá-los. "...Sabe de uma coisa, Artemo?" - Disse, enquanto auxiliava os iryo-nins. "Se tem algo que eu não consigo tolerar... são situações como essa." - Falou vagamente. Era como se isso trouxesse memórias para ele, como se estivesse se sentindo responsável por esse acidente, ainda que sequer estivesse presente quando ele aconteceu. "...Talvez eu pense demais nas coisas."

[...]

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Dom 9 Fev 2020 - 1:27

árvores cinzas

Acompanhei Suuichi pela sala, ajudando os médicos de um jeito deslocado. A eficiência das mãos se dava mais pela necessidade de me ocupar com algo que não fosse as presenças irritantes do que pelo interesse e curiosidade em si. - Sabe de uma coisa, Artemo?! Ouvi o Nara um pouco mais ao lado, ocupado com uma criança. Busquei-o com os olhos e os pousei nele, mais que o necessário por não estar sendo observado de volta. Talvez houvesse um tom vago e contagiante de passado recordado em suas palavras. Deixei as memórias nadarem um pouco até a superfície, várias crianças espalhavam-se pelo chão, completamente exauridas pelo trabalho escravo. Ao canto, preenchendo o cômodo pequeno tanto em imagem quanto em cheiro, Akio se decompunha sem qualquer tipo de atenção. Quem sabe fizesse uma semana, dez dias. Tinha perdido a conta.

Espantei as imagens sem qualquer esforço e voltei a pensar nas palavras de Suuichi. Comparadas as experiências do passado, as crianças na sala onde estávamos não passaram por nada que não fosse um susto e um pulo. - Eles vão ver coisas piores. Deixei o tempo correr um pouco. - Nosso caminho como subordinados das nações é triste e sangrento. Terminei de organizar os equipamentos de um dos médicos prestes a ir embora. - E talvez seja o único caminho...

Com a maioria dos alunos ajudando na limpeza, terminamos em pouquíssimo tempo depois que os médicos se retiraram. Ocupamos outra sala e aproveitei para iniciar as atividades enquanto a sensei ainda não voltava. Houve certo prazer ao tirar atenção e obediência dos subordinados, por mais que se tratasse de crianças. Expliquei-lhes o funcionamento de uma tarja explosiva, o alcance, propriedades da explosão, maneiras de armar e desarmar e todas as instruções necessárias que os levassem a uma noção básica de explosivos em geral, não apenas do selo. Quando terminei, deixei a plateia preparada e atenta para a apresentação do Nara.

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Dom 9 Fev 2020 - 21:14

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HP: 250/250 - CH: 250/250 - ST: 00/04

O garoto assistiu as apresentação que Artemo havia dado para a turma. Foi um bom pensamento orientá-los sobre tarjas explosivas quando havia acabado de ocorrer um acidente relacionado a isso. As crianças não tiraram seus olhos do instrutor. Talvez pelo medo de que esse mesmo acidente voltasse a acontecer com elas.

Depois de alguns minutos de termos técnicos e orientações, o discurso terminou e as crianças tiveram algum tempo para descansar. Ainda que fosse uma lição necessária, era uma grande quantidade de informação para ser assimilada em pouco tempo. Suuichi esperou o clima se acalmar para que começasse a sua vez.

"...Bom, eu sei como alguns termos técnicos ensinados na academia podem ser chatos. Coisas como espessura de armas, raios de explosões, resistência de materiais..." - Começou a divagar, apoiando os braços em uma carteira. "...A verdade é que... esse tipo de visão... é como olhar para o mundo em caixas. É se limitar ao que você está vendo no momento."

[...]

"...Não importa se estamos falando de uma trajetória, do alcance de um jutsu, da velocidade de um projétil. A verdade é que tudo isso é a mesma coisa... são números. Números que por algum motivo temos a mania de classificar em categorias diferentes." - Continuou, se certificando de que não havia algum professor por perto para pará-lo, pois suas ideias poderiam ser um pouco controversas. "...Se querem realmente sobreviver em um combate, ou em uma situação como a que acabaram de ver... têm que parar de olhar para as coisas como casos isolados e estudá-las através do único aspecto que as une... a matemática." - Por um tempo, ficou discursando sobre a importância dos números. Sobre como tudo pode ser reduzido a um problema numérico. Talvez tenha exagerado, pois a maioria das crianças estava dormindo quando concluiu seu discurso.

Ele não parecia se importar. Não era como se estivesse esperando ser escutado de qualquer forma.

Logo em seguida, a instrutora de antes entrou na sala, com um semblante sério no rosto. Foi breve nos movimentos, chamando os dois gennins para fora da sala com um sinal de mão. "...Estão dispensados dessa obrigação. Estamos com algo muito mais sério em mãos no momento." - Disse, seca.

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Seg 10 Fev 2020 - 14:52

árvores cinzas

A aula sobre números fora sedutora o suficiente para tirar minha atenção das crianças. Mostrou um lado curioso do Nara, não necessariamente inesperado. Guiou o interesse dos espectadores apenas até certo ponto da estrada, onde o caminho se dividia e o assunto deixava de interessar. Não se passou muito após o fim do horário de atividade quando houve o retorno da sensei. Estava tão séria quanto se um dos pirralhos tivesse perdido um braço. Devolvi a secura com um aceno breve e longe de submisso, apressado.

Despedi-me de Suuichi da mesma forma que me apresentei. Apesar do gasto quase nulo de energia, a restrição do prédio, as crianças irritantes e o contato social constante tiraram boa parte do meu ânimo. Deixei a lentidão guiar o caminho de volta, a altitude da vila ainda era assunto para o meu interesse, observar as nuvens tão próximos por muito tempo causava um estranhamento divertido. Já não havia qualquer resquício de academia ninja, crianças e explosão correndo os pensamentos quando finalmente cheguei. Porém, o cansaço pesou em dobro com a situação financeira não estando boa e a necessidade de cumprir quantas missões fossem possíveis e necessárias nos próximos dias, seja voluntariamente no escritório ou por convocação a qualquer momento. Cada segundo de sono valia três vezes menos.

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Ter 11 Fev 2020 - 1:09

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HP: 250/250 - CH: 250/250 - ST: 00/04

Os garotos enfim eram dispensados de suas obrigações. Foi uma missão peculiar, diferente daquilo que se espera de um combatente formado, mas, ainda assim, foi mais uma experiência para apoiar na sua mente. Caminhando para a saída passava mais uma vez pela sala devastada pela explosão. Agora, se encontrava quase em perfeito estado, um trabalho impecável dos ninjas de prontidão na Academia. "...Se ao menos tivessem sido eficientes assim 4 anos atrás..." - Pensou, com um rosto amargurado.

Suuichi deixava a academia junto ao seu companheiro. Não trocaram muitas palavras, mas fora suficiente para conhecer sua índole. Havia percebido como o rapaz prestara atenção nos seus devaneios sobre números... era uma característica rara de se encontrar, principalmente em alguém da sua idade. Talvez se encontrassem de novo em uma missão... e então teria a chance de mostrar pra ele o quanto o mundo dos números é vasto.

Até lá, era hora de voltar para casa. Já deixara Ichigo sozinha por tempo demais, a este ponto provavelmente estaria com fome, ou cansada de ficar trancada em casa. Então, retomando suas anotações, grudou de novo a cara em seu bloquinho e rumou para o seu lar.

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Ter 11 Fev 2020 - 1:49

árvores cinzas

Não consegui me agarrar a tranquilidade do sonho e fui arrastado até a realidade pelas três batidas consecutivas e rápidas no vidro da janela. Por um breve instante os músculos do braço se moveram em direção a espada, mas os olhos foram mais rápidos e identificaram o mensageiro da vila. Apressei-me a deixá-lo entrar e entregar a mensagem, já ciente de que estaria sendo convocado para missão. Usei muita ênfase quando descrevi a necessidade delas, é provável que me chamem para todas que conseguirem me incluir.

Preparei os equipamentos com rotineira agilidade, a convocação exigia certa urgência e o local não era tão próximo. Deveria estar ao portão sul antes do amanhecer, detalhes a serem tratados no lugar. Não me dei ao trabalho de perder tempo usando as portas, pulei da janela e prossegui aos saltos pelos telhados, postes e árvores. Havia beleza nos barulhos noturnos da Nuvem. Ao portão, iluminada por uma brecha da luz lunar voraz o suficiente para quebrar a barreira de nuvens, a sensei de mais cedo aguardava em companhia de outro ninja. Parei na frente de ambos, pousando de um salto veloz.

- Sensei?! Cumprimentei-a com o tom de pergunta, implicando minha curiosidade sobre nossas presenças coincidentes. Acenaram de volta, impassíveis. - Aguarde seu companheiro de time chegar, não quero ter que repetir as instruções e nem depender de você para passá-las. Concordei com um aceno breve e três passos mais distante dos dois. Estava começando a nutrir uma simpatia perigosa pela velha.

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Ter 11 Fev 2020 - 21:32

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HP: 250/250 - CH: 250/250 - ST: 00/04

Suuichi teve uma noite calma. Depois dar os devidos cuidados à sua irmã deitou-se na cama e apagou quase instantaneamente. Foi acordado pelo som de batidas na sua porta. As memórias que vinham com esse som fizeram o garoto franzir a testa, alerta. Não teve muitas boas experiências com batidas em sua porta logo pela manhã. No entanto, quando atendeu a visita, não passava de uma notificação: havia sido convocado para uma nova missão. Pelo visto guardaram todas as missões para darem a ele consecutivamente, pensou, suspirando.

Arrumou suas coisas e saiu para o local combinado. A visão que teve ao chegar foi quase como um dejavu. Lá estava Artemo e a professora que os auxiliou no incidente do dia anterior. O rapaz acenou discretamente, anunciando sua chegada. "...Semana ocupada, não é?" - Disse, sem ânimo. Olhou de relance para o seu companheiro buscando confirmação de que não era apenas ele se sentindo explorado.

"...Bom, suponho que agora é o momento de discutirmos sobre do que se trata essa missão, certo?" - Direcionou a pergunta à Sensei. Pelo julgamento que tinha dela, provavelmente ela o estava esperando para começar as explicações, por isso o menino não quis atrasar ainda mais o grupo. "...Pelo que ouvi do mensageiro... não é um assunto a ser tratado dentro do território da vila, não é?"

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Qua 12 Fev 2020 - 1:57

árvores cinzas

Cumprimentei-o com um ar de desconfiança e apreço, não era comum repetir os times das missões a menos que você participasse de um time fixo. Encurtei minha distância do semicírculo que formaríamos para receber as informações. - Seu mensageiro estava mais informado que o meu. Brinquei, talvez sem evidenciar a brincadeira. - Mais cedo vocês tiveram contato com a sala explodida por um artefato, levado através de um aluno. Ele nos deu informações vagas a respeito de um ermitão responsável pelo objeto e sua localização, coincidentemente ligada a uma explosão na área de preservação ambiental ao sul. Ambos serão os primeiros a vasculharem o local e nos trazer informações, sendo essa a missão de vocês: coleta de informações. Devem partir agora! A objetividade na fala da mulher acompanhava feições carrascas e pouco pacientes. Concordei com um aceno, suspeitei que estivesse esperando por ele.

- Dois genins como vanguarda. O que acha disso? Perguntei em tom inocente nitidamente fingido. Antes de partir cada um recebeu um pergaminho selado com as informações específicas a respeito do local e objetivo. Também havia um pequeno mapa improvisado desenhado, a julgar pelas referências usadas, provavelmente feito pela criança. Apressei os passos gradativamente, colocaria o corpo em disparada assim que os músculos aquecessem e a conversa deixasse de interessar, ainda queria saber se ele também imaginava que fomos colocados no mesmo time por já termos contato com a possível fonte do problema.

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Qua 12 Fev 2020 - 20:44

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HP: 250/250 - CH: 250/250 - ST: 00/04

O rapaz ouviu atentamente as informações dadas pela Sensei. De certa forma, já imaginara que algo assim iria ocorrer. Um artefato daqueles na mão de uma criança não teria como ser mera coincidência. Algum evento de escala maior tinha que estar acontecendo... só não esperava que as consequências desse evento viessem tão cedo. "...Heh, jogam pra nós o que não têm saco para fazer." - Respondeu em um tom de escárnio a pergunta do seu companheiro.

Desceram pelo território do vilarejo até chegarem na área de preservação. O rapaz se guiava pelo mapa que recebera, ainda que as informações não fossem detalhadas. "...Eu, de certa forma, já esperava que fossemos nos encontrar de novo." - Disse o garoto, enquanto pulava sobre as árvores. "Afinal... aquele objeto é completamente diferente de tudo o que eu já havia visto antes. ...Com certeza não foi um caso isolado."

Conforme adentravam na mata densa, o ninja reduzia sua velocidade. Como se quanto mais se distanciassem do vilarejo, mais tentasse manter-se furtivo. "...O que mais me intriga é esse lugar... O que diabos aquele garoto estava fazendo numa floresta ao Sul do vilarejo?" - Indagou. Sua voz era cautelosa. Sentia como se houvesse mais por trás dessa história do que aparentava.

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Qua 12 Fev 2020 - 22:28

árvores cinzas

Aceleramos o ritmo até pularmos velozes e silenciosos pelos galhos espaçados das árvores. Soube pelo trajeto que compartilhava uma quantidade agradável da perspectiva do meu parceiro sobre nosso papel ali. Talvez fosse uma boa companhia para se cultivar em missões futuras, dependendo de como se desempenhasse estrategicamente. Não era uma missão que dava muito espaço para ser estratégico e eu tinha noção disso, mas a curiosidade agarrava-se firme.

Deixávamos a velocidade de lado conforme a marcação precária no mapa se aproximava e a mata densa aumentava. O silêncio nos acompanhou por um tempo, pelo menos da pele pra fora. A iluminação das florestas fartas era algo que provavelmente eu jamais deixaria de apreciar. Apesar da pouca luz, ainda havia uma boa parte de horas a nossa disposição. - Eu me perguntei o mesmo. A sensei disse que foram informações vagas, provavelmente alguém que ele conhece veio aqui. Ou veio junto. Respondi quando o silêncio foi embora, já a poucos metros distantes da suposta explosão.

De longe o preto se destacava em meio ao mar de vegetação. O cheiro de cinzas ainda infestava o ar, uma porcentagem robusta dos troncos atingidos tanto pela explosão, quanto pelo incêndio em consequência da mesma, queimou até não sobrar muita coisa e não houve chuva depois. - É possível que ainda tenha rastros ou trilhas, se tivermos sorte. Vamos nos dividir e procurar qualquer indício, mas sem perdermos visão um do outro. Ainda não temos muita comunicação. Pegaria a parte da direita, começando a análise próxima ao solo e nas bordas do incêndio.

HP [200/200] | CH [200/200] | ST [0/3]

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Qui 13 Fev 2020 - 10:36

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HP: 250/250 - CH: 250/250 - ST: 00/04

Conforme se aproximavam da região destruída, a mata ficava cada vez menos viva e colorida. As árvores perdiam suas folhas e a grama verde se acinzentava. Suuichi se perguntava por que alguém perderia tempo incendiando uma mata de preservação. Parecia ser um objetivo tão desprovido de sentido que não conseguia entrar em sua cabeça.

Quando pararam para investigar, o menino acenou com a cabeça para a sugestão do companheiro. Realmente, se precisavam apenas coletar informações, quanto mais rápido o fizessem, melhor. Separarem-se seria a maneira mais otimizada.

Pegou em mãos algumas amostras do solo e analisou cautelosamente. Tentara reconhecer algum rastro que indicasse a presença de outro ser humano, sejam pegadas, pedaços de roupa, fios de cabelo... Seria difícil alguém incendiar uma floresta e não deixar qualquer uma dessas pistas para trás. No entanto, acabou não sendo agraciado com muitas coisas... diferente da mina de ouro que achou que seria, seu pequeno campo de escavação acabou sendo mais infértil do que imaginava. "... Não adianta. Essas cinzas cobriram todos os rastros úteis." - Praguejou. "É como se quem quer que estivesse aqui... tenha simplesmente evaporado no ar."

Essas últimas palavras fizeram um pensamento surgir em sua mente. Mas ele logo balançou a cabeça. "...Heh, que besteira. Não é possível que tenha sido isso."

Coisas:

Ficha

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Qui 13 Fev 2020 - 13:52

árvores cinzas

Existia um padrão nas cicatrizes da natureza, isso era tão certo quanto o dia de ontem. Notava-se a característica do fogo causado pela explosão por vários lugares, espalhando-se gradativamente e sem efeito destrutivo que não seja sua própria existência. Já em alguns pontos o solo afundava em resposta a um provável explosivo, algumas árvores varridas com suas raízes. No lado do Nara nada além da destruição compunha o cenário. Se não contarmos essa característica, não havia nenhuma outra lá que indicasse a presença ou direção humana. - Você tem razão. Respondi, deixando de observar o solo de perto e endireitando a coluna. - Mesmo se não estivesse em cinzas, estamos olhando no lugar errado. Saltei até o galho da árvore mais próxima, usei-o de apoio e pulei para outro ainda mais alto. - Por onde nos deslocamos na maior parte do caminho?!

Talvez tenha demorado pouco mais que seis minutos, não me atentei ao tempo, mas não demorei a encontrar o que queria. Sempre abusamos da praticidade de se mover entre as árvores quando possível. Além de ser mais rápido e seguro, nos dá uma visão melhor do que fica abaixo, porém, dependendo do peso e técnica, é inevitável deixar a marca da sua sola na madeira viva, principalmente se estiver calçada e abraçada por chakra. - Vamos seguir com cuidado e fora da própria trilha. Não vacile com armadilhas. Sugeri, mas já identificando nosso provável caminho.

Nos deslocamos duzentos metros das explosões quando a natureza se mostrou ávida nos esforços por renascer, sobreviver e se adaptar. Algumas regiões recuperavam-se de um dano massivo, plantas muito novas em comparação as suas irmãs cresciam por toda parte, em alguns pontos mais centralizados ainda não passavam de brotos. - Talvez seja uma área de testes. Olhe em volta. Apontei os lugares onde os brotos cresciam do chão. Havia detalhes enegrecidos espalhados por um ou outro canto da visão. - Parece que aconteceu o mesmo aqui faz um tempo.

A trilha se mostrava um pouco mais longa do que eu imaginava. A partir de um ponto as marcas aumentaram gradativamente até pertencerem a não menos que cinco pessoas. - Caso estejamos em muita desvantagem é melhor voltarmos. Nós não seremos pagos além do nosso objetivo, já temos informações o suficiente para eles darem a atenção que isso merece. Não considerei impedir os músculos de saltarem e me levarem mais próximo de uma possível estadia clandestina. Estava curioso, queria saber o que se passava, mas também não havia um único fragmento da minha mente cogitando correr riscos de graça.

HP [200/200] | CH [200/200] | ST [0/3]

Considerações:

Equipamentos:

Convidado

Qui 13 Fev 2020 - 17:28

-影-

HP: 250/250 - CH: 250/250 - ST: 00/04

Talvez essa fosse a característica que distinguisse essa dupla de ninjas dos demais: prudência. A capacidade de discernir riscos necessários e desnecessários. Afinal, a vida não era só feita de aventuras, nem toda história precisa de um clímax. Era exatamente isso que se passava na cabeça de Suuichi ao testemunhar o desenvolvimento da investigação. Conforme se aprofundaram na mata, descobriram rastros de várias pessoas... cinco, seis, talvez até mais. "...Heh, eu não sou um herói, nem acho que você queira ser, também." - Disse. "Não precisamos pular mais nesse buraco do que já estamos inseridos. Essa informação, realmente, já é mais do que suficiente."

O rapaz fez um sinal com as mãos e deu meia volta para o vilarejo, anunciando o fim dessa saga, por mais peculiar que tenha sido. Não tinha ideia do que jazia por trás desse mistério, nem porque aquele menino se metera tão fundo na floresta, nem mesmo a origem daquele artefato explosivo. ...A verdade é que a curiosidade é apenas uma ilusão. Era isso que confortava o garoto em momentos como esse. Era uma mera armadilha do cérebro, que tenta nos convencer da falácia de que é possível de se entender todas as coisas. Mas não importa quantas coisas novas são descobertas, sempre haverá o dobro de mistérios sendo produzidos. ...E se isso não fosse verdade, que motivo restaria para viver?

"...Vamos voltar." - Finalizou.

Coisas:

Ficha

Convidado

Qui 13 Fev 2020 - 18:48

árvores cinzas

- Herói talvez seja uma das poucas coisas que eu tenho certeza que não serei tão cedo. A semelhança com o Nara acomodava-se cada vez melhor em meio aos meus gostos. Respondi-o pouco antes de estacarmos, olhar em volta e retornar agilmente pelo mesmo caminho até ali. Tive a curiosidade entristecida até me lembrar da má vontade por parte da sensei, antes a curiosidade decepcionada que minha segurança e senso de justiça. Voltamos ainda mais velozes que na ida, não havia motivos para guardar energia e nem muita cautela a ser cultivada no território circundante da Nuvem. Estávamos seguros e tudo que o corpo desejava era um bom descanso dos dois dias seguidos de missões risíveis.

Passamos pelos portões como silhuetas borradas e saltamos pelos telhados até chegar no Quartel General para reportar a missão. Deixei que o Nara tomasse para si a palavra e detalhasse o cenário, suspeitas e direções. Larguei uma pequena marca funda em um dos galhos quando voltávamos, para sinalizar caminho e localizar o futuro esquadrão, falei apenas para informar sua existência e especificar a posição apesar da certeza de que não precisariam. - Procure-me outra hora, ainda há muitas descobertas curiosas a seu respeito. Ou eu te procuro. Despedi-me apontado a mão em um cumprimento logo antes de explodir em fumaça.

HP [200/200] | CH [200/200] | ST [0/3]

Considerações:

Equipamentos:

Descrições:

Convidado

Sex 14 Fev 2020 - 9:49

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