Passeava nos arredores de Kumogakure quando deu de cara com um papel estampado e chamativo num mural de madeira. "Homens e mulheres de qualquer idade, venham e tornem-se cientistas! Aprendam as maravilhas da ciência e desvendem um mundo completamente novo!" anunciava. Abaixo, as coordenadas de onde deveria se apresentar: o laboratório do vilarejo. Apesar de não ser exatamente estudado, lhe interessava aprender qualquer saber que desconhecesse. Além disso, que outra oportunidade teria de poder aprender ciência? Curioso, rumou ao complexo de laboratórios de Kumogakure. Passadas calmas.

Adentrou a instalação monumental e viu uma série de pessoas de jaleco branco, trabalhando com pesquisa e desenvolvimento. Interessou-se. Foi ao pequeno posto onde estava um recepcionista.
— Sou Kenta, Sarutobi Kenta. Gostaria de me inscrever ao programa de ciências, se possível. — solicitou, respeitosamente.
— Oh! Sim. Você é o primeiro. — riu. — Bem, é só ir àquela sala e aguardar. Já comuniquei à Aminame-sama de sua presença. Boa sorte! — desejou lhe apontando o caminho da sala da chefia do departamento.
Impressionou-se com a agilidade da comunicação. Moveu-se à sala. Bateu à porta e a adentrou. Um grande cômodo branco, com estantes diversas e um monte de livros. Além disso, material de química, física e outras ciências naturais.
— Entre, Kenta-kun. É um prazer conhecê-lo. Sou Aminame, a chefe deste laboratório. É um prazer inenarrável recebê-lo, mente ávida. Conte-me, o que deseja aqui? — indagou em tom afável.
—Sou um Genin de Kumogakure, senhora. Confesso, não sei nada de ciência. Porém, o meu maior desejo aqui é aprender tanto quanto puder. — revelou.
Ela riu timidamente e se ergueu da cadeira.
— Isso é ótimo, na verdade. É jovem e tem a centelha de todo curioso. Isso é suficiente.
Andou sobre saltos, um corpo voluptuoso, não pôde deixar de notar. A saia negra e a camisa apertada realçavam as curvas. Os cabelos negros estavam amarrados por coque, com alguns poucos descendo os olhos, cortando os óculos. Recolheu uma série de pesados e grossos exemplares.
— Aqui, eles bastarão. Vão ensiná-lo o básico. Desejo-lhe boa sorte com os estudos... — disse com ironia.

Apoiou sobre as costas o peso. Acreditava não ser capaz de carregá-los à sua casa, ainda sim o fez. De volta a sua residência, tratou de logo se dedicar à leitura. Não era simples, recheada com termos técnicos desconhecidos. Estranhou durante a primeira dezena de horas e aconteceu o mesmo nas seguintes, as intercalando com o repousar das pálpebras. Um prodígio tratou de aprender rapidamente, isto é, mais ágil que a normalidade, porém não menos custoso. Ao fim do décimo dia, passara a compreender a física, a matemática, a química, a biologia e outros conhecimentos pertinentes às ciências exatas e da saúde. Não somente isso, aprendeu dos equipamentos utilizados em laboratórios e todo o procedimento científico. Estava estupefato com a quantidade de informação agora conhecida. Ao fim da leitura da última palavra, carregou os livros de volta ao complexo.

— Aminame-sama! — anunciou sua chegada com uma postura rígida e respeitosa. — Eu terminei. Li tudo o que me pediu. — informou-lhe.
Ela trabalhava com uma nova fórmula. Um antídoto.
— Isso é ótimo, Kenta-kun. Você foi rápido. Vejamos o quanto aprendeu. O seu estágio começa agora, nada o ensinará tão bem quanto a prática. — convidou, sorridente.
Estavam lado-a-lado. Trabalhavam juntos com manipulação química, pesquisando uma molécula capaz de curar uma peçonha de um inseto perigoso que alvejara vários ninjas desavisados. Pesquisou por dias, até ter concebido o antídoto perfeito. Vibraram juntos.
— Foi um prazer trabalhar com você, Kenta. Sempre que quiser, as portas daqui estarão abertas. Retorne quando quiser... — agradeceu.
— O mesmo, Aminame-sama. — disse em reverência. Retirou-se.

Kenta; 225/225 525/525 00/04

Considerações:

Usados: