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A LUZ DAS TREVAS
Arco 02
Ano 27 DG
Inverno
Meses se passaram desde a missão de investigação ao Castelo da Lua, no País do Vento, que culminou na Batalha da Lua Minguante. Soramaru, o cientista responsável pelos experimentos, morreu em combate, assim como outros ninjas do lado da aliança. Após a missão ser bem-sucedida, mas carregando tantas mortes, Karma, o líder da missão, ficou responsável por relatar às nações o máximo de informações sobre a organização por trás dos crimes agora que estava com o selo enfraquecido e com isso ele revelou o verdadeiro nome dela: Bōryokudan. Ainda não tendo como fornecer mais detalhes, pois o selo se manteve, e precisando de mais pistas antes de investir novamente em uma missão, Karma saiu em missão em nome das Quatro Nações para encontrar o paradeiro dos demais membros da organização — e sua primeira desconfiança recaiu sobre Kumo.

O mundo, no entanto, mudou nestes últimos meses. Os Filhos das Nuvens concluíram a missão de extermínio aos antigos ninjas da vila e implementaram um novo sistema político em Kumo ao se proclamarem o Shōgun sobre as ordens não de um pai, mas do Tennō; e assim ela se manteve mais fechada do que nunca. Em Konoha a situação ficou complicada após a morte de Chokorabu ao que parece estar levando a vila ao estado de uma guerra civil envolvendo dois clãs como pivôs. Suna tem visto uma movimentação popular contra a atual liderança da vila após o fracasso em trazer a glória prometida ao país. Já em Kiri a troca de Mizukage e a morte de ninjas importantes desestabilizaram a política interna e externa da vila. E em Iwa cada dia mais a Resistência vai se tornando popular entre os civis que estão cansados demais da fraqueza do poderio militar ninja. Quem está se aproveitando destes pequenos caos parece ser as famílias do submundo, cada vez mais presentes e usando o exílio de inúmeros criminosos para Kayabuki como forma de recrutar um exército cada vez maior.

E distante dos olhares mundanos o líder da Bōryokudan, Gyangu-sama, se incomoda com os passos de Karma.
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SHION
SHION#7417
Shion é o fundador do RPG Akatsuki, tendo ingressado no projeto em 2010. Em 2015, ele se afastou da administração para focar em marketing e finanças, mas retornou em 2019 para reassumir a liderança da equipe, com foco na gestão de staff, criação de eventos e marketing. Em 2023, Shion encerrou sua participação nos arcos, mas continua trabalhando no desenvolvimento de sistemas e no marketing do RPG. Sua frase inspiradora é "Meu objetivo não é agradar os outros, mas fazer o meu trabalho bem feito", refletindo sua abordagem profissional e comprometimento em manter a qualidade do projeto.
Angell
ANGELL#3815
Angell é jogadora de RPG narrativo desde 2011. Conheceu e se juntou à comunidade do Akatsuki em fevereiro de 2019, e se tornou parte da administração em outubro do mesmo ano. Hoje, é responsável por desenvolver, balancear, adequar e revisar as regras do sistema, equilibrando-as entre a série e o fórum, além de auxiliar na manutenção das demais áreas deste. Fora do Akatsuki, apaixonada por leitura e escrita, apesar de amante da música, é bacharela e licenciada em Letras.
Indra
INDRA#6662
Oblivion é jogador do NRPGA desde 2019, mas é jogador de RPG a mais de dez anos. Começou como narrador em 2019, passando um período fora e voltando em 2020, onde subiu para Moderador, cargo que permaneceu por mais de um ano, ficando responsável principalmente pela Modificação de Inventários, até se tornar Administrador. Fora do RPG, gosta de futebol, escrever histórias e atualmente busca terminar sua faculdade de Contabilidade.
Wolf
Wolf#9564
Wolf é jogador do NRPGA desde fevereiro de 2020, tendo encontrado o fórum por meio de amigos, afastando-se em dezembro do mesmo ano, mas retornando em janeiro de 2022. É jogador de RPG desde 2012, embora seu primeiro fórum tenha sido o Akatsuki. Atua como moderador desde a passagem anterior, se dedicando as funções até se tornar administrador em outubro de 2022. Fora do RPG cursa a faculdade de Direito, quase em sua conclusão, bem como tem grande interesse por futebol, sendo um flamenguista doente.
Mako
gogunnn#6051
Mako é membro do Naruto RPG Akatsuki desde meados de 2012. Seu interesse por um ambiente de diversão e melhorias ao sistema o levou a ser membro da Staff pouco tempo depois. É o responsável pela criação do sistema em vigor desde 2016, tendo trabalhado na manutenção dele até 2021, quando precisou de uma breve pausa por questões pessoais. Dois anos depois, Mako volta ao Naruto RPG Akatsuki como Game Master, retornando a posição de Desenvolvedor de Sistema. E ainda mantém uma carreira como escritor de ficção e editor de livros fora do RPG, além de ser bacharel em psicologia. Seu maior objetivo como GM é criar um ambiente saudável e um jogo cada vez mais divertido para o público.
Akeido
Akeido#1291
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Havilliard
Havilliard#3423
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Bucky
Jonin | ANBU
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I'm no hero
And I'm not made of stone
Um conto do futuro:

As mãos dele suavam. Os olhos quase não se conseguiam manter abertos e a tosse era mais frequente. Vaelin estava ali, perante todos dois adversários, mas acreditando em algo superior a ele, acreditando que Kumogakure merecia aquela missão bem sucedida e ele iria cumprir, custe o que custasse.  

Mas o que levaria Vaelin a Takumi? Melhor, quem é que seria Vaelin? O shinobi jovem, com os seus 25 anos de idade, era um jonin de Kumogakure de grande respeito e consideração um exemplo a ser seguido pela geração mais nova. O uzumaki tem cabelos cinzas que beiram ao grisalho, curtos e bagunçados, e um olhar esverdeado cristalino como nunca se viu no relâmpago. Era sem dúvida um ninja bonito, contudo dedicava-se exclusivamente a sua aldeia e acreditava que a sua aldeia merecia de tudo e por isso mesmo ainda não tinha iniciado qualquer relação, pois Kumogakure tomava todo o seu tempo. E por isso mesmo, por seu vilarejo necessitar dele, Vaelin tinha-se deslocado até Takumi, a aldeia de artesões no País dos Rios, para uma missão diferente, algo que a sua aldeia rejeitava e abominava a ideia de tudo se tornar público. Extrair uma família. Uma família diferente que Kumogakure via com bons olhos a existência da mesma dentro das fronteiras da Aldeia.

O jovem agradecia toda a confiança que a aldeia lhe tinha depositado, contudo agora estava perante dois adversários de peso. Ambos com o símbolo de Konoha rasgado nas suas bandanas, os oponentes eram curiosos. O primeiro era esguio, bastante fino que lhe dava um ar de agilidade contudo pouco se mexia durante a batalha. O segundo era um oponente completamente diferente, mais pesado, mais duro, porém rápido para o combate corpo-a-corpo. Atrás deles uma casa em chamas, uma casa a ser vagarosamente engolida pelo o fogo. O combate já estava avançado e o kumo-nin estava cansado, mas os seus adversários também. — És dos duros. — Comentou o mais magro dos oponentes, até porque o mais gordo não tinha aberto a boca desde o confronto se iniciar. O que eles te interessam? Perguntava ele quieto na mesma posição, mas enquanto perguntou, lançou uma shuriken rápida, muito rápida mesmo. O jonin sem dificuldades afastou a mesma com um movimento rápido da sua kunai.

O motivos ficam para mim. Respondeu o enviado de kumo, até porque nem ele sabia muito bem porque é que a raikage queria aquela família, aquele jovem casal. Só sei que irei levá-los comigo. Confirmou convicto. Deixando o mais gordo nervoso. Como ele tinha previsto, ele ia atacar. Lançou todo o seu corpo sobre o jonin tentando deferir um bom golpe na face do shinobi. Para se defender Vaelin lançou-se para trás numa pirueta e tentou pontepear o adversário mas sem efeito porque este o agarrou na perna. — Isto terminou. — Declarou o mais magro saltando por cima dos dois realizando uns selos rápidos, inchando o peito,  Katon: Gōryūka no Jutsu. O grande dragão de fogo avançou para o jonin, que continuava a ser agarrado pelo o mais grosso, e as oportunidades de escapar tornavam-se cada vez mais apertadas. Tinha de agir. Deu mais um pontapé no adversário que o agarrava, e invocou quatro asas de chakra que cresceram nas suas costas. Kagerō Ninpō: Utakata (Arte Ninja da Formiga-Leão: Efêmero). Com muita dor avançou, ainda queimando numa perna, mas mesmo assim manteve o  jutsu ativado e as asas de chakra que ele tinha nas suas costas começaram a lançar raios aos dois adversários. Mas a resposta dos adversários não demorou muito, modificando o seu braço, isto é aumentando o braço para o triplo: Dou Kawari (Alteração do Corpo), o adversário com mais volume saltou e atingiu o corpo do uzumaki, fazendo com que este perdesse as asas e caísse no chão pronto para um novo ataque. O adversário magro voltava para a sua posição original, a posição de um combate mais parado e com habilidades que não exigissem tanto movimento, enquanto o oponente com mais volume tornava o seu combate novamente mais ativo, mais corpo-a-corpo.

Mal caiu no chão, Vaelin sofreu logo um pontapé no peito, que o fez tropeçar na terra durante uns bons segundos afastando-se mais. Sem conseguir respirar mas ainda com a visão focado no adversário, o jonin apercebeu-se de mais uma kunai rápida em direção a ele, com ajuda das mãos deu um pequeno impulso, agarrou a lâmina que tinha sido atirada com grande mestria e avançou evasivamente para cima do adversário de grande porte.  Num movimento rápido, cravou a arma no peito do primeiro adversário, saltou e observou bem o segundo, retirou a sua katana que trazia a sua cintura mas reparou no sorriso matreiro do seu adversário mais magro, ou seja, daquele que se localizava bem a frente dele. Numa fração de segundo sentiu o segundo adversário atrás de si e sorriu de volta para o oponente que a frente dele se encontrava. Começou a concentrar chakra e a girar com a sua katana, criando a velocidade ideal para atingir e rasgar por completo o peito daquele que estava atrás dele.  Kumo-Ryū Uragiri (Estilo da Nuvem – Decapitação Contrária). Era o fim para o primeiro adversário, faltava mais um. — Kumo-Ryu? — comentou o adversário com um sorriso matreiro. Apesar do uzumaki ter acabado por completo com o primeiro adversário. — Parece que ainda tenho muito que aprender contigo. — Comentou com mais um sorriso sarcástico.

Só que não terás tanto tempo para isso. Começou a correr logo depois de ditar a sentença, empunhando a sua katana. Mas quando estava prestes a chegar ao seu adversário lançou a espada para o seu lado esquerdo e saltou. Começou a criar raios nas mãos e esses mesmos raios saíram em direção ao seu adversário. Torunēdo Raitoningu (Tornado Trovão). Sem possibilidades de se defender de uma tática tão rápida, o oponente não fugiu aos raios e ali ficou até que depois de muitos choques caiu de joelhos no chão, com os olhos brancos quase sem vida. Vaelin caminhou lentamente ao lado dele, agarrou na sua katana, e continuou a caminhar. Quando estava prestes a passar pelo o adversário agora derrota ouviu.  — Eles vão saber, vai se arrepender. — O jonin sorriu, parou por momentos e olhou para aquele corpo que debatia-se para manter em pé. Mas não vais ser tu a contar que aqui aconteceu. E após declarar tal coisa fez um movimento rápido de pulso, cortando a garganta do último adversário que até aquele momento estava vivo. Agora bastava entrar naquela casa, ajudar o jovem casal e por fim regressar a salvo a Kumogakure.

Os olhos esmeralda do jonin analisaram os corpos, agora sem vidas, dos dois adversários. Mesmo ostentando a bandana da folha com o símbolo riscado, algo parecia fora do lugar. Recordou cada momento da luta recente e notou a velocidade e coordenação entre a dupla, e se a sua própria velocidade não fosse mais elevada e durante a luta ganhasse um aumento por ter excedido os limites de seu corpo, seria ele deitado ali e se afogando no próprio sangue. Um pequeno frio percorreu seu corpo. Estava acostumado com lutas, mas mesmo assim quando sua vida corria perigo, sentia-se abalado. O sentimento e instinto o ajudavam a permanecer vivo, e jamais os abandonaria. Agachou sobre o corpo do magricela e fechou suas pálpebras, caminhando até o gordo e fazendo a mesma ação. Pelo menos poderiam descansar sem ser perturbados. Agora precisava levar a família até kumo, só assim encontraria um pouco de paz de espírito.



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"Você sabe, algumas vezes, se um homem não acredita no que está fazendo,
ele pode fazer um trabalho muito mais interessante,
porque ele não está emocionalmente envolvido em sua causa."
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Bucky
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Convidado
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Bucky
Jonin | ANBU
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I'm no hero
And I'm not made of stone
Um conto do passado:

Kumogakure era diferente. Kumogakure estava diferente. Uma aldeia sempre rica, e uma das aldeias mais poderosas do mundo, encontrava-se agora cada vez mais digital. Nas ruas várias pessoas caminhavam lentamente com pequeno objetos eletrônicos, como jogos ou telemóveis, e raramente observavam o que acontecia a sua volta. Vaelin reparou nisso apenas naquele dia, pois graças a ter adormecido, não levou o seu jogo no comboio que o ia levar até a Academia de kumo. Graças a jah que não o fez, foram os 15 minutos que ele mais refletiu. Era um dia diferente, ele iria tornar-se genin e receber a sua bandana e finalmente conhecer a sua equipe, claro que juntamente com os seus colegas tentou adivinhar as equipas em dias anteriores: Mas iria ser complicado como é óbvio, porque o relâmpago tinha o hábito de conhecer os seus genins melhor do que eles próprios e assim desde logo criava ligações que só beneficiavam a aldeia e as habilidades dos próprios.

Na saída de casa o uzumaki não viu os pais, mas isso já era normal, viviam num casa afastada e modesta com uma cozinha apertada, contudo era o suficiente: Era raro ver seus parentes em casa, o trabalho na vila para eles era imenso e raramente viviam dentro das fronteiras. Mas uma coisa ele tinha a certeza, eles estariam na apresentação dos novos genins, não só porque o filho deles ia se formar, mas como era uma obrigação deles apresentarem-se lá como membros influentes da comunidade de kumogakure.

Mal saiu do comboio, olhou para a frente, e estava um grupo de rapazes. Primeiro era Makoto Shishio. Era um dos melhores amigos de Vaelin, um rapaz não muito alto e nem muito largo. Contudo o que não tinha de físico tinha de inteligência e provava ser um dos melhores alunos nas partes teóricas. Sem falar que a sua atitude tímida e envergonhada obrigou muitas vezes o uzumaki a defende-lo perante outros "bullies". Ao lado de Shishio estava Oshiru Hiraku. Um rapaz muito alto, em contraste com Makoto, cabelo curto, quase rapado e bastantes cicatrizes pelo o corpo fora. Trajava sempre com uma camisola mínima e a sua pele era característica de kumogakure. Órfão desde os 2 anos de idade, Hiraku nunca se deixou abater e prometeu fazer o mesmo que os pais: Lutar pelo bem maior da vila. Por fim o terceiro rapaz era Saitou Ren. Ele era um rapaz diferente, pelo simples fato que a infância dele foi composta por abusos atrás de abusos. Filho de uma prostituta, Ren sempre quis algo diferente para ele do que uma vida entregue as drogas e afins. Adotado, não legalmente, por Himura, era um rapaz mais apagado socialmente e raramente falava. Era membro usual no grupo de amigos de Vaelin, até porque vivia quase todos dias na case se Shishion, mas era raro falar e mesmo na academia era difícil mostrar as suas habilidades.

Vaelin. Comentou Shishio para os outros, mal avistou o quase genin de kumo. O garoto de cabelo grisalho aproximou-se do grupo e cumprimentou um por um. Estávamos aqui a falar... Continuou o garoto, introduzindo o amigo na conversa Se o Hiraku não ficaria bem na equipa daquelas garotas que estão na frente da sala. Aquele comentário fez com que Hiraku ficasse bastante vermelho e furioso com o conselho, ele detestava as meninas pelo o simples fato que elas respeitavam, em demasia, as regras.  Fala muito. Mas se eu e o Vaelin não ficarmos na sua equipe, você esta ferrado, desgraçado. Contra-atacou de imediato, enquanto o grupo começava a caminhar para a academia. Quem é que te vai salvar? Brincou Hiraku com a situação de serem sempre os dois a salvar Shishio de agressores ou bandidos na vila. O triste é que não vai haver equipes de quatro. Acabou por fim a comentar a infelicidade de não haver equipes de quatro elementos.

Chegaram ao átrio da academia e estavam lá os restantes alunos que se tinham formado com o grupo de rapazes. Eles encaminharam para perto de um palco de madeira, decorado com algumas imagens dos alunos durante o tempo de exame, e em cima desse palco estava a mãe e pai do uzumaki juntamente com um senhor de cabelos longos. Senhor de conhecimento, Shishio aproximou-se de Vaelin e perguntou. Os teus pais conhecem o grande Hisakawa? O garoto encolheu os ombros, ele não sabia quem é que eles conheciam ou deixavam de conhecer. Ele é um dos grandes shinobis de Kumogakure, dizem que deixou a aldeia para descansar um pouco. Pois ele batalhou ao lado do nosso Raikage A na grande Guerra e ajudou o Killer Bee em algumas situações. Shishio era como um livro que tinha, por algum motivo, criado umas pernas e se tornado uma pessoa. Por momentos, mal o amigo havia se calado, Vaelin encontrou os olhos de Hisakawa que também manteve os olhos nele. Sem expressões na cara do herói mantinha o olhar, assustando por momentos futuro gennin. Mas este não demonstrou e ficou na mesma a olhar para o grande shinobi.

Mas prontamente o atual raikage apareceu e começou o seu discurso dando as boas-vindas a todos os recém genins ao mundo shinobi. Começando assim por chamar os garotos e garotas e informar das equipas que iriam ter. Equipe 1. Começou por anunciar o Raikage. Oshiru Hiraku, Ikeda e Seong-Jin. Curiosamente três rapazes, curiosamente os alunos com a pontuação mais alta nas aulas de taijutsu. Era um pensamento simples, aquilo seria uma equipa para ser treinada nos combates de corpo a corpo. Equipe 2. O segundo time foi composta por (outro) Oshiro, Maki e Kasumi. Dois rapazes e por fim uma garota que compunham uma equipe que era diversificada. Pois Oshiro tinha demonstrado uma grande técnica em ninjutsu, Maki era lento mas bom no genjutsu e por fim Kasumi era uma líder nata.

A equipa três foi composta por três garotas habilidosas com armamento, Noriko, Yuu e Aiko. A equipa quatro fez com que uma novidade caísse sobre o grupo, depois de Oshiru ter sido afastado para acompanhar Ikeda e Seong-Jin, agora Minami ia ser parceiro de Kimura Sho e Kimura Takahiro. Uma dupla de irmãos bastante habilidosos, porém bastante fracos na parte da inteligência. O que fazia todo o sentido Minami fazer parte daquela equipe. As equipes foram sendo anunciadas, uma por uma, até que depois de ser anunciada a equipa 9 restou uma: 10. Faltavam apenas três novos genins: Vaelin, o envergonhado e traumatizado Saitou Ren e por fim Ayako Sazutanomi. Uma garota que era como uma estrangeira, pois tinha chegado apenas há 1 ano em kumogakure e as pessoas da academia, os agora genin, não se tinham dado muito ao trabalho de a inserir em algum grupo.  Parabéns. Disse a raikage dando a bandana para o uzumaki, que logo a seguir foi ter com os seus "novos" companheiros. Vaelin sorriu, mas não obteve nenhuma reação, nem de Ayako nem de Ren. Era esperto o suficiente para deduzir o plano da líder, não entrando em discussão, e sim, criando hipóteses de como melhor integrar o time e suas habilidades.

Duas horas antes da Cerimónia

Era o gabinete da raikage, estava Hisakawa sentado na cadeira enquanto ela caminhava de um lado para o outro. Sabe que mudar as equipes agora do nada é complicado. Comentou a raikage, mostrando que poderia não ter poder de organizar as equipes horas antes da cerimônia. Somos fãs do equilíbrio. Porque iríamos colocar Vaelin, um garoto que já mostrou alguma coisa, com dois que raramente mostram e passaram porque fizeram o mínimo? Perguntou a líder olhando para Hisakawa que continuava sentado. Relaxe. Comentou Hisakawa. Faz a mudança e não vai se arrepender. Deixe Soujirou ser o sensei deles e tudo irá correr bem. Eles são o diamante em bruto desta geração, eu sei disso, eu confio neles e sei que foram feitos para estarem juntos. Raikage continuou com o olhar cerrado. Conhecia Vaelin e sua inteligência acima da média na academia ninja, e não esperava que ele irá se opor ao time, sabendo lidar com a designação.



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I'm no hero
And I'm not made of stone
A tarde tinha sido preenchida. Vaelin tinha conhecido a disposição das equipes e sabia que era do time 10. A equipe que continha, para além dele, Ayako e Ren. Duas pessoas estranhas que ele pouco conhecia, apesar de privar imenso com Ren no seu grupo de amigos. Com Ayako? A conversa era diferente, pelo simples motivo que a garota era estrangeira e não gostava muito se envolver com outras pessoas. Ia ser algo muito interessante. Outro detalhe era o seu sensei: Youta. Quem era esse? Esperava que os seus pais estivessem em casa para conseguir perguntar, eles provavelmente conheciam Youta até porque eram quase da mesma idade.

O uzumaki estava prestes atingir a porta da sua casa quando sentiu uma mão no seu ombro. Rodou sobre os seus próprios calcanhares e apercebeu-se que era Ikeda, um genin como ele que fazia parte da equipa 1. Grande Vaelin. Disse feliz como era habitual dele. O gennin tentou retribuir o cumprimento e questionar a razão pela a qual ele estava ali, mas Ikeda rapidamente respondeu Hoje à noite, depois do jantar, uma festinha de comemoração em minha casa! Mais uma das festas de Ikeda. Conhecido por ser um dos melhores anfitriões, porque conseguia sempre reunir todas as personalidades. Mesmo ninguém perceber como ele o fazia. E era o que mais posses financeiras tinha, por isso era fácil para ele reunir um bom grupo através de uma boa comida, grande espaço e excelente música. Não falte. Mal falou, começou andar até que desapareceu, não permitindo que Vaelin abrisse a boca sequer.

A casa? Essa estava praticamente vazia, apenas um pequeno gato que por vezes aparecia lá: Não podemos dizer que era o gato da família, mas é como se fosse. O garoto hiperativo cumprimentou, triste, o gato e olhou para cima de mesa quando se apercebeu que lá estava um pequeno papel amarelo. Pegou no papel e era mais um "bilhetinho" da sua mãe. Algo normal. Parecia que agora só falava por esse modo, não havia contato físico com o filho. O bilhetinho dizia que ele tinha dinheiro para ir comer alguma coisa e festejar a sua graduação. O recém genin pousou o bilhete e encaminhou-se para o seu quarto. Retirou o lenço que trajava no pescoço e lançou-se para a cama. Ficou de barriga para o ar pensando no dia de hoje. Ele era oficialmente um genin e já no dia de amanhã iria ter a primeira reunião com a sua equipe, conhecer aqueles que o iriam acompanhar para o resto da vida deles. Olhou para o seu poster que estava bem do lado da sua secretária e lá estava a imagem do atual raikage com a seu time, que tanto fez por Kumogakure e continua a fazer. Será que eles seriam como eles? E como seria ele a lidar com desafios verdadeiramente complicados? Ele sabia que a academia tinha terminado e agora era tudo sério.

Respirou fundo. Fechou os olhos: Hoje seria o último dia de criança, amanhã ele resolveria crescer. Levantou-se e resolveu ir jantar algo fora para depois ir à festa que Ikeda resolveu fazer. Agarrou no dinheiro, no seu lenço, e saiu porta fora. Dirigiu-se bem lentamente, entre pessoas e seus pensamentos, para o centro de Kumogakure. Bem escondido numa das ruas do relâmpago estava a loja de eleição para Vaelin. O melhor tempura era ali feito. O que é tempura? Vegetais fritos envoltos em polme fino. A melhor coisa do mundo. Sentou-se, o local estava vazio, aproximou-se uma senhora de idade e sorriu para ele: Era cliente habitual, ela já sabia o que ele queria. Continuou ali sentado a olhar para toda a decoração, sorrindo com a possibilidade de estar numa mudança extrema e tudo iria começar no dia de amanhã. Enquanto espera pelo o seu tempura, ouviu a voz da senhora que dirigia o local, a chamar um nome bastante conhecido Sazutanomi. Era o nome da sua companheira de equipe, olhou por cima do seu ombro e era ela mesmo: Ayako. O seu corpo era fino, a cor muito clara, e os olhos castanhos claros rasgados. O seu cabelo era castanho e longo que só acabava bem depois da cintura. Os lábios carnudos e vermelhos de batom. Só naquele momento o uzumaki percebeu-se do quanto ela era bonita. O afastamento que Ayako tinha proporcionado para o resto da turma nunca tinha permitido que ele a observasse em condições.

O garoto olhou para a sua companheira de time e Ayako também o fez, os olhares encontraram-se. Agora não poderiam deixar de falar: Boa noite... Disse o gennin sem jeito a olhar para Ayako que também não sabia o que fazer. Estava de pé, sem saber como reagir. Tentou cumprimentar o seu companheiro com um aceno de cabeça mas nem isso conseguiu. Percebendo-se que ela não estava a conseguir comunicar Vaelin resolveu voltar à ativa Me faz companhia no jantar? Perguntou já abrindo uma oportunidade para conhecer aquela que iria começar uma aventura com ele. Sem abrir a boca, Ayako aproximou-se da mesa e agradeceu com um olhar, sentando-se de seguida. Então... Ele não sabia como começar a conversa.

Obrigada pelo convite. Agradeceu Ayako. O seu tom de voz era suave, querido. A garota aproveitou e na sua bolsa, que trazia junto ao corpo, retirou uns óculos que rapidamente colocar na cara. Ficava mais bonita, ficava com uma cara mais preenchida e mais digna de uma modelo. Você costuma vir aqui, Ayako-san? Perguntou Vaelin percebendo que ali poderia ser um bom início de conversa. Naquele momento a tempura dele chegou enquanto Ayako apoderou-se da lista e escolheu algo que ele não percebeu. Tempura deles é ótimo, recomendo. Continuou o shinobi preparando-se para comer, mas não o fez, esperando que o prato da sua acompanhante chegasse.

Não. A minha mãe rejeita por completo o uso de fritos na minha alimentação. Comentou. Só que ela pensa que eu vou a uma festa, que ela ouvia dizer que ia acontecer dos genins, mas eu nem fui convidada. Por isso aproveitei para vir comer algo realmente bom. Explicou a situação que a levava ali. Ayako, como era de esperar, não tinha recebido o convite de Ikeda: Ela tinha se afastado por completo da turma, portanto era fraca a ligação dela e devia ser esse o motivo de não ser convidada.

Sabe que já falou mais para mim nestes segundos.. Vaelin fez uma pausa coçou a cabeça e soltou uma gargalhada Do que em todo nosso tempo na academia. Sem saber a razão ele sentia-se bem na presença daquela garota, e ainda bem que sim: Porque ela era da equipe 10 e teria de se sentir mesmo bem.

Eu sou meio anti-social, sei disso. Respondeu também mostrando um sorriso. O primeiro que o uzumaki viu. Mas é que tudo é diferente para mim. Explicou a kunoichi massajando a bandana que tinha no seu braço. O gennin ficou com uma cara estranha: O que seria de diferente.

Alguém te impede de sorrir? Questionou. Olhando para a expressão de Ayako. Sabe que já tentamos todas as teorias sobre a razão pela a qual estas em Kumogakure, e porque é que não falava connosco. Revelou o ninja. Revelou as conversas que tinha tido com o seu grupo de amigos.

E qual é a melhor? Perguntou a kunoichi, recebendo o seu prato de um frito qualquer, talvez marisco. Obrigada por me esperar pra comer. Ayako tinha apercebido da delicadeza do companheiro de time e isso fez com que ele corasse, as bochechas ficaram vermelhas e ele coçou a cabeça agradecendo. Bem... Começou o rapaz a pensar nas melhores teorias O melhor foi mesmo do Oshiru. Acho que ele disse que tu eras uma infiltrada de uma aliança de mercenários e que veio dominar kumo. Disse ele soltando mais uma gargalhada Mas o Shun também disse que tu poderias ser muito bem uma princesa que tinhas poderes especiais e que vinhas aqui aprender para depois reinares no teu vilarejo. As histórias eram demais e Ayako estava a sorrir verdadeiramente. Soltou um sorriso e abanou a cabeça umas quantas vezes

Vocês são muito bom em criar histórias malucas. Exclamou a garota com um sorriso de orelha a orelha. Ali naquele momento ela conseguia ser ela mesmo e Vaelin tinha alguém para falar sem medos, não sabia a razão, mas ela era algo diferente para ele: Amor? muito cedo para falar, mas o certo é que ele sabia que ela poderia ser uma grande amiga: Kichirou sentia isso. É algo que não falo muito sobre, me deixa muito chateada. Revelou por fim.

Um amigo meu diz sempre. Encheu o peito de ar e sorriu O que te chateia é algo que te chateia. Se não te chateia é porque não te chateia. Não aguentou e acabou em gargalhadas, Ayako também não teve a possibilidade de resistir aquela frase nada inspiradora e também soltou uma forte gargalhada. O Oshiru é algo de interessante de se falar. E assim revelou quem é que tinha criado aquela esplêndida frase.

Ele é realmente brilhante. Comentou Ayako limpando as lágrimas que tinham saído dos seus olhos de tanto rir.

Agora é sério. O garoto colocou uma postura mais séria e olhou para Ayako. As vezes é bom falar sobre os nossos problemas. Vaelin sabia disso, porque a única vez que falou sentiu-se livre: Sentiu-se completo de alguma maneira. Gostaria de fazer mais disso, mas a única pessoa que o ouvia morreu: O seu avô, aquele que compreendia a solidão que ele sofria com o trabalho dos seus pais.

Eu gostava de falar. Ayako ficou pensativa. Até que olhou bem nos olhos do uzumaki e esboçou um pequeno sorriso. Tem planos para hoje? A cara de Ayako estava mais bonita do que nunca, Vaelin conseguia perceber disso.

Se quiser, eu passo a ter. Uma confiança caiu dos céus e Vaelin não pensou quando disse aquilo e quando se percebeu, focou a cara da companhia e a garota sorria: No fundo das contas tinha sido bem sucedido e ainda bem que sim. Não esperou mais E te levo para dançar naquela festa. Convidou. Assim não precisa mentir para a sua mãe. Esboçou uma careta brincando com a situação de Ayako ter fugido a mãe para comer os fritos.

Eu não esperava por isso. Disse Ayako continuando a comer a sua comida. É um encontro? Aquela pergunta fez com que ficasse sem saber o que fazer. Ele não era muito de garotas, apesar de ter um bom físico e ser um garoto bonito, o único contacto com o sexo oposto tinha sido a Kasumi: A eterna namorada de Vaelin, ou pelo menos o que os garotos da academia diziam. Pois Kasumi, sem revelar, o adorava e idolatrava e tudo que ele fazia.

Se quiser. A confiança agora não era tanta. Será que ela iria aceitar o encontro? Será que aquilo era um encontro. O certo é que depois de falar Ayako sorriu mais uma vez, até que baixou o olhar para a comida.

Era oficial: estava num encontro.



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"Você sabe, algumas vezes, se um homem não acredita no que está fazendo,
ele pode fazer um trabalho muito mais interessante,
porque ele não está emocionalmente envolvido em sua causa."
Charles Bukowski
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I'm no hero
And I'm not made of stone
O vento uivava pela noite vazia, insistindo em bagunçar meu cabelo enquanto eu estava ali, parado, em estado de estupor. As penas ainda caíam, algumas tocando minha face, pareciam me acariciar. O ar ainda cheirava a ela. Malditas pernas, porque não reagiam ao comando de minha mente? Por que não iam atrás dela? Certamente porque, de alguma forma, sabia segui-la me tornaria um ser incômodo. Provavelmente mais do que já estava sendo. Nada me ligava a ela. Mesmo não entendendo o porquê de ela ter fugido ou o motivo dela ter me beijado, já devia entender que ela havia partido. Não podia prendê-la. Ayako era um espírito livre. Sempre me pareceu mais feliz quando treinava a céu aberto que trancada numa biblioteca empoeirada. Deixá-la em paz era a coisa mais sensata a se fazer.

O garoto ficou parado um tempo fitando o nada, atônito. Ameaçava murmurar uma ou outra palavra, mas não conseguia. Apenas observava o rastro deixado pela garota. Permaneceu parado até que um primeiro trovão ecoou pelos céus. Olhou para cima. Uma gota d’água caiu em sua testa, escorrendo por seu rosto infantil. Outra a seguiu, acariciando-lhe a bochecha. Quando deu por si já estava a chover torridamente. Suas vestes – uma blusa branca e um short qualquer – já estavam ensopados. Os pés desnudos arrastavam-se no chão um pouco lamacento. Pensou em voltar para casa, mas não conseguiu. Não iria correr atrás de Ayako, seria estupidez. Com toda certeza, adoeceria, mas não estava em seus planos voltar a dormir. Continuou a andar sem rumo por alguns vários minutos, abraçando seu próprio corpo e a olhar fixamente para o horizonte. Precisava por seus pensamentos no lugar...

Vaelin! Chamaram. Ele não ouviu. Estava mergulhado em sua mente, perdido no seu mais longínquo devaneio. Via as penas... Sentia o beijo... Vaelin! Escutou agora, perto. Ao mesmo tempo em que uma mão tocou-lhe o ombro. O que estas a fazer aqui fora neste tempo? Venha, entre comigo. Falou o estranho, agarrando-lhe pelas costas e o conduzindo até uma porta iluminada. Dentro era, muitas vezes mais, quente e afável. O garoto fora guiado até um sofá, onde sentou-se, completamente ensopado. Encarou com um olhar baixo por alguns instantes uma mesinha de madeira clara a sua frente, com algumas garrafinhas caídas e alguns livros. Até que a figura estranha entrou em seu campo de visão, ficando da mesma altura que o menor, e sorrindo, como habitual, começou a enxugar-lhe os cabelos. Tudo bem que banhos são super excitantes, mas sair assim pela chuva é um pouco radical para você, não? Perguntou Soujirou, enquanto puxava outra toalha e colocava-a em torno de seu aluno.

Vaelin não respondeu.

Alguém em casa? Perguntou, cutucando de leve a testa do garoto, arrancando-lhe um sorriso vazio. O que aconteceu? Bateu na cabeça do genin como se fosse uma porta. Eu não sei lidar com despedidas, por mais que bobas. O menino finalmente respondeu, com a voz rouca. Encarava pela primeira vez seu professor. Estava sem sua habitual touca, e os cabelos ruivos, por mais que curtos e molhados, se mostravam rebeldes. Seus olhos cor de mel encaravam o menor com ternura, e no seu rosto, junto com a barba um pouco mal feita, um sorriso gentil era desenhado. É normal. Mas foi alguém próximo? Um parente veio a falecer? Ou é um coração partido? Questionou o sensei. A segunda alternativa.

Acontece. Pessoas vêm e vão. Amigos ou desconhecidos, seja por uma briga, um desentendimento, ou simplesmente porque tinha que ser assim. Você deve se acostumar e seguir em frente. Comentou Soujirou. Vaelin voltou a ficar sério. O rapaz ficou pensativo por um tempo, depois voltou a falar. Desculpe por estar na sua casa a essa hora. Falou, finalmente. Não se preocupe com isso. Aliás, acho melhor que você passe a noite aqui. Sem problemas. Você precisa dormir um pouco, assimilar tudo que tiver que assimilar e amanhã estava melhor. O garoto concordou com a cabeça. Ahn, de nada. Pensando bem, já que está todo molhado, você deveria tirar essa roupa... Após ter tomado um banho e vestido roupas largas e secas do sensei, o uzumaki acabou pegando no sono no sofá mesmo. O professor então decidiu levá-lo até a cama, que era mais confortável, e sentou numa poltrona ali perto, com um livro em mãos, o qual leu até cochilar. A madrugada seguiu fria, e o único ruído que se podia escutar era o das pesadas gotas de chuva colidindo com a janela do quarto.

[...]

Impressionantemente, o dia amanheceu belo. Os resquícios da tempestade da noite anterior se reduziam a apenas gotículas prateadas de deslizavam pelas folhas de orvalho. Alguns pássaros até cantavam. Aos poucos se podia ouvir também o aumento do ruído constante formado pelas conversações ocorrentes em toda vila, mostrando que kumogakure havia despertado. O garoto  arrastou seu corpo para fora do sofá na qual repousara e caminhou até o banheiro. Suas roupas já estavam secas, então decidiu tomar um banho e vesti-las. Seu sensei ainda dormia na pequena poltrona, então achou melhor não acordá-lo por enquanto. Desceu um conjunto de escadas das quais nem se lembrava e foi até a cozinha. Achou que o mínimo que podia fazer em retribuição era um desjejum. Observou no armário de condimentos algumas ervas que lá havia, pegando uma que uma vez vira em um livro, reconhecendo-a. Colocou a água para esquentar enquanto preparava algo. Por sorte, depois de anos onde por vezes tinha que cuidar de sua mãe, Vaelin aprendeu a cozinhar.

Ohayo! Cumprimentou Jin, bocejando, surgindo na cozinha arrastando os pés. Ohayo sensei. Não irei demorar muito, estou indo pra casa, minha mãe vai me matar. Lembrou de como usa mãe é nervosa. Não se preocupe quanto a isso. Mandei um kage bunshin há dois minutos. Ele explicará tudo e trará suas coisas. Pelo menos é o que espero. Falou o professor, investigando o que uzumaki fazia. Chegou perto do recipiente e o cheirou. O que é isso? Cheira bem. Vaelin arqueou a sobrancelha direita. Ahn... é só água quente, na verdade. O garoto riu. Ainda teremos o treino hoje? O sensei gargalhou e respondeu seu aluno. Não, não, hoje quero mostrar algo especial. Acontece somente às vezes, e eu gostaria de mostrar para vocês. Ayako explicará melhor quando chegar aqui.

Quando chegar aqui? Questionou o menor. Sim. Ela e Ren já devem estar a caminho. Respondeu o professor. Somente o tempo de Vaelin arrumar a mesa para o café, uma cópia exata de seu mestre entrava pela porta, com algumas sacolas em mãos e seguido do restante da equipe. O clone jogou as coisas num canto qualquer e, acenando, se desfez numa nuvem de fumo. Bom dia! Cumprimentou Ayako, empolgada. A garota, diferente do habitual, vestia um kimono de cor verde água, com várias flores estampadas e bainhas douradas. Seus longos cabelos louros estavam ornamentados em um belo coque, preso com uma joia que parecia ser de família. Estava levemente maquiada: haviam-lhe realçado as bochechas rosadas e os lábios finos. Seus olhos azuis pareciam mais profundos. Parecia bastante feliz. Achei que a chuva de ontem estragaria os preparativos, mas acho que está tudo certo! Comentou, sentando-se em uma cadeira perto de Soujiroun. Ren continuou parado, em postura de soldado, perto à entrada. Vestia também o roupão oriental, onde o verde musgo predominava. Uma fita prateada prendia-lhe a cintura, e nas mãos, carregava o mesmo livro que estava no primeiro encontro do grupo.

E o que exatamente terá hoje? Perguntou o uzumaki, ainda em dúvida, observando a vestimenta de seus parceiros. Hoje terá o Ritual de Honra do Clã Sazutanomi! Falou a garota. Ficou a esperar qualquer reação de esclarecimento da parte do jovem, mas como esta não se fez, prosseguiu Bom, o meu clã, diferente de muitos, não segue a regra de apenas quem for da linhagem pode pertencer a ele. Foi criado por um grupo formado, principalmente, por refugiados e ambulantes, que se juntaram mais por necessidade. Tinham, em comum, diversos dons artísticos, como dança, música ou artesanato, então festivais e eventos eram comuns. Criamos uma sede então aqui, na própria vila, e o clã só fez crescer desde então. Explicou. Certo, e esses trajes e o ritual... Comentou o genin de olhos castanhos, coçando o couro cabeludo.

Bem, desde que criou-se a sede e o clã se estabeleceu, como forma de eternizar suas culturas, assim como promover uma competição saudável entre os artistas, o clã tem feito o que chamam de Ritual de Honra, um festival aberto à vila, onde Sazutanomis e outros artistas executam um espetáculo que mostrem suas habilidades. Não há exclusão pela arte, o que o mais interessante, mas para os membros do meu clã isso é mais que uma simples festividade. É a oportunidade de mostrar que você merece possuir os pergaminhos das Artes Ocultas. Faz alguns anos que esse evento não tem sido feito. Nem me lembro do último, na verdade.

QUE MASSA! Exclamou Vaelin. E o que você apresentará? Artes Ocultas? Por que só estou sabendo disso agora? Não economizava nas perguntas, no seu melhor humor. Não posso falar dos pergaminhos porque a mim não cabe isso ainda. Bem, eu mostrarei uma técnica que tenho aperfeiçoado, de cunho musical. Na verdade, tenho faltado até alguns treinos por causas disso, mas acho que você não tinha reparado, porque passava tempo demais na biblioteca. Ayako falou, e o menor não pôde deixar de se sentir culpado. Realmente havia se distanciado dos parceiros. Peço desculpas. E irei ao ritual sim. Afirmou, mordiscando um bolinho que estava sobre a mesa.

Melhor nos arrumarmos, Vaelin. O evento começa daqui a poucas horas. Indicou Soujirou, tomando um último gole de chá e pegando as sacolas largadas por sua cópia de qualquer jeito. Hai! Confirmou o menor.




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Mokaccino
Aprovado.
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