[SOLO] Assimilando Tudo ao Toque

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Zeitgeist

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Ter 02 Jul 2019, 13:17

A dor causada pela perda nunca fora um sentimento causador de decisões para Chrollo. A verdadeira forma como enxergava tudo ao seu redor se resumia a uma espécie de maldição encarcerada a sua própria arrogância de não se redimir diante a própria loucura. Seu próprio rancor diante a necessidade constante de justiça.

Talvez fosse o modo de se redimir diante seu passado intragável; suas dores incuráveis; suas memórias inesquecíveis. Trazia consigo feridas que ainda sangravam mesmo após tanto tempo. Feridas essas que apesar de jorrarem sangue, não doíam mais no próprio Uchiha. Fosse o modo como ele enxergava a própria justiça, como um jogo de tabuleiro; ou o modo como ele se entregava a ela, como um peão que não se limita as regras do jogo.

A verdade é que havia se cansado dos modos como os seres humanos tratavam uns aos outros. Traições; deslealdade; ganância; ódio. Aquilo trazia a tona sentimentos de um passado não tão distante, porém, de uma maneira incompreensível, dava-lhe esperança de dias melhores. Era provável que sua superioridade não fosse nada além de uma fantasia criada pela sua mente, e esperava que isso fosse verdade. A vida podia não ser tão bela, mas o mundo sempre fora.

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Ter 02 Jul 2019, 16:59

O dia era chuvoso, trazendo certo ar de tristeza para o cenário; algo bem conveniente para os pensamentos que se opunham a deixar a mente de Chrollo. O rapaz caminhava pelo centro da vila com o corpo coberto por um manto negro e a cabeça levemente inclinada para baixo, evitando que seu cigarro fosse molhado pela chuva.

Seu caminho era sem rumo e trazia consigo uma dramática faceta da tristeza de seus antepassados, visíveis em seus passos sem rumo e lentos. Não havia ninguém nas ruas, além dele, nenhuma alma viva sequer, se arriscava a ficar na chuva durante aquele desmoronar de agua sob a cabeça dos moradores de Kumogakure. Entretanto, para Chrollo, aquilo era indiferente.

Ele já havia passado pelos bares que costumava frequentar, já que não sentia vontade de se entupir de álcool naquele momento. Talvez estivesse realmente esquecido dentro do próprio vazio existencial. Ele caminhou por alguns minutos, até que finalmente ouviu o som do cintilar de aço, vindo de algum lugar; chamando-lhe a atenção. Não sabia de onde vinha, porém a cada passo, o som estridente se tornava mais alto até que finalmente podia ver as faíscas do aço surgirem diante de uma pequena casa e sua escuridão.

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Ter 02 Jul 2019, 19:12

As faíscas do ferro sendo martelado chamavam a atenção do rapaz, que parava em frente o local, observando o trabalho pesado feito pelo homem que revelava apenas sua barba diante a luz do aço sendo modelado. Mas após alguns poucos minutos, o homem percebeu que estava sendo observado.

— O que está fazendo na chuva, meu rapaz? Vamos, entre. — Disse ele, se aproximando da porta com o martelo em mãos e chamando Chrollo. O Uchiha ficou relutante por alguns instantes, porém aceitou o convite, adentrando a forja do simpático velho barbado.

— Sente-se. — Disse o homem, limpando a testa molhada do próprio suor. Chrollo se sentou em um pequeno banco ao lado de uma mesa, retirando o capuz de sua cabeça. — Então, como se chama? — Perguntou o homem.

— Me chamo Chrollo Nero. — Disse o Uchiha, mantendo certa seriedade, porém na tentativa de ser o mais simpático possível. — E você? —

— Eles me chamam de Velho Bill, apesar de eu não ser tão velho assim. — Respondeu o homem, sorrindo para Chrollo.

O rapaz deu uma breve olhada ao redor, percebendo uma grande quantidade de armamentos forjados colocados sobre a mesa que estava ao seu lado; dando-lhe a entender que o homem trabalhava demasiadamente.

— Então, o que lhe trouxe aqui, Nero? — Perguntou o Velho Bill.

Chrollo respirou fundo, sem saber muito bem o que responder, porém respondeu o que veio a mente naquele momento.

— Na realidade, não tenho certeza. — Tentava dizer. — Estava pensando em todas as pequenas guerras que já presenciei, quando ouvi o som de seu martelo. — Concluiu, finalmente.

O velho Bill ergueu a sobrancelha, com um sorriso no rosto.

— Ah, um shinobi. Não o distingui sem sua bandana. — Explicou o Velho Bill.

Chrollo então, colocou o tecido do manto de lado, mostrando a bandana amarrada em sua cintura.

— Ora, e por que não a usa como os outro? — Perguntou, Bill.

Chrollo respirou devagar antes de responder, sabendo que era uma boa pergunta.

— Acredito que a lealdade de uma pessoa não está no símbolo que elas carregam, mas sim na virtude que elas cultivam. — Explicou, olhando para o Velho Bill com um leve sorriso.

Bill sorriu para o jovem, colocando o martelo sobre a mesa de forja, onde a espada que forjava antes começava a esfriar lentamente. Ele pegou um banco e se sentou em frente a Chrollo.

— E a que você é leal? — Perguntou Bill.

Chrollo fechou os olhos por um instante e os abriu, olhando para o teto de madeira.

— Era isso que estava pensando enquanto caminhava. — Terminou por sorrir ao fim de suas palavras.

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Ter 02 Jul 2019, 21:13

A conversa parecia interessante para ambos. O Velho Bill, de certo modo, via um pouco dele no rapaz, apesar do jovem ser um tanto quanto fechado.

— Bom, isso é algo que só você pode decidir. — Disse, Bill, se levantando e servindo duas xícaras de café quentes, sem ao menos perguntar se Chrollo aceitaria. — Não sei muito sobre shinobis, mas a lealdade não se limita a eles; você deve saber disso. — Pontuou, Bill, entregando ao Uchiha uma das xicaras de café.

Chrollo pegou a xícara com sua destra e tomou um gole, queimando um pouco da língua, apesar de não demonstrar.

— Talvez ser leal a si mesmo, seja a melhor opção. — Murmurou, Chrollo, como se falasse apenas pra si mesmo.

O veho Bill ainda se sentava, erguendo as sobrancelhas, um tanto quanto surpreso.

— E o que seria isso? — Perguntou.

Chrollo colocou a xícara sobre a mesa, olhando para Bill.

— Leais a nossa própria visão de mundo, a nossa própria ideia de justiça. — Respondeu, Chrollo. Pigarreando em seguida.

O Velho Bill deu um leve sorriso, pois apesar de ter entendido, soube que no fundo o jovem ainda não tinha a resposta pra tudo que queria.

— O propósito de ser leal é esse, não? A lealdade só é real quando se adequa a sua visão do mundo. Quando seguimos algo que não concordamos, estamos apenas servindo de peões. — Discursou o Velho Bill, sabiamente.

Chrollo ouviu suas palavras, tendo uma breve epifania sobre aquilo.

— Peões. — O Uchiha sussurrou.

O Velho se levantou, pegando um anel de ouro que estava sobre a mesa de forja, porém já pronto.

— Quero te mostrar uma coisa. — Disse Bill, sentando-se mais uma vez. Ele esticou as mãos com o anel na palma de sua canhota e olhou para Chrollo. — Você sabe o que é isso? — Perguntou.

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Ter 02 Jul 2019, 23:14

O rumo da conversa parecia ter mudado completamente, o que deixava Chrollo intrigado com a pergunta feita por Bill, que mostrava um anel dourado repousando na palma de sua mão.

— Me parece um anel de ouro. — Respondeu, Chrollo, com o máximo de informação que tinha sobre metais e itens de forja.

O Velho Bill sorriu, acenando positivamente com a cabeça; em seguida ele trouxe o anel para próximo do corpo.

— Certamente. — Disse, Bill. Nesse instante o corpo do velho homem tomou a mesma coloração dourada do anel, ganhando suas características e peculiaridades. Chrollo se impressionou com aquilo, afastando o tronco alguns centímetros; lhe parecia uma espécie de habilidade.

— Incrivel — Tentou falar, Chrollo, porém nada fora dito.

O velho Bill entregou o anel para Chrollo e em seguida começou a falar.

— O que quero lhe dizer é que o valor das coisas é relativo a cada um. — Ele fez uma pausa entre uma frase e outra. — Para alguns, oque vale é por ser um anel; para outros, ser um anel de ouro; e para outros, o ouro em si. — Explicou, enquanto seu corpo voltava ao normal.

Ele ficou em silencio alguns segundos, enquanto o Uchiha observava o anel.

— O que queria mostra-lo, é que as vezes, a propriedade presente nas coisas e nas pessoas, é mais importante do que aquilo que pensamos ver. — Ele sorriu. — Você viu um anel de ouro, eu pude ver uma oportunidade de me assimilar a ele. Assim são as pessoas e tudo ao nosso redor. — Concluiu de maneira sábia e sucinta.

Chrollo devolveu o anel, sorrindo de volta. — Entendo. Talvez eu tenha me cegado pra verdadeira paisagem ao meu redor. — Admitiu, sem vergonha de demonstrar seu próprio erro. Entretanto, ele havia ficado intrigado com aquela habilidade. — Se incomoda se eu fumar aqui dentro? — Perguntou em seguida, de maneira educada.

— Sem problemas, fique a vontade. — Respondeu, Bill, pegando as xícaras e enchendo-as mais uma vez. Enquanto isso, Chrollo acendia um cigarro e o tragava, soltando a fumaça para cima.

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Qua 03 Jul 2019, 09:48

A principio, Chrollo imaginou se tratar de uma linhagem sanguínea, exclusiva da família de Bill, entretanto, fez questão de tirar essa duvida a limpo.

— Isso que acabou de me mostrar, o que era? — Perguntou, ainda com o cigarro em mãos.

O velho Bill deu uma breve gargalhada, olhando para o rapaz.
— Você gostou? É uma habilidade desenvolvida através do controle de chakra, nada demais; porém muito util. — Respondeu, Bill.

Chrollo acenou positivamente com a cabeça, porém manteve-se em silencio logo em seguida, mas Bill percebeu o olhar reflexivo que tomava a face do jovem.

—Posso ensina-lo se quiser. — Disse o velho, com um sorriso em sua face.

Chrollo se sentiu um pouco envergonhado, apesar de não falar, tomando um gole do café presente em sua xícara.

— Eu ficaria honrado, mas não quero tomar mais do seu tempo. — Respondeu, tomando mais um gole inteiro e preparando-se para levantar, porém fora repreendido pelo velho Bill.

— Por favor, eu insisto. Garanto que será de grande utilidade. — Disse ele, tocando o ombro de Chrollo.

O rapaz voltou a se sentar, dessa vez com um leve sorriso no rosto, e em seguida deu sua resposta final.

— Tudo bem — Respondeu, Chrollo. — Eu agradeço — Concluindo, finalmente, com um leve sorriso em face.

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Qua 03 Jul 2019, 11:48

Bill então deu as primeiras informações necessárias para Chrollo aprender a nova habilidade. De acordo com o mesmo, o importante era o controle do chakra e a assimilação através do toque, o resto era apenas detalhe. O barbado pegou o anel novamente e jogou para Chrollo.

— Tente assimilar o ouro presente nesse anel. — Disse, esperando que o jovem falhasse nas suas primeiras tentativas.

Chrollo não tinha ideia do funcionamento da habilidade em si, porém sabia que o controle do chakra era essencial para o desenvolvimento de tal. Isso lhe dava algo para se apoiar durante sua primeira tentativa. Porém, o que lhe vinha a cabeça, enquanto tinha o anel em mãos, era como assimilar as propriedades do elemento em questão, utilizando apenas o controle do chakra.

— Parece complexo. — Murmurou, Chrollo, colocando sua canhota sobre a destra, fazendo uma espécie de casulo com as mãos.

Enquanto isso, o velho Bill apenas observava o que o rapaz tentava fazer. A canhota estava sobre a mão destra sem necessidade alguma, porém Chrollo fazia aquilo para criar um foco de concentração maior. Desse modo, o rapaz tentou criar uma conexão de chakra entre sua pele e o anel, permitida através do toque. Não sabia se iria funcionar, porém a intenção era assimilar as propriedades do metal através da conexão do chakra entre os materiais biológicos presentes no corpo e os materiais inorgânicos do metal.

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Qua 03 Jul 2019, 13:50

O tempo fora passando devagar, como se os segundos de concentração se tornassem imóveis a contagem nos relógios do tempo; quase que um momento atemporal. Quando Chrollo fechou seus olhos, finalmente sentiu suas mãos enrijecerem e de súbito, seu corpo pesar. Quando abriu os olhos, deixou que sua visão caísse em direção a suas mãos, vendo o dourado nas mesmas.

O Velho Bill se sentou mais uma vez na cadeira a sua frente; impressionado com o ocorrido. Chrollo ergueu os olhos, fitando-o seriamente.

— Parece que eu o subestimei. — Disse, Bill, sorrindo mais uma vez.

Chrollo retirou sua canhota de cima da destra, vislumbrando o anel de ouro que repousava sobre a palma de sua mão, agora da mesma coloração do material.

— Isso é... incrível — Disse ele, buscando as palavras para se expressar, porém foi tudo que conseguiu dizer.

Bill estava feliz por ter encontrado o rapaz naquele dia, vislumbrando um tipo de genialidade que a muito tempo não via. O próprio Chrollo sentia o mesmo, mesmo que não demonstrasse abertamente.

Não demorou muito, para o corpo de Chrollo voltar as propriedades normais, por vontade de seu portador. O mesmo se ajeitou no banco, colocando o anel sobre a mesa onde estava a xicara com café morno.

— Isso pode ser feito com qualquer material? — Perguntou, Chrollo.

— Sim, qualquer material palpável pode ser assimilado. — Explicou o Velho Bill, ainda com o sorriso em sua face.

O cigarro entre os dedos de Chrollo já havia apagado, deixando as cinzas caírem no chão da forja, porém o mesmo ainda o mantinha entre os dedos. Estava pronto para levar a habilidade para um próximo nível, porém Chrollo sabia que isso teria de ser feito com o próprio esforço.

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Qua 03 Jul 2019, 17:27

A utilidade de tal habilidade em batalha poderia ser ampla se feita de maneira correta e Chrollo sabia disso. Tanto em uma luta corporal, quanto em uma luta a distância feita através de ninjutsus, a assimilação de materiais poderia ser uma poderosa arma de batalha. Entretanto, o Uchiha manteve-se em silencio quanto ao uso que faria daquela habilidade, afinal, não queria ser julgado como insolente por utilizar mal as habilidades aprendidas.

— Obrigado por me receber aqui, Velho Bill. — Disse ele, se levantando da cadeira e estendendo a mão para cumprimentar o barbado de mãos sujas que havia o recebido tão bem.

Bill se levantou corriqueiramente e o cumprimentou de volta.

— Já vai? Foi um prazer recebe-lo. Venha quando quiser. — Respondeu, com um sorriso em sua face, apesar da seriedade do jovem.

— Agradeço mais uma vez pela hospitalidade e carinho. — Concluiu, Chrollo, deixando clara a gratidão que sentia quanto a maneira que havia sido tratado.

O Velho Bill acenou positivamente com a cabeça, sem dizer mais nenhuma palavra. Chrollo colocou o capuz sobre a cabeça e acendeu mais um cigarro antes de deixar o local, ficando parado sob a marquise da forja antes de partir. O velho Bill pensou em se aproximar mais uma vez, mas chegou a conclusão de que o rapaz queria um momento para si próprio, deixando-o sozinho.

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Qua 03 Jul 2019, 20:56

Chrollo manteve-se parado ali por mais alguns minutos, tragando o cigarro que segurava entre os dedos. Poderia parecer que ele estava se escondendo da chuva enquanto terminava de fumar seu cigarro, mas na realidade, ele se perguntava o valor de tudo aquilo que havia aprendido naquele dia. Havia pensado tanto na habilidade até aquele momento que não havia percebido a calorosa companhia que havia desdenhado por um bom tempo. Os bons conselhos e uma nova visão de mundo diante as experiências de um simples homem, porém sábio. Talvez quem fosse considerado superior aos próprios gênios fosse Chrollo, mas até mesmo os gênios se tornam loucos com o passar dos anos e Chrollo havia sido testemunha de coisas assim acontecerem.

Ficou ali, observando a chuva cair durante um bom tempo, enquanto a fumaça deixava seus pulmões em lentas expiradas de ar. Havia entendido algo importante ali. A assimilação das coisas. Não só da propriedade dos materiais para uso em batalha, mas o mais importante, a assimilação dos ideias das pessoas. Tornar tangível aquilo que a muito tempo fora impalpável para o rapaz; algo que parecia impossível em prática, porém em teoria, lhe parecia um bocado mais simples que antes; mesmo que isso não mudasse muita coisa, a esperança citada a principio, havia sido renovada mais uma vez.

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Qua 03 Jul 2019, 22:57

A chuva continuava, ainda mais forte que anteriormente. Chrollo estava a alguns minutos parado em frente a forja, sob a marquise da mesma. O tempo parecia ter parado para o rapaz, até que finalmente saiu do transe quando viu que seu cigarro tinha chegado ao fim. O som do aço queimando vinha de dentro da forja e o velho Bill voltava ao trabalho, como fazia antes da chegada do Uchiha.

O rapaz olhou sobre os ombros, observando Bill mais uma vez. O barbado percebeu que estava sendo observado novamente e o olhou de volta, acenando com a cabeça. Chrollo levantou sua destra, acenando de volta e em seguida saiu sob a agua que descia dos céus. Levaria algum tempo até assimilar tudo que já havia passado durante tanto tempo e talvez, um dia, se livrar da maldição que o seguia; porém se sentia grato por ter encontrado aquele lugar naquele monótono dia.

Ele caminhou pelas ruas vazias, ouvindo o som das gotas de agua caírem sobre as poças feitas no chão. Seus olhos percorriam as avenidas de Kumogakure, vendo algumas lojas aberta, porém poucas, se comparada aos dias de sol. Por incrível que poderia parecer, ele não se sentia tão sozinho como anteriormente e de algum modo, ele sentia-se acompanhado pela própria expressão do universo; a consciência.

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Sex 05 Jul 2019, 18:14

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