Beta enunciou um espanto ao aperceber-se das semelhanças, mas manteve a compostura e semblante de dúvida

[...]

Retornando na Mansão, o mordomo a conduziria até o quarto onde Beatrice e Charles dormiam. Ele estava impecável; mas se ela procurasse bem, nos armários e dentro das roupas, poderia achar fios de cabelo para fazer a comparação, e veria que são idênticos. No quarto ainda haviam uma mesa com um espelho, a cama de casal, tapetes, e cortinas, tudo do mais alto luxo possível.

Bateria na porta o mordomo, logo após averiguar de onde pode ter saído a cerâmica e ele indaga: —— Temos uma coleção de máscaras, e aparentemente uma delas sumiu. Creio que este fragmento pertença a uma delas, pois o material é bastante semelhante —— Explicou.

Informações:

Descrição:

@Asmodeusa

---

 ­ ­  ­  ­ ­ Asmodeusa esboçara um sorriso de orelha a orelha, assim que percebera seu livre acesso ao quarto do casal. Junta dos gêmeos, começaram a procurar itens que indicassem aos bandidos, além dos fios de cabelo, Asmodeusa também procurava pergaminhos ou documentos escritos que pudessem mostrar os tipos de jutsus ou habilidades que o casal tinham, assim tendo conhecimentos para poder traçar uma estratégia caso se sua suspeita, que eles mesmos estavam envolvidos nos roubos, estivesse certa. Não muito tempo depois, próxima à mesa com o espelho, Asmodeusa encontrara uma escova de cabelo, cheia de fios dourados. Chamara os gêmeos: os fios eram idênticos aos que encontraram na caverna, então, guardaram mais alguns. Continuaram procurando por mais possíveis vestígios, até serem chamados pelo mordomo. Com a nova informação da coleção de máscaras, Asmodeusa pediria que ela e os gêmeos pudessem averiguar a coleção também, assim como pediriam mais informações sobre as máscaras.

---

Considerações:

Asmodeusa e seus aliados nada mais encontraram no quarto. Sua limpeza estava tão perfeita que levou mais que meia hora para que pudesse encontrar somente os fios de cabelo, e nada mais. O mordomo assentiu com a cabeça, levando o trio até o quarto das máscaras: as quatro paredes eram lotadas de itens de extrema beleza, reservando uma parede unicamente para a disposição de dezenas de máscaras diferentes. Verificariam que somente uma delas faltava, de todas as fileiras que estavam completas.

—— Uau, eu adorei essa daqui —— Disse Alpha, aproximando-se e tentando pegar uma delas, até que o Mordomo interviu pondo o braço na frente —— Desculpe, mas vocês não podem encostar nelas, pois são de grande valor para Charles —— Explicou.

Dez segundos depois, ouviriam passos ecoando pelo corredor e aproximando-se cada vez mais do quarto. A madeira - material do qual o chão era composto - parecia que a qualquer momento iria quebrar, tendo em vista o grande barulho devido a força empregada nos passos. Era Charles, enraivecido. Prostrou-se na porta, barrando a saída de qualquer um dos quatro integrantes daquele quarto.

—— Por que está mostrando as máscaras a eles, Astolfo? Quem lhe deu a permissão? SAIAM JÁ DAQUI! —— Gritava, tornando o seu tom de pele avermelhado e puxando o homem pelo braço para levar ao quarto ao lado. Momentos depois, o trio ouviria gritos e barulhos de tapas extremamente altos; com toda certeza, Astolfo - o mordomo - estava sendo espancado pelo seu grande erro para com seu mestre.

Informações:

Descrição:

@Asmodeusa

---

 ­ ­  ­  ­ ­ Ao ouvir os estrondosos sons ruindo do cômodo ao lado, o pequeno corpo da garota encheu-se de ódio, e cada vez tinha mais certeza sobre o envolvimento dos proprietários da mansão com os crimes, afinal, por que alguém que teve um de seus pertences mais preciosos roubados ficaria enfurecido apenas por pessoas estarem ajudando-o a recuperar ou ter uma redução de danos? Imediatamente, Asmodeusa, que odeia ações ilógicas sendo tomadas, deu passos largos e tão ecoantes quanto aos de Charles enquanto ia em direção à sala das máscaras, só que, dessa vez, direcionando-se ao quarto que encontraria Charles e o mordomo. tentara abrir a porta com um chute, mas, resistente, a madeira mal se rachou, então, em outra tentativa, criou com seu chakra um martelo feito de um cristal resistente, e o martelou na mesma porta. Ao quebrá-la, gritara, com olhos odiosos, à Charles:
 ­ ­  ­ —— QUEM DIABOS PENSAS QUE ÉS? —— Nisso, pularia em direção às costas do mesmo, sacando uma de suas kunais, e posicionando-a rente ao seu pescoço.
 ­ ­  ­  ­ ­ —— É melhor que deixe-o ir e se acalme. Agora. Mesmo. —— Diria a seguir.

---

Considerações:

O homem tinha sua ação interrompida e uma kunai de prontidão para cortar-lhe o pescoço. Mas num ato violento, balançou as costas como um touro faria para lançar o toureiro ao ar; arremessando Asmodeusa para cima e fazendo-a colidir com a parede. Ela perceberia que, o homem estava fora de controle, e seus olhos estavam vermelhos.

Alpha encheu-se de ódio também. Teceu selos e conjurou um genjutsu em Charles, mas ele não parecia sofrer alguma alteração; era como se outros olhos estivessem vendo por ele. Beta, por sua vez, desferiu um poderoso soco com toda a força na direção do homem, que largou o Mordomo e segurou o braço da garota. Eles disputavam força, cada um tentando manobrar o corpo do outro a fim de derrubar no chão, e a situação estava plenamente empatada.

Informações:

Descrição:

@Asmodeusa

---

 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ Ainda vendo a situação pelas costas do homem, Asmodeusa, arrependida do movimento impulsivo, numa tentativa de favorecer Beta na disputa de forças, e apesar da raiva ocasionada pelo homem que ainda assim era seu mandante, não tinha ainda a intenção de machucá-lo, então enquanto guardava sua kunai, sacou de sua bolsa um de seus fios junto a uma shuriken, amarrando-o nela, e logo jogando-a entorno de suas pernas, e em seguida, puxara com toda sua força, afim de derrubá-lo ou ao menos desequilibrá-lo. Com isso, percebendo as habilidades de Alpha em genjutsu, esperava que este tentasse usar o momento de distração em favor à equipe, e que Beta pudesse tomar vantagem em sua disputa de força. Se mesmo com seu puxão o homem continuasse imóvel, Asmodeusa desconsideraria sua intenção de não machucá-lo, ativaria seu Shunshin no jutsu, sacaria novamente uma kunai e alvejaria o nervo ciático de uma das pernas de Charles.

---

Considerações:

Caiu, e continuou se debatendo até ficar ofegante e não ter mais forças. Depois disso, era como se ele tivesse acordado de um sono profundo e perdido as memórias recentes. —— Huh? O que aconteceu? Por que... Por que estou enrolado assim?! Me soltem já, agora! Que ousadia é essa... que desgraça! Estou todo dolorido... ai... ai meu braço... —— Tinha feições genuínas em tudo que dizia, e no silêncio do ambiente, Asmodeusa por estar mais próxima da janela, ouviria um barulho vindo de folhas se remexendo na floresta de frente com a casa, podendo ainda - se fosse rápida com seus reflexos - visualizar um vulto correndo na direção da mata-a-dentro.

[...]

Corria voltando para o seu bando, a líder dos bandidos com habilidades capazes de controlar qualquer um. Era um ninjutsu poderoso, embora necessitasse de um certo preparo para que conseguisse controlar. Essa era a segunda de suas armadilhas, que não era o elemento terra. Portando um capuz verde, corria na direção norte para chegar em seu esconderijo sem que ninguém a visse.

Informações:

Descrição:

@Asmodeusa

---

 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ Ficou intrigada com o que vira em Charles, de primeira, acreditara que realmente não era ele, visto que em seus olhos vermelhos cheios de ódio, anteriormente, nada tinham a ver com os que ali estavam agora. Ouvira um ruído vindo na direção da janela, e a menina que temia que alguém estivesse o manipulando, olhou rapidamente para fora. Vira um vulto em meio folhas e árvores da floresta próxima ali. Não poderia deixar escapar! Não atrasou-se um segundo a pular pela janela, ativando o Shunshin no Jutsu, gritando para que os gêmeos a seguissem, entrou dentro da mata e se guiou pelos barulhos de folhas e galhos sendo quebrados, raramente conseguindo rever o vulto, precisamente, pôde vê-lo claramente três vezes, nessas, lançaria cristais pontiagudos em direção à ele, alvejando suas pernas para que perdesse velocidade e pudesse alcançá-lo, sempre seguindo em direção ao esconderijo. Como precaução, empunhara em uma de suas mãos uma esfera que atrapalharia a visão de quem quer que a atacasse, quando o fizesse.

---

Considerações:

Os cristais pontiagudos vagaram em movimento retilíneo e chocharam-se com o tronco de uma árvore. Numa esplêndida esquiva, a líder saltou para o lado em desvio; não só isso, enquanto se esquivava, produziu vinte réplicas de si mesma, em um jutsu especial que só a própria conseguia fazer. Cada uma das cópias baixaram o capuz, revelando seus cabelos louros como o sol. —— Vai mesmo me derrotar sozinha, querida? Não sabe como sou forte? —— E realmente era. Sua expressão era unicamente provocativa —— Achou mesmo que eu era a Beatrice, não achou? Eu ri bastante enquanto te observava... a verdade era que eu controlei ela, assim como Charles, efetuando meus furtos de modo perfeito —— Cada um dos clones falava ao mesmo tempo, sendo impossível de identificar quem era a verdadeira. Havia, no entanto uma diferença: a partir da verdadeira, os clones no sentido horário estavam copiados simetricamente ao lado esquerdo do corpo, enquanto que os do sentido anti-horário eram simétricos em relação ao lado direito. Isso fazia com que se a garota olhasse bem, identificasse e suspeitasse de duas figuras, isto é, as quais localizavam-se uma em cada ponto do diâmetro da circunferência em que elas estavam.

E então começariam a sua ofensiva.

Ao mesmo tempo, todas teceriam selos e tocariam a destra no solo de terra. A cabeça de um dragão surgiria e começaria a cuspir uma série de bolas de lama, totalizando vinte. As pequenas bolas seriam cuspidas uma de cada vez, de modo constante numa frequência de duas bolas por segundo. Avançariam na direção de Asmodeusa por todas as direções, mas somente as de uma direção era real, as outras meramente ilusórias. O impacto de ser acertado por uma das bolas poderia ser bastante doloroso, devido a grande velocidade que continham. Ademais, manteve-se inerte no mesmo lugar, pronta para um contra-ataque de sua oponente.

Informações:

Descrição:

@Asmodeusa

---

 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ —— Ótimo, cercada, agora. Deveria ter desconfiado, estava óbvio demais para ser verdade. —— Lamentava a garota em seus pensamentos. —— Mas ainda deve haver algo que eu possa fazer —— Continuava. Para conseguir algum tempo para si mesma pensar numa estratégia que a tiraria dali, seu primeiro movimento foi criar mais algumas bombas de luz, como aquela que já segurava, para fazer o clarão mais duradouro, então, estourara a primeira. A luz não causava nenhuma cegueira como dano físico, apenas não deixava possível que fosse vista no centro do círculo, já que olhos comuns não poderiam processar tanta frequência de luz. Assim, criara cinco clones com seu Bunshin no Jutsu, que imitando seus movimentos desviariam das bolas de lama e não desmanchariam, e mesmo se desmanchassem, imediatamente criaria outro para substituí-lo, nisso, alteraria sua posição, não podendo ser possível saber qual era a real Asmodeusa. Enquanto alternava de lugar com seus clones e explodia suas esferas reluzentes, observava com cuidado cada um dos clones da adversária. —— Receio não aguentar por muito tempo, onde estão os gêmeos? —— Continuava indagando-se em seus pensamentos, enquanto tentava sua manobra defensiva. 
 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ Nisso, veio em sua mente, uma situação que ocorrera enquanto a jovem dama ainda era uma criança. Devido sua posição quase aristocrática em seu país natal, por conta do legado dos negócios de sua família, houve de ter sido sequestrada por um bando de ladrões, quase como esses, que em troca de sua liberdade, haviam exigido para sua família uma exorbitante como "recompensa", em dinheiro vivo. Mesmo que sua família pagasse o resgate, o valor era grande demais, e poderia levá-los a falência. Enquanto mantida em cativeiro, Asmodeusa era visitada algumas vezes por dia, por homens muito parecidos em voz, biotipo, altura e até mesmo humor, mas sempre mascarados. Asmodeusa estava numa posição bastante inferior comparada aos homens, visto que ainda mal sabia sobre sua manipulação de luz. Mesmo nova, e sabendo dos seus limites capacitativos, Asmodeusa, entediada com a situação e imaginando o motivo pela sua família estar demorando tanto para resgatá-la, começou a pensar numa forma de pôr os homens um contra os outros. A garota começara a perceber as diferenças entre cada um, e percebeu que a cada horário do dia era um homem diferente que a visitava, e por motivos diferentes, também. O primeiro, de manhã, a escoltava até o banheiro do cativeiro. O próximo, levava alguma coisa que serviria como café da manhã. Não via ninguém até mais ou menos ao horário do almoço, que então a levava alguma refeição que serviria como tal. Então, após algum tempo, viria outro que a escoltaria novamente até o banheiro, e acontecia o mesmo no horário do jantar, porém com outros homens. Ao ver as cenas se repetirem, então, Asmodeusa começou a memorizar a aparência das louças em que lhe serviam as refeições, e tentava reproduzí-las com suas manipulações. No momento que pudera reproduzir perfeitamente, começou seu plano: toda vez que o homem que lhe servia uma refeição vinha até seu quarto, ela mostraria as louças que estavam com ela, de forma que eles entenderiam que um outro homem já teria feito seu trabalho. No começo, apenas começaram a sentir dúvidas sobre o que estava acontecendo com seus cronogramas, mas em dado momento, isso realmente viria a se tornar um mini caos, enfraquecendo a aliança entre eles, gerando atritos. A certo momento, Asmodeusa conseguia já distinguir todos os homens, e assim, incitava mais ainda a discordia: citava qual homem que viria a seu encontro, gerando brigas maiores. A falta de confiança do grupo acabou por ser seu fracasso: durante uma de suas discussões, mal puderam observar o ambiente ao seu redor, e alguns ninjas contratados pela família puderam invadir o lugar e resgatar a garota. 
 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ Com esse fragmento de memória, Asmodeusa conseguiu começar a observar os padrões dos clones. Começara por um aleatório, e percebera que alguns à sua direita eram exatamente iguais, até que chegava ao terceiro, que tinha um dos lados de seu corpo minimamente menos simétrico, então, voltara dele, seu olhar para o décimo clone à esquerda, que era exatamente assimétrico como. Então, seguira seu olhar à esquerda, Bingo! Os nove clones ao lado eram idênticos e simétricos, porém, com a outra metade dos clones assimétricos. Asmodeusa teria descobrido o truque do jutsu. Começara a amassar o chakra em seu corpo, na altura de seu peito. Liberara a explosão de mais uma bomba de luz e, no mesmo momento, cuspira, rodopiando, um enorme jato de fogo, em todos os clones, com o objetivo de destruí-los. Após isso, lançaria duas kunais, em direção ao peito dos dois clones, ou a adversária real se for o caso, visando abatê-la.

---

Considerações:

A situação da clonagem mudou, tendo sua própria estratégia sendo usada contra si mesma. Se a vantagem numérica lhe garantisse segurança, enfrentar as bombas luminescentes faziam com que o desespero consumisse seu corpo, e a adrenalina instigasse uma fuga. Mas sentiu que a temperatura ambiente parecia se esquentar, e se não fizesse nada, seria morta incinerada assim como um de seus bandidos outrora foi. Para defesa, conjurou do chão uma manipulação de terra que serviria de escudo contra a bola de fogo, porém na prática não ocorreu com perfeição.

A defesa era insuficiente, portanto recebeu uma parte do dano oriundo da bola de fogo e caiu no chão. Enquanto isso, do matagal circundante a dupla de combatentes ouviria uma aproximação súbita: Alpha e Beta. Os gêmeos corriam intercalando suas posições, e num combo perfeito, Alpha conjurou um genjutsu que paralisaria sua inimiga para que sua irmã desferisse nela um poderoso chute que faria seu corpo voar por vinte metros no ar, colidindo com o tronco de uma árvore e despencando até o chão. 

Ela caiu, e levantou-se com dificuldade, usando seu antebraço para limpar um fio de sangue que escorria no canto da boca. —— Malditos! Eu vou matar vocês —— Usaria de todo seu chakra para uma poderosa técnica que haveria de ser mortal, findando com suas ameaças. Um terremoto começaria a ocorrer, e em cerca de dez segundos abriria uma fenda no chão que levaria todos os três para centenas de metros no fundo da terra; eles deveriam conhecer o terror que as técnicas do mais nobre dos elementos poderia conjurar.

Informações:

Descrição:

@Asmodeusa

---

 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ Dessa vez, Asmodeusa não fora minimamente intimidada. Notara como seus companheiros eram importantes e engenhosos, e sentiu pela primeira vez em sua vida que poderia contar com alguém senão si mesma. —— Parece que você desconsiderou o ambiente em sua volta, não é mesmo? —— dissera baixinho, suspirando de cansaço, dando uma risadinha, para a adversaria. Antes do feixe no chão a alcançar, Asmodeusa rapidamente amarrou uma shuriken ao último de seus fios, e lançara em direção a um galho da árvore atrás da vilã, se apoiaria nele e o usaria para alcançar a mesma, e então, como último golpe, criara uma adaga límpida e polida de cristal a um metro de distância do peito da vilã, e lançaria em direção ao seu coração.


 ­ ­ ­ ­ ­ ­ ­ Com o êxito em executá-la, o grupo levaria o corpo consigo até o quartel general, e explicariam toda a situação aos seus superiores. Contudo, Asmodeusa também escreveria uma carta como pedido de desculpas por ter levantado suspeitas errôneas sobre o casal Manson, e na mesma carta, também explicaria exatamente como tudo ocorreu.

Considerações: