Hōki Yui
ホウキ佑泉

Rank D — Pílulas do Soldado
Descrição: Vá até o laboratório da vila e encontre a ninja responsável pela produção de pílulas do soldado. Entregue-as ao quartel general do vilarejo.

Missões são uma obrigação de todos os ninjas, além de serem uma das maneiras de obter alguma renda dentro do meio. Pessoalmente eu não era alguém que precisava de dinheiro, uma vez que, mesmo sendo apenas eu e minha mãe, ela conseguia dar conta dos gastos com a casa muito facilmente, afinal, ela sempre estava trabalhando.

Como uma Genin tinha ciência das missões que me seriam entregues. Trabalhos simples dentro da aldeia, talvez depois de um tempo até fosse me depositada alguma confiança, mas no inicio sempre é isso, ao menos fora o que eu ouvi de todos os ninjas médicos do hospital quando era mais nova, então, antes de que qualquer confiança fosse depositada em mim, eu precisava dar conta das simples tarefas diárias.

Enquanto eu observava os finos flocos de neve que começavam a cair pela aldeia pela janela um pássaro pousou ao lado de meu rosto. O animal e eu trocávamos olhares enquanto ele esperava que eu finalmente pegasse o pequeno papel que se prendia a sua pata. Tomei o recorte e dei um sorriso breve à ave que logo voltou aos céus. Li o conteúdo do pergaminho que confirmava a experiência dos mais velhos: a missão era simplesmente buscar alguns recursos do laboratório e entregar no quartel da vila. Não esperei muito, logo me vesti com as roupas costumeiras, um casaco e sapatos capazes de suportar a neve que logo cobriria a aldeia e segui em caminho ao laboratório.

No caminho nada de interessante acontecia. Conforme o clima esfriava qualquer comércio externo começava a ser recolhido e as pessoas eram vistas apenas em suas residências ou em locais fechados. Apesar do tamanho da vila eu não precisava ter pressa para cumprir a missão.

Uma vez com as pílulas em mãos, que me foram entregues sem hesitação frente a apresentação da missão, segui caminho para o quartel general. Me perguntava se era tão fácil retirar suprimentos assim dali, se alguém fora avisado que eu iria pegar as pílulas ou outra situação. Bom, independentemente da resposta não era uma questão com a qual devia me preocupar, os seniores provavelmente sabiam o que faziam.

Chegando no quartel general uma kunoichi que cuidava do setor responsável pelas pílulas me recebeu e verificou o material que recebia. Contabilizou tudo antes de assinar o pergaminho da missão e me direcionar para onde deveria retirar a recompensa. Ela não parecia muito feliz, então não fiz questão de prolongar a conversa. Apenas me perguntei o que seria capaz de tirar alguém que trabalha em um quartel general do sério... Um arrepio percorreu minha espinha com as respostas; nenhuma delas era boa. Negativei com a cabeça enquanto me direcionava ao local indicado pela mulher. Novamente mentalizava: isso não é da minha conta.

  

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Rank D — Flor Púrpura
Descrição: O esquadrão médico de sua vila está desenvolvendo um novo remédio e precisa de uma flor rara só encontrada em uma montanha muito distante. Sua missão é ir buscar essa flor para que a produção do novo medicamento seja iniciada.

Dia de folga, o que fazer? Ficar parada, fazendo nada, nunca foi muito meu estilo. Talvez vivenciar a correria do hospital desde criança me fizera esse tipo de pessoa, mas não reclamava, pois o movimento me levava adiante.

O dia corria normal até quando, por volta das duas da tarde, um esquadrão ninja adentrava o hospital causando desordem. A curiosidade me tomava enquanto eu já me direcionava até o esquadrão médico que os cercava para entender a situação. Como um rosto conhecido entre os especialistas por ali nem repreendida era. Ao que tudo indicava, um inimigo especialista em venenos enfrentara aquele que agora era carregado pelos colegas e, apesar de neutralizado, fora infectado com uma das toxinas únicas que o especialista produzia por conta própria.

O esquadrão ninja o atendia e corria para impedir que o veneno dominasse o fluxo sanguíneo do homem, agora deitado em uma cama do hospital, mas apenas aquilo não seria suficiente. O caminho até ali fizera com que a circulação sanguínea do ninja levasse o líquido estranho as extremidades de seu corpo. A especialista em venenos do hospital analisava o veneno, na esperança de produzir uma medicação que pudesse neutralizá-lo, mas o relógio era um inimigo no momento.

Finalizada a análise um veredicto foi dado: seria possível salvar o homem, mas um componente essencial para neutralização das toxinas que a cada minuto dominavam mais e mais o corpo do shinobi estava em falta. Todo o corpo médico estava mobilizado no momento então alguém teve a brilhante decisão de deixar nas mãos de uma garota genin a busca de tal ingrediente, provavelmente de minha mãe, e agora estava eu aqui, correndo contra o relógio e uma cortante ventania gelada em busca de uma flor que poderia ou não estar viva em uma montanha ao norte do País do Relâmpago.

Um dia era necessário para ir e voltar até a montanha que era lar da flor de coloração arroxeada que poderia limpar o sangue do ninja infectado, porém eu deveria fazer o possível e o impossível para realizar o caminho o mais rápido que pudesse. Em minha velocidade máxima percorri o caminho. Na montanha, agora coberta por neve, não parecia abrigar qualquer rastro de vida além de mim, até que, pelos deuses, pude avistar uma caverna. Sentia um calor incomum enquanto seguia para o interior da montanha; um barulho de água podia ser ouvido enquanto o calor aumentava dentro do local. Com uma tocha improvisada adentrei o local para encontrar uma pequena gruta, com uma água que emitia um vapor quente e um campo de flores que a rodeavam. Talvez fosse sorte ou destino, mas talvez aquele homem sobrevivesse.

Tomei a maior quantidade de flores que pude e segui de volta para a vila. A lua ainda estava no céu quando ultrapassei com pressa as portas do hospital. Entreguei as flores para o primeiro rosto conhecido que encontrei para então desmaiar em seus braços. O tempo talvez tenha sido um recorde, mas aquilo me custou todas as minhas energias; por sorte estava em um hospital. Quando acordei, um pequeno buque feito pelas mesmas flores que eu havia colhido encontrava-se ao lado de minha cama com um pequeno bilhete de agradecimento. Ao que tudo indicava meu esforço valera a pena.

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Floricultura da Vila
Descrição: A garota que cuida da floricultura agora é uma Kunoichi (ninja) médica muito atarefada, sua missão é cuidar da Floricultura enquanto ela está fora! Se tem alergias a flores, use uma máscara!

Observava pela janela que dava de frente ao costumeiro jardim de casa enquanto a neve cobria tudo que era possível ser visto. Um sorriso passava rapidamente pelo meu rosto enquanto percebia o quanto aquilo estava virando uma rotina diária. Talvez eu estivesse ficando muito em casa. O vapor que subia da xícara em minhas mãos embaçava o vidro enquanto eu olhava através deste para ver um pássaro de penas brancas parando em frente a vidraça. Abri a mesma para receber o pequeno animal que rapidamente adentrou o ambiente. Tomei o pequeno pedaço de papel que se prendia a sua pata esquerda e agradeci com um sorriso para ver a ave voltando de onde viera.

O pergaminho indicava que a garota que cuida de uma floricultura próxima de casa terminara seus estudos em ninjutsu médico e estava pronta para iniciar seu treinamento prático no hospital. Mais um rosto para compor a equipe, pelo menos pelos próximos dias... Frente a isso a vila custearia para que alguém cuidasse do local.

Quando cheguei a jovem mulher me entregou as chaves e explicou os simples passos que deveriam ser seguidos em sua ausência. Parecia com pressa, talvez tenha tido o azar de pegar um supervisor sem muita paciência... É, alguns dos seniores do hospital de fato não eram muito simpáticos. Sua rotina atualmente não devia ser das mais fáceis, mas logo ela provavelmente precisaria contratar alguém para ficar na loja diariamente, afinal, suas tarefas como ninja apenas aumentariam. Apesar da pressa ela agiu com extrema gentileza e parecia muito feliz; de certa forma eu a entendia.

O dia no local não fora muito movimento. Já esperava, apesar do local ser aconchegante e preparado para o inverno, não são muitas as pessoas que se propõe a cuidar de vidas tão frágeis quanto flores na estação. A maioria dos clientes provavelmente estariam simplesmente comprando as plantas para presentear alguém. Realizei as tarefas que a garota me orientara, como regar as plantas e limpar o ambiente. Quando as cores que pintavam o céu começavam mudar a garota chegou. No final das contas as coisas pareciam ter dado certo. Ela mal olhou como a loja estava antes de me liberar. Com uma breve reverência me despedi e voltei para casa

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Hōki Yui
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Biblioteca da Vila
Descrição: A faxina se estende aqui também, só não vale ficar lendo os pergaminhos ao invés de limpar!

As missões estavam cada vez mais frequentes, aos poucos me acostumava com a rotina corrida. Apesar disso me perguntava como seria quando a rotina finalmente envolvesse tarefas que me colocariam em campo.

No dia anterior havia recebido instruções para cuidar da biblioteca da aldeia. Apesar dos sentimentos de ansiedade quanto a vontade de seguir em frente e pular todas as missões entediantes destinada aos Genin, uma parte de mim agradecia pelas missões que me mantinham em lugares fechados, especialmente hoje, onde o vento e o céu indicavam que uma nevasca estava para atingir a aldeia.

Cheguei ao local cedo e encontrei com o senhor responsável pela biblioteca. Ele parecia apressado, então me cumprimentou rapidamente e passou uma lista de tarefas a serem cumpridas no ambiente até o final do dia. Apesar da quantidade de itens na lista não havia nada de fato complicado; o tamanho era um pouco assustador, mas quando pude ler entendi que era mais pela riqueza em detalhes que ele havia especificado cada uma das atividades a serem feitas do que por quantidade, por assim dizer.

No decorrer do dia pude realizar cada uma das tarefas com o cuidado necessário, o que podia ser útil para alguém que parecia tão dedicado com o local. Bom, era isso ou ele estava tão acostumado com adolescentes inexperientes e com uma grande má vontade em realizar esse tipo de atividade que precisava ser o mais específico possível. O movimento na biblioteca naquele dia também não foi dos maiores, o que facilitou ainda a finalização das atividades.

No final dia o mesmo senhor retornou, próximo do horário de fechamento, eu diria. Quando ele chegou todos os livros estavam guardados e o ambiente limpo e organizado. Relatei então a rotina do dia a ele que simplesmente agradeceu e me liberou.

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Hōki Yui
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Rank C — Auxiliar os Estudantes da Academia Ninja
Descrição: Você também já foi um pirralho estudante da Academia que sonhava ser um grande ninja. Porém falta muito pra isso, e uma boa maneira de começar, é auxiliar na hora da entrada, no intervalo e na saída da academia, afinal são apenas criancinhas que mal podem te fazer? Encontre um dos senseis na Academia Ninja e ajude-o com o que foi citado anteriormente.

Os últimos dias do inverno chegavam e logo teríamos a visita da primavera. O clima era geralmente mais ameno e fresco, comparado ao inverno. Talvez eu me sentisse mal pelas cores diluídas que só voltariam depois que um ano se passasse, mas era por um bem maior. As cores vivas da primavera não eram minhas preferidas, mas não deixavam de agradar os olhos. Enquanto pensava, avistava um pássaro voando em minha direção no horizonte. Àquele ponto já não era novidade: uma missão. Sentada frente à porta de casa apoiei meu cotovelo em meu joelho e estendi meu dedo para que ele pousasse. Com a outra mão tomei o pequeno pedaço de papel que se prendia na pata da ave e a libertei.

Abri o pergaminho e um pequeno sorriso passou pelo meu rosto. Internamente me amaldiçoava por isso, não queria dar muita importância para a subida de um rank em minhas missões, mas isso significava algo. Eu estava evoluindo, e, com isso, alguma responsabilidade estaria sendo colocada sobre mim, como uma ninja de Kumo. Bom, independente, não havia tempo para ficar pensando nessas coisas; uma missão esperava por mim.

Li rapidamente o texto e bom... Era uma responsabilidade. Por alguma razão um dos professores precisava de ajuda durante um período na academia e estavam me designando para a tarefa.  Era estranho pesar nisso. Antigamente eu era a mais nova, geralmente eu era a ensinada, me colocar no papel de mais velho era no mínimo incomum. Não havia muito a fazer sobre isso, então me coloquei em direção à academia.

No local um homem por volta de seus trinta anos me recebeu e me contextualizou. Ele precisaria se retirar para assuntos de ordem pessoal e voltaria apenas no final do dia, para finalizar a aula, sendo assim eu deveria cuidar dos alunos durante o período da tarde. Ele me apresentou à classe e se retirou. As crianças não deveriam ter mais que dez anos, então era estranho me direcionar a eles como “professora”; eu era apenas alguns anos mais velha que eles. Não havia planejado uma aula, então decidi que seria uma aula prática. Estavam se formando para ser ninjas, então eles deviam se interessar em realizar algum treinamento, correto?

Todos foram para o campo de treinamento que se encontrava na parte traseira da academia. Três postes de madeira sem proteção ficavam lado a lado frente a uma parede na lateral esquerda do local. Alvos de lançamento se prendiam a eles e deixavam claro seu propósito. – Bom, turma, hoje iremos treinar tiro ao alvo. As armas ninja não são de simples uso. Podem ser mortais quando bem usadas e, para isso, um ninja precisa ser inteligente o suficiente para calcular força, velocidade, o vento do ambiente e o alvo a ser atingido. Retirem suas shuriken façam seu melhor! – Exclamei. Tentei parecer animada, mas nunca foi de mim ser uma pessoa que emite energia por onde passa.

O dia correu bem. No início os alunos parecem entediados, como se aquilo fosse simplesmente de rotina, mas logo uma competição se desenvolveu e eles pareceram mais animados do que o esperado. No final da tarde estavam cansados de tanto lançar as armas conta os alvos. O professor chegou antes do final da aula e me dispensou da missão com um sorriso e um agradecimento rápido.

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