Realizando uma missão simples a favor de sua vila, Ging, revestido de diversas camadas de faixas e bandagens, se encontrava sentado ao canto de um bar clandestino, localizado em uma vila próxima a Konoha e conhecido pela inteligência da vila como local de encontro de criminosos e mercenários.  
O jovem, reconhecido por sua inteligência, realizava uma investigação a respeito do roubo de projetos confidenciais do departamento de tecnologia. Ao que tudo indicava, os projetos seriam vendidos a uma organização criminosa naquela noite e era dever do shinobi dar fim a negociação.
Ging se servia de um generoso gole de cereveja, servida em uma tosca caneca de cobre. O olho do garoto estava direicionado a um ansioso homem a duas mesas de distancia, que trazia consigo uma pequena bolsa de couro “É ele... Mas agora, onde estão os demais?”. A pergunta mental do shinobi não demorou a ser respondida. Um grupo constituído de dois homens e uma mulher adentrou ao bar, todos armados com espadas na cintura e esbanjando um ar de superioridade “Ahh, aqui estão”.
O grupo se direcionou a mesa do ladrão, mas apenas um dos integrantes se sentou, enquanto os demais permaneceram de pé, guardando seu mestre. Com alguma concentração, Ging podia ouvir o inicio da conversa – E então, você trouxe o que me prometeu, Tsuki? -. O jovem se atrapalhou com as palavras devido ao seu nervosismo, mas junto a sua resposta, revelou um pergaminho, que trazia dentro da bolsa de couro – Si... Sim, é... Esta... Esta aqui, olhe, os projetos de Ko... Da vila, sabe -. Ging se serviu de outro gole de cerveja “Acho que chegou minha hora”.

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Assim que a caneca do jovem pousou na mesa de madeira, provocando um barulho que se perdeu em meio a confusão sonora do bar. A mão do jovem, pousada em seu joelho abaixo da mesa, criou diversos fios de chakra, que com tremenda agilidade envolveram todas as articulações da garota que realizava a guarda do criminoso. Sem deixar tempo para que a mulher reagisse, Ging fez com que a mesma apanhasse uma adaga contida em seu cinto e fincasse a mesma no pescoço de seu colega, perfurando no processo sua artéria carótida.
Em meio ao banho de sangue e a gritaria, Ging deu inicio ao seu segundo ataque. A garota retirou a adaga da garganta do inimigo abatido e então a utilizou para desferir um corte extremamente limpo na gargante de seu chefe, que caiu na mesa, regando a mesma com mais sangue – Que merda é... Nãoo... Chefe, nãooo -. Ging observava o espanto da garota, que sobre os efeitos de sua técnica, não conseguia reagir “E agora, o gran finale -.
Ging se levantou da mesa e caminhou em direção a chacina. Antes de chegar ao local, onde o ladrão espantado jazia sentado e inerte, Ging fez com que sua vitima desferisse um ultimo golpe, em sua própria garganta. Quando o golpe foi desferido, o jovem retirou suas linhas de chakra, fazendo com que sua vitima caísse agonizando no chão – Boa noite, Tsuki, como você esta? Acho que você tem algo que nos pertence. Será que poderia devolver? -.

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O ladrão, tremendo, devolveu o pergaminho ao shinobi da folha – O Departamento de Tecnologia não falou nada em mata-lo e de fato, acho que já vimos bastante morte por aqui, não é mesmo? Bom, vou deixa-lo ir, mas por favor, não apareça mais por Konoha, tudo bem? -. O homem assentiu com a cabeça.
Com o pergaminho em mãos e o selo de autenticação do mesmo provando sua autenticidade, Ging deu sua missão como encerrada – Me desculpem pelo incomodo pessoal -. Os criminosos do bar, em fúria, avançaram contra o shinobi – É, eu imaginei que isso poderia acontecer -.
O golpe de espada de um criminoso parecia ter acertado Ging por um momento, mas logo o que fora o corpo do shinobi deu lugar a um tronco de arvore com diversos selos explosivos ao longo de sua supercicie.
A vinte metros do bar, em meio as vielas da vila, Ging escutou a explosão de sua armadilha “Que pena, era um lugar tão bacana”. Seguindo o caminho de volta a vila, Ging estudou o pergaminho que havia recuperado. O projeto contido no pergaminho era o de uma arma, construída a partir de uma tecnologia complexa, a qual nem mesmo Ging sabia ao certo como funcionava. Admirado, o jovem pousou seus olhos no selo do inventor que assinara o trabalho – Stain. Impressionante, realmente impressionante -.

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Dentro dos muros de Konoha, Ging se dirigiu ao departamento de tecnologia, local que havia encomendado seus serviços. O jovem foi recebido pelo responsável, que pareceu extremamente feliz ao receber o projeto do garoto – Muito obrigado, não sei o que faríamos se esses desenhos caíssem nas mãos de nossos inimigos. Não que eu acredite que eles possuíssem conhecimento suficiente para desenvolver tal arma, mas de fato, é melhor prevenir -. Ging concordou e antes que se virasse para ir embora, questionou o cientista – Sabe, quem é esse tal de Stain. Ele parece ser muito bom, gostaria de conhece-lo -. O homem pensou por um momento se deveria revelar sobre seu colega, mas o sentimento de gratidão lhe tirou os pudores – Stain é um de nossos melhores inventores, ele cria armas e equipamentos únicos para nossa vila... Mas é uma pessoa um tanto... Excentrica, sabe? -. Concordando novamente com o homem, Ging voltou a questiona-lo – Bom, eu gostaria muito de conhece-lo. Será que você poderia me dizer como encontra-lo ? -.
Ging deixou o edifício com um pergaminho, contendo o endereço do inventor. O jovem, motivado a aprender um pouco com o gênio por tras das melhores criações de Konoha, se desviou do caminho de sua casa, indo em direção ao Norte, local onde a casa de Stain se localizava.

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Ging chegou até uma região ocupada por diversos galpões e empresas, era a região industrial de Konoha. A cada do homem se encontrava entre dois enormes galpões e de fato, era curiosa. Uma humilde residência, com um jardim frontal com cerca de cinco metros, soleira, tudo que uma casa convencional de fato dispunha, porem em meio aquela região nebulosa e diferente.
Ging invadiu o jardim frontal, pisando sobre as pedras que formavam um caminho em meio ao gramado. Assim que o peso do garoto pousou sobre a primeira pedra, os gnomos que enfeitavam o local se voltaram para o shinobi, com os olhos emanando uma forte luz vermelha. Uma voz sintetizada emanou por um dos gnomos – Quem é você, intruso? -. Ging, observando tudo aquilo com enorme curiosidade, respondeu – Mokarzel Ging, shinobi de Konoha. Estou procurando o doutor Stain. Estou curioso a respeito de seus projetos e tecnologias -. A luz vermelha dos olhos das criaturas apagaram – Hum, tudo bem, pode entrar -. A frente de Ging, a porta de madeira se abriu.
Sem mais problemas, Ging atravessou o jardim, subiu a soleira e cruzou o portal de madeira. Assim que o jovem entrou no edifício, a porta se fechou as suas costas e as luzes se acenderam. A região interna da casa era completamente diferente de sua fachada. Ging se encontrava em meio a um corredor, com piso e pintura brancas, ilumidao por uma forte luz que conferia ao local o aspecto de uma sala cirúrgica – Aqui... -.

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Ging seguiu a voz, que o levou até a porta de um quarto, aberta, que revelou ao garoto um quarto, bem iluminado, mas diferente do corredor central da casa. A oficina, ou pelo menos o que o garoto acreditava que era, estava instalada naquele quarto de tamanho médio, com paredes de tijolos, uma fornalha, mesas de aço inoxidável repletas de ferramentas e grandes pergaminhos com diferentes projetos rabiscados a tinta. Em meio ao cenário, repleto de informações, Ging localizou uma figura humana. Um homem, trajando jaleco, se encontrava em frente a uma das mesas de aço, ele desenhava e fazia anotações em um pergaminho – Quem diria. Um shinobi interessado em minhas criações. Eu podia jurar que todos vocês eram céticos em relação ao uso de tecnologias. Muito auto-confiantes em suas habilidades -. Ging deu de ombros, sabendo que o homem não o observava – De fato, os shiobis detem muito preconceito com relação a ciência e tecnologia, mas eu acredito que os tempos estão mudando. Daqui a alguns anos, a vila que possuir os melhores cientistas e inventores será aquela que possuirá mais poder -.
Diante das ideias progressistas de Ging, o inventor voltou a erguer sua cabeça e girar seu banquinho de metal, de modo que pudesse ficar cara a cara com seu visitante – Ora, temos um shinobi inteligente, afinal de contas. Mas me diga, qual de minha invencoes você teve o prazer de ver? -.
- Eu participei de uma missão para recuperar os projetos do novo disparador de foguetes, Aries –
- Ah simm, uma de minhas mais poderosas criações, capaz de reduzir as muralhas de qualque vila a pó. Mas ainda em fase de testes, nunca foi de fato construída –
- Mas eu vi o projeto, é genial, não há duvidas que irá funcionar quando for construído –
O inventor ajeitou a posição de seu pequeno óculos, embaçado devido a camada de gordura que se formava nas lentes. O fato de Ging ser capaz de entender o projeto e reconhecer seu potencial despertavam no cientista uma enorme curiosidade. Para ele, Ging, um shinobi, era um objeto interessante, excêntrico, diferente e agora, digno de uma aprte de sua atenção – Interessante... Mas me diga novamente. O que você veio fazer aqui, jovem... -.
- Ging, senhor. Bom, eu gostaria de aprender mais sobre o seu trabalho. Tenho interesse em conseguir, no futuro, desenvolver armas e objetos como você -.

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Stain, que nunca antes tivera aprendizes, mas uma horda de assistentes curiosos, pareceu interessado. Como um bom cientista, ele estava curioso para conhecer as dimensões da inteligência do jovem shinobi – Quando eu tinha dez anos, criei um certo objeto, um cubo de segredos, capaz de ocultar informações importantes em seu interior. Apenas pessoas extremamente perspicazes ou possuidoras da combinação conseguem abrir tal cofre -. O homem apanhou o objeto de uma mesa e o lançou para Ging, que o apanhou com sua mão direita – Se conseguir abri-lo, em, vejamos... uma hora, eu irei aceita-lo como meu aprendiz -.
Os olhos do jovem caíram sobre o cubo. Naquele momento, tudo, com exceção do cubo, sumiu da mente de Ging. O próprio tempo parecia parar, dando ao jovem tempo para resolver o enigma.
Enquanto em um canto do quarto, Ging fitava a estrutura geométrica de metal em suas mãos, Stain continuava a trabalhar em seus projetos, desviando, de tempos em tempos, seus olhos, afim de observar o progresso do garoto.
Stain de fato tinha suas duvidas se o jovem conseguiria finalizar o enigma, uma obra de arte da engenharia, criada para ocultar mensagens secretas e impedir que até mesmo os mais inteligentes shinobis conseguissem revela-la.

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Os dedos do jovem tateavam as estruturas de metal que formavam o cubo. Ging as reordenava, procurando alinhar todas as peças e com isso destravar o objeto. A cada erro, o jovem aprendia algo diferente a respeito do funcionamento do mecanismo. Foram necessários dezenas de erros para que a lógica por detrás do cubo fosse descoberta pelo garoto, que aos vinte e dois minutos do inicio de seu teste, conseguiu desvendar o enimgma.
Com todas as peças alinhadas, o metal se dissolveu em um fino pó negro, revelando um pergaminho. A areia de ferro não chegou a tocar o chão, permaneceu flutuando, dançando no ar, esperando que um novo segredo lhe fosse confiado.
Stain havia a muito desviado sua atenção de seus desenhos e contemplhava com admiração o pó que flutuava – Nunca me canso de ver isso -. O homem se ajeitou em sua cadeira – Você passou no teste, garoto. É digno de ser meu aprendiz. Bom, você pode começar estudando alguns projetos meus. Acredito que isso já vá trazer alguma luz para a sua cabeça, tomada pelas trevas do mundo shinobi -.
O inventor se levantou, apanhou alguns rolos de pergaminho e os arremessou em direção a Ging, que ainda se encontrava sentado em um canto da sala. O jovem apanhou os projetos e não demorou a retirar os lacres dos mesmos afim de estuda-los.

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Os projetos traziam em sua maioria dados e desenhos a respeito de habilidades especiais despertadas por shinobis. Stain aparentemente tirava as ideias de suas criações de batalhas ou demonstrações que via ao longo de sua vida e viagens de campo. Mesmo os mecanismos se tratando a respeito de reproduções de coisas que já existam na natureza, Ging se impressionava, afinal, era preciso ser muito perspicaz para transformar tais conhecimentos em objetos e armas funcionais.
Durante horas Ging permanecer sentado no canto da oficina do homem, que parecia também não demonstrar cansaço e continuava a trabalha, porem agora não em suas teorias, mas em protótipos de seus projetos.
O cubo de metal voltara a sua forma original e repousava ao lado de Ging, junto a dezenas de rolos de papel amarelo, pergaminhos, já utilizados pelo garoto, que terminava agora de ler o ultimo dos projetos de seu mestre.
Como stain havia dito, a mente de Ging de fato parecia ter sido apresentada a luz, as teorias básicas da engenharia, física e química, que permitiam aos inventores desenvolver maquinas tão incríveis e ainda estranhas para o mundo feudal. Iluminado, Ging se sentia agora capaz de entender as coisas por trás das maquina e também de dar vida as suas próprias ideias, suas criações.

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O jovem passou o resto da tarde e da noite na oficina do homem. Após ter tido contato com todas as diversas criações de Stain em prol da vila, Ging passou a ter contato pratico com os mecanismos. O primeiro dever do jovem foi desenhar e construir circuitos elétricos, tarefa que aos olhos do prodígio parecia banal. Os deveres seguiram com programação, balística e também nocoes de próteses modernas, onde os conhecimentos medicinais de Ging acabaram se mostrando extremamente uteis.
Já era madrugada quando Satin demonstrou os primeiros sinais de cansaco. A cafeína já não fazia efeito em seu corpo – Por hoje é só. Vá para casa, descanse, procure estudar um pouco por conta e nós continuamos com as licoes e pesquisas, ok? -. O homem não esperou seu pupilo responder, foi logo se retirando da oficina e adentrando em outro quarto da residência.
Ging, que sofria com o cansaço a horas, largou a solda e a placa de circuitos em cima da mesa, desligou os equipamentos e se retirou da oficina. Assim que os pés do jovem tocaram o corredor central da casa, as luzes da oficina se apagaram e sua porta se fechou, sendo novamente selada “Bom, se eu não tivesse tido contato com todas as armas contidas dentro dessa sala, eu provavelmente não entenderia para que tanta segurança”.
Ging tomou o rumo de casa, sonhando com as possibilidades de armas que poderia criar para suas marionetes.

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