Os olhos do novo shinobi da nuvem resvalaram o papiro algumas vezes até que o conhecimento deste passasse para seu cérebro, o que não demorou mais que alguns minutos. O pergaminho havia sido selado pelo jovem, e agora este estava de pé próximo à uma localidade ainda nova para ele, e desconhecida. Mas aparentemente esta não possuía habitantes, portanto, tomou para si como campo de treinamento e logo iniciou o mesmo. A princípio não entendera de imediato como funcionava o aprendizado de um novo elemento, mas não deixou-se abalar, e continuou o aprendizado.

Ao contrário do raio - elemento qual Machia dominava com tamanha maestria -, a água parecia não se movimentar ao comando do garoto. Sequer movimenta-se de forma alguma. O rapaz tentou manipulá-la por mais uma dezena de vezes, mas falhou sucessivamente na manipulação elemental, pelo menos inicialmente. O jovem shinobi da nuvem permaneceu repetindo os movimentos outrora instruídos pelo papiro, uma vez que era necessário para a dominação d'água. O garoto movimentou os pés, as mãos, num ritmo idêntico, em sincronia com os movimentos da água enquanto controlava a própria respiração. Era uma espécie de dança rítmica - dança a qual Machia não dominava. Ele continuou com os passos, reproduzindo cada singular movimento como fora-lhe instruído pelo papiro, mas sem sucesso. O homem indagou-se se o que estava fazendo era o correto, contudo, não tinha um professor por perto, portanto, restava-lhe apenas sua vontade para aprender. O shinobi suspirou, e pegou o pergaminho de outrora, olhando-o novamente.

Passaram-se uns minutos e finalmente a leitura havia sido concluída, e agora, nada restava à Machia senão a prática. A habilidade do garoto para com o elemento suiton era nula, o mesmo não tivera um êxito sequer mesmo após horas de treinamento, e isso era um tanto quanto frustrante. Quando deu conta de si, estava deitado no solo árido pensando em algo para ajudar-lhe, em vão. O garoto tratou de olhar para o céu, fechando os olho em seguida: imaginou-se como um só, dentro de um riacho, sendo açoitado pelas ondas mas ainda sim dominando-as como um verdadeiro shinobi faria. A chama do aprendizado reacendeu dentro de si, portanto, o Washu levantou e tratou de treinar novamente, por horas a fio.

...

Ao cair da noite o jovem notou o que considerava um equívoco: tentava manipular a água aplicando seu chakra nela, e não tornando seu chakra a própria água. Com isso em mente, o garoto tentou mais algumas dezenas de vezes o converter do chakra para o elemento em questão, tendo êxito em tal. Para técnicas onde o chakra é expelido, apesar de ser o mesmo processo, o chakra convertido provém do próprio corpo. Pensou o shinobi consigo mesmo. Com este pensamento aplicado na prática, o garoto não só manipulou como criou água num passe de mágicas. Estava satisfeito, logo um pequeno sorriso demarcou o final de seu treinamento.


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Um novo dia, um novo treinamento. O jovem Iwanense estava se adaptando ao novo lar, e agora estava aprendendo até mesmo um estilo do vilarejo cuja função é aumentar a potência de seu elemento de afinidade, o raiton. O novo Shinobi de Kumo estava em busca de aprimorar suas habilidades, e com esse estilo em questão, conseguiria. — Raios negros, eh? — disse Machia, levando um cigarro à boca e tragando sua fumaça tóxica. O jovem sabia que tinha a capacidade de dominar tal, só não sabia como o faria. As nuvens se fecharam no céu de Kumogakure, um trovão ribombou, e uma quantia considerável de energia azulada caiu à frente do Jonin de Kumogakure. — Opa! — exclamou, observando as nuvens e os trovões contorcendo-se naquela manhã nublada.

Machia iniciou o treinamento que o aguardava: o garoto ergueu as mãos para o céu e clamou pelo raio que outrora caíra à sua frente, porém em vão. O jovem manipulou o elemento que dominava, arremessando-o no céu em forma de protesto, mas Zeus não o respondeu, o Deus dos raios permaneceu em silêncio observando a bravura da criança ingênua. Um segundo estrondo. A energia azulada dessa vez, porém, caiu rente ao corpo do Shinobi da folha cuja face não demonstrou um resquício sequer de medo.

— É só isso que tem pra mim, pai? — Machia protestou, erguendo a destra e clamando pelo elemento cuja afinidade era gigantesca. Um terceiro raio, dessa vez certeiro, e negro.

O homem caiu no solo, segurando o braço dominante enquanto sentia a pele queimar: uma tatuagem com um símbolo singular fora marcada na mesma. Relâmpago negro. pensou o Washu, fitando os céus enquanto permanecia estirado no solo. — Obrigado. — disse baixinho, erguendo-se do solo e prostrando-se. Machia observou uma pequena árvore, e nesta, utilizou do elemento dominante: um raio negro transmutou-se de suas mãos, atingindo o pequeno alvo e destruindo-o no processo.

Os raios negros estavam dominados.

690, 685
sta 00/05

Considerações:

Itens e afins: