[Filler] Eu e você não vamos ser pegos pelo som do inverno

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[Filler] Eu e você não vamos ser pegos pelo som do inverno
[Filler] Eu e você não vamos ser pegos pelo som do inverno

Ichigo

Genin

se possível, não plagie o template. deveras agradecido.白いオオカミ
Minha voz sufoca no som do inverno

Foi nas profundezas do inverno que ele aprendeu que dentro de si jazia um verão invencível. A missão daquela vez superava todas as outras que o jovem dos cabelos brancos jamais havia feito. De acordo com as centrais de inteligência da aldeia, um grupo de aproximadamente cinco pessoas havia partido em uma viagem com fins puramente diplomáticos em direção ao País da Neve. Todavia, o contato com eles já havia sido perdido à cerca de duas semanas, e seria o dever de Kai rastrear, localizar e trazer de volta o máximo de pessoas ou informações possíveis, mesmo que tais informações fossem à respeito do falecimento de todos. Nunca tendo viajado para um local tão distante antes, o Senju sentia que aquela seria uma jornada fria e solitária, mas quiçá iluminadora.

A viagem deu-se por iniciada assim que Kai deu o primeiro passo para fora dos portões da Aldeia da Folha, carregando consigo uma mochila, seus equipamentos e um pequeno bloco de notas, onde faria questão de registrar todos os acontecimentos pelos quais vivenciaria. O caminho seria longo e uma companhia não seria nada mal para a sanidade do garoto, que com uma pequena quantia de gotas de sangue uma sequência de selos, invocou em sua frente uma parte de sua lesma favorita: Katsuyu. Do tamanho de uma mão humana e com a expressão simpática de sempre, ela subiu pelo corpo do ninja e posicionou-se em seu ombro, permitindo que ambos mantivessem um longo diálogo durante o igualmente longo percurso.

A primeira parada se daria em um pequeno porto no litoral do País do Fogo: um local simples, porém esquecido pelo tempo. A maresia já havia afetado todas as construções da área e a movimentação humana por lá seria nula se não fosse pelos poucos marinheiros e pescadores que por lá residiam ou passavam o dia. Durante o inverno, o mar expelia sobre a terra um frio fora do comum. Kai devia entrar em procura de um homem chamado Tanoa, possuidor de um bigode exótico e um porte físico avantajado, de acordo com a ficha de informações que recebera antes de partir em viagem. Talvez o melhor lugar para começar fosse em uma pequena estalagem no centro da pequena vila que respondia pelo peculiar nome de 'Espinha de Peixe'.

Curiosamente, o Espinha de Peixe fedia exatamente igual ao que seu nome se referia. Se Kai não fosse extremamente educado e compreensível, ele consideraria aquele local como uma espelunca. Todavia, dadas as circunstância de toda a vila e a distância dela com Konohagakure, exigir altos níveis de organização e refinamento era algo, no mínimo, estúpido de se fazer. O Senju, acompanhado de sua fiel amiga lesma, adentrou o estabelecimento com os olhos focados em buscar a pessoa com maior porte físico por ali e que também possuísse um bigode exótico, contudo, todos que ele encontrava possuíam características exatamente contrárias ao que ele buscava. Ele então decidiu aproximar-se de uma das figuras que residia sentada na mesa mais ao fundo do bar e perguntar pelo paradeiro daquele que procurava. — Com licença, senhor. Por acaso Tanoa-san se encontra por aqui hoje?

— Você está falando com ele, jovem. — O homem voltou seus olhares para Kai, e então ele percebeu. A figura não mais tinha um bigode exótico e corpo robusto e saudável, e sim um cavanhaque mal-feito e uma estrutura física pífia, quase desnutrida. Contudo, era visível aos olhos que, apesar das diferenças físicas em relação ao informado ao Senju antes de partir em sua missão, aquele era de fato Tanoa, porém uma versão diferente dele. — Ah, me perdoe. Como vai você? — Disse o garoto, puxando a cadeira ao lado para sentar-se. — Bem, por assim dizer. Obrigado por perguntar. Você deve ser o enviado da Vila da Folha que eu tenho que dar carona ate o País da Neve, correto? — Perguntou ele em um tom de indiferença enquanto ingeria em sua boca uma dose de uma bebida alcoólica amarelada. — Sim, sou Senju Kai, Jonnin de Konoha. Muito prazer.

— Amiga peculiar que você tem ai. — Disse ele, apontando o dedo indicador na direção de Katsuyu que se escondia no ombro do garoto, deixando de fora apenas suas antenas. — Bom, preciso do pagamento o quanto antes, então, se não tiver nada para fazer nessa espelunca, devemos partir. — Tanoa bebeu o último gole de cerveja restante em seu copo e levantou-se, saindo pela direção da porta, guiando o jovem ninja até seu próprio navio. Kai o seguiu de imediato até a área do porto, deparando-se com o veículo que o levaria até seu destino: construído em madeira antiga e com velas já envelhecidas pelo tempo. Provavelmente aquela seria uma viagem um tanto quanto turbulenta.

Tanoa lhe apresentou os aposentos e onde ele poderia dormir até que chegassem ao país do inverno eterno. A cama, com lençóis tão envelhecidos quanto as velas que guiavam a velocidade do navio, ao menos era confortável. Se não estivesse exausto com a ida até o porto, Kai certamente passaria toda a viagem observando a imensidão azul do mar e trocaria ideias com o condutor, porém, seu corpo não permitia aquilo no momento. Ele deitou sua cabeça sobre o travesseiro e deixou o sono lhe dominar em questão de poucos minutos.

E seu sono foi interrompido com um estrondo. Quando Kai abriu os olhos, viu o teto virar chão e o chão virar teto enquanto água entrava por diversas perfurações nas paredes. O navio estava afundando por algum motivo. O jovem concentrou chakra em seus pés para manter o equilíbrio e correu em direção ao convés em busca de Tanoa, porém não encontrou ninguém. Os flocos de neve tomavam conta da roupa do Senju e bloqueavam sua visão, deixando-o completamente sem noção de sua localização em meio aquele caos. Sem alternativas, ele segurou firme em Katsuyu e saltou da embarcação.

Ele acordou tremendo de frio, sem a presença de sua lesma amiga e em meio à um deserto completamente esbranquiçado. Tudo que lhe sobrara era o som do inverno.

• Kai; 2125/2125 2950/2950 000/400 00/07
• Samehada; 500/500

Considerações:

Itens:

Bolsa:

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"Eles são capazes de trapacear, roubar, bater na esposa, deixar morrer de fome a velha vovozinha ou matar a machadadas uma raposa pega numa armadilha. Por isso aos homens agrada inventar monstros e monstruosidades: sentem-se menos monstruosos.”

Ficha de Personagem :

https://www.narutorpgakatsuki.net/t73348-aizawa-ichigo

Gestão de Fichas :

https://www.narutorpgakatsuki.net/t73350-gf-aizawa-ichigo

Convidado

Sáb 8 Jun - 21:25

Aprovado

Ichigo

Genin

Dom 16 Jun - 0:48

se possível, não plagie o template. deveras agradecido.白いオオカミ
Minha voz sufoca no som do inverno

— Kai-sama, você está bem? — A versão em miniatura da lesma rainha permanecia grudada no ombro de Kai mesmo após um naufrágio gelado como aquele. O Senju sentiu seu braço esquerdo pontar de dor, para logo em seguida sentir como se ele não tivesse mais controle do mesmo. — Tsc, droga. Acho que quebrei... — Disse enquanto arremangava a manga para fazer uma rápida avaliação médica do seu estado. Alguns poucos segundos foram o suficiente para comprovarem sua suposição anterior. O dos cabelos brancos cerrou os dentes enquanto Katsuyu escorregava pela sua lateral, posicionando exatamente em cima da lesão e aplicando uma pequena porção de chakra curativo. Não era muito, mas serviria para amenizar a dor até que ambos encontram-se um lugar seguro e quente. — Para onde vamos, Kai-san?

E aquela pergunta Kai queria muito saber responder. Em sua frente não existia nenhum sinal de vida ou civilização, apenas uma imensidão branca. Seu campo de visão se tornava cada vez mais limitado ao passo em que a nevasca de pouco em pouco congelava e enrijecia seus músculos e movimentos. — Precisamos encontrar um abrigo antes que congelemos aqui fora. Eu não consigo usar a Liberação de Fogo para fazer uma fogueira para nós, e duvido que uma se manteria acessa por muito tempo nesse clima. — Disse ele enquanto tremia o queixo e deixava a o ar de sua expiração condensar em sua frente, formando uma pequena névoa. Katsuyu não se encontrava em uma situação muito diferente: mesmo com roupas separando-a do contato direito com o corpo do garoto e sendo um ser heterotérmico, os flocos de neve pareciam aos poucos dificultarem a sua respiração cutânea.

Cada passo por entre os amontoados de neve daquele inóspito lugar agia como uma maratona recém completada. A movimentação se tornava cada vez mais difícil conforme o frio aumentava e a água congelada se tornava aos poucos mais pesada nos pés. Não havia nenhum tipo de previsão de quando aquela dupla chegaria em um abrigo, sequer sabiam, na verdade, se conseguiriam encontrar algum. — Katsuyu-sama, irei mandar você de volta para a Floresta do Osso Úmido e lhe invocarei novamente quando precisar. — Disse Kai rangindo os dentes e com a visão embaçada pelo clima temeroso. — Mas e você? Não posso te deixar sozinho, e se acontecer alguma coisa? — Respondeu a pequena lesma rainha em um tom claramente preocupado. — Se eu cair morto por essas bandas você vão voltar para lá de qualquer forma. Estou apenas evitando que você passe mais tempo aqui de forma desnecessária. — E com um simples selo de mão, a molusco desapareceu em uma nuvem branca.

Agora sem uma companhia, Kai precisava prosseguir com sua missão e voltar para casa com as informações requisitadas, pois não pretendia abandonar seus deveres por conta de uma 'mera' nevasca. A caminhada se estendeu por mais alguns longos e gelados minutos: aos poucos o Senju perdia a sensibilidade nas extremidades de seu corpo, como dedos, lábio e orelhas. No horizonte esbranquiçado pela neve, o Jonin viu um último resquício de esperança: um pequeno casebre de madeira. Sua construção não estava no melhor estado, suas paredes pareciam carcomidas e prestes a desabar, mas serviria perfeitamente para os planos dele. Ao se aproximar em passos lentos e pesados, o herdeiro do Mokuton lutou contra o enrijecimento dos músculos e realizou uma rápida sequência de selos, fazendo com que a madeira ao redor daquele potencial abrigo fosse reforçada, providenciando segurança e calor para o shinobi.

Ele adentrou a casa, sentou-se no chão e deixou as costas repousarem em uma das paredes de madeira. O som do inverno, agora abafado no lado de dentro, já não lhe inundava os tímpanos gritando perigo. De dentro da mochila ele retirou um pequeno pacote de biscoitos e os devorou dentro de poucos minutos, afinal, a caminhada podia até ter sido curta, mas certamente havia sido demorada. Cansado e com frio, não tardou até que o garoto deixasse que o peso dos olhos fossem mais fortes que ele próprio, para no fim, permitir-se cair em sono. Certamente aquele não seria o sono mais confortável que teria, mas com certeza era o mais aliviador.

Kai acordou sem saber quanto tempo havia se passado e muito menos sem saber se o sol já raiava no céu. Ele abriu a porta e confirmou que pelo menos algumas horas já haviam passado e que a lua já havia cedido seu lugar ao sol, expondo um pequeno sorriso de esperança no rosto do Senju. Todavia, antes de por os pés para fora do seu abrigo quentinho, o garoto fez uma sequência de selos e invocou novamente a rainha das lesmas, Katsuyu. — Kai-san! Pensei que alguma coisa havia acontecido com você. Nunca mais faça aquilo! — Disse a molusco assim que chegou ao local através de uma viagem tempo-espacial, agarrando sua pele molenga nos ombros do jovem. — Haha, me desculpe, não irei repetir. — Desculpou-se.

Com sua amiga e companheira de volta em seus ombros, Kai estava pronto para prosseguir. O Senju retirou da mochila um mapa fornecido pelo Setor de Inteligência da Aldeia e passou a conferi-lo detalhadamente em busca de informações mais precisas à respeito de sua localização. Considerando que eles haviam chegado em algum lado da costa da ilha e caminhado alguns metros adentro, não seria algo muito complicado de se fazer. Tudo que ele precisava era encontrar um ponto de referência. Com alguns minutos de análise ele foi capaz de reconhecer a cabana em que se encontravam, descobrindo que se seguissem sua caminhada, chegariam em seu principal destino: a Vila da Neve.

Mas antes que pudessem partir, algo lhe chamou a atenção. Trazidos pelos sons cortantes do vento, assovios ecoavam nas orelhas de Kai, todos eles vindos das pequenas montanhas logo em frente. Kai espreitou-se entre a porta e tentou observar a origem sonora, deparando-se com um enorme grupo de indivíduos mal encarados e armados até os dentes caminhando em direção à ele e Katsuyu. Eles não tinham nenhuma alternativa de fuga ao seu dispor.

Então aquele era o som do inverno?

• Kai; 2125/2125 3750/3750 000/400 00/07
• Samehada; 500/500