Matar, interceptar interrogar ou lutar? Que nada, ser ninja na verdade não era nada além de um exercício de paciência, algo que não tenho e nunca tive. Sozinho, na biblioteca da aldeia, com a triste missão de limpar as empoeiradas prateleiras, cheias de livros dos quais nunca li ou ouvi falar. A academia ninja não me ensinou muitas coisas, pelo menos não tantas quanto a vida, mas se tive um aprendizado definitivo era de que existiam dois tipos de pessoas, as de ação, e as que pensavam. Nunca fui de pensar muito, na verdade não pensava nem um pouco antes de iniciar qualquer que fosse a ação; eu era aquilo que podia ser descrito como; um bêbado imprevisível.

Uma faca de dois gumes, que cortava tanto inimigos, quanto aliados. Me pergunto se a jovem Alice do livro 'aventuras de uma kunoichi adolescente' havia passado por algo parecido em uma de suas curtas aventuras geralmente ambientadas na academia e que sempre terminavam com boas palavras sobre índole e moral para jovens iniciados da academia. Ou talvez as repostas fossem encontradas em outra seção, algo mais adulto como a popular série de livros Eróticos, o Icha Icha, onde o protagonista lutava vividamente contra seus vícios, virtudes em prol de seu amor. Acho que talvez pudesse ser util para mim, ainda que minha luta fosse exclusivamente contra as virtudes e a favor dos vícios.

A madrugada de limpeza numa biblioteca não é nada senão silenciosa. Entre goles escondidos no sake e o espanar do espanador eu realizava a importantíssima e de extrema urgência missão a mim atribuida, afinal, quem é que poderia executar tal tarefa importante senão eu? A própria encarnação ímpia da faxineira da aldeia, que alias era a maldita culpada. Ela sai de férias e adivinha quem eles chamam? Zõri, é, o Hatake. O genin bêbado que não fazia nada além de arruaça. Não sabia de muito, mas de uma coisa sabia; um dia todos se arrependeriam. Eu Zõri Hatake seria aquele que iria salvar o mundo shinobi, seja salvando Kumo, ou limpando a biblioteca, tenho certeza que um dia meu destino se faria, e quando as estrelas se alinhassem, eu Zõri, seria lembrado.

Até lá ficaria aqui na miúda. Bebendo sake, falando asneiras e limpando prateleiras. E quem sabe, se algum dia não estivesse ali, junto com todos aqueles nomes complicados de escritores, em um livro de história Shinobi, descrito como o 'Grande Mestre dos Punhos Bebados' ou em uma história autoral, para maiores de 18 provavelmente, como o Icha-Icha que agora se encontrava em minhas coisas já, e não mais nas estantes da biblioteca.

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Rank D — Biblioteca da Vila
Descrição: A faxina se estende aqui também, só não vale ficar lendo os pergaminhos ao invés de limpá-los.

Imagine minha surpresa quando não só fui convocado para mais uma missão de utilidade zero, como também uma envolvendo plantas. Fuma-las? Não, não, a tarefa a mim atribuida era cuidar da floricultura da aldeia, enquanto a Kunoichi responsável se encontrava debilitada. Certamente não possuia a mesma habilidade da jovem quanto a vendas tão pouco a paciência de manter-se de pé proximo ao balcão enquanto esperava algum comprador, e ainda menos simpatia em atende-los quanto estes por fim chegavam. Não demorou para entender que cuidar de flores era um trabalho meticuloso e solitário.

- Estas estão tristes - Meus pensamentos eram interrompidos pela voz da anciã que escolhia flores - Desculpe, o que? - - Estas flores estão tristes, não pode ver, talvez sintam falta dela. - Do que a velha estava falando? Talvez fosse senil e talvez fosse melhor dar de ombros e ignora-la, mas ela continuava - Onde está Yumi? - Ela se referia a kunoichi que estava ausente. - Acho que ela está doente ou algo assim. - Respondia relutante em dar atenção a idosa. - Você é novo aqui certo? - Que saco, ela não parecia notar meu desinteresse em seus dizeres de velho ou qualquer coisa que tivesse a dizer - É, infelizmente... - - Infelizmente? hahahaa pois fique sabendo que cuidar de flores é primoroso, e um ótimo serviço. Meu marido também não gostava muito delas, ainda que as usasse em combate - - Flores? como ele podia as usar em combate? - Sabia que me arrependeria de extender o assunto retrucando, mas a anciã era o primeiro contato social em horas, talvez conseguisse tirar um barato e passar o tempo.

- É flores. A agua é o liquido da vida, e a terra é o solo fertil. A agua fecunda, e a partir da terra se faz a raíz, que vira tronco, que sustenta a árvore, e então a partir da árvore surge a flor, a ultima manifestação da vida criada a partir da agua e do solo. Meu marido era um ninja especial, capaz de controlar esse processo e usa-lo - Já havia ouvido falar de incriveis habiidades ninjas, mas não antes habilidades que incluiam a criação de árvores ou semelhantes. Para mim, conceber a junção de elementos como Doton e Suiton era algo impossível, e mais impossível ainda tentar reproduzi-los por mim. Minhas habilidades em Ninjutsu, ainda que tivessem feito algum progresso recentemente ainda não haviam me recompensado com nenhuma natureza elemental, ou jutsu extremamente dito, embora por outro lado minhas habilidades em taijutsu se excedessem. - E você? - - Eu? - - É, você, o que faz? - a pergunta era sucedida de um breve silencio. Ainda não havia me provado em combate real contra outros ninjas, não podia de fato responder como fazia ou o que faria. - Eu cuido de flores senhora hahahaha - Quebrava o silêncio. - Ora pois, então embrulhe essas pra mim - - É pra já. -  

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Rank D — Floricultura da Vila
Descrição: A garota que cuida da floricultura agora é uma Kunoichi médica muito atarefada. Sua missão é cuidar da floricultura enquanto ela está fora. Se tem alergias a flores, utilize uma máscara.