Os ilegais acontecimentos em Konoha levavam os generais do mais alto escalão questiona-se da atual forma de governo. Uma mulher, de grande força, teria adentrado com permissão da própria Kage e eliminado pobres genins, um antigo membro, de nível jounin e reconhecido como confiança, teria tentado abandonar o vilarejo de forma a não ser detectado pro ninguém, e em meio a isso tudo onde estava aquela que era aclamada como Hokage? O vilarejo vivia um verdadeiro caos, e, já prevendo o pior, uma pequena investigação local estava a ser feita, sem transpassar nenhum conhecimento a Hokage. Um genin, que teria recentemente se formado na academia ninja, fora chamado para cumprir seu dever. Na carta, que lhe foi enviada, informações razoáveis estariam contidas, informando que deveria se preparar para se infiltrar em um laboratório ali mesmo em Konoha, e tentar obter o máximo de informação sobre o que estava sendo planejado por ali. Em questões de prazo, fora lhe dado uma semana para cumprir a missão.

Considerações:

Mais um dia. Konoha estava começando a me entediar, precisava fazer algo urgentemente. Levantei-me, aproveitava-me do clima e do horário. Nua caminhei em direção ao banheiro, tomei um banho rápido - apenas para lavar as partes intimas - e após sair debaixo do chuveiro me vesti. Posicionei a bandana de Konoha em minha testa, pela primeira vez em muito tempo, observava o símbolo da vila me questionando se deveria me preocupar com o seu bem estar. O objetivo de virar Hokage ainda existia, então por hora me preocupar com o vilarejo era algo sensato.  

—— É isso —— suspirei fortemente, caminhei em direção à saída de minha casa e ao abrir a porta me deparava com uma carta largada no chão "que porra é essa?" Logo minha dúvida seria respondida: uma missão de infiltração. Esbocei um sorriso no canto do rosto, poderia ser melhor? Voltei para dentro de casa e li o documento com mais atenção possível e aproveitei para pegar um manto negro e deixá-lo por cima de meu corpo, ocultado inclusive minhas armas. Agora, pronta, já poderia iniciar minha tarefa.

Ao deixar a casa, novamente, procurei saltar para o telhado da mesma. Fiz isso sem dificuldades e, de forma ágil, repeti o movimento. Meu objetivo era chegar até a localização informada do tal laboratório que deveria me infiltrar. Enquanto o vento batia em meu rosto pensava na melhor forma de realizar a missão. A conclusão foi óbvia, deveria esperar para ver como era o movimento no tal laboratório e tentar sequestrar alguém para poder me infiltrar com o henge no jutsu. O problema dos planos era que nem sempre saem como queremos.

Parecia esmerada e realmente estava. Estava há poucos metros de distância do misterioso local a ser investigado. O que aprendi em missões anteriores; não fazer perguntas era a melhor forma de me impor enquanto genin. E finalmente havia chegado. Procurei me ocultar dentro de um arbusto, onde teria plena visão da entrada do local e, assim como dito anteriormente, das pessoas que ali adentravam. Por fim, minha missão havia começado.

Importante.:

Tudo dependeria da forma como agiria a ninja. Ainda cedo, pela manhã, alguns poucos cientistas entravam, primeiramente um trio amigo que conversava alto e até mesmo trocavam conversas intimas e secretas, mostravam-se conhecer profundamente.  Pouco depois dos três cientistas chegavam, separadamente, entre intervalos de cinco minutos cada, mais três cientistas, sendo o ultimo deles diferente dos demais, não usava jaleco branco e sim um avermelhado com algumas manchas pretas, e poderia ver escrito na borda de sua manga um kanji intitulado como “federal”, era estranho, quem sabe o genin não entendesse, mas lá dentro isso representaria uma classe especial de cientistas.

Pela tarde chegaria mais pessoas, no horário de doze horas muitos saiam, e entravam, com intervalos que variavam de segundos a minutos, cerca de mais dez funcionários. Por volta das duas tarde, um mulher, seu olhar era esnobe e seu andar exalava autoridade, usava também um jaleco vermelho, no entanto seu kanji era cercado por duas estrelas, algo curioso. Por ultimo, lá para as quatro, um homem, sem jaleco algum, vestindo roupas formais e carregando uma maleta adentrava, não era barrado, mesmo que não se demonstrasse parte do laboratório.

Considerações:

O movimento, de início, se mostrou calmo. Logo após algumas horas mais pessoas chegavam e duas delas me chamaram atenção "jalecos vermelhos?" O que poderia significar? Só saberia quando invadisse e aproveitei de um momento que ninguém se aproximava para ir em direção à entrada do local "essa é a hora perfeita para usar aquele jutsu". Me mantinha equilibrada, fiz com que uma pequena quantidade de areia de ferro saísse da cabaça tomando a forma de uma pequena pedra. esta que por sua vez passaria por debaixo da porta que dava acesso ao interior do local.

Antes de fazer qualquer movimento para dentro do local iria tecer selos e ativar um genjutsu a partir daquela pequena pedra, esperaria que o objeto ficasse à quinze metros de distância para começar a ressoar meu chakra dentro do estabelecimento para fazer com que as pessoas que ali estivessem pensasse que nada de estranho estava acontecendo. Fora que facilitaria a minha entrada me deixando de certa forma "invisível". Transpassei a porta, nenhum pensamento em questão, a furtividade já não seria algo necessário, a missão de infiltração poderia ser feita de forma bruta e ainda acreditava no meu sucesso após o uso da armadilha.

—— Vai dar certo ——

Importante.:

Demonstrou aptidão em observar, uma ação simples, mas que exige certa calma por parte do seu usuário. Viu todos entrarem, e então agiu, utilizou de uma técnica ilusória e, naquele extenso salão refinado, a recepcionista e dois guardas vieram a ser subjugados na ilusão, poderia adentrar, ninguém perceberia, no entanto passos firmes de uma espécie de tamanco poderiam ser escutado, em forma de eco, descendo ou subindo a uma escada, ali, naquela sala, teriam três portas, um jogo rápido, de escolhas, que decidiria o rumo daquela breve missão.

Caso demorasse, poderia escutar algo, vindo da porta que estaria à esquerda — as outras estariam à direita — ouviria exatamente uma citação curiosa, o nome citado “Hokage” e pouco depois “Invasão”, no entanto, não haveria como se esconder ali, tudo era visível, e segundos após ouvir as palavras, uma porta a direito abriria.

Considerações:

Estava tranquila. Ao adentrar pude ver que meu genjutsu tinha sido eficaz contra três pessoas, duas pareciam guardas e uma recepcionista. Minhas ações foram rápidas, duas manipulações, uma iria em direção à recepcionista e a outra iria em direção aos dois guardas. O intuito das manipulações era tapar as vias respiratórias dos três, fazendo com que eles ficassem desacordados por tempo indeterminado. Não tinha a intenção de matar ninguém, só não queria dificultar as coisas e para eu ter a possibilidade de sucesso, tudo seria aceitável. O primeiro problema surgiu: alguém estava surgindo. O ruído de um objeto contra o chão do lugar ficava cada vez mais estridente.

A proximidade da pessoa me preocupava, além disso havia escutado duas palavras interessantes vindas por detrás de uma porta à minha esquerda. Impulsiva ou não, corri em direção à porta com a esperança de que teria algo para que eu pudesse finalizar a missão. Independente do que teria puxaria um cigarro, após atravessar a porta, e o acenderia na maior tranquilidade. O vício poderia me denunciar, já não me preocupava. O tabaco, inclusive, me deixaria mais calma que o normal: a opção de matar poderia se tornar real se tivesse muitos empecilhos e como já estava dentro poderia acabar com aquilo tudo de uma só vez.

Importante.:

A jovem garota seguiu imediatamente para a porta a esquerda, uma opção que pareceria certa, no entanto não passava de uma mera confusão de palavras. Adentraria por aquela porta e veria os três cientistas que tinham entrado primeiro, conversando algo, e relembrando histórias do passado do vilarejo —— Albus até foi um Kage esforçado, mas não tinha como parar aquela invasão sozinho, mesmo sendo um Hokage —— diria um deles, esclarecendo, sem notarem o garoto naquele instante. No entanto, a pequena fumaça do cigarro ativou o serviço de emergência, iniciando uma alerta de incêndio, e, somente naquela sala, liberando os pequenos equipamentos anti-fogo, que iriam liberar uma breve chuva d’água por todo o local.

Existia uma bancada de ferro bem a frente do genin, se fosse esperta já estaria abaixo sobre ela, e bem atrás de si, do lado da porta, teria uma tubulação de ar —— Que porra está acontecendo ai?! —— questionou a voz masculina irritada. O som do alarme despertaria a recepcionista e os guardas, que liberariam suas narinas de forma rápida enquanto cuspiam a areia, a recepcionista, de imediato, verificou as câmeras para entender o que se passava, e percebeu então que alguém teria invadido ali, começaria a buscar nas mesmas câmeras onde a garota estaria —— Temos um invasor! —— alertava, fazendo com que os guardas também se movessem.

A garota tinha uma missão complicada em suas mãos, o tubo poderia levar para qualquer sala que quisesse, tendo diversas opções de entradas, esquerda e direita. Enfrenta os cientistas poderia também a ajudar, fazendo-os refém. Tentar sair da sala, e bater de frente com os guardas também seria uma opção, tudo seria uma opção, mas qual seria a mais provável de sucesso?

Considerações:

—— Foda-se —— estava irritada. Meu cigarro foi apagado pelas gotículas de água que surgiram do teto em direção ao solo. E inclusive, se não fosse o manto, meu corpo também estaria molhado. Minha paciência tinha chegado ao limite. Mas precisava ser rápida, me joguei abaixo da mesa e observei uma entrada logo à frente "deveria ter escutado um pouco mais, maldita fumaça. Mas afinal, eles conheciam o antigo Hokage?". Minha indagação não seria respondida, tratei de sair pela escotilha, afinal era a única opção segura e se estivesse certa não poderiam monitorar meus movimentos ali dentro. Tratei de voltar a tampar a passagem para parecer que tudo estava "bem".

—— Estou a ponto de matar todos eles —— confessava para eu mesma, não sabia porquê tinha começado a falar sozinha. Agachava engatinhava igual um bebê pelo lugar, procurei outra saída, mais longe, onde eu poderia pensar em algo sem ter pressa ou medo de alguém me pegar. Por sorte vi uma sala vazia e que não estava sendo molhada por um irrigador de merda. Chutei o objeto metálico que tapava a saída da tubulação e me joguei contra o solo. Pude sentir minha pele fria devido à água. Optei por retirar o manto, agora mais calma poderia pensar.

"Com certeza esse lugar tem câmeras, então não importa se vão me ver ou não, preciso ser rápida" procurei por qualquer documento, iria achar algo sobre aquele laboratório e se necessário, como já dito, derrubaria todo ele. Os guardas, pelo tempo, poderiam me achar. Mas não me preocupava. Estava pronta para lutar.

Importante.:

Arriscou-se, pelo tubo de ar, buscando uma sala vazia sem que a água estivesse a molhar. Por sorte, ou mágica narrativa, caiu exatamente no laboratório secreto dos federais onde teria uma série de arquivos confidenciais que revelavam um plano ultrassecreto de roubo do cofre público sendo desviado e lavado para um investimento pesado em armas mortais — mas nenhuma informação concreta sobre o motivo daquilo. A menina teria que fugir dali, com aqueles arquivos, mas a única saída era a porta da frente.

Considerações:

—— Que porra é essa? —— Tive sorte, a sala que tinha adentrado continha as informações da qual precisava mas como iria sair dali? A resposta era óbvia, pela porta da frente. Entretanto, a prioridade no momento era guardar os arquivos na pasta e levar eles comigo. Com calma lia o arquivo por cima e pensava numa forma de sair do local: fazer os dois ao mesmo tempo exigiu certo grau de inteligencia que ao meu ver não tinha todavia teria que tentar. Minha primeira missão de infiltração não tinha saído tão bem como planejado mas tinha conseguido o primeiro objetivo. Até que finalmente concluí uma coisa.

Suspirei. Tinha uma boa expressão projetada no rosto; estava animada com o fato de que poderia sair dali. Tratei de trancar a porta da sala onde estava, isso poderia me fazer ganhar tempo "certo, vamos analisar o que já aconteceu até agora; adentrei nesse prédio usando um dos meus jutsus mais fortes, infelizmente fui tão idiota que dissipei minha ilusão com um cigarro. Vício de merda. A única opção aparente é voltar pelo tubo de ventilação e cair naquela sala onde estava a irrigação, talvez tenha inimigos lá mas acho que posso cuidar deles e sair daqui, não tenho que me preocupar com outra coisa no momento".

Encarei a passagem para a escotilha mais uma vez, saltei em direção à ela e mais uma vez estava engatinhando pelo metal gélido como se fosse um bebê, por um momento quis rir mas deveria tomar cuidado extremo com o que aconteceria a seguir. Pensei, depois de tanto tempo, em meus pais e como eles reagiriam me vendo em tal situação. De qualquer forma, não importava, tinha enfrentado eles para fazer coisas do tipo. Uma estupidez talvez mas cheguei longe demais para desistir no meio do caminho.

Estava cada vez mais perto, até que finalmente visualizei o primeiro "buraco" por onde entrei naquele lugar. Agora a minha velocidade seria crucial. Com uma mão manipulei minha areia mais uma vez, me joguei para fora do lugar e se visse alguém tentaria prender a(s) pessoa(s) com o satetsu. Se alguém viesse atrás de mim utilizaria a outra mão para tecer selos e usar um genjutsu que teria a finalidade de alterar o senso de direção dos possíveis perseguidores para jogá-los na direção contrária à minha. Minha última carta na mangá foi usar o shunshin no jutsu e aumentar um pouco minha velocidade. Se conseguisse transpassar a porta iria até o quartel general onde daria os documentos roubados com as informações e objetivos do laboratório.

Importante.: