Ficar mergulhado em um mundo desconhecido era algo de extrema perturbação, principalmente quando você é uma criança dotada de grandes responsabilidade. Dessa vez eu podia ver tudo de uma maneira diferente e em um “mundo" diferente, Ravena novamente estava ali com suas palavras incessantes e como de costume, com um desafio pronto para que eu solucionasse.

Ali trabalhadores da minha própria vila estavam em posicionados de maneira onde poderiam ter suas vidas perdidas e o poder de salvar e julgar estava unicamente em minhas mãos, o cenário era um trilho onde em uma ponta havia uma pessoa e em outra cinco pessoas. Meu dever? Escolher quem salvar movimentando uma alavanca e assim julgar quem deveria morrer, --Você não pode estar falando sério—indaguei enquanto observava as pessoas ali. Buscava a cada milésimo de segundo uma resposta, mas a dificuldade de encontrar me fez tomar uma decisão que talvez não fosse a correta... –Eu não far3i escolha alguma, toda vida tem valor igual e não cabe a mim decidir quem vive e quem morre. Se eu não for capaz de proteger a todos a quem tenho obrigação, não poderei ocupar o cargo ao qual ocupo- respondia enquanto tentava me lançar a frente do trem para assim tentar para-lo com minhas próprias mãos.


Considerações: Quest Juin foi removida.

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Eu sabia, ninguém estava ali para julgar ou ser julgado, porém novamente Ravena reforço suas palavras indicando que uma escolha deveria ser feita. As correntes me forçavam a me aproximar dos trilhos e das pessoas e uma resposta, uma decisão deveria ser dada e tomada, --Não posso carregar isso, tenho outros objetivos pela frente que transcendem o meu cargo—falava e observava, “O que eu devo fazer, o que?” me perguntava mais uma vez.

Com as palavras de Ravena em minha cabeça eu olhei para as pessoas e dentro de mim a decisão fora tomada, as correntes seguiriam para libertar os necessitados e punir os desgraçados. Busquei a todo custo controlar o meu chakra e de alguma forma manipular as correntes para que libertassem aquelas pessoas enquanto eu tentava novamente me lançar em direção ao trem para retardar a sua aproximação... “Sera?”.
Tentativas e escolhas sem certeza, essa era a minha sina naquele momento, restava minha sorte trabalhar e de alguma forma me ajudar a solucionar oque tivesse de solucionar. –Quando vai parar de me enfiar nesses malditos testes?Já estou perdendo a minha maldita e generosa paciência--

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Ravena parecia incansável, suas falácias vinham sem parar a todo momento e dessa vez dizia que as correntes já estavam conectadas e saiam de mim, apresentava aquele poder como uma grande habilidade. Eu ainda não tinha o domínio dela, porém estava nítido o quão poderosa ela era e principalmente o quão rara.

--Quero dominar isso, eu e todos os que me cercam precisam que eu aprenda isso-- falava com uma feição séria e determinada --Qual o próximo passo, qual é a próxima charada?-- questionava mais uma vez olhando fixamente para Ravena. 

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-- Que elas fazem parte de mim isso eu já entendi – Respondia com uma face entediada, --Se você quer que eu trate de faze-las se manifestar, tudo bem eu farei—eu me colocava ereto ali, fechava meus olhos e ali buscava me ver interiormente, buscava sentir todo meu chakra fluindo pelo meu corpo lentamente, buscava com isso poder senti-lo em cada célula corporal...

As palavras de Ravena de fato não me acrescentavam muito ao que já havia me acrescentado. “Vamos lá” falava para mim mesmo enquanto eu ampliava meu fluxo de chakra, deixava meu corpo fundir-se com minha energia e em seguida liberava todo meu chakra imaginando as correntes... Se fosse ainda o meu dia, elas seriam liberadas a partir do meu corpo e teriam suas formas físicas controladas por mim...

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Eu ainda era um garoto, um garoto que hoje ocupava o maior cargo dentro de uma vila shinobi, meu dever para com o povo era protege-los e transmitir segurança para que assim todos pudessem seguir com suas vidas normalmente. A algumas semanas atrás eu mal sabia como iria fazer uma vila andar nos trilhos e muito menos como que eu iria fortalecer a minha estadia ali dentro como Tsuchikage, mas de alguma forma algo me dizia que existiam shinobis dispostos a cederem seus braços para que nossa causa fosse mantida. Eu tinha todos os passos já para serem dados, eu tinha exatamente as palavras para serem usadas e tinha também nomes para que eu pudesse estudar e montar uma base forte e principalmente, de confiança.

Ainda existiam problemas pessoais para serem solucionados, problemas que poderiam me afundar dentro da vila e fazer com que toda a confiança que mal fora depositada em mim fosse jogada pelo ralo, essas questões mesmo que doessem, eu precisava deixa-las um pouco de lado, eu precisava focar no que tinha agora e com isso construir uma ponte para que todos os meus e os objetivos de todos pudessem ser alcançados.

Em minha mente várias preocupações surgiam uma atrás da outra, havia meses desde que um dos assistentes e meu amigo fora enviado para as fontes termais com o dever de traçar a paz, e até então não tivemos notícia alguma sobre ele, tem também a questão dos Nukenins, os shinobis que por algum motivo estava desertando quase que em massa da nossa vila, tem ainda o sumiço de Ryon, o falso Tsuchikage e que era quase um amigo já e agora mais um, a líder da anbu que fora enviada para a mesma missão que o Kensei e até agora também não enviou nenhuma notícia. Estava claro todos os problemas que tínhamos na vila, estava claro as soluções e como eu poderia usa-las e principalmente, em como me manter sob as sombras da grande pedra.

O nosso poder estava em decadência, nossos cofres estavam pela metade e a moral dos shonobis mais baixo do que a minha própria estatura. A muito eu já estava planejando algo para injetar um pouco mais de vontade nos guerreiros iwanenses, porém o tempo não me favorecia para que isso pudesse ser iniciado, eu já até tinha ideia de shinobis fortes e competentes aos quais eu poderia promover e assim designa-los para cargo de grande importância. Iwa precisava formar com urgência um grupo de relações públicas, um grupo capaz de trabalhar unicamente com as palavras e deixar a força para segundo plano, pois se almejávamos a paz de algum jeito, ela teria que iniciar na base do diálogo e só em último caso usaríamos a força.

De fato inúmeros pensamentos, pensamentos esses que tiraram quase todo o meu foco das palavras de Ravena, minha serve ou sei lá o que... Ela nesse momento estava se tornando alguém cujo serviço estava sendo detestado por mim, sendo a primeira pessoa, criatura a me exigir tanto, a fazer eu me estudar e evoluir tão rapidamente que fazia eu duvidar de algumas cosias, uma delas era “até onde posso chegar?”. Após suas ultimas palavras eu fazia exatamente oque havia me pedido, meu chakra era manipulado de uma forma que ele fosse exposto e expandido ao máximo para assim eu poder liberar todas as minhas correntes, o problema ali era que eu não conseguia controla-las ainda e isso ficou mais óbvio após as próxima palavras proferidas pela mulher.

Eu deveria melhorar o meu controle sobre as correntes, o poder das mesmas eram grandes demais para que qualquer pudesse controla-las facilmente, era triste aquilo porém eu entendia perfeitamente, afinal... Não faria sentido algum uma criança conseguindo puxar uma grande montanha, ou até mesmo uma pedra com o triplo do seu peso, —Tudo bem Ravena, eu já entendi— responderia assim as suas falácias sobre que não seria suficiente apenas um ótimo controle do chakra, pois as correntes não respondiam apenas a isso, elas respondiam diretamente ao desejo, a alguma forte vontade, uma vontade que se assemelhava a mesma vontade que eu tinha de encontrar os meus pais e obter as respostas perdidas durante todo esse tempo.

Tais palavras e ações que deveriam ser feitas estavam gravadas em minha mente, eu já sabia o que fazer, eu já sabia o que desejar e oque usar para me tornar forte o suficiente para “domar” as correntes. Ravena então fez algo que eu não imaginaria que fizesse, ela fez seus selos e assim invocou uma das criaturas que juraram me seguir durante todo o findar de minha vida, —Você não pode está falando sério— falava enquanto observava aquilo. Minha visão fora prejudicada e quase não podia ver nada, mas alguma coisa estava acontecendo ali, eu podia ouvir vozes e gritos por todos os lados, todo aquele barulho me fez considerar que estávamos no centro de Iwa e que aquela criatura estava atacando a todos sem hesitação, —COMO OUSA?! — exclamei, a fúria me tomava rapidamente fazendo meu sangue esquentar, pouco a pouco uma gigantesca quantidade de chakra era emitida por mim e uma sede de vingança crescia segundo a segundo, —Vocês não tem palavras.... Acabarei com todos nem que isso custe a minha vida—

Eu tentava a todo custo mover as correntes em direção ao lugar onde o pássaro havia sido invocado, tentava levar as correntes também em direção a ravena, e aquilo eram basicamente as únicas coisas que eu podia fazer. Eu não podia sentir as correntes, eu não podia sentir mais nada além do ódio e da raiva, —Se pra controlar essa maldição eu preciso de um desejo forte, que seja o desejo de matar cada um de vocês— continuava jogando palavras ao vento sabendo que talvez nem se que fossem ouvidas.... Eu não conseguia entender aquilo, como alguém pode atacar uma vila assim e matar pessoas inocentes, como eu resolvi assumir tal responsabilidade se não tenho capacidade de protege-los.... como... eu me perguntava essas coisas o tempo todo enquanto tentava mover as correntes.


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Passos calmos tomado por uma dose de satisfação, essa era meu estado de espirito naquele momento. A criatura sumiu e mais uma vez Ravena me lançou suas infinitas palavras, dizia que eu havia obtido tal poder e atingido assim o ápice do meu clã, disse também que tal poder era grandioso e que não era justo usá-lo para fins maléficos ou ao menos era isso que eu queria entender, por final disse que iriamos ver de hoje em diante como eu agraciaria o seu uso, --Não precisa se preocupar, não sou o Tsuchikage atoa—falava enquanto manipulava minhas correntes tranquilamente agora.

--Tens mais alguma coisa para me falar?—questionei enquanto iniciava uma caminhada para longe dali, seguiria com os mesmos passos calmos e serenos de antes, observaria todo o cenário e levaria minhas mãos a cabeça enquanto estalava os meus dedos, “Como será que ta o pessoal da vila?”, havia tempo que eu não passava no meu gabinete e muito menos caminhava em meio a vila.... podia até mesmo dizer que estava com saudade daquele povo, mesmo que de algum modo eu não os visse dessa maneira. –E então Ravena, qual vai ser?—finalizava e continua seguindo meus passos longos.



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Meu caminhar me levava para longe, longe daquele lugar cansativo onde eu havia passado horas treinando e resolvendo charadas, Ravena havia sumido, --Finalmente—enquanto eu podia me ver chegando aos portões da minha casa, a vila de Iwagakure cujo comando tinha eu em sua frente. Tranquilamente eu me dirigia para meu gabinete, as pessoas estavam tranquilas e nem parecia que algo grande e grave havia acontecido por ali...

Busquei algum atalho em um beco escuro para assim retirar a minha máscara e assim dar um fim a ela, caso conseguisse, usaria meu elemento fuuton para evapora-la em mil pedaços, tornando-a incapaz de ser recuperada, o motivo disso era bem simples, Ryon não voltaria e isso significava que eu não precisava mais seguir sob sua identidade. Com minha cara limpa e meu cabelo peculiar eu chegava no gabinete e rapidamente notava uma figura que me fugia a memória, era um homem alto e de aparência nada agradável, na sua boca um cigarro e das suas falas palavras de arrogância cuja eu não admirava, --O que quere aqui?—questionaria enquanto continuaria a me aproximar, meus olhos ficariam fixados no homem e me colocaria ereto a todo tempo até que o mesmo respondesse a minha pergunta.



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O homem rapidamente tratou de me responder em um tom um pouco quanto desagradável, o mesmo dizia que era um shinobi de Iwa que estava fora em uma missão importante, missão está que fora dada pelo próprio Tsuchikage. Ele dizia que não tinha interesse no valor da missão e sim no tratado que havia feito, eu até cheguei a pensar em perguntar oque tinham tratato, mas o infeliz pouco deixou que eu fizesse e logo seguiu com suas falácias, para ser sincero eu pouco estava dando importância para oque ele estava falando, mas a sua sequencia me tirou isso e eu quase arregalei os olhos.

--Um desafio, a recompensa da missão era um desafio ao cargo de Tsuchikage?—questionei sem levar muito a sério. O homem era aparentemente forte e sua ousadia estava me incomodando, principalmente quando o mesmo pareceu estar fazendo pouco caso de mim e da minha aparência, propondo até mesmo que eu desse sequencia ao trato feito com o antigo líder, --Você está me desafiando, ter certeza disso?—respondia enquanto simplesmente dava as costas e me afastava para um lugar um pouco mais amplo e com menos movimentação, o terraço do gabinete... Eu nunca fui uma pessoa que foge de um desafio, principalmente quando o desafio remete a minha capacidade.

@nabucodono



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Segui até o topo do gabinete com o homem me acompanhando, o mesmo não parava de falar de como era forte e como eu iria me surpreender com ele, a questão toda ali era que eu pouco me importava com que ele era, eu estava exausto e só queria sentar em minha cadeira e descansar um pouco, nada mais. —Você fala demais meu caro, fala demais— eu então me colocava em posição de combate enquanto seguia ouvindo as suas falacias desnecessárias, olhava fixamente para meu adversário e então ativava o primeiro nível de minha técnica sem levantar suspeitas, afinal eu não sabia das habilidades do maldito e não pretendia subestimar alguém que me desafia.

Podia observar algo entranho em seu corpo, algo que chegou até me vir a menção de questionar, mas apenas deixei por estar,—Venha!!!—, falava enquanto o mesmo se preparava para vir até mim... me mantive ali imóvel durante seu avanço, eu podia observar facilmente seus movimentos e assim que o mesmo chegasse a menos de 3metros de mim, ativarei o segundo nível de minha técnica e assim estenderia minhas mãos na direção daquele coisa em seu corpo, talvez ali fosse um bom lugar para golpear ou não.

Considerações:

Jutsu:

@nabucodono



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Aparentemente ele sabia o desenrolar daquele perda de tempo, meu adversário investiu e não cessou seu movimento, sua coragem para comigo era deveras louvável, uma pena saber que ali ele teria o seu fim. Um único movimento, um apenas fora suficiente para subjuga-lo e ter minha Vitória em mãos, --Você é melhor do que o último—falava com lavras vazias citando alguém que não existia.

O homem ferido e ao chão começou a murmurar, dizia o real motivo de sua volta e principalmente o real trato feito com o antigo Tsuchikage, ele não estava ali para me desafiar e obter o cargo, ele estava ali para manter algo dentro da vila, algo esse desconhecido para mim. –O que é isso, como funciona?—questionei enquanto levava minhas mãos até ele, se o mesmo me explicasse eu trataria de gritar imediatamente algum shinobi presente no gabinete, devido a importância do lugar eu sempre mantinha um ninja médico por ali e o mesmo me ajudaria sem hesitar, --Vamos, diga e iniciaremos oque tiver de ser feito—respondia enquanto gritava por alguém. Uma morte, a primeira em minha lista, e para piorar era um shinobi de Iwa, vila a qual eu tinha obrigação de proteger e seguir....



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O homem estava aparentemente nas últimas quando o grupo médico chegou, ele explicou exatamente como funcionava a sua tal maldição e eu me foquei em cada uma de suas palavras. –Ele retornou para entregar sua habilidade de volta a vila—eu explicava para os médicos ali as intenções do homem enquanto pensava em como administrar tal maldição, eu não podia jogar isso pra cima de qualquer um, eu não seria capaz de fazer tal atrocidade. Bastava olhar o estado dele para ver o quão problemática aquilo poderia ser.
-- Eu servirei de receptáculo, não posso deixar outra pessoa encarregada disso, não mesmo—Explicava enquanto olhava para o corpo do homem, --Ele está nas últimas, me use e implante tudo em mim, até mesmo os corações do homem—falava. Eu não podia deixar minha preocupação tomar conta, mas ainda sim estava um pouco ansioso para ver o resultado daquilo pois viver dependente de uma maldição capaz de modificar toda a minha estrutura corporal e me dispor da imortalidade, deveras seria útil para alguma coisa e talvez eu poderia melhorar o futuro para Iwa e para todos os moradores da vila, --Podemos começar?—perguntava e me deixava a disposição da equipe.


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Assim que o corpo médico se colocou pronto eu me deitei na maca e então não via mais nada pois uma anestesia geral havia sido aplicada, depois de um longo tempo eu finalmente despertava e me separava com o corpo médico novamente e eu com inúmeras marcas pelo corpo, --E então, deu certo?-- questionei ainda meio lerdo.

Meus movimentos ainda estavam retardados, mas isso era normal, afinal eu havia sido pesadamente sedado.


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